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Aprender a ler

04.02.14

Desde que a minha filha começou a interagir com objectos que fiz questão de a rodear de livros. Já tem uma biblioteca considerável, entre livros que lhe comprei eu e livros que lhe foram oferecendo. Quando achei que já tinha idade para isso comecei a levá-la à biblioteca, numa espécie de momento mãe-e-filha, muito nosso. Ela adora. Já há muito tempo que não a levo a ouvir a hora do conto, mas tenho que tratar disso porque já temos saudades.

Ela sempre me viu a ler muito. Sempre me viu com um livro na mala, porque eu não vou para lado nenhum sem levar um livro para ler. Sempre me viu a ler nas férias e na cama, antes de dormir. Sempre lhe lemos histórias antes de dormir, e só em dias de maior cansaço saltamos a rotina e passamos logo ao beijinho de boa noite. Andava ansiosa por começar a ler. Já começou. Há umas duas ou três semanas sentei-me ao lado da cama dela, com ela já deitada, e pedi-lhe que me lesse uma página sozinha. Ela leu. Ajudei nos casos que ela ainda não aprendeu (os nhe, lhe, que e afins). Ela percebeu que é capaz sozinha.

Passou a despachar-se depois de jantar, para poder ir ler um bocadinho. Lava os dentes, veste o pijama, deita-se, acende a luz, escolhe um livro e fica a ler sozinha, até lhe dizermos que é hora de dormir.

 

Adoro. Adoro ver que ela gosta mesmo de ler. Adoro ver que ela já tem o hábito da leitura. Adoro ver que ela quer mesmo aprender mais para poder ler cada vez mais. Adoro saber que ela vai estar sempre bem acompanhada, enquanto houver livros bons para ela ler. Adoro sabe que vai passar momentos maravilhosos nas páginas dos livros que ler.

 

[Para mim, leitora compulsiva e viciada, pessoa que já se perdeu milhares de vezes nas histórias de pessoas que não existem, mulher que já foi mil coisas através das personagens dos livros que leu, é um orgulho sentir que a minha filha vai pelo mesmo caminho. Esta era a única característica que eu fazia questão que ela herdasse. Herdou outras (celulite, por exemplo - totalmente dispensável!), mas esta é a que me faz babar de orgulho!]

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A lição que a minha filha me deu na noite de ano novo

03.01.14

Nota prévia: a minha filha é a criatura mais maricas que conheço. Vide este exemplo, para atestar a coisa.

 

Noite de passagem de ano, virar da meia-noite. Miúda com as 12 passas na mão, a pedir desejos. Pediu que lhe caísse, naquela noite, o dente que andava a abanar há uns tempos. A coisa passou. Hora de dormir. Mandei-os lavar os dentes e fui atrás inspeccionar. Cheguei lá e estava a miúda a sangrar da boca, agarrada ao dente. E porquê? Porque resolveu puxá-lo e torcê-lo para ele sair. E o dente saiu. E o desejo que ela pediu realizou-se, embora, na verdade, tenha sido ela a dar conta do recado.

 

Olhei para aquilo e pensei na brutal lição que ela tinha acabado de me ensinar: queres muito uma coisa? Vai lá e faz acontecer! Não fiques à espera que a coisa se dê por obra e graça do Espírito Santo.

 

[Obrigada, filhoca!]

 

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Filho único fake

19.12.13

Aproveitei o início das férias da miúda para uns mimos com cada um dos filhos, a solo. Ontem peguei nela e levei-a a ver o "Frozen" e a almoçar no McDonald's. Passeámos, conversámos, divertimo-nos, num dia só para ela.

Hoje foi a vez do mais novo. Levei-o a estrear-s eno cinema, com o "A Revolta dos Perus". Almoçámos no PáteDonáles, a pedido dele. Fizemos compras de supermercado (a maior seca da vida para ele que, mesmo assim, aguentou bem a coisa), brincámos, conversámos, passeámos e divertimo-nos os dois.

A ideia não foi ter um dia com cada um, porque isso é coisa que até acontece com alguma frequência, graças à diferença de idade deles. A ideia foi mesmo levá-los aos dois ao cinema, para ver coisas adequadas à idade e ao gosto de cada um. Podia ter levado o miúdo a ver o "Frozen" ontem, é certo, mas ele não ia ter achado tanta graça como achou ao filme dos perus. E eles os dois juntos, embora se dêem bem, de vez em quando flipam e é guerra de meia noite. E não me apeteceu andar a fazer de Suíça e a sanar disputas... portanto, um em cada dia, com mimos exclusivos.

 

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Bom dia!

12.12.13

Ontem à noite, todos na casa de banho. Filho pequeno fecha a porta no trinco. Filha abre a porta. Saem os dois dali, em direcção ao quarto. Eu abro a cortina da banheira (o marido estava a tomar banho) e digo mesmo muito baixinho "ela já consegue abrir as portas!! Qualquer dia apanha-nos a fazer sexy!!". Marido ri-se. Eu saio dali, em direcção ao quarto dos miúdos, para os ir deitar. Miúda apanha-me no corredor e diz "ó mãe, não me chegaste a explicar o que é fazer sexy..." (se calhar falei menosn baixinho do que pensei).

Fomos para o quarto dela, sentei-a na cama e o diálogo que se seguiu foi mais ou menos este:

- Então, vá, diz-me lá o que é que tu já sabes.

- Fazer sexy é estar casado?

- Mais ou menos. Para começar, não é fazer sexy que se diz. É fazer sexo.

- Sexy é para as meninas?

- Não. Diz-se sempre "fazer sexo".

- Ah, está bem. E é estar casado?

- Mais ou menos.

- Então é namorar?

- Mais ou menos. Quando as pessoas gostam muito uma da outra fazem sexo. Dão beijinhos, abraços e assim.

- E é meninos com meninas?

- Não. Os meninos pequenos não podem fazer sexo, só os adultos, os crescidos é que podem. Os meninos da tua idade não fazem sexo. Só os crescidos.

- E pode ser menino com menino?

(Mega glup meu, óbvio! Porque é quando há uma pergunta complicada, eles arranjam logo outra ainda pior a seguir??)

- Pode...

- Mas não é muito normal, pois não?

- É normal, sim. Menino com menina, menino com menino e menina com menina, é tudo normal - mas só os crescidos. Só que o que acontece mais vezes é menino com menina.

- Ah... e os meninos podem casar com meninos?

- Sim.

- Onde?

- Em muitos países. Quem decide isso são os governos. Cá, por exemplo, foi o presidente.

- O Cavaco Silva?

- Sim.

- Ah...

- Tens mais alguma pergunta?

- Hummm...

- Podes perguntar sempre tudo o que tu quiseres saber. Quando tiveres uma pergunta, uma dúvida qualquer, perguntas à mãe ou ao pai e nós respondemos e explicamos, ok?

- Sim.

- Tens mais alguma pergunta?

- Tenho.

- Diz.

- O que é que comem os tatus?

 

(Obrigada e bom dia!)

 

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Momento "estou tão lixada..." do dia

10.12.13

Há bocado, quando estávamos a sair do carro para vir para casa, ela:

 

- Mãe, o que é fazer sexy?

 

(Seis anos acabados de fazer... Não estou preparada para isto...)

 

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Da festa da miúda

10.12.13

No dia da festa da minha princesa, a minha Lia estava algures em parte incerta e não tive a mestria dela no campo fotográfico. Portanto, as fotos que tenho estão uma valente trampa... But, oh well, deixem-me contar-vos o que fiz e depois logo mostro (ou tento, vá).

Portanto, o tema escolhido por ela foi... "Princesas". Ela ia dizer Disney a seguir, mas eu fingi que não ouvi - não me quis agrafar a uma Rapunzel da vida, que me ia limitar um bocadinho. Nada contra, mas queria uma coisa mais abrangente. Portanto, Princesas, assim no geral.

O bolo foi super simples: red velvet com creamcheese, dois andares, tubos de plástico lá dentro a suster a coisa, andar de baixo rosa velho, andar de cima rosa claro, umas coroas na lateral, no andar de baixo, o nome dela e uns corações no andar de cima, uma princesa no topo. Simples, mas giro (eu sou suspeita, eu sei).

Depois, fiz gelatinas e brigadeiros, em copos individuais. Fiz muffins de laranja e, com o resto da massa, um bolo. Não pus cremes em nada disto. Fiz mini-folhados de salsicha (also known as piglets), cookie pops (bolachas num pauzinho de chupa-chupa) decoradas (que também serviram para recordação da festa, para as amigas, mas, tanto quanto sei, as recordações duraram o tempo das viagens de regresso a casa: foram comidas nos carros!). Também fiz cheesecakes de frutos vermelhos, em copos individuais. Fiz ainda sandwich-pops. O quê?, perguntam vocês? Então, peguei em tortilhas de trigo (as que se usam para fazer os wraps, há várias marcas, nomeadamente da Bimbo, que são as mais baratas e as de que gosto mais), queijo e fiambre e fiz rolos, como se estivesse a enrolar um wrap. Só que depois cortei aquilo aí com 3 a 4cm de espessura. E fechei com pauzinhos de gelado. Ficaram a parecer chupa-chupas! 

Os sumos: tutti-frutti, ice tea de manga e sumo de laranja, cenoura e limão, servidos em jarras de vidro. Houve ainda pipocas doces e salgadas e batatas fritas, que não estavam na ementa, mas que foram pedidas com muito carinho por uma amiguinha da minha filha e, vá, é raro eu resistir a olhos de bambi...

Encostei a mesa à janela, encostei o sofá - que costuma estar no meio da minha sala - à estante dos livros, junto a uma parede, e fiquei com a sala ampla para elas brincarem à vontade. Fartaram-se de andar a correr, brincaram às escondidas, dançaram, pintaram e fugiram do meu miúdo mais novo, que era o único rapaz e ainda por cima bebé! Acho que elas se divertiram... bom, a avaliar pelas lágrimas na hora de se irem embora, eu diria que sim, que gostaram e que se divertiram...

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Espreitadela

06.12.13

Amanhã vai haver disto na mesa...

(E a produção vai acelerada. Do cardápio de hoje, falta fazer o jantar - lulas ainda não sei como -, um cheesecake e decorar o bolo. Aponto para as quatro da manhã, de novo...)
 

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E recomeça o carrossel...

05.12.13

Já fiz as compras para a festa de aniversário da gaiata. A seguir, corte de cabelo na mãe da gaiata, que bem precisa (isto não vê tesoura quase há um ano... e está enorme e já me pesa e estou farta do cabelo comprido. Vou chegar lá com a dúvida: franjo ou não franjo? O Renato decidirá - sim, isto é o quanto eu confio nele! E, para quem ainda não encontrou um cabeleireiro de sonho, só vos digo: Renato, Chill Factory, em Oeiras. De caras!!). Depois, compras de uns acessórios para a festa, eventual beijinho na prima super-grávida (e, com o stress em que já estou, meto dinheiro em como vai ser precisamente quando estivermos juntas que lhe rebentam as águas... e ainda acabo a passar a tarde no hospital!) e regresso a casa, para começar a ronda dos bolos novamente: para amanhã, um bolo de aniversário para uma empresa que faz 10 anos. E tudo para a festa (quase tudo, vá, que há coisas que só posso mesmo fazer no dia).
Isto é uma animação. E ainda bem!!

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Seis anos

02.12.13

... de princesa. Está cada vez mais bonita. Suuuuuper-mimada (ups!), mas muito doce. É a minha companhia preferida, já me acompanha em tudo. Está a crescer tanto e é tão bom vê-la tornar-se cada vez mais menina. Faz birras de quem ainda tem um pé na bebezice, mas passam-lhe depressa. Mais ou menos, vá. Se pudesse escolher, teria escolhido exactamente esta filha, com tudo o que ela é, com tudo o que já aprendeu, com tudo o que ainda tem por viver. Sei que é feliz, que é o que me interessa.

E hoje, no dia dela, tem estes mimos da mãe para celebrar...

Parabéns, sardanisca!
 

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Contornar questões

28.11.13

A minha filha chega da escola sempre esgalgada de fome. Se calhar ir para casa da avó come este mundo e o outro e depois, adivinhem... não janta. Hoje estamos todos em casa da avó. E ela já está a jantar. Em vez de a deixar empanturrar-se de torradas, sugeri que jantasse cá e que fosse já pronta para ir para a cama. A ver se hoje conseguimos sobreviver à hora de jantar sem chatices... (Ela como bem... como é fora de horas!)

 

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Filhos doentes: devia ser proibido

18.11.13

Há bocado, quando faltavam duas horas para o dia de escola da miúda terminar, ligou-me a coordenadora: ela passou o dia a queixar-se de dor de cabeça e pediu se a mãe a podia ir buscar. Voei. Fui encontrá-la "caída", murcha, a dizer que lhe doía muito a cabeça, que nem tinha conseguido brincar. Não me surpreendeu: o irmão passou a noite a chorar e ela acordou sempre que ele chorou. Voltámos para casa, ela lanchou, tomou uma seringada de Ben-U-Ron e foi dormir. Odeio vê-los doentes, odeio mesmo.

 

[E tenho este defeito horrível de ver tragédias em todo o lado. Para mim, dores de cabeça não são só dores de cabeça. São sinónimo de coisas bem piores. Dava tudo para não ser assim, tão apavorada no que toca à saúde deles...]

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A Fada dos Dentes

15.11.13

Ontem à tarde, quando fui buscar a miúda, a primeira coisa em que reparei foi na ausência do dente que andava a abanar há umas semanas. Disse-me que lhe caiu quando estava a beber água e que o perdeu (tão dela, isto!!). Estava toda preocupada porque assim a Fada dos Dentes não vinha e não lhe dava moeda. Disse-lhe que não se preocupasse, que de certeza que a Fada aparecia.

 

À noite, a Fada veio. Sentou-se aqui na cadeira onde estou agora, pegou num papel e numa caneta e escreveu-lhe um postal. Depois foi pô-lo, juntamente com uma moeda de dois euros, debaixo da almofada da miúda.

 

Hoje de manhã, quando ela acordou, foi ter comigo à cama. Estávamos nos miminhos quando ela se levantou de repente e me disse que já vinha. Foi ao quarto dela e, no regresso, trazia o postal da Fada e a moeda. Toda contente, claro...

[Isto teria sido mais fácil se a impressora tivesse colaborado... e se eu não tivesse que ter andado a disfarçar a minha letra! Mas não faz mal! Valeu pela felicidade dela!!]
 

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Houston, we have a problem...

15.11.13

Aqui há tempos partilhei convosco a minha ideia (peregrina...) de não fazer festas de anos aos meus filhos na altura dos aniversários deles. Os desgraçados fazem anos em pleno inverno e isso condiciona um bocado (muito) o que se pode fazer (sem gastar balúrdios e sem gerar o caos em casa).

Acontece que ontem andei a brincar com o Photoshop e fiz um convite para a festa de aniversário dela, que faz anos daqui a quinze dias. E gosto tanto do convite que agora vou ter que lhe fazer a festa...! Ups...!!

 

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Coisas que me acontecem (episódio muitos)

06.05.13

Na terra onde vive a senhora minha mãe está instalada a feira de Maio - acontece todos os anos, desde os primórdios dos tempos (talvez não tanto, mas lembro-me deste "evento" desde sempre).

Ontem, dia de ir almoçar com a mãe, a minha filha aproveitou-se da efeméride "dia da mãe" para me cravar uma ida à feira. Carrosséis, portanto. E eu, imbuída do espírito de mãe, lá fui com ela, num passeio a duas.

Calha que aquilo estava cheio de gente. Com um ar duvidoso, vá. (Sim, é o tipo de sítio onde há assaltos várias vezes ao dia. Já sabia isso, portanto não levei nada que fosse "roubável").

Bom, plantei-me na fila para o carrosel onde ela queria andar, para comprar as senhas. Comprei. Atrás de mim, uma senhora trata de proporcionar o seguinte momento lúdico:

 

Cliente: queria um bilhete, por favor.

Bilheteira: são dois euros.

Cliente: podem ir duas crianças, né? Vão no mesmo carro... (Nota: é um daqueles carrosséis que têm carros, motos, carros de bombeiros, etc.; algumas coisas são monolugar, outras têm dois lugares e outras, quatro. A senhora assumiu que, indo as duas crianças no mesmo carro, só precisava de pagar um bilhete...)

Bilheteira: não. É um bilhete por criança.

Cliente: então são dois bilhetes, por favor.

Bilheteira: leve quatro bilhetes por cinco euros.

Cliente: como é que quatro bilhetes é cinco euros?! Se um bilhete é dois euros, dois bilhetes é quatro euros. Quatro bilhetes a cinco euros... tu tás-me a enganar!!

Bilheteira: não. Fica mais barato assim. Porque seriam quatro bilhetes a oito euros, mas nós fazemos a cinco euros.

Cliente: num tou a perceber. Tu tás-me a enganar!

Bilheteira: fica a um euro e vinte e cinco, assim.

Cliente: ah, então pode ser. Mas eles não precisam de andar tudo agora, né?

Bilheteira: não, podem andar mais tarde ou noutro dia.

Cliente: ok...

 

E lá foi à vida dela... E eu ali ao lado a tentar perceber se a cliente estava a gozar (não estava). E a tentar não me rir...

A minha cria andou duas voltas e eu acabei com aquilo, disse que estava muita confusão e que voltávamos noutro dia. Comprei-lhe um algodão doce e, ao receber o troco, lá estava um miúdo com mau ar a olhar-me para as mãos... Portanto, perante aquele cenário, o melhor foi mesmo fazer inversão de marcha e regressar à base. A miúda adorou, divertiu-se, lambuzou-se com o algodão doce e agora não se vai calar até que eu a leve lá de novo para gastar as senhas que sobraram...

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Penicure

02.02.13

Ontem foi dia de cortar unhas dos miúdos. Estava de volta das unhas dos pés da infanta e diz ela:

 

- Oh mãe, tu fazes muito bem esta PENICURE.

 

(Gargalhada).

 

- Ah é? Então porquê?

- Porque sim. Não magoas, tens jeito. Pode ser a tua nova profissão.

- E como é que eu faço? Onde é que eu trabalho?

- Então, pode ser cá em casa. Pões um anúncio e as pessoas depois vêm para tu lhes fazeres a penicure.

- E quanto é que eu cobro?

- Hum... 100 euros!

- Achas que sim?

- Acho, mamã. Vais ser uma boa penicure...



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Não ligo nenhuma a moda... mas se calhar devia!

01.02.13

Anteontem, como sempre, fui acordar a infanta. Já me tinha vestido e estava pronta a sair de casa. Depois do mimo matinal, diz-me a infanta (com a sua veia estética a latejar):

Ai, mãe... tu estás sempre tão mal vestida...!


Engoli em seco. Levei aquilo na brincadeira, mas fiquei a remoer. Uma coisa é estar-me nas tintas para a moda e para as tendências e o diabo a sete. Outra, bem diferente, é estar-me nas tintas para mim. Resolvi tentar melhorar. Não quero que a minha filha tenha de mim esta imagem. Não quero que se envergonhe da mãe. Não quero que isto seja o que lhe vem à cabeça se alguém lhe pedir que diga como é a mãe.

Quando fui comprar o presente de aniversário do marido comprei um mimo para mim. Já em tempos ela me tinha definido como sendo "cinzenta". Tem razão. Chega o inverno e toda eu sou cinzentos e pretos e castanhos escuros. Não gosto, mas é o mais confortável e o mais fácil. De verão sou muito mais colorida, mas de inverno nem por isso.

Portanto, quando vi na Primark um casaco de malha meio comprido (óptimo para me tapar o rabo agigantado!), coral, comprei. Ontem, apesar da camisola de gola alta cinza clara, iluminei-me com ele. E, quando a fui acordar, perguntei se a mãe estava mal vestida. Sorriu, abraçou-me e disse que não, "hoje estás linda e colorida! Pareces primavera, mamã!". Dia ganho!

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E ao segundo dia deste ano a estrear...

03.01.13

... levei a miúda às vacinas. Lembram-se disto? Pois... A miúda já sabia ao que ia, estava (achava ela!) mentalizada. Chegou lá armada em valente. A enfermeira perguntou se queria levar as vacinas sentada no banco ou ao colo da mãe. A princesa valentona disse logo que queria ficar no banco. Qual colo da mãe, qual quê? Sentou-se, despi-a. A enfermeira aproximou a agulha, tocou-lhe no braço e ela abre uma guincharia épica, puxa o braço e nada de vacina. Segunda tentativa com ela já a tremer. Mesma reacção. Lá a sentei no colo, prendi-lhe as pernas e os braços, fui-lhe soprando para a cara e lá levou a primeira vacina, com muitos gritos e muito choro. Segunda vacina, idem. No fim lá se acalmou e a coisa passou.

 

Seguimos para Oeiras. Tínhamos que ir devolver uns livros à biblioteca. Aproveitávamos e íamos ao cabeleireiro dar um desbaste no cabelo dela (não fomos porque o "meu" Renato tinha o estaminé fechado). Já que estávamos perto comíamos qualquer coisa pela praia. Começámos por aqui. Fomos à praia de Paço d'Arcos, comemos num cafezinho-de-praia. Hamburguer para ela, salada de atum para mim (não vos disse: estou em dieta... há cinco anos!). Como estava um sol fabuloso descemos até à areia. Ela brincou por ali enquanto eu li umas páginas do meu livro. Depois fomos à biblioteca. Trabalhei, escolhi livros para ela e para mim, brincámos, ela fez-se leitora (toda orgulhosa com o seu cartão!).

 

Óptima maneira de começar o ano. A repetir, sem dúvida!!

 

[E sugestões de livros infantis que tenho descoberto, querem?]

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Socorro, pari um peixe

09.10.12

A minha cria mais velha anda que não se aguenta com a natação. Todos os dias pergunta (várias vezes... demasiadas vezes!) se é dia de ir à natação. Anda lá como se fosse um peixe. Não tem medo dos mergulhos, nem de sair da beira da piscina. Atira-se para a água sem pensar duas vezes (e sem tapar o nariz). Adora o professor, que, visto de onde eu vejo, tem um jeitão com os miúdos. Já diz que quer nadar mais vezes... mas vamos com calma. Até ver, é este o elemento dela. Pode ser que sim, que ela continue a gostar e que evolua bem. Para já, é apenas a actividade extracurricular da sereia.

 

 

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A princesa sabe nadar, yô!

26.09.12

Não sabe, mas vai aprender. Ontem foi experimentar uma aula de natação. Como eu já sei do que a casa gasta, não quis inscrevê-la sem que ela experimentasse. Achei que ela ia berrar de medo, que ia stressar por eu não estar ao pé dela (estava a vê-la num varandim, à distância de uns 2 andares), que não ia querer estar na água. Enganei-me. Adorou. Fartou-se de mergulhar, boiou sozinha, fez (quase) tudo o que o professor mandou. E já me perguntou dezenas de vezes quando é que é dia de ir à natação...

 

Para já vai fazer duas vezes por semana. Daqui a algum tempo, quando começar a treinar para os Jogos Olímpicos de 2020, hão-de ser 6 horas por dia, 7 dias por semana, enfiada dentro de água... (ou então não...)

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Poltergeist

07.08.12

Eu sou a miúda que, com 18 anos, teve um acidente de carro com os pais. Na altura não era obrigatório o uso de cinto atrás e eu... não levava cinto. Ainda para mais estava calor e era chato. O meu pai despistou-se, andou a dar beijinhos aos rails no IC19 e eu parti um vidro com a cabeça. Esse vidro, ao desfazer-se, fez-me dois cortes grandes no braço direito. Eu levava a mão direita apoiada no encosto de cabeceira do banco do pendura, o que fazia com que tivesse o braço todo esticado. Desloquei todos os ossos desse braço... Estive uma data de horas com o braço nessa posição, à "heil, hitler", sendo que conseguia ver um osso do ombro sem olhar para o lado (tal era o deslocamento) e tinha o osso do cotovelo virado para a frente (tal era o deslocamento). O braço foi ao sítio durante a espera pelos médicos, não tive que ser operada a nada. Fui eu que, quando chegámos a casa, fui pedir à minha tia, que morava no andar de cima, que me desse um calmante porque eu estava com um pico de adrenalina tal que não sentia nada. Os meus pais não se lembram do acidente, eu lembro-me de tudo. O meu pai perdeu os óculos de sol durante o despiste e fui eu que lhe disse onde é que eles estavam (no meio do separador central, no IC19... ele foi lá mais tarde e resgatou os óculos, exactamente onde eu disse que estavam). Fiquei com uma cicatriz grande no braço, que ainda hoje tenho, apesar de me terem sugerido na altura que fizesse uma operação plástica para retirar a cicatriz (resposta minha a essa sugestão: "operação plástica a isto? Ainda se fosse à cara... agora a isto não, mesmo! Fica de recordação"). Portanto, perante este cenário passível de pânicos, eu reagi friamente e sem galinhices. Infelizmente, não passei o gene à minha filha.

 

Há bocado, depois de o puto partir o porta-velas, fui logo varrer. Acontece que houve um micro mini nano vidrinho que saltou para cima do tapete. Acontece também que a miúda mais velha - que adora andar descalça - passou exactamente por cima do micro mini nano vidrinho e espetou-o no pé. Estive três horas e meia, sozinha, a tentar tirar-lhe aquilo com ajuda de uma pinça. Fiz de tudo: prometi prendas e gelados, borrifei-a com soro fisiológico, pu-la a fazer o mesmo às bonecas, deixei que ela tocasse na "ferida", tudo para ver se ela colaborava. Ela chorou, berrou, gritou, esperneou... e eu não consegui tirar aquilo. Falei com os meus pais, que vieram cá ter. Estivemos mais uma hora, os três, agarrados a ela, a tentar tirar o micro mini nano vidrinho do pé dela. E ela a berrar, a gritar, a espernear, a suar em bica. Parecia um poltergeist, a engrossar a voz para gritar. Dantesco. Finalmente lá consegui tirar aquilo que era, efectivamente, uma coisa micromininanoscópica. Quatro horas e meia, três pessoas, para tirar aquela merdice mínima do pé da garota. Há genes que lamento mesmo não ter passado. Este é claramente um deles... E estou absolutamente derreada depois desta saga inacreditável!

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4 anos e meio de genialidade

02.08.12

Há bocado, ao almoço, conversa entre a minha filha e uma amiga minha:

 

Amiga da mãe: Ó L., quando é que fazes cinco anos?

 

L.: no mesmo mês em que fiz os quatro...

 

 

Gargalhada geral, obviamente.

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(Re) Começar

31.07.12

Estamos felizes. Em Setembro a miúda começa o pré-escolar na escola pública e não podia ser melhor. Vai ser integrada no agrupamento onde queremos que faça o ensino primário, vai ter tempo para se habituar. E vai poder fazer uma ou duas actividades que consideramos fundamentais. O que não vamos pagar por uma escola privada vai dar para a pôr a fazer um desporto e para uma actividade intelectual. Andamos indecisos entre ballet, natação e karate (há-de experimentar as três e depois logo se vê) e música ou inglês.

 

É bom, mesmo bom, ver os filhos crescer. É provavelmente o maior cliché da humanidade mas... ainda há tão pouco tempo era uma bebé de colo, que só chorava e mamava, e agora está com um pé no início da vida escolar oficial... Crescem tão depressa...!

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The fashion adviser

04.08.11
A minha filha... tão crominha. Tão depressa anda a pedir para tomar a Oxolamina (dito assim, com as letrinhas todas) e a dizer que tem a garganta inflamada como anda atrás de mim a dizer-me o que vestir, o que calçar, em que cores escolher a roupa...

Hoje de manhã, mãe vestida de preto (e kind of a não gostar do efeito, mas que se lixe) e a miúda:

-Ai, mãe, tu hoje estás muito escura. Não gosto que vistas de preto. Gosto que vistas de cores, como eu.
- Tens razão, filha. Amanhã a mãe veste de cores, boa?
- Sim, é melhor.

[E tem razão, a sirigaita de 3 anos e meio...]

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Anda uma mãe a criar uma filha para isto...

27.07.11
"Mimi, Mimi, onde estás, estou aqui, aqui onde, à janela a aprender a namorar
(barulho de beijinho, barulho de beijinho)"

Isto é o que a minha filha tem aprendido na escola... MEDO!


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Dancin' queen

25.07.11
Ontem, a preparar as coisas para fazer um piquenique, pus a minha música-da-corrida a tocar e andava por ali a dançarinhar enquanto arrumava as coisas.

Vem a minha filha ao pé de mim, pára, começa a dançar e diz "mãe, gosto tanto desta música!!".

E eu pensei: pudera, levaste cada esfrega disto na barriga que só podias era gostar!!


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