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Time lapse

28.02.14

Eu tenho um "problema" com o tempo que vai passando. Nem sequer consigo explicar isto muito bem, mas cá vai. Quando reencontro pessoas do meu passado, que não vejo ou com quem não falo há 15 ou 20 anos, custa-me muito dar o salto para os dias de hoje. Ou seja, para mim, aquelas pessoas continuam a ter a idade que tinham quando nos vimos/falámos pela última vez (e eu também, lógico).

 

Há dias percebi, por um comentário aqui, que uma ex-colega de secundário me lê (olá, V.!). Trocámos uns comentários e quando ela me diz que tem uma filha com dois anos e meio... aquilo não ligou. Fiquei ali, a pensar como é que é possível que nós, aquelas miúdas que passavam tardes no café, em torneios de sueca e a beber cerveja só porque sim (pai, mãe, é um facto... mas não faltei a muitas aulas por causa disto!), aquelas miúdas sem preocupações nenhumas, já sejamos mães de pessoas pequenas, já tenhamos vidas construídas, já não sejamos as tais miúdas de 15 ou 16 anos, completamente inconsequentes.

 

Eu tenho mesmo um problema com o tempo que vai passando. Custa-me aceitar que já lá vão 35 anos. Custa-me aceitar que há coisas que não voltam e que passou tão depressa. Não é que eu seja saudosista. Mas gostava muito de saber que dá para andar cá uns 200 anos e que 35 são só um pedacinho muito pequeno da vida que tenho para viver.

 

[P.S.: V., adorei reencontrar-te!!]

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Mais 5km

28.02.14

Já aqui disse: nunca quis correr uma Maratona. Mas sou exigente e acredito em mim, portanto tenho uma Meia-Maratona debaixo de olho. Está para breve? Não. Até lá, tenho muitas provas mais pequenas para correr. A começar no próximo Domingo: Rapidinha de Cascais, 5km. Mas achei que, mesmo para correr 5km, precisava de treino como deve ser. Não me ia mandar a correr 5km sem nunca os ter corrido fora de provas. Portanto tenho andado nisto. Esta semana corri os 5 na terça e hoje. Na terça a 33'40''. Hoje a 31'52''. Também acho que já aqui disse: quero muito correr os 5 abaixo dos 30'. No Domingo vou tentar. Tenho andado a retirar quase 2 minutos por treino, portanto acho que é possível. E se não for? Sem problema. Quero mesmo é correr na rua, em ambiente de prova, só porque sim. Objectivo? Desafiar-me. Ir para além daqueles que acho que são os meus limites (mas que sei que não são). 

 

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Coisas boas

26.02.14

Ando bem disposta. Apaixonei-me por mim novamente. É um bocado narcísico, sim, mas faz falta. Ando orgulhosa das pessoas que sei que vou tocando com esta história que estou a viver. Quem lida comigo sente-me mais feliz. Ainda bem. Estava cansada do cinzentismo, do morno, do assim-assim. Eu mereço mais do que o assim-assim.

 

Tenho corrido mais. No domingo que vem vou fazer a Rapidinha de Cascais. São só 5km, mas isso para mim é épico. Até hoje, corri 5km três vezes, sempre na passadeira. Não custa? Claro que custa! E não é pouco! Mas no final, a sensação é inexplicável. Dia 16 volto a correr na rua, na Mini Maratona da Ponte. Vão ser 7km... mais puxado, é certo, mas não me preocupa tanto, porque vou ter uma lebre das boas nesse dia.

 

Os bolos... tantos, tão bom! Tem sido uma aventura (que tenho mostrado no Instagram, só). Tenho aprendido tanto! E tenho tentado sempre superar-me... e acho que não me tenho saído mal.

 

Entretanto, o blog. Acontece-me imenso durante o dia: aparecem-me posts à cabeça o tempo todo. Só que, graças à tecnologia, que me obriga a ter que ligar um portátil para escrever, eles ficam ali mesmo, na minha cabeça. Já disse: ando a pensar seriamente em mudar isto de plataforma e em voltar à base. Calha que ainda não consegui importar lá (no Blogger) os posts deste ano e meio de Sapo. Mas estou a tentar. E às tantas ainda mudo na mesma, mesmo sem posts importados! Queria ter tudo junto bonitinho, direitinho e tal. Mas se não der, que se lixe! Não posso e nem quero deixar isto ao abandono. Quero escrever mais, contar-vos mais, partilhar mais. Mas tem sido complicado.

 

[Vanessa, chama lá aí o Daniel, please, para ele me dizer que não ha nada a fazer...]

 

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Inspiração

19.02.14

Há muita gente que me inspira. Várias pessoas, várias áreas da minha vida, ums inspiração constante. São pessoas que, sem se aperceberem (a não ser que eu lhes diga - e eu faço questão de lhes dizer, em jeito de agradecimento, porque merecem saber), me fazem ser melhor. A questão não é ser melhor do que ninguém - não é isso que eu quero. É ser melhor do que já fui. Superar-me. Crescer. Evoluir. Sozinha não seria capaz - até porque não vivo numa caverna e tudo o que nos rodeia acaba por nos influenciar. Às vezes basta uma palavra, que pode nem ser dirigida a mim, mas que absorvo como se fosse. Basta um exemplo. Basta ver a felicidade nos olhos das outras pessoas.

 

Andei tanto tempo à procura de mim que às tantas deixei de saber onde me procurar. Estas pessoas, as minhas inspirações, foram uma espécie de farol: foram-me guiando, foram-me conduzindo aos caminhos que eu precisava de percorrer. Lido muito bem com o facto de ter estas pessoas a apoiar-me, ainda que seja eu a apoiar-me nelas.

 

O que me é totalmente estranho é ter alguém a dizer que eu também sou esta inspiração. Ter gente a ver o meu exemplo e a guiar-se por ele. Fico assim meio sem reacção, sabem? Dou por mim a perguntar-me como é possível que isto aconteça. Fico ali com cara de pescada, meio nhec, sem saber o que dizer, quando me dizem que se inspiram no meu exemplo. Agradeço, claro. E fico feliz - muito. Faz-me crer que tudo isto vale muito a pena, não só por nós, mas também pelos que nos rodeiam. Não recuso este papel nem me assusto com ele, mas ainda estou a aprender a aceitá-lo (um bocadinho o que acontece com os elogios, com os quais ainda não sei lidar e que me deixam sempre sem chão).

 

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A idade e o tempo

14.02.14

Há uns anos, perante uma paragem da chuva como a de hoje, agarraria em mim e rumaria a um dos meus sítios: uma esplanada perto da praia, Sintra ou Lisboa.

 

Hoje, perante a mesma paragem da chuva, fui pôr roupa a lavar porque, com a ventania que está, isto é coisa para secar até ao fim da tarde...

 

[E sim, isto tem o seu quê de deprimente...]

 

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35

12.02.14

Ontem fiz 35 anos. Primeira "medida": desactivar a notificação de aniversário do Facebook. Porquê? Porque sinto que preciso de quebrar um bocadinho o ciclo do egocentrismo. Eu sei que era o meu dia, aquele dia especial em que mereço ser mimada. Mas apeteceu-me descentrar. Quem sabia ligou, mandou mensagem, arranjou maneira de falar comigo. Quem não sabia não foi informado pelo Facebook (e isso não tem mal nenhum).

 

Escolhi passar o dia comigo, a fazer coisas de que gosto. Fui à loja de material de cake design aproveitar o desconto-de-aniversário. No regresso fui ao ginásio. Corri 5km em 35 minutos (menos 2 minutos do que o tempo anterior). Fiz mais uns exercícios e segui viagem. Próxima paragem: almoço em casa dos pais, com eles e com o filhote mais pequeno. Depois, à tarde, sessão de cinema a solo (eu e três casais de velhotes na sala de cinema). Fui ver o "Philomena", que amei - um filme delicioso, cheio de subtilezas e com uma Judi Dench fabulosa.

 

Depois fui buscar os miúdos e rumámos a casa. Jantar normal, em família. Serão a terminar um bolo e ler um bocado na cama. Fim de história.

 

35 anos. Não me lembro de me ter sentido tão feliz num dia de aniversário. Encontrei-me e isso nota-se. Estou bem comigo. Feliz. Mesmo feliz. Sei que sou capaz de tudo e isso é bom. Cheguei ao dia de ontem com o meu objectivo cumprido e isso rendeu-me uns quantos sorrisos. Sou feliz, já disse?

 

[Ah, e a minha mãe arranjou-me um bolo de aniversário giro: quatro pastéis de nata, com duas velas... um 3 e um 2. Era o que havia. Serviu. Não provei os pastéis, obviamente. Já nem consigo...!]

 

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Em jeito de whislist...

07.02.14

 

 [Ou então saía-me o euromilhões e eu podia comprar isto tudo na boa...!
E acho que este é o primeiro ano em que não estou nem aí para livros e afins...]
 

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[Mais do mesmo]

06.02.14

Hoje de manhã, no ginásio, um senhor levou uma balança a que só falta voar. Aquilo mede o peso, a massa gorda, a massa magra de cada braço, de cada perna e do tronco, a água, a gordura visceral, os ossos, o metabolismo basal e a condição física geral.

 

Lembram-se de eu ter dito aqui há tempos que estava com uns lindos 33% de massa gorda (ou seja, 1/3 de mim era toucinho)? Pois é: passado. Estou com 26,4% de massa gorda**, os outros níveis estão todos bons e o meu metabolismo basal* ronda as 1400 calorias/dia (na altura dos 33% andava nas 900 e tal calorias). Conclusão: vibrei!! Fiquei tão, tão feliz!!

 

* O metabolismo basal é a quantidade de calorias que queimamos em repouso. Ou seja, devemos ingerir menos do que isso, se estivermos em modo de perda de peso. O facto de o meu metabolismo basal ter subido é óptimo e deve-se ao desporto e aos termogénicos naturais que vou ingerindo e que aceleram o metabolismo. Acontece que eu não conto calorias, mas sei que ingiro menos de 1400/dia. Está explicada a perda de peso.

 

** Ainda não estou onde quero, obviamente. Quero muito chegar aos 18% de massa gorda... e hei-de chegar!

 

[A seguir, um post sobre comida maravilhosa. Só para desenjoar!]

 

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Run, Forrest, Run...

05.02.14

Primeiro dia de corrida da vida, em Junho ou Julho de 2011, 333m corridos de seguida. Ridículo, pensei eu na altura. Nem por isso: acho que é normal. Quando não nos mexemos, não é suposto correr uma meia maratona assim, sem mais nada.

 

Quando comecei a correr no ginásio a coisa foi devagar. Corria 1 minuto, andava 2, corria mais 1 e morria. Eu sabia que era temporário e que um dia havia de conseguir correr como deve ser, uma distância normal e decente. No final de Novembro estava a correr mais ou menos 15 minutos, o que dava pouco mais de 2km. Em Dezembro não treinei e sabia que o preço a pagar seria voltar à estaca zero quando recomeçasse. Não me enganei. Janeiro começou a medo, devagar. No primeiro dia acho que aguentei uns 2 minutos, se tanto.

 

Há duas semanas, já com outras duas de corridas sistemáticas, estava a correr 750m em 6 minutos e achava que ia morrer a seguir. Depois, um dia decidi que ia correr 20 minutos sem parar. E corri. Sem dramas. A cabeça a mandar nas pernas, a vontade a dominar o cansaço. Fui aumentando os tempos e as distâncias e na semana passada fiquei super feliz com 4km corridos em 29 minutos. Mas queria mais: queria os 5km. Porque quero correr na rua, quero correr provas, quero provar-me a mim mesma que sou capaz de fazer uma prova "oficial" sem andar e sem ter um achaque qualquer.

 

Hoje entrei no ginásio disposta aos 5km. Aqueci 250 metros numa passadeira, enquanto a "minha" estava ocupada (só gosto de correr numa passadeira, que é velha e rija e que se parece mais com correr na rua). A outra senhora acabou a caminhada dela e eu fui. E corri 5km. 37 minutos. Um exagero de tempo, eu sei. A seguir hei-de reduzir isto porque quero chegar à rua e correr os 5km abaixo dos 30 minutos. Isso faz com que tenha que correr a 10.1km/h. Hoje corri 4km a 8.2 e o último a 8.3 (Em Novembro já estava a correr a 9.2, e nalguns dias a 9.5).

 

Corri certa de que me ia cansar. Ontem fiz um treino de pernas que não me deixou em bom estado e sabia que me ia custar. Mas corri na mesma. Os primeiros 3km foram dolorosos, as pernas a queimar e a querer desistir. A cabeça a dizer que já passa e que é para continuar. Depois dos 3km deixei de sentir as pernas e corri com a cabeça. Muito menos resistência da minha parte. Deixei-me ir. Aos 5km parei a máquina e fiquei a saborear aquela minha pequena grande conquista. Eu quis correr os 5km e fui capaz.

 

Não estou a seguir nenhum plano de treino (há dezenas na net), estou a seguir o que me dizem as pernas e o que me diz a cabeça e o coração. E estes dizem-me que sou capaz de tudo, até da Maratona - que nunca quis correr e que continuo a não querer correr (não por medo mas porque acho que correr 4h seguidas é a maior seca da vida). O meu objectivo é correr uma prova de 5km, depois uma de 7km e depois uma de 10km. No fim disto, em calhando, inscrevo-me numa meia maratona qualquer e faço os 21. Logo se vê. Para já, conquistei o meu objectivo. E é tão, tão bom!!

 

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Aprender a ler

04.02.14

Desde que a minha filha começou a interagir com objectos que fiz questão de a rodear de livros. Já tem uma biblioteca considerável, entre livros que lhe comprei eu e livros que lhe foram oferecendo. Quando achei que já tinha idade para isso comecei a levá-la à biblioteca, numa espécie de momento mãe-e-filha, muito nosso. Ela adora. Já há muito tempo que não a levo a ouvir a hora do conto, mas tenho que tratar disso porque já temos saudades.

Ela sempre me viu a ler muito. Sempre me viu com um livro na mala, porque eu não vou para lado nenhum sem levar um livro para ler. Sempre me viu a ler nas férias e na cama, antes de dormir. Sempre lhe lemos histórias antes de dormir, e só em dias de maior cansaço saltamos a rotina e passamos logo ao beijinho de boa noite. Andava ansiosa por começar a ler. Já começou. Há umas duas ou três semanas sentei-me ao lado da cama dela, com ela já deitada, e pedi-lhe que me lesse uma página sozinha. Ela leu. Ajudei nos casos que ela ainda não aprendeu (os nhe, lhe, que e afins). Ela percebeu que é capaz sozinha.

Passou a despachar-se depois de jantar, para poder ir ler um bocadinho. Lava os dentes, veste o pijama, deita-se, acende a luz, escolhe um livro e fica a ler sozinha, até lhe dizermos que é hora de dormir.

 

Adoro. Adoro ver que ela gosta mesmo de ler. Adoro ver que ela já tem o hábito da leitura. Adoro ver que ela quer mesmo aprender mais para poder ler cada vez mais. Adoro saber que ela vai estar sempre bem acompanhada, enquanto houver livros bons para ela ler. Adoro sabe que vai passar momentos maravilhosos nas páginas dos livros que ler.

 

[Para mim, leitora compulsiva e viciada, pessoa que já se perdeu milhares de vezes nas histórias de pessoas que não existem, mulher que já foi mil coisas através das personagens dos livros que leu, é um orgulho sentir que a minha filha vai pelo mesmo caminho. Esta era a única característica que eu fazia questão que ela herdasse. Herdou outras (celulite, por exemplo - totalmente dispensável!), mas esta é a que me faz babar de orgulho!]

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Impossível não falar nisto

28.01.14

[Desculpem os que acham esta coisa de perder peso a maior chatice à face da Terra. Eu entendo-vos, a sério que sim! Já houve alturas em que revirei muito os olhos perante posts sobre este tema. Foi na altura em que estava noutra e não queria saber de quem perdia peso. Portanto, se quiserem seguir adiante não vos levo a mal - na verdade nem chego a saber, não é? Bom, falemos...]

 

Já aqui disse que entrei em 2014 com 68kg. Tenho um objectivo final, mas vou tendo objectivos pequeninos pelo meio, assim numa de não ir com muita sede ao pote e de não me desmotivar. Um desses objectivo é este: chegar ao meu aniversário com 63kg. É assim um semi-objectivo: dava-me um mês e meio para me pôr a mexer, 5kg num mês e meio não é nada do outro mund, é exequível sem ser preciso ser radical. 

 

Hoje de manhã vesti-me e não me senti bem. Peguei numas calças de ganga que uso muitas vezes e que andaram muito tempo "a gritar" (ou seja, justas de meter impressão!). Vesti-as e senti-me estranha. Calças largas na cintura, ok nas pernas, mas largas-a-cair na cintura. Há bocado pesei-me. Não estava em jejum nem nada disso, mas pesei-me na mesma. 63,5kg. Fiquei ali, a olhar para o espelho e para a balança, incrédula. Eu sinto, eu sei que perdi peso, noto na roupa e fora da roupa. Mas ver os números ali foi um baque.

 

Ainda assim, mantenho o objectivo (oficialmente, porque, por dentro, passei a querer os 62 no dia do meu aniversário). E mantenho o objectivo final, que foi mudado entretanto, mas que agora está fixado. Quando lá chegar falo nisso. Até lá... passem à frente ou comemorem comigo os pequenos degraus que vou conquistando...

 

 

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A conversa que fez o meu click acontecer

24.01.14

29 de Dezembro, eu dentro da banheira para um banho de imersão, telemóvel na mão e toca de conversar com a Erica, que foi o meu anjinho salvador. Falávamos de pesos e do meu desânimo. E dos porquês de eu não resistir a doces.

Dizia-me ela que também tinha sido assim, a maior gulosa à face da Terra, que tinha que comer doces todos os dias. Depois deixou de ser. E eu perguntei o que mudou. A resposta dela foi esta: "Tive uma epifania, um dia. Pensei: bolas, então uma tigela de leite creme vale q eu fique aborrecida, discuta c meio mundo? Mas eu vou a uma festa pelo bolo, ou pela companhia das pessoas? E disse: não, eu sou perfeitamente capaz de viver sem comer doces. E meti na cabeça que doces são PARA OCASIÕES MTO ESPECIAIS. E durante 10 meses comi uns 8 ou 9 doces."

Eu disse que era disso que eu precisava: uma epifania igual. E ela disse-me que aprendeu o seguinte: "a) sobrevivo mto bem sem doces; b) quando podes e sentes MESMO que podes comer tudo, o teu cérebro não pede nada.". Verdade.

 

"Se mudares o discurso para: não, eu como um doce MESMO quando me apetece MUITO, vai-te acontecer uma coisa espantosa que é passares por um doce, teres a possibilidade de o comer e dizeres: Hum, hoje nem me apetece muito.", disse ela. E eu respondi que me aconteceu precisamente isso... nas minhas gravidezes. "Sabes porquê? Porque se calhar nessa altura o teu inconsciente estava descansado e podias comer o que quisesse. Quem mandava eras tu e não a tua gula por doces."

 

Depois ela aconselhou-me: "Faz um exercicio: passa por todas as pastelarias e analisa o bolo que queres comer, pq sabes que HOJE vais comer um bolo, ou dois, ou três, os que quiseres. O mais provável é dares meia volta e não te apetecer nenhum." - Verdade: isso foi o que me aconteceu no Natal do ano passado: autorizei-me a estar à vontade porque decidi que lidaria com o problema em Janeiro... e a verdade é que não comi quase nada doce.

 

E foi aqui que se deu o click: no momento em que decidi que eu posso comer doces, quando EU quero. Não quando me apetece, quando tem que ser, quando estou triste ou contente, quando estou ansiosa, quando mereço, quando que se lixe é só hoje. E a verdade é que, desde dia 1, que foi o dia em que me comprometi, não voltei a tocar em doces, nem em nada que eu sei à partida que não é bom para mim. Já estive perto das tentações só que... já não são tentações. Já não tenho que lidar com a ansiedade associada a querer comer e saber que não posso. Já não tenho que fazer esforços sobreumanos para não enfiar a cara em bolos e porcarias afins. Passo ao lado do que antes gritava por mim e nem um sussurro ouço. Sinceramente, nunca acreditei que um dia isto fosse acontecer comigo. Mas aconteceu. Tem sido assim.

 

E o melhor? É libertador. Eu é que mando. Não é a comida que manda em mim, a gula passou a ser apenas uma palavra no dicionário. Se eu quiser, eu posso comer. Acontece que não tenho querido. Hei-de querer comer um bolo, claro que sim. E hei-de comê-lo, sabendo que isso não me fará refém do açúcar outra vez. Mas, por enquanto, ainda não quero comer. Não preciso. Estou bem assim. E a verdade é que estou há 24 dias sem açúcar. Aí há tempos li num dos meus blogs preferidos que a autora estava a fazer um detox de 21 dias sem açúcar. E a dar em maluca pelo caminho. Eu li aquilo e pensei "nunca na vida! Sou incapaz de estar 21 dias sem açúcar!". Surpresa: 24 dias. E é para continuar, porque me sinto bem assim, porque não me faz falta, porque não é disso que preciso para viver. E, na verdade, vivo muito melhor sem açúcar. Desapareceu a ansiedade e o sentimento de culpa quando mitigava a dita ansiedade. Desapareceu o pensamento constante em bolos e chocolates e doces. Desapareceu a vontade. Apareci eu, a mandar em mim, a decidir o que quero para mim, a escolher o que me faz bem. E isso não significa que deixei de ter prazer no que como, bem pelo contrário. Não como nada de que não goste, só que nada do que como me faz sentir culpada e ficar com peso na consciência. Repito: é libertador.

 

Portanto, bottom line: tu é que mandas. Tu é que decides. A comida, seja ela qual for, não manda em ti. E quando perceberes que tens este poder todo e que não és escrava do que comes, deixas de estar presa ao que nos faz mal e passas a escolher o que é saudável e bom para ti, com o mesmo prazer com que antes te afundavas em baldes de gelado. De novo: é libertador. O desafio? Experimenta!

 

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O dia em que eu mudei

17.01.14

Ando há anos a dizer que é desta, que agora é que é, agora é que vou entrar na linha e comer como deve ser e mexer-me e perder o peso que me chateia. Anos disto representam um desgaste imenso. Ninguém me cobra isto, mas eu cobro. Ninguém me exige que eu perca os tais quilos, mas eu exijo. Foram seis anos de uma luta diária, de muita angústia, de muita vontade e de vontade nenhuma, de muitos falhanços e de um sentimento de culpa enorme e constante. Seis anos é muita coisa. São muitos dias com um peso maior do que consigo carregar em cima de mim. Muitos dias a sentir-me a maior fraude, a maior falhada do mundo. Eu sei: sou eu que sou exigente. Sou, sempre fui, não quero deixar de ser. Não era por aí que ia resolver o problema: baixar a fasquia para me sentir melhor nunca foi opção.

 

Cansei-me muito durante estes seis anos. Foram seis anos a gostar menos de mim do que mereço. Seis anos a cuidar mal de mim. Fartei-me de mim e da minha conversa, quis mandar tudo à real puta que pariu, quis desistir muitas vezes, quis formatar o disco e deixar de pensar. Nunca fui capaz. Lá no fundo esteve sempre aquela vontade de mudar e de chegar onde quero. Sabia há muito tempo o que precisava de fazer para conseguir mas, de caminho, fui sempre a minha pior inimiga. Boicotei-me. Usei os clássicos das desculpas, não sou capaz, é só hoje, apetece-me mesmo, eu mereço, não consegui resistir e fui-me boicotando. Durante seis anos, que são mais ou menos 2190 dias. São demasiados dias para não se ser feliz consigo mesma.

 

A Catarina disse-me muitas vezes que um dia eu havia de ter o click e só aí ia conseguir mesmo mudar. Fui sorrindo e acenando, a achar que já tinha tido mil clicks e nem por isso estava no bom caminho. Depois, no dia 29 de Dezembro, numa conversa com a Erica, o inesperado aconteceu. Um click. O click. Ali, finalmente.

 

Não vou contar o teor da conversa (hei-de contar, mas não hoje, não agora). Digo apenas que tudo, mas mesmo tudo mudou. Olhei para mim e soube que, depois daquilo, eu era capaz. Resolvi deixar passar o fim de ano e começar em força dia 1. Mesmo sabendo que ia passar o dia de ano novo à mesa, em casa dos meus pais, rodeada de coisas que adoro. Mesmo sabendo que ia ter que começar logo com uma resistência hercúlea. Mesmo assim, comprometi-me: dia 1.

 

E dia 1 cumpri à risca o que prometi. Não cedi a nada. Não foi só um bocadinho, eu mereço, eu não sou capaz de resistir, é só hoje, apetece-me mesmo. Nada. Desde dia 1 que não como carne. Nem farinhas brancas. Nem nada que tenha trigo. Nem doces. Nada com açúcar adicionado. Deixei de ver comida e passei a ver alimentos. Um bife não é um bife; é proteína. Uns cajus não são um snack; são gordura. Arroz não é arroz, é carboidrato. Deixei de comer pelo prazer que isso me dá e passei a comer para me alimentar. Não reduzi quantidades, nada disso. Também não ando a comer peixe cozido com brócolos. Ando a comer bem, a fazer refeições super saborosas, que me deixam com as papilas gustativas a bater palmas. Só que deixei de comer por gozo e passei a comer por necessidade de alimentar o corpo. Deixei de comer com o coração e passei a comer com a cabeça.

 

Voltei ao ginásio, sabendo que nisto de perder peso 70% é alimentação e 30% é desporto. Desde dia 2 acho que só não fui ao ginásio um dia. Mudei o plano de treino entretanto e esta semana estou a fazer só a parte de cardio, para secar. Mato-me ali, a correr, a subir degraus, a remar. Suo e canso-me mas nunca tive vontade de desistir, nem nunca pensei que devia ter ficado em casa. E não é depois que penso isto, é durante.

 

Desde dia 1 que não cometo nenhum deslize. Nenhum. Sem esforço - e é esta a diferença, porque antes eu até podia andar uns dias a portar-me bem, mas estava sempre em esforço. Agora não. É assim porque sim. Não penso em bolos - e já fiz vários desde dia 1, mas nunca me apeteceu sequer rapar uma taça de massa. Não sonho com chocolates. Não me apetece massa nem arroz nem batatas. Batatas fritas, essa perdição, é coisa que não me apetece. Passo em frente ao McDonald's e não brigo comigo para não entrar.

 

Se vai ser sempre assim? Não. Vai haver um dia em que me vai apetecer um bolo e eu vou comê-lo. Porque eu quero, porque eu posso e não porque não consigo resistir, é só hoje, apeteceu-me mesmo, eu mereço. Vai haver um dia em que volto ao McDonald's para comer um McRoyal Deluxe. Porque quero, porque posso. Mas ainda não. Ainda é cedo. Ainda tenho um longo caminho a percorrer. Tenho perfeita consciência de que sou uma adicta em recuperação e que, tal como os drogados a largar a droga, não posso ceder a uma dose, porque corro o risco de precisar de outra logo a seguir.

 

Não tenho feito isto sozinha. A Catarina motiva-me todos os dias, sem saber. À Erica devo a permanência nesta guerra, sinto-me em dívida para com ela e tenciono pagar essa dívida todos os dias, agradecendo e honrando o click que ela me deu. A Teresa, do blog OuiOui Saudável tem estado sempre lá, a esclarecer-me as dúvidas de nutrição. Tenho tido as minhas amigas comigo, a apoiar de uma forma ou de outra (quanto mais não seja porque não me convidam para nada que envolva calorias maradas). O meu marido compreende a mudança e acredita em mim e respeita o facto de eu não os acompanhar nas refeições deles, para comer sopas e saladas e coisas "esquisitas" como quinoa e amaranto.

 

Dizem por aí que são precisos 21 dias para quebrar um hábito mau e mais sete para instaurar outro hábito. Estou a quatro dias de quebrar o meu mau hábito e a 11 de instaurar o hábito novo. Sei que sim. Sei, finalmente, que sou capaz. Sei que estou no caminho certo. Sei que agora vou ser capaz.

 

Dia 1 pesava 68kg. Hoje peso 65kg.

 

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Abandonadooooooooooooo

14.01.14

Parece, não é? Mas não. O que acontece é que nem sequer tenho ligado o computador... E sinto falta! Tenho muito para vos contar - mas isso implica quebrar uma promessa que fiz aqui há bem pouco tempo e não me tem apetecido ceder a isto. Mas sei que devia... Oh well, eu prometo que conto tudo. Envolve comida e suor (não ao mesmo tempo, obviamente!).

 

Resumo a coisa rapidamente: 2014 está a ser um ano de mudança para mim. E está a ser maravilhoso!

 

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Silêncio

08.01.14

Ando calada, eu sei. Não é por mal. Não se passa nada. Ando só em arrumações e organizações e coiso. Eu volto. ASAP. Prometo!!

 

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Back!

03.01.14

As férias escolares ditam as minhas férias "obrigatórias" (porque não dá para manter rotinas iguais com os dois miúdos em casa). Estão a ser uns dias bons. Muito bons mesmo.

O Natal foi como sempre: na terra, com os meus pais, tios e primos, o grupo do costume, a alegria de sempre, muita comida, muita bebida, muito convívio e um frio desgraçado.

Depois houve meia semana na terra dos sogros, tempo ideal para recarregar baterias para os oito (geeeeezzz...) meses que faltam até termos novamente uma pausa.

A passagem de ano foi em casa, com os meus pais e, de novo, muita comida, muita bebida mas, vá lá, menos frio.

Este ano guardo para mim os desejos e resoluções, numa tentativa de não chegar a Dezembro com menos de metade das coisas cumpridas. Falarei à medida que for conquistando o que quero alcançar. Prometo!

 

A vocês, feliz 2014!!

 

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Day off

04.12.13

Dei-me a mim mesma uma folga, hoje. Limitei-me a escrever, a almoçar a ver uma série, a não stressar com nada. Serviços mínimos mode: ON. De vez em quando faz bem. E, porra, eu mereço!

 

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Perder o medo

04.12.13

Quando eu era miúda, até aos meus 27 ou 28 anos (e agora que digo isto começo a relacionar as coisas), era intempestiva, impulsiva e destemida. Dava-me na telha fazer uma coisa, fazia. Sem medos, sem "ses", sem nada. Era para fazer, fazia e pronto. Depois veio o medo. Comecei a ser muito menos impulsiva, muito mais cautelosa, muito mais medrosa. Medo de falhar, já vos disse aqui há tempos. E se isso tem lados maus, tem outros muito bons.

É o medo que me congela e me faz duvidar de mim - e eu sei que não devia, sei a teoria toda, mas tenho medo na mesma. É o medo que me impede de arriscar mais, que me obriga a dar um passo de cada vez, em vez de desatar a correr. Mas é também o medo de falhar que me faz ser super-perfeccionista e exigente comigo. Eu tenho tanto medo de não estar à altura que, quando faço alguma coisa, faço com todo o empenho.

Os bolos, por exemplo. Comecei devagarinho, sem grandes invenções. Mas como faço questão de fazer o que me pedem acabei por começar a levantar voo e a fazer coisas cada vez mais complexas. O bolo que fiz para a Maria, há quinze dias, mostrou-me que sou capaz - não me entendam mal: eu sei que sou capaz daquilo e de muito mais... mas há o medo a travar-me, sempre - e fez-me perceber que o medo é dispensável. E eu achei mesmo que tinha perdido o medo. Até ter o bolo da Casa do Gil para fazer.

Fiquei a pensar: é o medo que me atira para a frente. É o medo que me faz fazer as coisas com alma. É o medo que me faz não me importar com as horas que passo em pé, a moldar bonecos, a dar vida aos bolos. Quero que saia tudo perfeito, faço tudo com o máximo cuidado, até chegar onde quero. E, neste sentido, o medo é uma coisa boa. Não me permite contentar-me com o mais ou menos, não me permite fazer tudo sem pensar em nada, só por fazer.

Portanto, já sei que sou capaz de tudo. Mas, perante os desafios que vão surgindo, tremo sempre um bocadinho. E isso não tem que ser mau.

 

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Óculos novos in the house!

29.11.13
Et voilà: chegaram!! Demoraram exactamente 8 dias a aterrar nas minhas mãos.
Estava cheia de medo, confesso. Não sabia se a coisa ia correr bem porque... como dizer... eu preciso mesmo disto para ver! Se fossem uns óculos daqueles que são só para enfeitar (que os há!), era na boa. Mas não. Eu sou MESMO toupeira e preciso disto como de ar para respirar.
Portanto, quando a embalagem me aterrou nas mãos, abri-a meio a tremer. Experimentei os óculos e... consigo ver!! Sem riscos! Sem "embaciamentos!" (Sim, os ex-óculos estavam mesmo em mau estado!). Depois segui para o espelho e... adoro (são de massa, tartaruga, mas super discretos).
Falemos de preços: estão aqui €37,74. Como foi a minha primeira compra no site, as armações foram gratuitas (há um leque vasto de armações que podem ser recebidas for free, mas nem todas entram no leque - a minha armação preferida não estava na lista das que pdem ser grátis, mas estas são parecidas). Paguei o envio e alguns extras para as lentes: espessura reduzida, anti-riscos, anti-reflexo e anti-dedadas. Agora preciso de uns óculos de sol - graduados, claro - e adivinhem lá onde é que os vou comprar... Estou fã! Recomendo!
 

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Uma para zero

29.11.13

Vontade de me mexer hoje: zero.

Sono: pouco.

Moleza: muita.

O que me apetece mesmo é ficar em casa, acabar de arrumar o castelo e agarrar-me à escrita.

O vou fazer é bem diferente: vou em modo lesma até ao ginásio, tentar minimizar os estragos de uma semana em que só lá fui uma vez. E depois, sim, arrumar o castelo e tal e tal. Sem vontade nenhuma, já disse?

 

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Ainda sobre O bolo

25.11.13

Não consigo agradecer pessoalmente a todas as pessoas que se manifestaram acerca do bolo da Maria. Mas quero muito agradecer porque, para quem está a começar, não há melhor incentivo do que este que vocês me dão aqui, no Facebook e no Instagram, quando vos mostro o que ando a fazer (bom, isso e as encomendas a chegar! Também são um incentivo bom!).

 

Portanto aqui fica o meu gigantesco agradecimento a todos vocês que comentaram, que fizeram "like", que me deram força.

 

Muito, muito obrigada. De coração!

 

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Recomeçar

25.11.13

Parece ser o meu verbo deste ano: tenho passado a vida em recomeços. Porque sou parva e não termino o que começo. A minha determinação, quando apontada a mim, é coisa que já viu melhores dias. Tenho desistido de mim com demasiada facilidade. Há dias apercebi-me de que estou a três meses do meio da minha década dos 30. E quero mudar. Ainda tinha esperanças numa mudança por magia, mas não vai acontecer, não é? (Não percebo porquê, mas pronto...)

Vou parar de falar no assunto aqui. Sei que é chato estar sempre a ler a mesma coisa. Se e quando chegar onde quero, conto-vos do processo. Até lá, falemos de outras coisas que já nem eu me aguento a falar de dietas e de pesos e o diabo a sete (isto é mais cansativo a nível psicológico - por ter que estar sempre a pegar de novo onde desisti - do que físico - o ginásio faz-se bem, a alimentação já me custou mais; o que me custa mesmo é isto do pára-arranca constante).

Wish me luck... e a ver se falamos sobre isto em Fevereiro...

 

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Desta coisa de fazer bolos

22.11.13

É preciso ir à loja de cake design. Vou. É preciso controlar a veia consumista e trazer mesmo só o que preciso e não tudo de que gosto (comprava a loja toda, na hora!). Olho para os acessórios e penso: o que é que eu vou fazer com isto, e encontro sempre respostas. Várias. E controlo a tal veia. Saio da loja com o que tinha planeado comprar, nem um produtozinho a mais. Chego a casa. Concluo que me esqueci de comprar duas coisas imprescindíveis para o super-bolo que vou fazer entre hoje e amanhã. Tenho que ir à loja novamente. E lá vou eu ter que controlar a veia outra vez.

É difícil, juro. Para mim, é muito difícil controlar-me perante coisas que são visualmente atractivas (seja no campo do cake design seja no campo da decoração, por exemplo; com roupa já é mais fácil - anos a virar frangos, vá). Portanto, ir ali também é um exercício de auto-controle que não me faz mal nenhum. Mas fico sempre com pena de não ser abastada e de não poder investir a sério. Paciência. Quem sabe, um dia!

 

[A propósito: Dezembro avizinha-se um mês em cheio! Bolos todas as semanas, um baptizado, uma festa de anos, um natal e um ano novo. E este ano, no que toca a eventos caseiros, vou esmerar-me... "mi aguardem"!!]

 

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Guerras

19.11.13

Às vezes quero ser melhor. Outra vezes não me importo, não me avalio, solto-me e não penso nisso. Mas, regra geral, quero ser melhor. Não quero ser melhor do que ninguém - quero ser melhor do que sou. Quero, amanhã, ser melhor do que sou hoje. Quero superar-me. Aprender.

Sou muito exigente comigo. Nunca nada é suficiente. Não sou ambiciosa, mas sou exigente comigo, o que às vezes me parece um contrasenso. Vivo numa angústia constante. O medo de falhar, de não ser capaz de não estar à altura. Ninguém exige nada de mim, só mesmo eu. Eu sou a minha pior inimiga e sei disso. Devia descontrair mais, exigir menos, contentar-me com o que sou, lutar por ser melhor mas não me angustiar com as derrotas, com as demoras, com os passos que dou para trás. Não é fácil chegar a este equilíbrio. Mas gosto de saber que, se sou assim, é apenas porque não me contento com o que "aparece" e corro atrás do que quero. Apesar do cansaço e de todos os "se" que vão aparecendo. Este caminho é meu e só eu posso escolher que passos dou.

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Filhos doentes: devia ser proibido

18.11.13

Há bocado, quando faltavam duas horas para o dia de escola da miúda terminar, ligou-me a coordenadora: ela passou o dia a queixar-se de dor de cabeça e pediu se a mãe a podia ir buscar. Voei. Fui encontrá-la "caída", murcha, a dizer que lhe doía muito a cabeça, que nem tinha conseguido brincar. Não me surpreendeu: o irmão passou a noite a chorar e ela acordou sempre que ele chorou. Voltámos para casa, ela lanchou, tomou uma seringada de Ben-U-Ron e foi dormir. Odeio vê-los doentes, odeio mesmo.

 

[E tenho este defeito horrível de ver tragédias em todo o lado. Para mim, dores de cabeça não são só dores de cabeça. São sinónimo de coisas bem piores. Dava tudo para não ser assim, tão apavorada no que toca à saúde deles...]

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Bom dia!!!

18.11.13

Isto hoje tem TUDO para correr mal. Dormi três horas. Deitei-me tarde, cortesia da insónia. E do filho a chamar de hora a hora. A última vez que olhei para o relógio antes de (finalmente!) adormecer como deve ser eram 5h26. O despertador entra ao serviço às 7h40. Arrastei-me até às 8h. Tomei um pequeno-almoço preguiçoso: um copo de leite. (Não vou dizer, pela tricentésima milionésima vez que hoje é que é. Mas hoje é que é - depois de ter visto uma foto da Catarina no Instagram e de ter dito que a ia imprimir para pôr no meu frigorífico, deu-se aqui mais um tilt e... mais uma ficha, mais uma volta).

Bocejei umas sete mil vezes ainda antes de sair de casa. Fui levá-los. Fui às compras e, antes de entrar no hiper, fui disparada beber um café. Níveis de cafeína aceitáveis e siga a banda. Hoje o dia tinha TUDO para correr mal. Mas está a correr tão bem...!! Aproveitemos! Bom dia a todos!

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Ficção vs realidade

15.11.13

Ficção: jantar já feito quando eu chegar a casa.

Realidade: nem sequer sei ainda o que vou fazer.

 

Ficção: jantar, deitar os miúdos e esticar-me no sofá a ver um filme.

Realidade: jantar, brigar com os miúdos que se recusam a jantar, deitar os miúdos, arrumar a cozinha e cair na cama, morta de cansaço. No limite, ler umas páginas antes de dormir.

 

E é isto: apetecia-me um serão de cinema caseiro. Não vai acontecer. Às vezes, a realidade é uma coisa triste.

 

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Sair da linha

15.11.13

Eu já sabia que ia dar asneira e não me enganei: o baptizado da semana passada destruiu-me a dieta. O que vale é que o primeiro passo para a cura é admitir que se tem um problema. Pois bem, pela enésima vez, eu tenho um problema: sou viciada em açúcar. No baptizado dediquei-me aos fios de ovos. Já sabia que ia correr mal... Desde esse dia que tem sido o descalabro. Apetece-me doces a toda a hora. E, em vez de fugir deles, cedo e como o que me apetece. A balança não reflecte isto, mas eu reflicto. Sinto-me mal. Sinto que a esta altura já devia ser capaz de me controlar e de não ceder a isto. Vou ter que recomeçar do zero. E é isto que me custa: cair e ter que me levantar novamente. So... here we go again...

 

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Querido diário

13.11.13

Enquanto estive grávida da minha filha - e até ela ter cerca de um ano e meio - mantive um blog privado onde escrevi tudo (inclusive coisas que não tinham nada que ver com a gravidez, era mesmo o meu blog diário). Ontem apercebi-me de que não sabia o que era feito desse blog, isto é, quais eram os dados de acesso. Pânico. Não por mim, mas por ela: quero muito que um dia ela possa ler tudo o que eu escrevi, que saiba tudo o que aconteceu, que saiba como foi a gravidez e os primeiros tempos de vida dela.
Depois de dar voltas e voltas à cabeça lá me lembrei. E fui reler. Gostei tanto... não voltei aos primórdios do blog, mas fartei-me de ler posts com as coisas que ela dizia e isso fez-me lembrar de como ela era em pequenina (a memória é uma coisa lixada e vai esfumando estas informações importantes). Foi quase como se voltasse a tê-la ali, mínima, esperta, bochechuda, ao meu lado.
De vez em quando é bom ir lá atrás, aos arquivos, e ler aquilo que já fomos. Escrevo blogs há mais de 10 anos e muita, muita coisa mudou entretanto. Acho que estes 10 anos acompanharam a maior mudança da minha vida: deixar de ser miúda para passar a ser mulher, deixar de ser só eu para passar a ser eu e mais três pessoas. Muda tudo. E é bom reler, voltar a lembrar o sítio de onde viemos, as coisas em que acreditávamos, as dores e as alegrias que fomos vivendo.

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Da preguiça

13.11.13

Ontem e anteontem não consegui ir ao ginásio. Hoje também ainda não fui. Estou aqui em processo mental de arrastanço. Vai ter que ser, mas não me apetece. Vou, mas vou contrariada. (Mas já sei que, em chegando lá, dá-me a vontade e faço tudo e vibro com aquilo. E também sei que amanhã vou ter mais vontade do que tenho hoje. É aquela coisa: quanto menos fazes, menos queres fazer.) Vou malhar. (Odeio esta expressão!)

 

Ah, e logo à tarde... Come along!

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