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Para abrir a pestana

20.02.14

Logo de manhã, à chegada à escola da miúda, um pneu furado. Rasgado, na verdade. Tau, assim, de chofre. Para acordar. Toca de desmontar o porta bagagens em busca dos apetrechos necessários e de começar a dar conta da situação. Porcas do pneu completamente agarradas, eu sem força para resolver aquilo. Ligo ao meu pai, numa de SOS. Entretanto aparece um senhor que ia a passar e que resolve tomar conta da ocorrência. Demorou uns 20 minutos a resolver o problema. Agradeço, entro no carro e ligo ao meu pai, para lhe dizer que já não é preciso ir ter comigo. Já ia a caminho e foi a minha mãe que atendeu. Cruzei-me com ele na estrada, voltou para trás. Troco de carro com ele (vou passar o dia a fazer piscinas e não confio naquele pneu suplente). Vou ao ginásio, treino, tudo normal. Chego a casa, almoço, começo a fazer um bolo, pego numa chávena que se engata numa flute (não sei como) e vai a flute pelo ar. Vidro all over the place.

 

Boa tarde.

 

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Outro cromo do ginásio

25.09.13

Anda por lá uma senhora com propensão para o conflito. Aqui há dias chegou, as passadeiras estavam todas ocupadas, pôs-se a implicar com dois senhores que estavam a usá-las há meia hora. Teve que esperar, mas um dos senhores encurtou o seu treino para que a madame pudesse usar a passadeira.

Ontem saí eu na rifa. Estava numa das máquinas, a preparar-me para começar as séries, quando olhei para o telemóvel e vi que tinha uma mensagem de trabalho a que tinha que responder. Era coisa rápida, respondi. Estava a terminar quando vem de lá a madame e pergunta "já acabou?". "Não, vou começar", respondi-lhe. A coisa passou. Entretanto, ela andava por lá com o instrutor, que lhe estava a preparar o plano de treino. Fui ouvindo a senhora a dizer uns "ai, isso eu não faço!" uma série de vezes... e o rapaz a bufar, claro.

Desci para o balneário (que, não sendo gigantesco, é grande). Tinha deixado as minhas coisas todas no cacifo, excepto as sabrinas, que deixei por baixo do banco, num cantinho. Cheguei lá e tinha roupa pendurada num cabide por cima das minhas sabrinas. Pensei que fosse de alguém dos estúdios e não me chateei com isso. Pus o meu saco por cima das sabrinas, no lugar que tinha escolhido quando cheguei, e fui tomar banho. Quando acabei e voltei ao meu lugar tenho o meu saco empurrado para o lado e... a madame instalada, a vestir-se. Parei, olhei, soprei e não disse nada. Continuei a minha vidinha, a secar-me e a besuntar-me com os cremes da praxe. Às tantas ela mexe no saco dela, que cai ao chão. Não me mexi um milímetro. Ela também não. E ainda bem, porque se a senhora tem o azar de me dizer alguma coisa era capaz de ouvir uma resposta de que não ia gostar! Quer dizer, eu cheguei lá, tudo vazio, ocupei um lugar. Ela chegou lá, uns sapatos no chão e resolve instalar-se nesse mesmo lugar, como se nada fosse! Ainda se aquilo estivesse à pinha... Mas não! O resto do espaço estava vazio, não percebo qual é a necessidade...

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Coisas que me acontecem... (episódio não-sei-quantos-mil)

22.04.13

Nota prévia: moro numa rua onde é complicado estacionar (e "complicado" é eufemismo). Aqui ao lado há uma churrasqueira (já vão perceber).

 

Sexta-feira, cerca das 20h, carro carregado de sacos de compras e dois miúdos pequenos. Chego aqui à rua, onde vislumbro uma série de carros estacionados em segunda fila, sinal de que não há lugares vagos para estacionar. Já quase a chegar ao meu prédio vejo um lugar, mesmo em frente à churrasqueira. Faço sinal para estacionar. À beira do lugar está um polícia que me faz sinal para seguir. Esbugalho os olhos a tentar perceber o que se passa. Sigo caminho, como me mandou fazer a autoridade. Olho pelo retrovisor e vejo uma carrinha da PSP a estacionar no lugar que eu vi primeiro, onde cheguei primeiro e onde o polícia não me deixou estacionar. Volto o carro, incrédula. Vejo os polícias a sair da carrinha e a dirigirem-se para a churrasqueira.

 

Iam apanhar ladrões? Não. Iam atrás de um homicida? Não. Iam resolver uma altercação? Não. Iam resolver uma situação de violência doméstica? Não. Iam jantar.

 

Portanto, um polícia não me deixou estacionar num lugar que não tem qualquer indicação de reserva ou prioridade para que a carrinha deles pudesse lá estacionar, para que ele e os colegas pudessem ir jantar. Está certo...

 

(Fiquei a ferver. Acho inadmissível, pronto).

 

[E tive que parar o carro em segunda fila, descarregar as tralhas todas, tirar os miúdos e ir pô-los dentro do prédio. Entretanto apareceu o meu marido que acabou por ir estacionar o meu carro. Igualmente incrédulo e a ferver...]

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Um ciclista e um carro

18.03.13

No caminho que faço de casa à escola da infanta, apanho vários cruzamentos. Hoje de manhã passei um desses cruzamentos e parei logo a seguir, para deixar uma senhora atravessar na passadeira (diz que é isso que o Código da Estrada manda fazer). Quando estava a arrancar novamente ouço um barulho e sinto uma batida. Pensei que fosse a minha querida filha a dar um salto na cadeira, como de vez em quando se lembra de fazer. Olho pelo retrovisor para a desancar e vejo um ciclista a levantar-se do chão. Não percebi de onde o homem apareceu, não percebi como pôde bater-me, não percebi como não me viu. Quer dizer, o sítio onde eu estava tem tudo menos falta de visibilidade! Não percebi, juro.

 

[Ninguém se magoou. Ele levantou-se e seguiu caminho, eu fiz o mesmo. Depois, cheguei ao escritório do meu marido e vi que tinha duas amolgadelas no pára-choques traseiro. Como eu sou assim a antítese da pessoa-que-conhece-cada-mazela-que-o-carro-tem, perguntei se aquilo já ali estava. Ele diz que sim, portanto o senhor ciclista destrambelhado não me lixou o pára-choques. Tudo está bem quando acaba bem, não é?]

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Outra da vizinha que não é cuchulheira (faria se fosse)...

18.02.13

A senhora anda intrigada comigo. Vê-me por aqui todos os dias, às horas a que as pessoas "normais" estão no trabalho. Já por várias vezes tentou abordar o assunto. Hoje foi on spot. Fui lá à mercearia comprar fiambre. Enquanto ela fatiava o dito...

 

- Atão tu trabalhas em casa, né?

- É.

- É o quê? Informática?

- Não. É marketing, comunicação...

- Atão e isso dá?

 

Diz ela que não é cuchulheira. Se fosse, fazia o quê? Pedia-me o extracto da conta bancária??

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Não há nada que não me aconteça... (Aposto que já tinham saudades!!)

31.08.11
Sábado passado, hora de almoço. Marido resolve ir à rua fazer já não sei o quê. Dá voltas à chave, na porta de casa, e a porta nada de abrir. Trinco nem para um lado nem para o outro. Tenta com a minha chave. Nada. Porreiro: estamos trancados em casa.

Ligo para a Sofia, que mora perto, a saber que andava por ali. Por sorte ainda andava (estava de saída para longe). Pedi-lhe que passasse em minha casa, para ver se me conseguia abrir a porta pelo lado de fora. Ela chegou. Fizemos descer a chave até à rua atando um cordel ao porta-chaves (porque atirar a chave era capaz de a partir, visto que moro num andar alto). Ela pega naquilo, entra, tenta abrir a porta e nada. Nem para um lado nem para o outro.

A chave original está em casa dos meus pais. Que estavam na terra. Fora de questão, portanto. Entretanto a Sofia passou ao lado de uma loja de ferragens que tem serviço de emergência para casos destes. Ligou-me a dar o número de telefone. Ligo para eles. O senhor diz que já volta a ligar. Liga 3 minutos depois. Aparece lá ao fim de mais 10 ou 15 minutos. Voltamos a fazer descer a chave (que entretanto subiu atada a outro cordel) e ele tenta o mesmo que a Sofia, obviamente sem êxito. Lá saca das ferramentas dele e consegue desencravar aquilo. Termina o trabalho com um "da minha parte são 80 euros".

Aparentemente, a chave do meu marido, gasta e velha, encravou a fechadura. Solução: fazer chaves novas, a partir da original, e testá-las até estarem perfeitas. Se voltar a acontecer isto teremos que mudar o segredo da fechadura e aí, em vez de oitenta, serão duzentos e muitos euros. Já fizemos as chaves e a coisa está tratada.

Pormenor: no sábado era suposto termos ido a um casamento. Felizmente, o mar não está para peixe e casamentos de pessoas que não conheço de parte nenhuma são coisa em que nem me passa pela cabeça investir dinheiro... Se tivéssemos aceite o convite de casamento, teria sido um belíssimo stress...


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Mais uma...

04.08.11
Hoje, numa bomba da BP, na caixa para pagar. Conta: € 20,03. Entrego € 20,05. E passa-se o seguinte diálogo (depois de a empregada ter esperado que eu encontrasse uma moeda de € 0,05):

Eu: aqui tem.
Empregada, pegando no dinheiro e pondo-o na caixa, e dando-me apenas a factura para a mão, sem me dar o troco: não tenho é dois cêntimos para lhe dar.
Eu: e... como é que quer fazer?

A empregada abriu os olhos de espanto perante a minha resposta. Deve ser normal comer e calar, ali por aquelas bandas. Ficou sem saber o que fazer... até que andou aí uns setenta centímetros para a direita e disse à colega que estava na outra caixa um "dá aí dois cêntimos para dar a esta senhora". Deu-mos, eu agradeci e fui-me embora, incrédula.

Não acho normal. Não acho normal que vão ficando assim com o dinheiro das pessoas. Para mim, são só dois cêntimos. Para a BP, ao fim de um dia, devem ser umas largas centenas de euros, só nesta trafulhice dos trocos, do "ah, então deixe estar". A tipa não se dispôs a aceitar o pagamento de apenas € 20,00 (que, no limite e caso não tivesse mesmo trocos, era o que tinha a fazer visto que eu, enquanto cliente, não tenho culpa que ela não tenha trocos na caixa). Mas aceitou os cinco cêntimos sabendo que não tinha troco...

Lamento, mas nestas coisas não me comem por parva. Era só o que faltava...!


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Não há nada que não me aconteça... MESMO!

04.08.11
18h45. Pego no miúdo ao fim da tarde e vou ao Pingo Doce do bairro. Faço as compras todas em tempo record. Chego à caixa, o rapaz passa os artigos todos e... e não tenho a carteira na mala. Estava capaz de jurar que a tinha comigo e que fui assaltada no supermercado. Não tenho certezas. Peço para cancelar tudo e digo que vou ver se tenho a carteira no carro. Não está. Nem no carro-de-família (que uso de casa para a minha mãe e da minha mãe para casa) nem no carro do trabalho (que uso para ir da minha mãe para o trabalho e do trabalho para a minha mãe). Começo a hiperventilar. Ligo ao marido. Pergunto onde é que ele está e ele engonha uma resposta, que está "ali assim ao pé da nossa rua" com a miúda, a comer um gelado. Passo-me e mando um berro e lá percebo onde eles estão. Vou lá ter.

Nisto ligo para o meu colega que vai ao escritório ao fim da tarde, a perguntar se ele já lá chegou. Peço-lhe que veja se está lá uma carteira assim e assim, ele diz que ainda não chegou e eu faço tempo até ele chegar. Pelo sim, pelo não, ligo para o Banco e anulo o cartão de acesso ao homebanking e o cartão de crédito (que eram as duas coisas que era mais fácil usar). Ele liga-me de volta, nada de carteira, ah, espera, está aqui, sim. Ligo para o banco e dizem-me que não posso anular as anulações que fiz. Uns 20 euros já foram com o caraças. (E se ele não fosse hoje ao escritório eu tinha agarrado em mim e tinha lá ido procurar a carteira antes de me pôr a anular cartões e a ir fazer queixa à polícia e a organizar a minha vida para ir amanhã para a loja do cidadão fazer os documentos todos outra vez...).

Peço o cartão MB do marido e vou de novo ao supermercado fazer as compras, já sem miúdo. Faço as compras todas novamente (porque achei que as minhas compras originais já deviam ter sido devolvidas à procedência), vou pagar. Chego à caixa e não sei o código, mando SMS a perguntar, ele não me responde, insisto, ele responde, mas entretanto já mandei anular a conta para não fazer esperar os desgraçados que tiveram o péssimo destino de se meter na fila atrás de mim. A senhora da caixa passa as compras novamente e quando vou a pagar... cartão expirado. Terminava a 07/11 (ou seja, há três dias). Peço para anular as compras novamente e para as guardar que eu vou só a casa buscar outro cartão e já volto. Vou a casa, pego no cartão atualizado, no cartão de crédito e em €50 e volto ao supermercado, onde as compras me aguardam. Pego em mais duas coisas, ponho-me na fila (para não gerar confusões) e estou uns 5 minutos a gramar com o cheiro nauseabundo de um homem com (muito) ar de sem abrigo, que foi buscar dois pacotes de vinho rasca. O cheiro é de tal ordem que eu me vejo obrigada a abrir o champô que estou a comprar para a miúda e a colar o nariz a ele (e mesmo assim ainda me chega aquele cheiro pestilento ao nariz). Compras passadas novamente, eu a arrumá-las e vem a gerente que, sem me ver, pergunta à rapariga da caixa se a "mulherzinha" já veio buscar as compras. Olho para ela nos olhos e respondo um "já vim, já". Ela imediatamente corrige o "mulherzinha" para senhora, cora, faz um sorriso amarelo e desaparece dali. Rio-me com a empregada: com dois cartões e uma nota de €50, não saio dali sem as compras. Pago com o cartão (que, finalmente, funciona). Meto tudo no carro e regresso a casa, para fazer o jantar com algumas das coisas que fui comprar. 20h35.

(Bright side: o jantar ficou delicioso, com o marido a pedir que eu aponte a receita - inventada na hora - e que a repita muitas vezes.)


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Civismo

04.03.11
Eu devo ter qualquer coisa que atrai estas situações estranhas.

Hoje, depois de dar uma série de voltas no parque do Vasco da Gama, passei ao pé de uma zona de lugares destinados a grávidas, pessoas com crianças de colo e idosos. Azar dos azares, estava uma senhora a acabar de estacionar. Acontece que a senhora devia ter uns 50 e tal, 60 anos. Parei o carro e olhei fixamente para ela. E ela para mim. Olhei tanto que ela voltou atrás para ver se tinha trancado o carro.

- Olhe, desculpe, a senhora estacionou o carro num lugar destinado a grávidas, pessoas com crianças de colo e idosos, porquê?
- (olhando para dentro do meu carro, com duas crianças lá dentro) Ah, pois foi, nem vi... eu nunca venho a este centro comercial...

E entrou no carro e foi estacioná-lo noutro lado. A fila atrás de mim era grande, mas toda a gente percebeu a cena e, pasmem-se, ninguém desatou a buzinar furiosamente.

Acho indecente que pessoas que não estão nas condições para estes lugares (ou para os de deficientes, é igual) façam uso deles. Toda a gente que anda com um bebé num carrinho sabe que os lugares de estacionamento normais são mais estreitos. É difícil tirar um ovo do carro sem dar uma sarrafada com a porta do carro na porta do vizinho. É difícil andar com um carrinho por entre os lugares de estacionamento sem levar retrovisores atrás. E é difícil estas pessoas que prevaricam (adoro esta palavra) deixarem de ser umas preguiçosas egoístas e perceberem que há, de facto, quem precise destes lugares de estacionamento.


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Mais uma aventura...

11.11.10
Temos, no novo escritório, direito a dois lugares de estacionamento. Um fica para um dos big chefes, o outro é para quem o apanhar. Ontem quem o apanhou foi a minha colega. Acontece que há dezenas de lugares bloqueados (devido a faltas de pagamento), lugares esses onde se estaciona mais ou menos livremente, sem empatar ninguém.

Ontem cheguei e toca de meter o carro num desses lugares. Em menos de 20 segundos já tinha um segurança desalvorado a esbracejar à minha frente.

Segurança: não pode estacionar aí, tire daí o carro.
Eu: eu sei que não posso estacionar… mas não estou a estorvar ninguém…
Segurança: pois, mas tem que ir pôr o carro lá fora, este lugar está reservado.
Eu: ah está? Eu vejo-o bloqueado. Estão mais dois carros mal estacionados aqui ao lado, já foi chatear algum dos donos?
Segurança: não, não estava cá quando eles estacionaram.
Eu: então se estamos todos no mesmo sítio bloqueado e se ninguém atrapalha, qual é o problema?
Segurança: não pode! Tire daí o carro.
Eu: muito bem. Mas já agora digo-lhe: só estava a deixar aqui o carro porque não tarda vou sair e porque estou grávida de 7 meses.
Segurança: ah está? Não tenho nada a ver com isso!
Eu: pois com certeza que não tem, a criança não é sua!

E fechei o vidro e deixei-o a falar sozinho…


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Coisas que me acontecem

18.10.10
Hoje relembrei uma história daquelas caricatas que me acontecem amiúde. Esta passou-se há uns 5 ou 6 anos, na altura em que eu saía muito à noite e tal. Numa discoteca onde costumava ir, aqui a menina foi ao balcão aviar-se de bebida. Passou-se o seguinte diálogo com a barmaid, que tinha um sotaque cerrado do norte (com os S sibilados).

Eu: era um vodka laranja, por favor.
Ela vai, prepara a bebida e dá-me um copo com um líquido transparente.
Eu: eu pedi vodka laranja.
Ela: isso é bodka laránja.
Eu: ah é?
Ela: é. É bodka laránja, mas sem laránja, que a laránja já acabou...

E assim ficámos, eu e as minhas amigas a rir que nem umas perdidas e a moçoila lá na vida dela, a preparar bodkas laránja sem laránja...


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Socorrismo

16.09.10
Ontem passei o dia enfiada numa sala de hotel, numa formação de Socorrismo. Uma seca.

Até que.

Sala em U. Mais ou menos 20 pessoas sentadas. Uma formadora. Material de apoio.

A dada altura, a rapariga que estava sentada numa das pontas do U levanta a mão e diz um "acho que tenho que ir lá..."... e apaga. Não cai porque o vizinho do lado a segura. Desmaia. Acorda com a cabeça no meio das pernas, a suar em bica, cheia de calor, a ver tudo a andar à roda. Perguntam-lhe se quer ir lá fora, diz que não consegue. Pedem uma água com açúcar, ela bebe, lá se recompõe. Vinte minutos depois vão para coffee break e ela lá bebe um café para animar (mas disse que tinha bebido um café de manhã e que tinha comido um bolo imediatamente antes de começar a formação, portanto fraqueza não deve ter sido!). Fica bem e o dia prossegue.

Até que.

Parte da tarde, quatro e tal, a rapariga outra vez agarrada à cabeça. Demasiado calor na sala. Mais tonturas, mas sem desmaios.

Foi uma formação... animada!!

P.S.: A rapariga que desmaiou... eu. (Demasiado calor, demasiado cansaço, demasiado tempo a ouvir uma voz monocórdica. Depois passou... até ter voltado. Entretanto já descansei e parece que passou mesmo.)


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A questão da prioridade

22.06.10
Há pouco, num Office Centre, apenas uma caixa aberta, com umas 5 pessoas na fila, e um rapaz a atender um senhor no balcão de apoio a clientes. Vou para a tal fila grande. O senhor à minha frente vai ao balcão de atendimento perguntar se não abrem outra fila. O moço diz que sim e que já chama pela mesma ordem. Como a coisa demora eu vou ter com o senhor e pergunto como é com as pessoas prioritárias. Ele pergunta porquê, eu digo que estou grávida, ele diz que me atende. Nisto estacionam atrás de mim mais umas quantas pessoas.

Estava já o senhor a passar as minhas compras quando vem o tal outro que estava à minha frente na outra fila, de mão na anca. E passa-se o seguinte:

Senhor: ouça lá, então eu venho aqui perguntar se não abrem mais uma fila, o senhor diz que sim e que vai chamar pela mesma ordem, e vem esta menina e passa à frente de toda a gente??
Eu: a menina está grávida. Se o senhor também estiver grávidA, pode passar à minha frente, sem problema nenhum.
Senhor, para o funcionário: eu até percebo que a menina seja mais bonita do que eu e que o senhor a queira passar à frente, mas acho inadmissível...
Senhora atrás de mim: mas o senhor não sabe que as grávidas têm prioridade?
Senhor: ah a menina está grávida? Não tinha percebido...
Eu: estou. Foi a primeira coisa que lhe disse.
Senhor: pronto, mas sempre quero ver o que é que o senhor vai fazer a seguir...
Senhora atrás de mim: ah quer? Eu digo-lhe: vai-me atender a mim, que tenho deficiência. Quer ver o cartão?

Claro que o homem deu meia volta, a bufar...

(Eu não faço finca-pé com as prioridades a não ser que a) esteja com a minha filha e ela esteja impaciente; b) me esteja a sentir mal; c) esteja aflita para ir à casa de banho, que foi o caso agora.)

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Não há nada (mesmo NADA) que não me aconteça...

07.06.10
Toca o telefone. Atendo. Indian girl speaking (vozinha estridente e muito, muito irritante, com aquele sotaque típico).

- Hello, I would like to speak to the company manager, please.
- What's the subject?
- I want to discuss a business matter with him.
- What business matter? You will have to be more specific.
- I told you, it's a business matter.
- I heard that. What business matter?
- Why are you asking so many questions?
- I asked you one question, which you haven't answered yet.
- What's your position in the company?
- I'm in the position to decide whether or not to put you through.
- But I need to speak to the manager.
- And I already told you that I'm not putting you through to him unless you specifically tell me what you want to discuss with him.
- tu tu tu tu tu tu... (obviously!).

Haja paciência...

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Ainda do fim-de-semana ou de como eu adoro gente manienta

27.04.10
Lá na Herdade estava um grupo composto por quatro casais, uma mulher "extra" e seis miúdos. Gente de berço, elegantérrima, chiquésima, que trata os filhos por você, que se tratam entre eles por você e que não tinham mais de 40 anos. Um must, portanto. Gente daquela que fala com os cantos da boca para baixo e que diz coisas como "maçada", "Ó Bernardo, pare já com isso, querido" e afins. Os miúdos (a mais velha com 9 anos, a mais nova com 4, os outros ali pelo meio, três rapazes, três raparigas) a tratarem-se uns aos outros por você, "ó Gracinha, venha cá", "Manel, onde é que foi?", "quer jogar à bola, Vasco?" e por aí adiante. Chiquésimos, já disse?

Às tantas a minha cria andava lá a brincar com eles (é assim, de vez em quando misturam-se com o povo, uma espécie de coisa meio National Geographic. E uma das mães sempre a chamá-los. E eu já a passar-me. E os miúdos sempre a virem para ao pé de nós, conversar. E nós a tratarmo-los por tu, como as pessoas normais fazem. E eles na boa. Educadíssimos, é um facto, mas à vontade.

A meio do jantar de sábado a minha filha foi pintar para ao pé deles, para uma salinha de pinturas improvisada. E eu fui indo controlar. A dada altura, para chegar à tal sala, passava-se por um corredor e por uma salinha de estar. E lá estava um dos miúdos sentado de perna aberta, outro dos miúdos (rapazes, os dois) de joelhos em frente ao primeiro, cabeça enfiada no meio das pernas do outro. Passei, levantei o sobrolho e não disse nada. Mas o que estava sentado desatou a guinchar "ajude-me, o Bernardo quer-me morder a pilinha". Elegantérrimos. De berço. E ainda assim... 

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Há uma primeira vez para (quase) tudo...

19.04.10
Sexta-feira, jantar do Grupo de Teatro da escola secundária, gente que não via há anos, conversa a ser posta em dia, regresso a casa à uma e um quarto.

Saio do carro carregada de sacos (tinha ido às compras à tarde), com um extra de 12 litros de leite na mão. Vejo três rapazes em frente ao café, o que é normal ali. Eles atravessam para o meu lado e um deles entra num dos prédios. Eu passo pelos restantes dois, normalmente. Chego à porta do meu prédio e, quando estou a pegar nas chaves que já tinha no bolso, sinto-os encostados a mim.

Um deles: boa noite.
Eu: boa noite.
O mesmo: queremos dinheiro.
Eu: não tenho dinheiro.
O outro: queres ser assaltada? Eu sei que tu tens dinheiro.
Eu: já disse que não tenho dinheiro.
O primeiro: eu sei que tu tens dinheiro. Queremos 11 euros.
Eu: queres ver a minha carteira, para veres que eu não tenho dinheiro?
Ele: quero.
(pouso os sacos, pego na carteira, que abro)
Eu: vem aqui para a luz, para veres que eu não tenho dinheiro.
Ele: aqui está bom.
Eu: só tenho estas moedas.
Ele: dá cá. Eu gosto de moedas.
Eu: está aqui uma moeda marroquina, que é recordação. Vou ficar com ela, se não te importas.
Ele: fica, não me serve para nada. Obrigado e boa noite.
Eu: boa noite.

Saldo do assalto: € 1,52... isso: um euro e cinquenta e dois cêntimos. Uma fortuna. Mas fui eu que trabalhei para o ganhar e senti-me violada na mesma.

Abri a porta a tremer, peguei nos sacos a tremer, entrei no prédio a tremer. Eles continuaram pela rua. Eu fui levar metade das coisas ao elevador, depois quando voltei para buscar o resto iam eles a voltar para trás, a rir. Não foi pelo dinheiro, foi pelo divertimento de assustar. Eu não pensei sequer em gritar, em fazer alarido, nada. Àquela hora ninguém me ouvia, não estava ninguém na rua. O mais certo era pegarem-me na mala e desatarem a fugir e aí era pior a emenda que o soneto.
Cheguei a casa a tremer, assim que saí do elevador pousei tudo e tive que respirar fundo para me acalmar. 31 anos. Assaltada pela primeira vez.

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Há um ano e dois dias...

09.03.10
... enfiei-me num estúdio da RTP, gravei horas a fio, enervei-me, disse o Dojo Kun (googlai...) uma série de vezes, para dentro, ri-me, quase chorei, disse disparates e coisas acertadas, despachei quatro opositores, cheguei ao fim e desisti. Numa pergunta sobre o Japão, coisa supostamente básica, desisti - e ainda bem, porque se respondesse errava, portanto foi sensato desistir. E ainda assim fui a pessoa que mais dinheiro ganhou naquele concurso. 

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Coisas que me acontecem - em Belém

08.03.10
Hoje fui ao Espelho de Água, em Belém (é aquela ilhota onde fica a Portugália). Fui, tratei do que tinha a tratar, atravessei a ponte de regresso ao carro e começo a ver um homem a saltitar de um pé para o outro, com um ar super-nervoso, abrigada por um chapéu de chuva. Aborda-me:

Ele: esteve a falar com a Sandra* não esteve?
Eu (sem parar de andar): sim (não podia mentir, que ela tinha vindo levar-me à porta).
Ele: ela já está disponível? Acha que já lhe posso ligar?
Eu: não sei...
Ele: pois, como ela já foi para dentro então vou ligar. Obrigado...
Eu: sim...

E continuei a andar, a pensar: este foi deixado e está aqui numa nervoseira, a ver se consegue falar com a rapariga... Coitado... e o que chove...

E é nestas alturas que penso: ainda bem que tenho um blog! Senão, onde é que eu registava estas alucinações todas? Qualquer dia mostro-vos algumas, já publicadas noutros sítios, que me fizeram rir muitas vezes. E também me fizeram constatar que não devo (mesmo) ser deste planeta... Porque não há rigorosamente NADA que não me aconteça...

*nome falso, claro.

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I'm hot!

22.02.10
Sábado à noite, sopa acabada de fazer, Marianne transporta a dita no prato da filha para a mesa de jantar. Aquilo escaldava por baixo. Antes de pousar senti os dedos a queimar e "atirei" a sopa com mais força do que era suposto. Ela saltou do prato e aterrou-me na mão. Lindo serviço...

 (Depois de uma data de tempo com Halibut na mão, até que nem ficou mau de todo... - Ah e o verniz é o Bombom, da Risqué, castanho demasiado escuro... não gosto por aí além...)

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Italiano perfeito

14.02.10
Sexta-feira, Armazéns do Chiado, Capri.

Empregada, para a senhora que estava atrás de mim: que pasta vai querer?
Senhora atrás de mim: esta aqui (apontando), TAGLIÊ.
Empregada: como? Não percebi...
Senhora atrás de mim: esta, TAGLIÊ, não sabe o que é TAGLIÊ?
Empregada: tagliatelle?
Senhora atrás de mim: ...isso, sim... (com cara de quem se enfiava num buraco no chão, bastava que houvesse um por perto...).

Confesso que foi complicado conter o riso...

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Uma viagem... atribulada

30.11.09
Estou (finalmente) de volta. Foi a pior viagem da minha vida.

Saímos daqui quarta às 18h30. Chegámos a Algeciras as 3h. Dormimos duas horas. Fomos para o porto para apanhar o barco às 6h30 (o barco saía às 7h30). Acontece que nos países árabes este fim-de-semana foi a Fête du Mouton, que é como quem diz, a festa do cordeiro (um equivalente muçulmano à Páscoa, em termos de importância) e o porto estava cheio de marroquinos a caminho da terrinha para a festa de família. Portanto, não apanhámos o barco das 7h30 nem o das 8h30. Próximo barco: 12h30. Acontece que o barco das 12h30 chegou às 15h. Portanto apanhámos barco às 16h30. Façam a conta ao número de horas que passámos paradinhos no porto, sem wc, sem comer, sem beber, sem nada...

Os barcos que partem de Algeciras, ao contrário dos que partem de Tarifa, demoram duas horas a fazer a travessia (contra os 45 minutos de Tarifa). Chegámos a Tanger às 18h30, mais coisa menos coisa. Quem vai de carro safa-se depressa. Quem vai de carrinha morre de seca à espera para entrar. Mais ainda quando tem uma data de outras carrinhas à frente que estão carregadinhas até aos olhos porque os marroquinos aparentemente acham que este é um fim-de-semana bom para mudar de casa e toca de voltar à base com as carrinhas atafulhadas até cima mais um pacotão de mercadoria no tejadilho da carrinha. E os senhores da fronteira, expeditos e preocupados, tiram TUDO das carrinhas cá para fora e inspeccionam tudo, o que, como devem calcular, não é um processo rápido.

A nós, que levávamos mercadoria para entregar a um cliente, disseram-nos que teríamos que pagar 60% do valor da factura para poder entrar com o material e teria que ser no dia seguinte porque nesse já não estava lá a pessoa responsável. Ali andámos, a tentar resolver a coisa, até que às 21h nos decidimos a ir embora, deixar a carrinha e procurar hotel para podermos descansar. Eram umas 22h quando nos sentámos a jantar (e a almoçar e a lanchar)...

No dia seguinte, já bem mais descansados, tentámos resolver a coisa (ou pelo menos perceber como se resolvia) com telefonemas para Portugal. Decidimos regressar a Espanha e tratar do processo lá, se possível. Pelo caminho disseram-nos (alguém espanhol a trabalhar em Tanger) que teríamos que pagar uma multa qualquer para voltar a entrar em Espanha e eu comecei a achar que ia ficar também presa no porto de Algeciras, sem andar para a frente nem para trás. Vimos gente a ser presa por estar a tentar passar para Espanha agarrada à parte de baixo de um autocarro (assim pendurados por baixo, como nos filmes, imaginem...). Apanhámos o barco de regresso a Espanha às 16h30, o barco saíu às 18h e demorou duas horas a chegar... Na alfândega espanhola não tivémos problemas e conseguimos ir jantar às 20h30. Fomos para o hotel, instalámo-nos e pronto.

Sábado de manhã arrancámos para Lisboa às 10h30, chegámos às 17h30, sem precalços.

Foi a pior viagem da minha vida. Meteu um ataque de pânico (que ninguém notou, porque já os sei controlar sem dar espectáculo), meteu muita vontade de bater em alguém, meteu muita sensação de impotência e, acima de tudo, muito cansaço. Serve de história para contar: os dias em que eu estive presa na alfândega de Tanger...

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Coisas que me acontecem...

09.11.09
Ao lado da minha casa há uma mercearia. Na semana passada fui lá comprar umas coisas. Estava outra cliente a pagar e havia conversa no ar:

Cliente: então o seu filho, está bom?
Dona: está, obrigada.
Cliente: ele é tão lindo, tão lindo...
Dona: obrigada, pois é...
Cliente: vai ter mitas mulheres atrás dele.
Dona: olhe que ele não liga nenhuma. Diz que quando namorar é para casar...
Cliente: Credo!! Isso não se usa! Diga-lhe que namore!
Dona: ele não quer mesmo, diz que agora é para estudar.
Cliente: eu cá incentivo os meus a namorar. O mais velho também é muito certinho mas o mais novo... aqui há dias pediu-me um preservativo dos do pai. Eu dei-lhe dois e disse para quando ele quiser, pedir. Veja lá, já no tempo da minha avó havia preservativos lá em casa... Ela trabalhava para uns juízes e ao fim de 13 filhos a mulher do juiz deu-lhe um preservativo, explicou como é que se punha e mandou-a usar aquilo para não ter mais filhos. A minha avó chegou com aquilo a casa e ia apanhando porrada, o meu avô dizia-lhe que aquilo era coisa das prostitutas e foi enterrá-lo ao fundo do quintal...

Excesso de informação?? Nããããão...

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Coisas que me acontecem...

09.11.09
Aqui há dias abri um pacotinho de leite dos pequenos para fazer um capuccino. Quando apertei o pacote a palhinha que estava colada de lado saiu disparada em direcção ao meu peito... go figure...

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Coisas que me acontecem (episódio já-nem-sei-quantos!)

21.10.09
Há bocado, quando entrei no carro (do meu pai, que o meu está morto da bateria), abri o vidro do pendura para pôr o espelho para fora. No exacto momento em que eu abro o vidro passa um carro em aceleração. Resultado: para aí cinco litros de água a entrarem-me para o carro, directamente vindos da rua!

Eu sou uma menina de sorte, é o que é!

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Preto

20.10.09
Hoje trago vestida uma camisa preta*. Linda, ombros estruturados e tal.

Que é de tal maneira preta que já me debotou o cinto, a mala e... as unhas. Isso mesmo: tenho as unhas debotadas de preto só por puxar de vez em quando a camisa para baixo. A camisa é, portanto, linda e de óptima qualidade, como se pode ver.

Dasse...

*É da Stradivarius, da nova colecção. E não vi lá aviso nenhum a dizer que aquilo deitava tinta antes de lavar...

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Coisas que me acontecem - Lisboagás

31.07.09
O meu prédio era servido pela Digal, nobre firma de gás propano canalizado. Aqui há tempos os administradores resolveram que bom, bom era mudar para o fornecedor e passarmos a ser servidos pela Lisboagás. Nós e mais 3 condóminos fomos contra. Perdemos a guerra, claro.

Há duas semanas mandaram-me uma circular a dizer que dia 28 seria feita a alteração dos contadores. Antes disso perguntámos o que era preciso fazer: nada. No dia voltámos a perguntar o que precisávamos de fazer: nada. Nesse dia à noite, liga-nos o aldrabão do comercial a perguntar se sempre queríamos assinar o contrato com a Lisboagás. Resposta: qual é a alternativa? Fogões de campismo?... Combinámos a assinatura do contrato para o dia a seguir à noite, o tipo disse que não iam retirar o contador, portanto era só uma questão formal.

Acontece que no dia seguinte chegámos a casa e contador... nada! Tiraram! Quando o comercial lá apareceu o meu homem refilou e tal, mas nada a fazer: teria que ser eu a assinar o contrato (e eu não podia naquela altura porque tinha saído para tomar café), pelo que se combinou para o dia seguinte de manhã.

Na manhã seguinte (ontem) vieram buscar o contrato e comprometeram-se a montar o contador no próprio dia. Claro que chegámos a casa à noite e contador nem vê-lo! Liguei para o aldrabão do comercial e chamei-lhe todos os nomes de que me lembrei! E o senhor só me dizia que já não era da responsabilidade dele, agora era com o departamento técnico...! Ficou de ligar hoje para lá para saber quando iam montar o contador.

Entretanto, e dado o nosso estado, lá fomos tomar banho a casa dos meus pais. Ora, o meu homem tinha-se levantado às 4h15... e acabou por se deitar à 1h (para se levantar às 5h)... Coisa boa!

De manhã cruzei-me com uns técnicos da empresa que anda a fazer a alteração e perguntei pelo meu contador. Resposta: só segunda-feira, na melhor das hipóteses. Passei-me! Voltei a ligar para o homem, que me disse exactamente isso. E eu só pergunto: sem gás em casa desde quarta-feira, onde é que é suposto três pessoas tomarem banho (uma delas uma criança pequena)? Como é que eu cozinho? Faço uma fogueira na cozinha, como os ciganos??

Claro que reclamei para a Lisboagás. A rapariga do atendimento a cliente foi muito atenciosa e disse imediatamente que, se o comercial se comprometeu a fazer as coisas acontecer, só tem que fazer o que diz que faz! Agora estou à espera que me liguem para saber como vai ser... Se eu apanhar o filha-da-puta do administrador que quis isto assim à frente, sou gaja para lhe dizer umas quantas verdades e para lhe aparecer à porta com uma toalha de banho na mão, para tomar banho em casa dele! Se ele quis tanto o gás natural, com certeza não se vai importar de partilhar com quem não tem...!

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Marianne, a freak

27.07.09
Vou ao andar de baixo tirar um café. Pego na chávena, ponho uma bolinha de adoçante, tiro uma das minhas cápsulas de Nespresso e carrego no botão para iniciar o processo. O café sai aguado, branco. Paro o processo, verifico se a máquina furou a cápsula, constato que sim e reinicio o processo. O café continua água. Deito-o fora e penso "estrago uma cápsula mas bebo um café de jeito!" e vou buscar outra cápsula. Ponho-a na máquina e agora sim, um café decente.

Na outra mão, uma cápsula por estrear. Sim, esqueci-me de colocar a cápsula na máquina da primeira vez, daí o café nojento que saiu...

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Zombie

29.04.09
Eu sou um exemplo vivo de uma brilhante Lei de Murphy: se algo de mau pode acontecer, então vai acontecer.

Ele tinha que levar o carro à revisão; marcou tudo, certificou-se de que podia entregar o carro a qualquer hora e ontem, às onze e meia da noite, lá fomos nós à oficina deixar o carro. Esbarrámos com o nariz na porta: entregas só até às onze. Como fomos em dois carros, resolvemos deixar o meu lá ao pé, para hoje eu levar o dele, deixá-lo na oficina e seguir para a agência com o meu carro.

Deitei-me às duas da manhã; acordei às seis e meia; saí de casa às sete e um quarto; meti-me na A5 e apanhei fila; cheguei à oficina às oito; fui atendida às oito e vinte; cheguei à agência às oito e quarenta e cinco. É uma e um quarto, estou cheia de fome, tenho a cabeça pesada e sinto que, se pudesse, dormia até amanhã de manhã...

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