02.12.13
A madrinha da aniversariante está a viver praticamente no meio do deserto. Acabámos de conseguir falar com ela pela primeira vez, via Skype. Diz que estão 30º e já é de noite - são 18h lá. Invejaaaaaa!! (Disso e das milhas que aquela alminha já tem no lombo, cortesia da profissão que abraçou...)
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02.12.13
Ontem esteve um dia fabuloso. E foi dia de passeio, cá para os nossos lados. De manhã, fomos à festa de natal da empresa da tia: em vez do tradicional circo, houve musical do La Féria. Fomos ver o "Robin dos Bosques" e adorámos! Nunca tinha ido ao Politeama. Achei lindo. A sala é linda, a cenografia estava muito boa, os figurinos eram espectaculares. O espectáculo em si vale muito a pena. Os meus miúdos adoraram e nós também.
Depois demos uma micro-voltinha pela Av. da Liberdade, só mesmo para aproveitar o solinho bom que estava. Voltámos à base com pit-stop num McDonald's (e dei por mim a pensar: os segundos filhos - e seguintes - são mesmo a desgraça total! A minha filha provou pela primeira vez uma coisa feita no McDonald's com quatro anos e meio. O mais novo, com 2 anos e 10 meses, já lá comeu uma mão cheia de vezes... e assim se foi a teoria de que McDonald's nunca antes dos 4 anos... A maternidade é profícua nisto de nos fazer quebrar teorias, não é?).
Quando chegámos a casa, vimos que a nossa rua este ano está a levar o Natal mesmo a sério! Aquilo parece uma battle de ruas! Eu explico: a minha rua divide-se em duas: a meio tem um micro jardim, que separa os prédios. Os comerciantes da outra metade da rua resolveram enfeitar as árvores que estão no passeio com fitas e bolas de Natal, mas não disseram nada aos comerciantes da metade da rua onde eu moro. Estes, picados, resolveram pôr árvores de Natal à porta de todos os estabelecimentos - a florista da rua ofereceu e eles alinharam. Além disto, há lá um cantinho onde alguém montou um presépio gigantesco que até zebras e elefantes tem. E ontem, ao pé do presépio, estava sentado um Pai Natal. Os meus miúdos foram lá falar com ele, ele deu-lhes chupas e gomas e conversou com eles (nem sei como não o reconheceram!! É um senhor amigo do senhor marido e eles costumam falar com ele quando o encontram!). Estavam delirantes!
À tarde, enquanto o pequeno dormiu a sesta, o pai e a filha trataram de fazer o Natal acontecer lá por casa. Nos entretantos eu fiz... CINCO bolos. Dois deles compõem o bolo que a miúda levou para a escola. Portanto, contas feitas, quatro bolos, dos quais só um não foi decorado... Acabei às 2h, completamente esgotada e sem sentir as pernas - tenho mesmo que deixar de fazer isto de pé, senão daqui a dias tenho um bocadinho de pernas nas varizes, em vez de ser o contrário!
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11.11.13
Ir levar o meu filho a casa da minha mãe e ficar uma hora a pôr a conversa em dia com ela. Adoro! Apesar das nossas "birras" (chocamos tanto, senhores, tanto!! Mas sempre foi assim, é defeito de fabrico!), a minha mãe é mesmo o meu ombro amigo, a pessoa que eu sei que está sempre lá. É bom falar com ela, é bom passear com ela (já tenho saudades de uma tarde de compras com ela, mas vem aí o Natal e vou matar saudades), é bom ter por perto esta mulher que é a minha mulher preferida.
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07.10.13
Hoje de manhã acordei a pensar "hoje há alguém que faz anos...". O pensamento perdurou. Até que me lembrei: o meu avô Eusébio. O meu avô que tanta falta me faz celebraria hoje 90 anos... Saudades. Tantas...
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02.07.13
Sábado foram dezoito horas em pé, a cozinhar. Fiz tudo o que podia fazer antecipadamente e só deixei as finalizações para o dia B. Deitei-me às 4h, para me levantar às 8h... Claro que estava de rastos, mas paciência. No domingo acordámos, despachámo-nos calmamente, tudo sem stresses nem correrias. Na igreja, o pimpolho portou-se como um homenzinho (a sério, surpreendeu-me! Ele é um bocado ousado nas reacções que vai tendo e estava mesmo à espera que ele dissesse um disparate qualquer daqueles a que achamos muita graça em casa mas que, perante um padre, não têm gracinha nenhuma...). Foi tudo calmo, muito bonito mesmo.
Viemos para casa, para o almoço... e toda a gente mudou de roupa! Bem, quase! Mas quem estava de saltos e roupinha pipi desfardou-se e vestiu coisas práticas e confortáveis - e eu adoro isto, este à vontade e esta total falta de cagança! Fui para a igreja montada nuns saltos de 12cm, mas assim que cheguei a casa pus-me de sandálias raras, calções e top. Há lá coisa melhor??
Vamos à ementa: bacalhau com natas, que só faltou gratinar no dia. Pavlova. Mousse de Oreos. Bolo de baptizado. (Estes fui eu que fiz). Pão de ló com fruta, tarte de frutos vermelhos, tarte de coco, tarte de amêndoa, cortesia dos convidados. Sangria (muita!). Estava tudo tão bom...!!
Portanto almoçámos e depois, enquanto uns jogaram às cartas, outros dormitaram espalhados pelo sofá e pelas camas. Foi tudo deliciosamente simples, sem complicações: um convívio de família normalíssimo, mas que me deixou ainda com mais pena de nenhum dos meus filhos fazer anos no verão! Festas nesta altura são outra loiça! Estou a pensar seriamente em passar a comemorar os anos-e-meio deles! Assim, em vez de juntar aqui a família em Dezembro e Janeiro, passo a juntá-la em Junho e Julho! Não é muito mais fixe? Eu cá acho que sim!!
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03.04.13
... é a maneira como estes dois já gostam deste cantinho, é ver a herança que eles carregam, é sabê-los felizes ali...
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03.04.13
Este é o meu Alentejo.
Desta vez com uma incursão por um sítio inusitado (em modo pesquisa para o que vem a seguir). Desta vez olhado com olhos de ver, para absorver bem a toponímia, para reconhecer rostos e histórias (ainda da pesquisa). Desta vez com os miúdos a adorarem aquela tarde. E comigo a recordar a terra que se cravou no meu coração desde que nasci e da qual só tenho bos recordações.
O paraíso existe. O meu é ali.
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25.03.13
A miúda está de férias. Hoje acordámos os três às 11h (com interrupções pelo meio, mas a alvorada oficial foi a essa linda hora). Eles passaram a manhã entre episódios do Mickey, brincadeiras e brigas de irmãos. Eu passei a manhã agarrada ao ferro de engomar. Almoçámos tarde. Agora eles dormem. Eu vou acabar de passar a ferro e conto gastar o resto do tempo entre um filme e um livro. Desta vez decidi não me massacrar e permitir-me aproveitar estes dias com eles. Reservo os serões para a escrita, sem sentimentos de culpa e sem stresses.
Amanhã haverá cinema (prometi à miúda que a levava ao cinema... no verão. Depois nas férias do Natal. Depois no Carnaval... Não passa de amanhã!) e natação. Amanhã, com sorte, conseguirei ir ao ginásio. Na quarta haverá lanche com a BFF que não nos abandonou rumo a Beja. Na quinta mais natação e, com sorte, mais ginásio. Na sexta... logo se vê. De caminho, filmes e séries e livros. Ah, e comer em condições - esta parte também está a correr lindamente, fiquem a saber! E vai melhorar!!
Boa semana, gente!!
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12.03.13
Em 2007 fui madrinha de casamento do meu melhor amigo. Além de ser a melhor amiga dele, fui eu que os apresentei, portanto responsabilidade acrescida. A coisa correu um bocadinho mal (não o wedding, mas sim o marriage - ou seja, não o dia do casamento em sim, mas os tempos que se seguiram). Em 2009 fui "madrinha de divórcio" dele. Se estou lá para os bons momentos, também estou para os maus e, se tivesse havido cerimónia de divórcio, lá teria eu ido assinar por baixo.
Agora, com a vida refeita ao lado de uma mulher linda (e querida e inteligente e meiga e, mais importante ainda, que gosta realmente dele pelo que ele é), com uma filha linda a embelezar ainda mais o quadro, eis que há casamento à vista.
E ontem, numa visita deles cá a casa, novo convite. Ele, o meu amigo-irmão, quer-me novamente ao lado dele, no tal dia especial. E eu disse a única coisa que podia ter dito: que sim. Claro que sim. Hei-de estar ao lado dele sempre que ele precisar de mim. Nos dias felizes e nos outros (que, desde que estas duas miúdas apareceram na vida dele, têm sido bem menos). Como fazem os melhores-amigos-para-a-vida. Como fazem os irmãos. E os padrinhos que ele vai ter (outra vez) ao lado dele são isso: os seus irmãos (o verdadeiro e eu).
[Já aqui disse e repito: é maravilhoso fazer parte desta família de amigos. É maravilhoso ter este afilhadrinho, que é afilhado e padrinho de casamento, e que é também padrinho da minha filha.]
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03.02.13
Este fim de semana foi assim. Sábado de manhã, miúdas no ginásio e miúdos no barbeiro. À tarde, filme enquanto eles dormiam a sesta. O serão foi passado entre sushi caseiro e episódios do Mentes Criminosas.
Domingo aproveitámos a manhã de sol em Belém, com os miúdos a andar de bicicleta. Depois almoçámos num sítio muito BBB e, para terminar, fomos com eles a um parque infantil mesmo ao pé do restaurante. Durante as sestas deles vi mais um episódio do Scandal (não consigo parar e estou a tornar-me chata, eu sei) e li um bocadinho.Consegui resistir à tentação de me enfiar na cozinha a fazer scones e waffers e panquecas! (Nem sei como!!)
Agora é tempo de pôr a escrita em dia...
Fim de semana maravilhoso, só vos digo!
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02.02.13
Sol. Roupa estendida.
Ânimo. Duas horas de ginásio a doer.
Conforto. Um duche quente depois do treino.
Mimo. A infanta comigo para todo o lado.
Maravilha. Almoçar bife de frango grelhado com arroz basmati e salada - não comia basmati há anos!
Descanso. Tarde no sofá, entre séries, filmes e um livro. E chá, muito.
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11.11.12
Fomos visitar o mais novo membro da família. Nasceu há seis dias e é lindo. Já me tinha esquecido de quanto pesa um recém-nascido no meu colo. Mas, vinte e um meses depois, ainda sei cortar unhas-de-papel! Sou "tia" (na verdade, sou prima, mas a mãe do miúdo é como se fosse irmã do meu marido, portanto sou tia) e estou feliz!!
[Mas não, não tenho vontade de voltar a ser mãe... Suponho que estou definitivamente curada da vontade. Se nem ele, que é lindo, me deu vontade...]
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24.08.12
A melhor mãe do mundo: não faz as vontades todas (mas faz mais do que devia), não está sempre de acordo (mas apoia sempre). A melhor mãe do mundo põe-se em segundo para que a filha esteja primeiro. A melhor mãe do mundo ama os netos acima de tudo. E mima-os. E estraga-os. A melhor mãe do mundo é minha. E faz anos hoje.
Parabéns, Mamãe!!
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19.08.12
Alentejo. A Aldeia que, não sendo minha (teoricamente, sou lisboeta. Na prática, sou suburbana. Na verdade, nasci no aviário), é a terra que considero minha. É a Aldeia da minha infância e adolescência, onde passei alguns dos melhores momentos da minha vida (e onde apanhei a mais decadente bebedeira de sempre... qualquer dia conto), onde vivi amores de verão, onde dancei até cair, onde vi estrelas cadentes, onde andei a "cantar" aos corvos, onde fiz amigas para a vida. A Aldeia que faz o meu coração bater, por ser a minha. Passámos lá os últimos dias e foi fenomenal. Claro que o ritmo não tem nada a ver com o ritmo de há... vinte (vin-te? Glup...!) anos, mas ainda bem (faz este ano precisamente vinte anos que me "emancipei" e comecei a sair sozinha nas férias, a combinar coisas com os amigos, a ir para o café sem os meus pais atrás. Estou em choque...).
Os dias foram passados entre comer, ir beber café, ir com os miúdos à piscina, ir com os miúdos ao parque, ler, dormir... e mais nada. Foram dias maravilhosos, sabem? A miúda mais velha fez amigos e adorou andar por ali. Diz que o momento preferido foi o passeio de ontem à noite, com a vizinha do lado. Fomos (dois casais e três miúdos) beber café e ao parque. E eles brincaram, correram, partilharam gelados, jogaram às escondidas... divertimento a sério! Quando estávamos a regressar cruzámo-nos com um grupo de adolescentes à porta de um dos cafés. Estavam na fase de decidir para que lado ir. E eu pensei em como era quando eu era daquela idade e fazia exactamente aquilo... O meu amigo (o pai da outra menina que, não sendo de lá, também adoptou a aldeia como dele) perguntou se me lembrava de como era... e ainda nos rimos! É impossível não andar para trás uns anos e recordar as brincadeiras, as saídas, as conversas, as situações. Espero mesmo que os meus filhos tenham a oportunidade de viver aquilo como eu vivi. E que façam amigos ali e que daqui a trinta anos passeiem por lá com os filhos e se riam a recordar os anos em que foram miúdos a "fugir" dos pais para poderem curtir os namoricos e os copos às escondidas.
Nestes dias alentejanos li muito (mas ainda não acabei o sueco - é a seguir e depois falo nisto), não vi filme nenhum (mas estou agora a meio de ver um - e depois falo nisso), mantei saudades de uma açorda alentejana comida no quintal e fui feliz.
Agora rumámos ao Ribatejo, à terra que, não sendo a do marido (lisboeta como eu), é a que ele adoptou como sua. So far... so good. Temos mais uns dias de dolce fare niente pela frente. Espero ler pelo menos mais um livro, ver pelo menos uns 10 filmes, passear um bocadinho, mimar os miúdos e molhar o rabo na piscina de plástico que, não sendo a piscina-da-Aldeia, é o que se arranja e vai ter que servir.
A piscina da Aldeia - muito, muito fixe! Tem uns 20 anos e eu costumava estar ali todos os dias das minhas férias, desde que acabava de fazer a digestão até estar a tiritar de frio.
Manhã: acabar de tomar o pequeno-almoço e instalar-me meio à sombra, a ler. Tão bom... (As férias na Aldeia sempre foram as alturas em que lia mais. Ia carregada com livros e lia tudo!)
A nossa piscina ribatejana, que é aí 1/10 da outra. Vantagens: fica no nosso terraço, não se paga entrada e mais ninguém lá vai. E dá para se estar assim, sentada numa cadeira e com os pés ali apoiados. Nada mau, hum?
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10.08.12
Manhã pardacenta. Mesmo assim fomos à praia. Manhã maravilhosa. Amiga Ana Loira a fazer companhia (e o que eu gosto desta miúda, pá?!). Filha a dar mergulhos. Filho de óculos de sol Jackie Kennedy na cara. Mãe (eu) quase a perder a parte de baixo do bikini (quem me manda a mim usar bikinis com sete - SETE!!! - anos, já sem elasticidade nenhuma?). Mamãe (a minha) a fazer de croquete com o neto ao colo. Foi tão bom...
(E acho que terminámos a epóca de praia 2012...)
(E o puto, que calçava tamanho 20 em Maio, já não aguenta nada que seja tamanho 21. Tenho que desencantar sandálias 22. Nesta altura de avanços de temporada. De outono. Muito bom... NOT!)
(E a miúda a ficar cada dia mais querida e mais espertalhaça...)
(E eu mesmo, mesmo, mesmo, MESMO a precisar de sair daqui uns dias... de respirar ares do campo, de ver bicheza vária, de comer amoras acabadas de apanhar, de passar fins de tarde a ler na rua, quando ainda está quente...)
(Precisamos de férias, já disse)
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03.08.12
Eu tenho uma família peculiar (don't we all?).
Do lado paterno, sou a mais velha de seis netos. O meu primo mais novo tem 19 anos (really??? Tive que ir ver ao FB, porque estava capaz de jurar que ele tinha feito 16 no mês passado!!). Não o vejo (nem à irmã-do-meio dele - eles são três) há uns 15 anos e moramos a 18km... e trabalhei na terra onde eles vivem durante 4 anos. Adiante...
Do lado materno, sou a mais nova de cinco netas. A mais velha faz hoje 46 anos. Há bocado, no telefonema da praxe, caiu-me a ficha: daqui a quatro anos terei uma prima cinquentona. Não pode! Principalmente porque ela "é" uma miúda! Baixinha, magrinha, gira, não parece nada ter a idade que tem... Entre ela e eu há mais três primas que formam uma escadinha gira. Eu, ela e a prima mais velha a seguir a mim sempre fomos muito próximas, talvez pela proximidade que as nossas mães sempre tiveram. Tal como as nossas mães, nós nunca nos zangámos e, sendo as três filhas únicas, tenho a certeza de que seremos sempre a coisa mais parecida com irmãs que teremos. E é bom! Havemos de ser umas velhas giras, que acabam por ter a mesma diferença de idade que têm as nossas mães. Para já... Miss Maria está a quatro anos dos cinquenta!! Parabéns, miúda!!
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19.03.12
Clichés à parte, ele é e será sempre o meu super-pai. Aquele que me ensinou a ler quando não era suposto. Que me deixava ver o "Norte e Sul" com ele, tinha eu uns 8 ou 9 anos. O meu pai, aconteça o que acontecer, será sempre uma bênção na minha vida. Tive muita, muita sorte com o pai que me calhou.
E tive "olho" para escolher o pai dos meus filhos. Não podia ter escolhido melhor. Os sorrisos na cara dos miúdos quando o vêem são mais do que prova disso. Sei que eles são felizes com o pai que têm e isso basta-me.
Aos meus dois pais, um feliz dia do Pai!
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20.02.12
Sábado: almoço de aniversário em Torres Novas. Seguir para o Alentejo. Noite do caraças: 2 adultos e uma criança que se mexe pa caraças, enfiados numa cama de casal com 1,30m de largura. Tortura!! E muito frio.
Hoje: almoço com tios e avó noutra terra do Alentejo. Matar saudades do frango especial da avó Florinda. Regressar nas calmas, u minhas estradas preferidas de Portugal.
Chegar a casa, tratar de tudo e ver o resultado final do
concurso online de escrita em que participei... E ficar brutalmente feliz...
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31.10.11
Sábado por casa. Domingo: marido pega na mais velha e ruma a casa dos pais dele, para construir uma espécie de telheiro para a minha sogra secar a roupa no terraço. Logo a seguir ao almoço eis que um barrote de madeira lhe aterra no dedo, precedido de abrandamento por colisão com a cabeça dele. Faz-lhe um golpe enorme no dedo. Marido e cunhado rumam, de ambulância, a S. José. Aguardam 3 horas. Marido leva anestesia local, 3 pontos no dedo e vacina do tétano. Marido não pode conduzir.
Eu, que era suposto ficar em casa a trabalhar (e trabalhei tanto que tenho o resto da semana de trabalho de costuras cortado em cima da mesa de apoio), tive que ir buscá-lo. Não tinha o carro de papai, pelo que papai teve que me ir buscar. Pegamos no mais novo e rumamos a casa da minha sogra. Papai regressa com marido no carro de papai, eu regresso com as crias no nosso carro. Vou levar os miúdos a casa, estaciono o carro. Pego no carro de papai, levo papai a casa e regresso. Vinte e cinco minutos à procura de lugar para estacionar e acabo por deixar o carro plantado em cima de uma rotunda. Literalmente.
22h30. Chego a casa. Miúda pede para ir para a cama. Deito-a. Miúdo, com os horários todos destrambelhados, pede para jantar. Dou-lhe jantar. Ponho-o na cama. Janto, finalmente. Marido, coxo da mão esquerda, pede que lhe dê banho. Acedo, claro (até porque vem no contrato: "na saúde e na doença, blábláblá..."). Dou-lhe banho, seco-o, visto-lhe o pijama, faço um chá para nós. Bebemos o chá no sofá. Deitamo-nos. Muito mais cansados, muito mais doridos, muito mais fora do esquema do que era suposto. Se isto é um domingo calmo, venham os domingos agitados, sim?
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29.08.11
Estas férias foram uma espécie de mixed feelings. Não foram (de todo!) as férias que eu queria ter tido. Estive demasiado tempo na terra. O senhor marido teve que trabalhar dois dias, depois de regressarmos. Isso fez com que só tivesse havido dois dias de praia. Aldrabados. O primeiro começou na 5ª feira passada, às 17h, e terminou às 19h30. O segundo começou na 6ª às 10h30 e acabou às 12h. E foi isto. Sábado foi como se não estivéssemos de férias: limpeza (e é nestas alturas que eu penso: adorava ser podre de rica!!). Ontem foi dia de Ikea (post sobre isto a seguir) e mais limpezas e arrumações. Mas aquelas limpezas e arrumações que me dão um gozo do caraças, porque envolvem mudança de rotinas. E hoje, o normal: correria de manhã porque a miúda é alapada à cama como gente grande. Mas saímos a horas e cheguei a horas e pronto. Logo o regresso faz-se de comboio e é assim que vai passar a ser a rotina da ida/vinda do trabalho. É que o senhor António Costa foi celeríssimo a espetar parquímetros em tudo quanto é rua de Lisboa e não dá para oferecer cerca de 200 euros/mês à Emel. Não dá mesmo.
(Se ele tivesse sido igualmente célere a arranjar a 24 de Julho, do lado do Rio (que eu nem sei se se chama 24 de Julho, mas pronto. É a rua que passa em frente ao Museu da Electricidade, da Fundação Champalimaud (ou lá como se chama aquilo), da Torre de Belém, etc. Um degredo de buracos, é o que é. E com o dinheiro que andamos - todos quantos temos que trabalhar em Lisboa e, ups, precisamos de carro para trabalhar - a enfiar-lhe nos bolsos, bem que ele podia mandar recalcetar aquela merda que bem precisa).
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13.08.11
Estamos de férias. Finalmente. Ele está exultante. Pudera: só tem três semanas de férias por ano; duas a meio de agosto e uma entre o Natal e o ano novo. Portanto passa oito meses a trabalhar, muitas vezes ao fim-de-semana. A dormir cinco ou seis horas por noite. Agora é tempo de descansar. Começámos ontem, na verdade.
Jantar em Sintra, na Taverna dos Trovadores. Ele andava a querer regressar lá há imenso tempo. Houve um jantar nosso lá que o marcou e ele queria repetir. Fomos. Que desilusão. A comida banalíssima, nada de especial mesmo. Cara, para o que era. O serviço, um pavor. Nem tanto o serviço em si, mas a postura dos empregados uns com os outros. Um dos que estava a servir à mesa resolve, a dada altura, berrar para a cozinha (demasiado perto da sala): caga nessa merda dessas sopas e aquece-me os bacalhaus, diz ele para a cozinheira. Era impossível não ter ouvido aquilo. Entretanto, outro empregado, a atender na mesa atrás da nossa resolve explicar que Olhe, os cheesecakes ainda estão congelados, por isso se quiserem mesmo os cheesecakes tenho que os descongelar no microondas... (what?? Cheesecake congelado?? Devia ser maravilhoso... NOT!).
A parte boa: estarmos ali lado a lado com o Salazar. Quem é o Salazar? O mauzão da 3ª série do 24 (a minha preferida, já se sabe). Não me impressionou estar ao lado do Joaquim de Almeida. Mas quando me lembrei que era ele o Salazar e que se fartou de estar com o Jack Bauer (lá está, também não me impressiona saber que ele contracenou com o Kiefer Sutherland - apesar de o achar assim divinal)... (isto é, obviamente, uma parvoíce pegada. E não me pôs a sacar autógrafos, nem coisa que o valha. Foi mesmo só a sensação de "este gajo passou meses com o Jack Bauer" - João, tu entendes-me, right?).
A ideia era arrumar as tralhas todas ontem. Impossível. Adormecemos os dois assim que chegámos a casa. Hoje acordámos às 7h e estamos (quase) prontos para ir. Vai ser bom.
Boas férias!
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11.08.11
Eu sei que estive seis meses e meio em casa. Eu sei que tive tempo para tudo e mais uma coisa. Sei disso tudo. Mas também sei que estou cansada. Drainned é a palavra que me vem à cabeça. Só me apetece dormir, ver filmes, descansar. Aproveitar o sol, os mimos dos meus amores, o tempo com eles. Já só penso nos livros que quero levar para ler, nas séries que quero ver nas férias. Já só me imagino a acordar, calçar os ténis e ir correr, pela fresca, para depois chegar a casa e tomar o pequeno-almoço com eles. Já só quero que chegue amanhã à tarde (e que setembro não chegue nunca mais!).
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20.07.11
Lembro-me das noites em que ele me adormecia na cama dele, a contar-me uma história. Era sempre a mesma e eu adormecia sempre mais ou menos no mesmo ponto. (A minha mãe, que tinha a 4ª classe quando casou, voltou a estudar já depois de eu nascer. Conto esta história no dia dos anos dela, que está quase aí).
Era uma história sobre uma cabaça, onde uma menina se escondia para fugir de um lobo. Foi ele que inventou a história, um misto de Capuchinho Vermelho com... Aladino, para aí. Lembro-me do tom de voz com que ele contava a história, se fechar os olhos "ouço-o" a contar isto. Tinha 16 anos quando ele ma contou pela última vez. Uma noite, não sei bem porquê, fui deitar-me na cama dos meus pais (acho que ele estava doente) e pedi-lhe que me contasse a história. Adormeci no mesmo ponto de sempre.
Foi uma coisa que quis que a minha filha vivesse. E vive. De vez em quando, ao fim de semana, ou se dorme lá alguma noite, pede que ele lhe conte a história e ele ali fica, pai e avô, a contar a história da cabacinha...
[Não preciso de dizer que acabei de escrever isto de lágrimas nos olhos, pois não?]
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18.07.11
57, hoje.
O meu homem de referência, a par com o meu avô. O pai que me deixava ter grilos em casa. E pássaros. E hamsters. E que uma vez me comprou um hamster macho que afinal era fêmea e que pariu uma catrefada de hamsterzinhos nem uma semana depois de chegar lá a casa. O pai que me levava ao café com ele, depois de jantar. E que me ensinava a jogar cartas e a ler e a escrever, tudo antes do tempo em que era suposto. O pai que me deixava ver o Norte e Sul com ele, tinha eu uns 8 anos (e não censurava cenas nenhumas). O pai que me deixou crescer, que me deixou ganhar asas e voar sozinha. O pai que me levou ao altar, emocionado e cheio de calor, tal não era a pilha de nervos. O pai que ama os meus filhos e que brinca com eles. O pai que se tornou avô, um avô muito melhor do que eu alguma vez supus que ele viesse a ser, daqueles avôs que se deita no chão a rebolar e que compra coleções inteiras do Noddy só porque a menina gosta. O meu pai, que eu amo tanto.
Parabéns, Pai.
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19.03.11
Toda a gente sabe que a minha vida é feita de dois pais: o meu pai e o pai dos meus filhos. O meu pai é o melhor pai do mundo. Sou apaixonada por aquele homem. Complexo de Electra, sem dúvida nenhuma. Sou alapada a ele porque "as meninas puxam sempre mais aos pais". Eu também puxo à minha mãe, mas o meu pai é uma paizão irracional. Devo-lhe muito do que sou, muito do que sei, algumas qualidades que tenho e o meu principal defeito - tudo herança dele. Amo-o muito e sei que ele sabe.
O pai dos meus filhos é o melhor pai do mundo. Por todas as razões e mais algumas. Porque ama os filhos acima de qualquer coisa. Porque se mata aos bocadinhos para dar um futuro brilhante aos filhos. Porque... sim.
Hoje a miúda acordou e foi disparada ter com o pai.
"Pai, feliz dia do pai!", acompanhado de beijo e abraço apertado. E um pai em lágrimas. E uma filha felicíssima porque ia passar o dia nos mimos com o pai.
Eu fiquei com o filho mais pequeno enquanto a mais velha e o pai se foram mimar reciprocamente. E vim almoçar com os meus pais. E não sei há quantos anos não almoçávamos só os três à mesa. Foi bom. É bom. É bom ser filha deste pai e ter dado ao outro a oportunidade de ser pai. Os melhores pais do mundo, pois claro.
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05.03.11
Há pessoas que vivem para sempre.
O meu avô. A pessoa que marcou a minha infância. A pessoa que me ensinou mil coisas que ainda hoje lembro (a encher cartuchos, que ele depois levava para caçar, por exemplo). A pessoa cuja morte mais senti. A pessoa de quem tenho mais saudades.
O que é realmente bonito é que este avô criou três netos. Tem seis, mas só conviveu diariamente com três. Os outros três não sabem nem querem saber - e nem sonham aquilo que perderam...
Os três netos que o meu avô viu crescer todos os dias, até morrer, sentem a sua ausência da mesma forma. Choramos os três com saudades dele. Rimo-nos quando recordamos histórias da nossa infância, mas acabamos sempre em lágrimas. O meu avô Eusébio é eterno dentro de nós.
E agora também é eterno no braço da minha prima mais nova. Provavelmente a tatuagem mais bonita que já vi (e está igual, igual à fotografia, igual ao que ele era...). Um dia, quem sabe, desenharei exactamente a mesma fotografia do meu avô algures na minha pele.
Tantas saudades, avô, tantas...
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21.01.11
...que se resolveram em 5 horas. Sou mãe a dobrar. E o amor também se dobra, no exacto momento em que vemos um filho sair de dentro de nós. Apaixonei-me outra vez. E não preciso de dizer que estou feliz!
Nota: post publicado a 321km de distância a pedido da mãe.
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15.01.11
Eu fui daquelas que passou a adolescência a fazer braço-de-ferro com a mãe. Nada do que a minha mãe dizia valia grande coisa. Nada do que ela me impunha fazia sentido. Se ela dizia "branco" eu dizia "preto". Se ela dizia "sim" eu dizia "não". Eu era basicamente do contra. Sempre.
Depois fui viver sozinha e passámos a dar-nos muito melhor. Passei a vê-la não como a chata que eu tinha que aturar, mas como a mãe que me apoiava, que me aconselhava, que me servia de rede quando eu andava a brincar aos trapezistas.
Hoje não vivo sem a minha mãe. Temos uma relação cúmplice, completa, de carinho, de entendimento. Gosto muito da companhia dela, gosto de ouvir o que ela tem a dizer, mesmo que nem sempre concorde. Nestes dias ela tem sido a minha companhia. Ela e a minha filha. Vamos as três para todo o lado. Quando o senhor marido não pode estar em casa lá rumo eu ao ninho da minha mãe. É onde tenho estado hoje. Debaixo desta asa que tão bem me conhece, que quer tanto bem aos netos, que faz o que pode e o que não pode por nós.
Obrigada, Mãe.
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03.01.11
À meia-noite, o brinde: espumante e sumo de laranja. Conversa, comida, brincadeira, nada de assinalável. Muito barulho na rua. Nenhum outro sítio onde me apetecesse estar a não ser em casa, aconchegada.
Entrámos em 2011 sem dar espectáculo: não tivemos o bebé do ano, não andámos em correrias, nada de assinalável. Cá estamos, em 2011. À espera. Nada de assinalável...
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07.12.10
A minha filha tem duas coisas que a caracterizam de caras: fala que se desunha e é a maior descoordenada motora que já vi.
No domingo, os três na cama, nos mimos da manhã. Eu e ele a falar sobre o que faríamos nesse dia. Ela lá achou que estávamos a discutir (não estávamos, estávamos a falar calmamente). Passa-se então o seguinte diálogo:
Ela: parem de discutir.
Eu: ó filha, nós não estamos a discutir, estamos a conversar.
Ela: pensava que estavam a discutir.
Eu: não, filha.
Ela: ah, já sei! Vocês estavam a falar assim puque têm muita pe'sonalidade!!
Eu e ele a rir, claro. Muita personalidade?? Onde é que ela vai buscar estas coisas?...
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