07.01.13
Antes de mais, um pequeno preâmbulo: se gostam de ler e não conhecem o
GoodReads, espreitem. Se gostam de ler e conhecem mas ainda não se inscreveram, inscrevam-se. Se já se inscreveram mas não usam, passem a usar. É bom! Muito do que conheci este ano foi graças ao GoodReads. Nomeadamente estes dois livros que se seguem. Avancemos.
Foi no GoodReads que vi alguém avaliar
este livro. Sendo um policial, despertou-me curiosidade. (Mais um preâmbulo: se ainda não perceberam, eu esclareço: o policial e o romance histórico são os meus dois géneros literários preferidos. Porquê? O primeiro porque me ensina muito acerca da psique humana, da forma de pensar e agir, porque expõe idiossincrasias várias e porque me prova o brilhantismo de algumas mentes. O romance histórico porque, sendo bem escrito e, principalmente, estando bem documentado, é uma valente lição de história, que sempre foi uma das minhas áreas de estudo preferidas. Nota: dificilmente me verão a ler romances-romances, daqueles da treta, tipo Nicholas Sparks e Nora Roberts. Não tenho a mínima paciência para histórias de amor previsíveis, básicas e ocas. Mas é defeito meu, que sou a pessoa menos romântica que deus nosso senhor botou cá em baixo. Fim de preâmbulo. Avancemos). Portanto, dizia eu: curiosidade acesa e toca de ir comprar o livro para o marido me oferecer no Natal. Li-o em 4 dias e não o conseguia pousar. Acontece que a tradução é uma valente mer... porcaria, coisa que atrasou a leitura. Mas a história, o enredo, os "quem" e os "porquê" são fabulosos. Claro que, acabando de ler isto, tratei de me atirar de cabeça ao segundo livro do senhor...
Este livro é assim qualquer coisa de fenomenal. Gostei ainda mais do que do "Sopro do Mal". A escrita do autor é escorreita, cinematográfica, e não me custa nada imaginar estes dois livros transformados em filmes. A trama está cheia de twists bem estruturados, não há pontas soltas, no fim tudo se encaixa e se esclarece. E, tirando uma ou outra gralha de tradução/revisão (um parágrafo repetido a meio do livro, por exemplo), pouco há a apontar. Para quem gosta de policiais, é um livro "obrigatório". Para quem não gosta, fica o desafio...!
(Ah, e já agora, nota máxima para a capa d'"O Tribunal das Almas"!)
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18.12.12
Talvez já se tenham apercebido: os meus escritores preferidos são portugueses. Saramago, João Tordo, José Luís Peixoto. Depois há o Nuno Amado, cavalo em quem aposto sem reservas. Descobri ontem o Nuno Camarneiro. Sim, já tinha ouvido falar dele. Mas ontem, depois de o saber vencedor do Prémio Leya 2012, fui investigar e encontrei-lhe o blog. E perdi-me. E é isto: em Portugal escreve-se magistralmente.
(Também se escreve muita porcaria, a Margarida Rebelo Pinto continua a escrever e isso baixa muito o nível geral do que se escreve por cá, mas enfim... adiante!)
[E ando a ler aquele disparate em 1500 páginas que atende por "Sombras de Grey". Estou a ler o segundo livro. Uma idiotice pegada. Há quem se prenda ao livro pela história de amor (previsível, básica); há quem se prenda pelo sexo (irreal, nada de impressionante, descrições fraquinhas e pouco consistentes); eu prendi-me pela psicologia: quero saber como é que o Grey se transformou naquilo que é.]
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15.11.12
Num dos Come Along sugeri um livro que li há nove anos e que adorei: Mystic River, Dennis Lehane. Na semana passada, na ida à biblioteca, sem ideia nenhuma do que trazer, andei a passear entre prateleiras e deparei-me com mais livros de Dennis Lehane. Resolvi trazer o "Prenúncio de Chuva". Agarrou-me logo, logo ao início. Aquilo ainda é grandote, mas foi lido em cinco dias. Impossível parar de ler! Um policial bem escrito, bem estruturado, cheio de reviravoltas e que não baixa nunca o nível de interesse. Não esperava outra coisa deste autor. Gostei imenso... e na próxima ida à biblioteca trago tudo o que lá houver dele!
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05.11.12
Desisto. Andava a ler isto, mas desisto. E porquê? Porque as letrinhas do livro são tão mas tão pequenas que... não dá. Hei-de pôr este livro na minha whislist, na versão cara e com letras de jeito, edição mais recente onde coisas como "sozinha" e "praticamente" já não levem acentos (sim, assumo, faz-me confusão).
Portanto, moving on. Continuo a ler "A Cidade Impura", de Andrew Miller e peguei no "Déjà Dead", primeiro livro da Kathy Reichs (aconselhado por uma leitora aqui do tasco - obrigada, by the way). Depois... logo se vê.
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29.10.12
Um livro que é muito mais sobre o que nos faz sentir quando o lemos do que sobre a história que conta. Há qualquer coisa de José Luís Peixoto neste livro (aliás, acho que nos prémios mais recentes há sempre alguma coisa de José Luís Peixoto - e isso é um elogio, mais do que uma crítica), por isso percebo a razão do Prémio Leya. Vale a pena, mexe connosco. E é exactamente por isso que vale a pena, pela forma como nos arranha por dentro. (Para dizer mais teria que contar pelo menos parte da história do livro. E acho que não se deve saber nada acerca dele, além do que está na contracapa, antes de se começar a ler.)
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24.10.12
Andei a mastigar livros que não me preencheram, depois de acabar "O Inverno do Mundo". Até ter esbarrado neste. Que coisinha fenomenal!! Uma história simples, uma escrita simples mas tão, tão bonita! É tão bom saber que temos por cá escritores que asseguram a produção de coisas de jeito, que valem mesmo a pena! Fui surpreendida primeiro, arrebatada depois. Imperdível, quanto a mim, e merecedor de toda a vossa atenção. Está definitivamente no meu top 3 do ano.
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17.10.12
... atinar com um livro para ler depois d'"O Inverno do Mundo"! Andei a depenicar páginas aqui e ali e nada, nada me fez "click". Até que peguei num livro aconselhado pelo João Tordo há uns dias. E fez-se luz. As páginas voltaram a voar à frente dos meus olhos. Nem a meio cheguei e já estou apaixonada pelo livro, pela escrita, pela estória.
A saber:
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09.10.12
"O Inverno do Mundo" deixou-me num estado que odeio: incapaz de ler. O livro é tão bom, passei duas semanas tão boas a lê-lo que a seguir só restou o vazio. Peguei no "A Cidade Impura"... não me agarrou. Peguei ni "Em Busca do Carneiro Selvagem", do Murakami... não me agarrou. Peguei no "Unnatural Exposure" da Patricia Cornwell... e parece que é desta!
Não gosto nada de ficar assim, sem sentir prazer nenhum com a leitura. Mas é o preço a pagar pelos livros realmente bons: é muito difícil encontrar um igualmente bom logo a seguir. Ou então sou eu que não tenho pontaria...
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01.10.12
Já está... 832 páginas que voaram! Eu já tinha gostado muito, mesmo muito do "A Queda dos Gigantes", mas estou superou as expectativas. Vale muito a pena. Aprendi imenso (é um romance histórico, mas toda a pesquisa é muito bem feita e os factos reais que lá vão sendo descritos são isso mesmo: reais), emocionei-me, enfureci-me, deu-me vontade de bater nalgumas personagens... e agora estou ansiosamente à espera que chegue 2014, para ler o último volume da trilogia. E esta é a parte má! Se eu fosse uma pessoa paciente teria esperado pela edição do terceiro volume para ler tudo de seguida. Acontece que a paciência não é mesmo uma virtude que me assista...
Aconselho. Mesmo!! E sim, é um calhamaço, mas nem damos conta disso! Aquilo agarra-nos e as páginas voam à frente dos nossos olhos...
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19.09.12
Em Setembro de 2010 foi o lançamento mundial do primeiro volume da trilogia "O Século", que percorre a vida de cinco famílias durante o século XX. O primeiro livro, "A Queda dos Gigantes", cobre os anos de 1911 a 1925. Este segundo volume da trilogia vai de 1933 a 1949. E é viciante, tal como o volume anterior.
Comecei a lê-lo ontem, dia do lançamento mundial, e acho que não vou demorar muito a acabá-lo. O Ken Follett tem uma forma tão escorreita de escrever que é fácil uma pessoa entrar no ritmo e torna-se difícil parar de ler. A tradução está impecável, coisa que ajuda bastante. Para mim, são 832 páginas imperdíveis. Vale muito a pena... (a parte má: o lançamento do terceiro volume deve demorar mais uns dois anos...)
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24.08.12
Descobri o GoodReads através do Twitter (olá, AnaCBA!). Apaixonei-me. É uma espécie de plataforma/rede social que junta leitores. Podemos opinar sobre os livros que lemos, podemos ir fazendo o uptade do livro que estamos a ler (dizendo em que página vamos e tal) e podemos registar os livros que já lemos. Para quem, como eu, adora ler e guardar registo do que já leu e de quando leu e do que achou, é maravilhoso. Tem app para smartphone, coisa que facilita. Eu já não passo sem pousar o livro que estou a ler e ir lá dizer em que página fiquei...
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20.08.12
Médio. Não é um page-turner como os do Stieg Larsson, nem de perto nem de longe. Lê-se bem, a história é interessante mas, tendo lido a trilogia Millennium, é impossível não sentir que este fica muito aquém. Ainda assim, é uma boa leitura de verão...
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28.07.12
Ando numa de policiais. De vez em quando apetece-me não ter que pensar muito enquanto leio ou acerca do que leio e lá voltam os policiais para a mesa de cabeceira. Honestamente, depois de ter lido a trilogia Millennium há uns anos (há três anos, na lua de mel, lembrei-me agora), nunca mais voltei a encontrar um policial tão bom como aqueles. Aquilo é praticamente imbativel. Mas nem tudo o resto é mau, bem pelo contrário.
Li recentemente os dois livros de Lars Keppler (que, para quem não sabe, é o pseudónimo de um casal, sendo que a senhora é metade portuguesa, metade sueca e ele é sueco por inteiro). Gostei mais d'"O Hipnotista" do que d'"O Executor", mas nenhum é mau. De zero a dez, oito para o primeiro e sete para o segundo.
Há dois anos tinha lido um livro que adorei e de que nunca felei aqui. Chama-se "Messias" e é de um senhor chamado Boris Starling. Policial, pois claro. Dos bons. Um nove claríssimo.
Já li muitos livros da Patricia Cornwell, que é uma brilhante escritora do género. Leio-os em inglês porque são fáceis de ler e porque as traduções para português são manhosas. Foram-me emprestados por uma amiga (olá, Sara!) e tenho uma data deles por devolver... há cinco anos! Todos os livros que li desta autora têm como personagem principal Kay Scarpetta, uma médica legista de Richmond, Virginia, EUA. São muito bons e convém lê-los por ordem, porque há um fio condutor, apesar dos crimes serem mais ou menos independentes de livro para livro.
Assim que acabar de ler o livro que ando a ler ("Cause of Death", Patricia Cornwell), atiro-me ao primeiro da tetralogia do Mons Kallentoft, que é mais um sueco inspirado. Hei-de ler também os da Camilla Läckberg, que é mais uma sueca dada ao crime (a sério, aquela gente tem tanto dia de escuridão profunda que solta a alma "dark" em policiais bons, mas bons). Isto é o que dá ter uma amiga com um gosto literário igualinho ao meu, que vai comprando e emprestando!
Mas nem só de policiais se vive por aqui. Li o "As Serviçais" e amei. Tenho aqui para ler "O Prisioneiro do Céu", do Carlos Ruiz Zafon (nas férias, maybe) e o segundo volume do "1Q84", do Murakami, vai a meio (abandonado em prol de uma leitura mais rápida, ou seja, ficou a meio quando peguei num policial). Gostei muito do primeiro volume - foi o primeiro livro do Murakami que li - e estava a gostar muito do segundo... mas eu sou uma leitora sazonal e o tempo começou a aquecer...
Quando vierem as chuvas e os dias mais frios já sei que me vai apetecer mudar de ares. Costuma ser por essa altura que me agarro aos romances históricos (tenho aqui três da Robyn Young para ler... há taaaaanto tempo!). Hei-de ler o "A Mão de Fátima", do Ildefonso Falcones (que comecei a ler antes do policial, mas que está demasiado bem escrito para ler agora. Ou seja, o senhor Falcones não brinca em serviço e, quando escreve, escreve como deve ser. Nota-se muito bem todo o trabalho de pesquisa que faz para escrever, o que resulta em livros cheios de termos da Idade Média, que nem sempre são fáceis de descortinar...)
Quero muito voltar a Saramago e quero muito ler o "Anatomia dos Mártires", do João Tordo (livro de que o meu marido se apropriou e que ainda não me devolveu!).
Agora o reverso da medalha: a minha querida Analog Girl emprestou-me os dois primeiros volumes do "A Guerra dos Tronos"... e eu não consegui passar dos primeiros capítulos. Aquilo lembra-me demasiado J. R. R. Tolkien. E "O Senhor dos Anéis" é giro, sim senhor, mas foi coisa que li aos 20 anos e que não conseguiria ler agora... Não sei porquê, mas é demasiada fantasia para mim... Ou então acontece o que é costume e eu só pego naquilo quando a febre já tiver passado em Portugal...
Um clássico: li há muitos (demasiados!) anos "Os Miseráveis" do Victor Hugo. Genial... não consigo encontrar outra palavra para descrever o livro senão esta. Se nunca leram, experimentem... é mesmo muito, muito bom!
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11.04.12
Ando a adormecer a ver séries ao invés de adormecer a ler. São fases. Sinto uma "culpazinha" residual, como se estivesse a falhar numa coisa que é esperada de mim. Comecei a ler o segundo volume do "1Q84", do Murakami, mas não avancei muito. Hei-de retomar, nos tempos mortos em salas de espera e afins. A parte boa é que ando a escrever muito mais do que leio. Isso é bom. Nunca tinha acontecido e não deixa de ser uma sensação boa, esta fluidez de palavras que tenho sentido. Não têm vindo parar tanto aqui, mas têm andado a preencher documentos word a fio. É bom...
[E ando viciada na Anatomia de Grey, no Modern Family, no Dexter, n'A Firma, no Touch, no CSI Las Vegas, no Downtown Abbey... muita coisa a empatar a leitura, é o que é...!]
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03.03.12
Dia de cinema a dois. Jantar de costas para a bola (eu) a despachar para ir ver o filme. Escolhemos "A Invenção de Hugo" e eu adorei... É tão doce... Fez-me lembrar a Amelie e o Moulin Rouge.
No intervalo do filme começou a passar uma música linda... E as novas tecnologias fizeram o resto. Usei uma aplicação do telefone para descobrir que música era aquela. Demorou 5 segundos. E apaixonei-me mais um bocadinho. Trouxe a música comigo. E agora partilho convosco este pedaço de céu.
Ver "Flight Facilities - Crave you Feat. Giselle [Official Video]" no YouTube
[No fim do filme entrámos na Bertrand para eu procurar o livro que originou o filme. Gigante desilusão. É um livro lindíssimo, mas não para quem, como eu, ama ler histórias e não ver histórias. Ilustrações, imensas. Palavras, muito poucas. Ficou na prateleira. Trouxe para casa uma música fantástica, um filme que entrou para os meus preferidos e um livro que me desiludiu. O saldo é positivo, apesar de tudo. Muito positivo.]
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14.12.11
Fiz o jantar às 15h. Saí de casa às 16h45. Fui a S. Pedro do Estoril buscar documentos, que depois fui deixar a Santos. Segui para Belém/Alcântara (whatever!), para o Museu da Electricidade. Apresentação do "Anatomia dos Mártires", do João Tordo. Pacheco Pereira a debitar lugares-comuns e a dar uma aula sobre a geografia do comunismo (o comunismo no Barreiro não era como no Baleizão, nem em Serpa...). Maria do Rosário Pedreira com um discurso muito interessante. E o João Tordo...
Gostei tanto de o conhecer ao vivo, tanto! Simpático, afável... e chega. Foi bom. Para o ano, espero, há mais (ele prometeu novo livro para o ano que vem!!)
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13.12.11
Vou dar uma de groupie, agarrar no meu exemplar e cravar um rabisco. Do grande... João Tordo! (Apresentação do livro dele, pois).
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13.12.11
Nunca tinha lido nada do senhor. Há uns tempos tentei ler o "Sputnik, Meu Amor" e não o levei até ao fim, já nem sei porquê (provavelmente porque comprei outro qualquer que não pude mesmo esperar para ler!).
Peguei no "1Q84" e comecei a ler aquilo... e não consigo parar! Cada bocadinho livre é para agarrar no livro e ler mais um pouco.
E agora a pergunta: porque é que ninguém me disse que o homem escreve mesmo, mesmo bem? E porque é que ninguém me disse que as traduções dele são brilhantes? Ricos amigos que vocês são...!!
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12.12.11
O senhor meu marido anda a ler o "Anatomia dos Mártires", do (who else?) João Tordo! Pegou nekle, leu uma página... duas... trinta e tal. O meu marido, com o alto patrocínio de ter mais que fazer, não lia um livro há coisa de uns 10 anos.
Isto é para que saibam o que fazem os livros do Tordo: põem-nos a ler sem conseguir parar. Era só isto. Siga a banda.
(Halleluiah!)
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21.11.11
A pedido da Rubi, aqui fica um bocadinho mais sobre "As Serviçais".
Passa-se nos anos 60, no Mississipi. Uma sociedade extremamente racista, onde os negros são criados e os brancos são senhores. Conta a história de várias famílias, através dos olhos das criadas negras. Conta a história de várias famílias, através dos olhos de uma "menina" branca. É um retrato bem disposto, nada tortuoso, daquela época.
Está escrito de uma forma muito, muito atractiva. É daqueles livros que não dá vontade de parar. É um livro de lareira e chá, de scones e tardes de chuva. Eu estou a gostar mesmo muito. Não é sobre uma época que me apaixone, não é sobre uma temática que me seja recorrente. Mas está a saber-me bem descobrir esta realidade distante e, felizmente, menos actual.
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21.11.11
Estou a gostar tanto, tanto, tanto desde "As Serviçais", que ando a ler... Tanto...!
[Obrigada, Analog! E obrigada, P.!!]
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14.11.11
Não fora o facto de só ter saído de casa para ir levar os miúdos, com paragem no supermercado e corridinha ultra-rápida, e tinha-me agarrado a um exemplar, a estrear hoje, do "Anatomia dos Mártires". Quem escreveu? Who else...
Anatomia dos Mártires é a história de uma obsessão verdadeira transformada em ficção - a de uma investigação contemporânea (e original) sobre o mito de Catarina Eufémia - e também a tentativa de reconciliação de um escritor nascido imediatamente após a Revolução de Abril com o passado. Um jornalista insensato e ambicioso quer provar ao seu editor - um comunista irascível, alcoólico e com bastante desprezo pelos jovens - que não é só mais um na redacção. Escolhido para ir a Berlim entrevistar o biógrafo de um mártir religioso, aproveita a deixa para fazer, no seu artigo, uma analogia com a história de Catarina Eufémia, a camponesa que se tornou um ícone do Partido Comunista, mas de quem, na verdade, pouco ou nada sabe. Quando, porém, o artigo é publicado, as reacções de indignação por parte dos leitores não se fazem esperar, algumas das quais bastante ameaçadoras; e, na noite em que o editor é encontrado na rua em coma, aparentemente brutalizado, o jornalista pergunta-se se não terá sido por defender publicamente o seu artigo e começa a suspeitar de que existe muito mais em jogo do que a simples memória de uma camponesa assassinada pela GNR durante a ditadura. É então que decide investigar obsessivamente a vida de Catarina, desbravando por entre o nevoeiro que paira sobre os mártires e os transforma em mitos de que sempre alguém se apodera. E encontra realidades bem distintas - e mais tenebrosas - do que podia esperar.
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07.10.11
A Joana Roque, autora do livro "Feito em Casa" e dos blogs
Economia Cá de Casa e
As Minhas Receitas, foi uma querida e enviou-me um exemplar do seu livro. Eu, que já tinha pegado nele mil vezes em diversas livrarias, fiquei contentinha da vida e certa de que tenho ali muito que ler, muito que explorar, muito que experimentar!
Obrigada, Joana!!
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03.10.11
Se não me falha a memória, é a terceira vez que esta capa se instala ali no bloco que diz "A Ler". É a terceira vez que pego neste livro (em português; acrescente-se mais uma tentativa em inglês). Apesar de ser sobre uma época que adoro (Idade Média), sobre um tema que adoro (as Cruzadas), num género que adoro (romance histórico), sempre que o começo a ler aparece qualquer coisa que me faz largá-lo. Ou é o João Tordo, ou o Saramago...
Agora não. Agora vai. O "problema" é que este livro não termina por aqui. É o primeiro de (mais uma) trilogia. Não faz mal. Mesmo que ponho outra coisa qualquer a seguir, a intenção é ter a trilogia lida lá para Março, vá. Haja viagens de comboio...!
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15.09.11
Pela ordem por que os li: "As Intermitências da Morte" fizeram-me pensar e repensar. É uma história que parte de uma premissa fantástica e que continua e continua e continua e às tantas percebemos que o fim não tem nada a ver com o início (em termos de personagens e contextos, porque a premissa mantém-se) e fiquei a achar que o senhor Saramago quis escrever umas três histórias diferentes e o fez usando apenas um livro. De mestre, como seria de esperar. Contudo, não entrou para o meu TOP3 do Saramago. Aí mantêm-se intocáveis o "Ensaio Sobre a Cegueira", "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" e o "Caim".
"Hotel Memória": porque é que não me surpreendeu o facto de ter AMADO o livro?... Gostei muito, muito, muito. Uma escrita corrida, cinematográfica, com um ritmo acelerado, a ponto de tornar o livro num page turner como deve ser. A história em si é fantástica. Só posso mesmo é aconselhar.
E a quem me pergunta, acerca do Tordo, qual a ordem por que aconselho lerem os livros, cá vai: "As Três Vidas", "O Bom Inverno", "Hotel Memória". Se quiseres ir pela ordem bibliográfica, comecem pelo "Hotel Memória", sem prejuízo nenhum. Mas não leiam "O Bom Inverno" antes de lerem o "As Três Vidas". Quando lerem os dois vão perceber porque é que digo isto...
(
João, obrigada, a sério!...)
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08.09.11
Filho, tu escreve. A sério, não pares de escrever. Quer dizer, podes parar para o básico: um duche rápido, meter qualquer coisa no estômago, dar um giro para esticar as pernas, uma ida fugaz à casa de banho. Fora isso, esquece. Escreve. Escreve e depois continua a escrever. Não pares de escrever. Não tires férias nem folgas nem acedas a fazer outra coisa que não escrever. Esquece que tens amigos, esquece que há uma cidade viva lá fora e escreve.
É que tu, caraças... tu és um génio. Tu és brilhante. Tu és assim top of the top. E eu começo a ficar meio angustiada com o facto de ter que esperar mais dois ou três meses até ter o teu próximo livro nas mãos. E não me apetece poupar o que ando a ler. E, no fim, quando o acabar, resta-me esperar pelo próximo (ou voltar ao "O Livro dos Homens Sem Luz", mas isso, confesso, não me apetece). Caracinhas. Devia sair um novo livro teu a cada quinze dias, vá. Levavas-me à falência mas o meu espírito andaria cheio, pleno de boa literatura. Tu és brilhante, já disse?
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07.09.11
Quem me conhece sabe que eu não sou um elogio à pontualidade. Eu tento, a sério que sim, mas ando muitas vezes, qual coelho branco, a correr contra o tempo. Tenho melhorado, é um facto. E esforço-me, pronto.
Hoje consegui sair de casa à hora que queria. Consegui apanhar o comboio que queria. Consegui vir nas calmas, sem olhar mil e trezentas vezes para o relógio. Resultado final: cheguei dez minutos adiantada. E, enquanto bebi o primeiro café do dia, acabei de ler o "As Intermitências da Morte". Ou seja, nesta coisa dos transportes, li um livro numa semana. Assim, sim, gosto. Para logo à tarde já tenho aqui o próximo companheiro de viagem. "Hotel Memória", João Tordo. Um vício, já se sabe.
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24.08.11
"O Livro dos Homens Sem Luz" estacionou na minha secretária do trabalho, para ler à hora de almoço. Está a ser difícil, confesso. Depois de ler "O Bom Inverno", também do João Tordo, o outro começou a saber-me a pouco. Nota-se que é um livro anterior, nota-se que o João Tordo aprendeu muito entretanto. Hei-de acabá-lo porque é preciso que um livro seja mesmo muito, muito mau para o deixar inacabado. E o livro não é mau. Só não é tão bom como o outro.
Entretanto peguei no "As Três Vidas" do... João Tordo (ando obcecada, eu sei). Li-o de enfiada. É maravilhoso. Mesmo. Mas deve ser lido antes de se ler "O Bom Inverno". Querem saber porquê? Leiam. Os dois (só assim vão perceber).
Acabado aquele, sigo para "As Intermitências da Morte", do José Saramago. Até ver, brilhante, como é costume. Nada que me surpreenda. Depois conto.
E sim, ando numa de ler Portugal. Ando numa de ler os meus autores preferidos. Acho que a seguir marcha "O Cemitério de Pianos", do José Luís Peixoto. Está na minha estante há uns 3 anos, à espera de vez...
(Ou isso ou o "Hotel Memória" do... João Tordo. Encomendei-o antes de ir de férias e ainda não chegou. Espero que não chegue até eu acabar o do Saramago, senão já sei o que é que acontece. A coisa começa com um "deixa cá só ler duas ou três páginas" e acaba com um post aqui a dizer o quão fabuloso é o livro...)
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04.08.11
E ontem, às três e meia da manhã, fiquei agarrada a um livro... e obriguei-me a fechá-lo para ver se dormia alguma coisa...
Que livro? "As 3 Vidas". De quem? João Tordo. Who else...?
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16.03.11
... Pois que não resisti. Pois que pus o "A Irmandade" em stand by e agarrei-me a "O Livro dos Homens Sem Luz", do João Tordo. Não me surpreende: estou a gostar muito. A mesma escrita cinematográfica, a mesma leitura corrida, que nos devora...
E a seguir devo ir ao "As Três Vidas", que também está ali na prateleira à espera... E sim, é uma escrita viciante!
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