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Eu tenho um "problema" com o tempo que vai passando. Nem sequer consigo explicar isto muito bem, mas cá vai. Quando reencontro pessoas do meu passado, que não vejo ou com quem não falo há 15 ou 20 anos, custa-me muito dar o salto para os dias de hoje. Ou seja, para mim, aquelas pessoas continuam a ter a idade que tinham quando nos vimos/falámos pela última vez (e eu também, lógico).
Há dias percebi, por um comentário aqui, que uma ex-colega de secundário me lê (olá, V.!). Trocámos uns comentários e quando ela me diz que tem uma filha com dois anos e meio... aquilo não ligou. Fiquei ali, a pensar como é que é possível que nós, aquelas miúdas que passavam tardes no café, em torneios de sueca e a beber cerveja só porque sim (pai, mãe, é um facto... mas não faltei a muitas aulas por causa disto!), aquelas miúdas sem preocupações nenhumas, já sejamos mães de pessoas pequenas, já tenhamos vidas construídas, já não sejamos as tais miúdas de 15 ou 16 anos, completamente inconsequentes.
Eu tenho mesmo um problema com o tempo que vai passando. Custa-me aceitar que já lá vão 35 anos. Custa-me aceitar que há coisas que não voltam e que passou tão depressa. Não é que eu seja saudosista. Mas gostava muito de saber que dá para andar cá uns 200 anos e que 35 são só um pedacinho muito pequeno da vida que tenho para viver.
[P.S.: V., adorei reencontrar-te!!]