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Ontem fui à apresentação do livro da Catarina - nem poderia não ir!
Há uma coisa que me aquece sempre o coração nos eventos-da-Catarina: ver sempre as mesmas caras. Caras que só vejo ali e que não conheço pessoalmente (de ter sido apresentada, isto é). São os amigos dela de sempre. Estão sempre lá. A rede é enorme. E forte. Invejo-lhe isso: a rede de amigos de sempre, que não tenho (assunto para outro post, voltemos à programação inicial).
Bom, casa cheia para aplaudir as conquistas da Catarina: o livro e o objecto do livro - a nova Catarina. Ouvir a Isabel Zibaia Rafael foi uma delícia. Ouvir a Catarina é sempre uma delícia. Claro que me emocionei (o termo certo é "chorei"). Claro que me revi numa data de coisas. Agradeci-lhe mentalmente por também eu já ter feito parte do percurso, muito impulsionada por ela - vide o post sobre a inspiração que está mesmo abaixo deste. Um percurso feito com recursos diferentes, mas ainda assim com conquistas feitas. Deliciei-me perante o beijo e o abraço que o Gonçalo, filho mais velho da Catarina, lhe deu quando ela terminou o discurso. Ri-me entre amigas, entre conhecidas, entre gente que gosta da Catarina a sério.
À noite, no silêncio, agarrei o livro e li metade. Lembrei conversas que fomos tendo durante o percurso dela, celebrei as vitórias dela "para dentro". Aprendi. Tive ainda mais vontade de não desistir, de me manter aqui, onde estou, a tentar ser mais saudável e mais feliz.
Obrigada, querida.
A Ana Luísa é uma fotógrafa de mão cheia e de um talento ímpar e está a oferecer um trabalho maravilhoso, através do blog dela. A sério, vale mesmo, mesmo a pena! Vão lá espreitar!!
29 de Dezembro, eu dentro da banheira para um banho de imersão, telemóvel na mão e toca de conversar com a Erica, que foi o meu anjinho salvador. Falávamos de pesos e do meu desânimo. E dos porquês de eu não resistir a doces.
Dizia-me ela que também tinha sido assim, a maior gulosa à face da Terra, que tinha que comer doces todos os dias. Depois deixou de ser. E eu perguntei o que mudou. A resposta dela foi esta: "Tive uma epifania, um dia. Pensei: bolas, então uma tigela de leite creme vale q eu fique aborrecida, discuta c meio mundo? Mas eu vou a uma festa pelo bolo, ou pela companhia das pessoas? E disse: não, eu sou perfeitamente capaz de viver sem comer doces. E meti na cabeça que doces são PARA OCASIÕES MTO ESPECIAIS. E durante 10 meses comi uns 8 ou 9 doces."
Eu disse que era disso que eu precisava: uma epifania igual. E ela disse-me que aprendeu o seguinte: "a) sobrevivo mto bem sem doces; b) quando podes e sentes MESMO que podes comer tudo, o teu cérebro não pede nada.". Verdade.
"Se mudares o discurso para: não, eu como um doce MESMO quando me apetece MUITO, vai-te acontecer uma coisa espantosa que é passares por um doce, teres a possibilidade de o comer e dizeres: Hum, hoje nem me apetece muito.", disse ela. E eu respondi que me aconteceu precisamente isso... nas minhas gravidezes. "Sabes porquê? Porque se calhar nessa altura o teu inconsciente estava descansado e podias comer o que quisesse. Quem mandava eras tu e não a tua gula por doces."
Depois ela aconselhou-me: "Faz um exercicio: passa por todas as pastelarias e analisa o bolo que queres comer, pq sabes que HOJE vais comer um bolo, ou dois, ou três, os que quiseres. O mais provável é dares meia volta e não te apetecer nenhum." - Verdade: isso foi o que me aconteceu no Natal do ano passado: autorizei-me a estar à vontade porque decidi que lidaria com o problema em Janeiro... e a verdade é que não comi quase nada doce.
E foi aqui que se deu o click: no momento em que decidi que eu posso comer doces, quando EU quero. Não quando me apetece, quando tem que ser, quando estou triste ou contente, quando estou ansiosa, quando mereço, quando que se lixe é só hoje. E a verdade é que, desde dia 1, que foi o dia em que me comprometi, não voltei a tocar em doces, nem em nada que eu sei à partida que não é bom para mim. Já estive perto das tentações só que... já não são tentações. Já não tenho que lidar com a ansiedade associada a querer comer e saber que não posso. Já não tenho que fazer esforços sobreumanos para não enfiar a cara em bolos e porcarias afins. Passo ao lado do que antes gritava por mim e nem um sussurro ouço. Sinceramente, nunca acreditei que um dia isto fosse acontecer comigo. Mas aconteceu. Tem sido assim.
E o melhor? É libertador. Eu é que mando. Não é a comida que manda em mim, a gula passou a ser apenas uma palavra no dicionário. Se eu quiser, eu posso comer. Acontece que não tenho querido. Hei-de querer comer um bolo, claro que sim. E hei-de comê-lo, sabendo que isso não me fará refém do açúcar outra vez. Mas, por enquanto, ainda não quero comer. Não preciso. Estou bem assim. E a verdade é que estou há 24 dias sem açúcar. Aí há tempos li num dos meus blogs preferidos que a autora estava a fazer um detox de 21 dias sem açúcar. E a dar em maluca pelo caminho. Eu li aquilo e pensei "nunca na vida! Sou incapaz de estar 21 dias sem açúcar!". Surpresa: 24 dias. E é para continuar, porque me sinto bem assim, porque não me faz falta, porque não é disso que preciso para viver. E, na verdade, vivo muito melhor sem açúcar. Desapareceu a ansiedade e o sentimento de culpa quando mitigava a dita ansiedade. Desapareceu o pensamento constante em bolos e chocolates e doces. Desapareceu a vontade. Apareci eu, a mandar em mim, a decidir o que quero para mim, a escolher o que me faz bem. E isso não significa que deixei de ter prazer no que como, bem pelo contrário. Não como nada de que não goste, só que nada do que como me faz sentir culpada e ficar com peso na consciência. Repito: é libertador.
Portanto, bottom line: tu é que mandas. Tu é que decides. A comida, seja ela qual for, não manda em ti. E quando perceberes que tens este poder todo e que não és escrava do que comes, deixas de estar presa ao que nos faz mal e passas a escolher o que é saudável e bom para ti, com o mesmo prazer com que antes te afundavas em baldes de gelado. De novo: é libertador. O desafio? Experimenta!
Já fiz as compras para a festa de aniversário da gaiata. A seguir, corte de cabelo na mãe da gaiata, que bem precisa (isto não vê tesoura quase há um ano... e está enorme e já me pesa e estou farta do cabelo comprido. Vou chegar lá com a dúvida: franjo ou não franjo? O Renato decidirá - sim, isto é o quanto eu confio nele! E, para quem ainda não encontrou um cabeleireiro de sonho, só vos digo: Renato, Chill Factory, em Oeiras. De caras!!). Depois, compras de uns acessórios para a festa, eventual beijinho na prima super-grávida (e, com o stress em que já estou, meto dinheiro em como vai ser precisamente quando estivermos juntas que lhe rebentam as águas... e ainda acabo a passar a tarde no hospital!) e regresso a casa, para começar a ronda dos bolos novamente: para amanhã, um bolo de aniversário para uma empresa que faz 10 anos. E tudo para a festa (quase tudo, vá, que há coisas que só posso mesmo fazer no dia).
Isto é uma animação. E ainda bem!!
Ontem, quando falei pela primeira vez no dia que estava a chegar (foi no Facebook), uma amiga-leitora relembrou a música que deixei no blog quando saí de casa para ir ter a minha filha (três anos mais tarde viria a fazer o mesmo com o meu filho). E esse comentário pôs-me a pensar. Há gente que me lê há muito tempo. Gente que se lembra da minha história, que "viveu" comigo esta e outras fases da minha vida. Que me leu triste e feliz, que me acompanhou em alturas em que nem eu me aturava a mim mesma, e noutras em que só me apetecia gritar o quão feliz estava. Isto são os blogs. O resto, as tricas, as brigas, os diz-que-disse, as picardias, são outra coisa qualquer. Para mim, o meu blog há-de sempre ser o veículo que me trouxe gente boa, que me cruzou com gente que tenho o maior dos gostos em conhecer, gente de quem gosto a sério. Com o meu blog vieram amizades para a vida, vieram tias para os meus filhos, vieram amigos-irmãos como o "meu" Jack.
No comentário que a Filipa me fez ontem, percebi o tal carinho. E senti-me virtualmente abraçada. Uma pessoa que se lembra do post que escrevemos há seis anos, antes de dar entrada na maternidade, merece todo o carinho em troca. (Obrigada, Filipa!!)
... ao dilema de ontem veio pela mão da Lia, que é assim uma espécie de irmã/amiga para a vida. A quem perguntou pela "receita milagrosa", parece-me que ela está aqui, no comentário que a Lia me deixou:
É simples... e não tens de andar a fazer exercícios de equilíbrio. Porque é que para pensar no negativo não nos importamos de roçar e ultrapassar o real e quando é para o positivo já estamos muito preocupadas com passar a linha do admissível? És gira! ponto final. És muita gira! E és a mais gira de todas para muita gente (para mm ;)). E se não fores mesmo a mais gira? quem é que te vem passar uma multa por achares que és a mais gira? A quem é que estás a fazer mal por achares que és a mais gira? Portanto deixa de te preocupares com o nível de linda que és, se estás a ser modesta ou exagerada. Não existe um tribunal para isso, e não estamos em nenhum concurso ;). Aquilo que aprendi nos últimos tempos é só isto.... começa a olhar para ti com amor. a sentir pela tua imagem ao espelho, aquilo que se sente por alguém por quem estamos apaixonadas... respeito pelo que conseguiste com o teu corpo, aceitação pelas rugas e cabelos brancos, paixão por aquela característica que é só nossa, amor pelo nosso corpo saudável... o resto vai crescer com isso... como crescem os sentimentos. I promiss. (estou uma poetisa lamechas hoje ;)) beijo, miúda gira
Reunião em Cascais (ou da falta que um GPS me faz... Perdi-me duas vezes, num percurso simples...). Muitas ideias, muitos desafios, muito trabalho e muita, muita vontade de fazer acontecer.
Almoço em Lisboa, com a Catarina. Tanta conversa posta em dia, tanta! E o pequeno A., sempre na sua boa onda, um doce. É giro ver como eram os nossos almoços antes da dieta (muito McDonald's comemos nós, caraças!) e como são agora: sushi, com dose controlada de arroz e pouca alarvice à mistura! E já que falo em dieta... a Catarina está magra, magra, magra! Gira, sempre foi. Magra que dói! Estúpida de magra!! Vê-se a léguas que se sente em casa no novo corpo que "arranjou". Está radiosa. E linda, a parva!
Depois do almoço, e ainda antes de digerir o sushi todo, fui ao ginásio. Fiz um treino todo baralhadinho. Odeio ir ao ginásio ao fim da tarde. Apanho sempre aquilo cheio de putos, de malta dos esteróides, de gente bombada. Não gosto mesmo, não é a minha onda. Quando quero ir ao talho, vou, não preciso de ir ali, não é? Para ajudar à festa, aquilo estava cheio e eu não estive para esperar por máquinas livres, portanto fiz um bocado de cada coisa e siga. Andei ali perto do vómito - como nos primeiros dias, em que bebia leite e depois ia para lá! -, mas aguentei-me.
Depois, ir buscar miúdos, trazer miúdos, tirar miúdos do carro, acalmar birras e fazer o jantar enquanto o pai lhes ddava banho. Conseguimos jantar cedíssimo (em comparação com o que tem acontecido) mas... senhora dona miúda fez o favor de demorar mais de uma hora a comer. Portanto lá se foi o cedo e o despachanço e acabou por ser um fim de dia igual aos outros todos.
Bom, de caminho, e aproveitando o mote da Catarina, junto-me ao clube e passo, de hoje em diante, a celebrar "O Melhor do meu Dia". O selo está ali ao lado e, espero eu, há-de remeter para os posts que digam respeito a este assunto. Começando...
O melhor do meu dia de ontem... (bolas, escolhi logo um dia cheio de coisas "melhores" para me meter nisto...) foram as conversas que tive, na reunião, e com a Catarina.
Conheci a Catarina por causa dos blogs. Não sei precisar quem chegou primeiro a que blog, se eu ao dela, se ela ao meu. Não importa. Foi em 2005. Conversávamos, trocávamos opiniões e um dia passámos à tangência e fomos, com outra amiga comum e o seu bebé de 10 meses na altura (quase 9 anos agora... ouch!), almoçar sushi na Baixa. Selou-se a amizade. A Catarina é doce. Se eu só pudesse dizer uma coisa acerca dela seria isto: ela é doce. Apesar da vida, apesar das perdas, apesar dos insucessos, apesar do que correu menos bem, apesar de tudo. Doce. Não deixa que o lado negro se apodere da luz e brilha. É daquelas pessoas que, no caos, é o espelho da serenidade. Ao pé da Catarina nada corre mal. A vida é sempre um regato manso e morno, onde gastamos horas sem pensar em mais nada.
A Catarina, mulher de palavras, escreveu um livro onde reune crónicas do seu blog (e não só). E se eu sou um bocado avessa a isto de editar blogs em livro, com o livro da Catarina deixei de lado esta minha mariquice. Na sexta-feira foi o lançamento. Peguei na minha filha ("nora" dela, embora o filho dela não saiba nem queira saber) e fomos ver a Catarina brilhar. Ri, emocionei-me, abracei-a, matei saudades, revi caras conhecidas, e no fim, já na rua, chorei. Chorei quando vi a dedicatória que escreveu no meu exemplar. Porque o livro é dela, o dia era dela, mas ela escreveu para mim. E eu chorei.
[À noite, senhor marido - que não lê um livro há anos, nem sente falta nem liga nenhuma - pegou no livro dela e leu-o. Todo. E riu e emocionou-se e ficou feliz, como eu também fiquei, por ver ali materializado um bocadinho da nossa Catarina. Um bocadinho que, como ela, só podia ser assim. Doce.]
Depois do passeio familiar à Feira do Livro, prometi a mim mesma uma ida a solo, para poder ver tudo como deve ser. Foi hoje. Combinei com a minha querida Meg (parceira de Frente&Verso, na Papel... vocês sabem) e com a querida Erica e lá fomos, almoçar, tagarelar e dar uma olhadela.
Conversámos p'a caraças (a sério... não sei se consigo imaginar trio mais conversadeiro!), elas comeram umas cenas altamente calóricas (que são as duas parvas de magras e podem comer tudo!) e eu almocei a minha relva salada de alface, mozzarella e delícias do mar, que levei de casa. Depois elas foram fazer pela vida e eu fiquei a bater perna na Feira. E fiz a coisa à minha maneira: subir pela esquerda, descer pela esquerda, subir pela direita, tornar a descer pela esquerda. E ir anotando o que me chamava a atenção e ir avaliando como distribuir o meu plafond. E comprar, claro.
Resultado:
"Deixa-me Entrar", John Ajvide Lindqvist
"O Cirurgião", Tess Gerritsen
"O Cego de Sevilha", Robert Wilson
"Histórias Extraordinárias", Edgar Allan Poe
"Os Crimes da Rua Morgue e Outras Histórias", Edgar Allan Poe
Até ter ido agora ali ao GoodReads achava que eram todos policiais... o "Deixa-me Entrar" não é. Mete vampiros. E eu sou muuuuuuuuuito renitente em relação a histórias de vampiros - gosto muito do "Drácula" porque é o original. Tudo o resto não me inspira confiança nenhuma - muito por culpa da não-sei-quê-Meyer e do seu Twilight, que não consegui ler (tentei, mas não consegui passar das 30 páginas do primeiro livro). Bom, logo se verá... pode ser que me surpreenda...
Depois, no carro, a notícia: o pequeno Rodrigo não resistiu à leucemia e morreu hoje. Nenhuma criança devia morrer sem ter verdadeiramente vivido. E não consigo sequer imaginar a dor daquela mãe, portanto nem entremos por aí...
Portanto, sábado de manhã enfiei-me de alma e coração e costados no ginásio e só de lá saí depois de duas horas de sofrimento intenso. Mal eu sabia o que estava por vir... mas já lá vamos.
À tarde fui levar a infanta a uma festa de aniversário, abasteci a despensa, vim para casa ler e fazer tempo para a ir buscar de novo. Fui, voltámos e toca de tratar do jantar: caracóis.
Ontem, manhã passada na ronha, tarde passada no Dolce Vita Tejo com a miúda, a tentar ver a Xana Toc-Toc (conseguimos ver-lhe o alto da cabeça... yay!). Valeu-nos a companhia: miss Niki e a sua criança mais velha. Finalmente conseguimos pôr a conversa em dia (mas acho que era menina para ainda lá estar a esta hora...). Regressámos, apresentei-lhes canja para o jantar (e fui eleita a melhor mãe do mundo... portanto, bastou um bocado de água, um caldo knorr, um coração, um fígado e mais umas entranhas de um desgraçado de um frango e plim: best mom ever para a mesa do canto!). O serão foi passado entre trash-tv, uma dor brutal no braço e gargalhadas partilhadas com o marido.
Dormi mal pra caraças. O meu rico bracinho direito, levado ao limite no sábado lá no ginásio, está agora a ausar o toque e... é que nem sequer o consigo esticar. Passa ali do ângulo de 90º e é de ir às lágrimas. É uma dor muscular, já me besuntei com um relaxante muscular mas nada de esta gaita melhorar. Muito bom para começar a semana...
Tenham, portanto, um dia excelente, sim?
Hoje passámos parte da manhã na Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha, no evento Todos Por Um.
Assim que entrei esbarrei na Niki e na minha BFF, as duas enfiadas na sala das tatuagens. A Niki saiu de lá com uma andorinha linda nas costas - e eu cheia de vontade de tatuar finalmente a "minha" frase... mas como ainda não decidi bem onde a quero fazer, não arrisquei.
Senhor marido foi inscrever-se como dador de medula. Ia mentalizado para ir dar sangue, mas afinal foi só recolha para a questão da medula. Entretanto, encontrei por lá a Analog e a outra Niki - e é giro isto de reconhecer os miúdos e levantar os olhos para procurar pelos pais!
No andar de cima, o resultado da dedicação de um grupo de mulheres que sim, têm mais que fazer, mas que ainda assim abdicaram do seu tempo para se entregar a esta causa maior: o Rodrigo. Para mim, o díficil foi resistir... Ele era bolos, ele era tartes, ele era cupcakes, ele era colares, ele era roupa, ele era livros... Claro que fiz a ronda - e claro que não resisti a tudo (trouxe dois colares e um livro e consegui só comprar cupcakes para os miúdos!). Valeu a pena.
O que também valeu muito a pena foi conhecer (finalmente!) ao vivo e a cores a Pólo Norte, a Glitering, a SMS e a Erica. Tudo gente que acompanho há uma vida, tudo gente com quem gosto de conversar (bom, com a Sónia só tinha trocado uns mails, mas ela confirmou a simpatia que sempre achei que tinha).
Gostei muito mesmo! E tenho pena que isto não seja coisa habitual de sábado de manhã, pelo privilégio que é ajudar uma causa importante e conviver com gente gira, que vale muito a pena e que tem muito para ensinar.
Obrigada a vocês, que moveram o céu e a terra para que isto acontecesse. Sois as maiores!!!
[A minha convidada de hoje é a Rita Varela... que é a grande responsável pela minha mudança de perspectiva. Foi a Rita que me fez perder o medo de saltar para fora da minha "caixa", foi a Rita que me mostrou que não há problema nenhum em aproveitar aquilo que tenho e em sentir-me bem comigo mesma. Obrigada por isso, Rita... e por este texto!]
Paixão
Existem diferentes tipo de paixões, as passageiras e as que duram uma vida, mas aprendi
que, quer uma, quer outra, devem ser capturadas por nós quando damos por elas.
Todos nos dizem que devemos ser felizes, mas poucos lutam por o ser, poucos vivem
com paixão, porque é difícil, porque dá trabalho, porque somos naturalmente comodistas,
sair da zona de conforto, da normalidade dá trabalho, mas acreditem que vale a pena.
Apesar de nos dizerem de pequeninos que devemos ser felizes, que nos devemos
apaixonar pelas coisas, muitos se incomodam com a felicidade dos outros, a felicidade
daqueles que vivem com paixão e apaixonadamente.
Disso sou eu testemunha. Falo na primeira pessoa, senti na pele o estigma de quem quis
ter na realidade o que sabia ser a sua paixão. Como disse no inicio, a paixão tem muitas
formas e eu encontrei a paixão por uma profissão. Abdiquei da profissão normal e “certa”
para ter algo diferente, algo que tinha a certeza que me iria apaixonar e fazer feliz todos
os dias.
Posso dizer que neste processo tive muita sorte, primeiro por ter conseguido retirar dos
confins da minha mente a ideia do que queria mesmo fazer. Algo muito complicado e que
estava coberto por várias camadas de crenças e preconceitos, que haviam sido colocados
durante toda a minha vida, mas consegui, consegui trazer para a luz do dia o que sabia
ser a minha paixão.
Esta foi a primeira dificuldade, a descoberta. A segunda foi seguir em frente, deixar para
trás o que era de gente grande e “certo” e correr para a frente. Deixar de ouvir os que não
acreditavam. Tive sorte outra vez, tive pilares que me sustiveram na caminhada, que não
me deixaram cair, pilares em quem eu pode recorrer e que sabia estarem sempre lá para
me apoiar.
Ainda há uma terceira dificuldade, a luta para me manter à tona de água, para ser alguém
fazendo o que me apaixona, mas mesmo nisso tenho sorte, porque me foram aparecendo
pessoas fantásticas que não me conheciam, como a Lénia, que vão renovando sempre a
minha paixão pelo que faço, aprendendo comigo e pondo em prática o que lhes ensinei,
sendo mais felizes depois de nos termos encontrado.
Sei que, pelo caminho que tenho pela frente, vão surgir novas paixões, e eu só desejo
conseguir vê-las para as agarrar, para lutar por elas e para as largar quando daí não vier
mais nenhuma paixão, quando não me trouxerem mais felicidade.
Na minha mente está sempre presente que só vivemos uma vez e tenho de ser feliz
enquanto cá estou, não tenho outra oportunidade para o ser.
Quando a Lénia me convidou para escrever qualquer coisa, fiquei em pânico, mas
agora agradeço-lhe por ter me ter dado liberdade, por me ter deixado escrever o que me
apetecesse, por me ter dado este momento de felicidade. Obrigada.
Como diria Raul Solnado “Façam o favor de ser felizes!!!”
E hoje o outro vértice do nosso triângulo de BFFs faz anos. 36. E pensar que nos conhecemos quase há 10 anos... e que éramos umas miúdas... (e, nada a ver, há bocado lembrei-me da música da Nina Simone que fechava sempre as nossas noites de sexta... cansadas, mas sempre de sorriso posto, com o stress da semana todo enterrado naquela coluna, com a alma lavada e pronta para aproveitar o fim-de-semana de descanso. Lembras-te?).
Parabéns a ti, linda e doce, sempre. Mesmo quando te zangas. Sê feliz sempre, sempre, sempre. E que este seja o teu ano de sorriso maior. Love you, Marie!
Uma das minhas melhores amigas vai migrar. Vamos deixar de ter os cafés de manhã, com a conversa posta em dia amiúde. Vamos deixar de ter os abraços. Vamos deixar de nos ter uma à outra a cem metros de distância. Vamos deixar deter as nossas manhãs de sábado no ginásio, que eram um verdadeiro reset das nossas semanas. Até agora, bastava dizer "passa aqui" e lá nos juntávamos. Foram dois anos de melhor-amiga-vizinha e isso acaba hoje, pelo menos por um ano. Estou triste. Já chorei (oh, well... estou a escrever isto e a chorar...).
É que, sabem, ela é mesmo aquele bocadinho meu que me faz tanta falta. Eu, que não tenho irmãs, tenho-a a ela, como se fosse mesmo minha irmã (aqui no café acharam durante muito tempo que éramos mesmo irmãs...). E custa vê-la ir embora e ficar sem este mimo-de-mana-amiga.
Mas vai ser bom para ela. Vai trabalhar no que quer, vai continuar a ser a investigadora de valor que é, vai conhecer gente nova, quem sabe não se apaixona pelo caminho e a coisa ganha mesmo um novo sentido.E não vai para o fim do mundo e vai voltar cá para passar uns fins-de-semana e nós também havemos de ir visitá-la lá abaixo. Mas 200km não são 200m... e custa!
A ti, mana-do-coração, desejo tudo de bom. Tu sabes. Que sejas feliz e que tenhas todos os dias motivos para sorrir. Vais ser feliz! (Só tenho pena que seja longe daqui... snifff...!)
[And I miss you already...]
Não sei se já vos contei que, durante algum tempo, as senhoras da pastelaria onde vou de manhã beber café com a Lia pensavam que éramos irmãs. Hoje fomos lá. Eu mexo o café, entorno aquilo tudo por cima de mim e da mesa. Nem um minuto depois, a Lia mexe o café e entorna aquilo tudo por cima da mesa.
Não somos irmãs, mas podíamos perfeitamente ser.
(E no sábado um amigo dela pensou... que éramos irmãs...]
Diz que é hoje. Não sei. Mas sei que tomei o pequeno-almoço com a megamiga Lia e sei que almocei com mais duas amigas: a Me e a little miss whale Susana (onde é que anda o teu link, miúda?).
E, a propósito do almoço, conseguimos pôr a Me a falar de cocós de bebés! Yay!! E, mais a sério, terminámos a falar de blogs e de publicidade em blogs e de parcerias e de marketing e da vida no geral. Gosto sempre tanto de falar com ela... Tão bom! A parte chata é mesmo não podermos passar o resto da tarde sentadinhas a conversar e a emborcar chá e scones...
Ontem fui com a miúda à consulta dos cinco anos (all's well, altura de seis anos, peso de cinco, veio de lá com vitaminas para tomar que é para ver se demora mais um bocado a armar-se em manequim... Ainda bem que nisto não sai cá para os meus lados!!).
[Contextualizando: a vida, mesmo quando é uma valente cabra para mim, tem-me trazido pessoas boas. No caso da Sara, a vida até nem foi nada má, na altura em que ma trouxe. Ela era namorada de um colega meu de trabalho, rapidamente ficámos amigos. Isto foi em 2002. Dura até hoje, e espero que continue a durar.]
Depois da consulta fomos ter com a Sara. Ora a Sara é uma amiga daquelas que, não importa quantos anos passem sem nos vermos, parece sempre que estivemos juntas ontem. Foi tão bom conversar com ela, rir-me com ela... Tenho pena de estarmos geograficamente afastadas e de não nos podermos encontrar mais vezes. Foi bom. E soube a pouco!!
<3 you, Sarita!!