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Hoje acordei sem sentir o peito. Quer dizer, a sentir tudo e mais um par de botas. Dores horríveis. Claro que o pensamento imediatamente a seguir foi "hoje não vou ao ginásio". Mas fui.
15 minutos de passadeira, sempre a aumentar a intensidade. Isto é suicida. Eu habituei-me a andar um minuto para aquecer, depois a correr dois minutos, depois a andar mais um minuto e por aí em diante. Não posso. Tenho que ir aumentando a intensidade até estar ali a ganir. Bom, fez-se.
10 minutos de elíptica. Nada a declarar, já me habituei, não é coisa que me tire o sono.
10 minutos de remo. E uma porca a torcer o rabo. Sentei-me naquilo (que foi o aparelho que, no primeiro dia, me pôs a vomitar) e pensei: faço 5 minutos. Cheguei aos 5 e pensei que aguentava até aos 6. E depois aos 7. E não desisti. 10 minutos, como manda o plano.
10 minutos de stepper. Gargalhada. Aquela máquina é diabólica. Calha que também é a máquina que mais toucinho queima, portanto há que insistir. Fiz 5 minutos, já em sofrimento. Amanhã faço 6, pelo menos. Um dia de cada vez.
O instrutor perguntou-me, logo no início, se eu estava bem e como é que me sentia. Acusei as dores no peito, mas expliquei que não tencionava baldar-me ao treino muscular que hoje seria precisamente de peito e pernas. E não me baldei. Fiz tudo, as séries todas, os pesos todos, tudo direitinho. Claro que continuo cheia de dores no peito. E claro que amanhã vou estar pior, o que vai ser óptimo, já que amanhã é dia de ombros e costas, que é coisa que também massacra. Mas não há-de ser nada.
[Não sei se perceberam que este não é um post sobre ginásios e exercícios. É um post sobre desistir, resistir, aguentar. É um post sobre esforço e sobre limites. Todos somos capazes de tudo. Mais de metade dessa capacidade está na nossa cabeça: mind over body. Quando achamos que não conseguimos mais descobrimos que afinal até conseguimos. Basta tentar. E erradicar o verbo desistir do nosso cardápio de verbos disponíveis. De caminho, convém acreditarmos em nós. E levar a coisa como se fosse um jogo: temos que nos superar, cada dia um bocadinho mais. Todos somos capazes de tudo. Basta querer.]