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Isto...
"Assassino de Sombras", Val McDermid
Descobri esta autora por acaso, na Biblioteca. Este segundo livro que li dela não foi diferente do primeiro ("Compulsão", que adorei). Muito bem escrito, a trama bem orquestrada, as reviravoltas nos sítios certos. Foi uma leitura rápida e compulsiva!
Um livro "levezinho", lido a conselho de uma amiga. Gostei muito mesmo. Fez-me lembrar os universos do senhor Chris Cleave (autor de "Pequena Abelha", entre outros), que adoro. É um daqueles livros que nos toca sem que percebamos bem porquê; talvez porque relate vidas que podiam ser nossas, pessoas normais, que todos conhecemos. O livro "implora" para ser transformado em filme e, se for, há-de ser uma coisa leve mas sentida, daquelas que nos fazem sair da sala de cinema com vontade de fazer coisas, de ver coisas, de ir à procura da nossa felicidade.
"Despedida de Solteiro", Peter James
Mais do mesmo: um thriller dos bons. [Pequeno interlúdio: eu sei que leio muitos, muitos policiais. É o género que mais tenho lido nos últimos tempos, já falei sobre isso. Acontece que, talvez por ler tanto, sou muito cuidadosa na escolha do que leio. Policiais manhosos são mato. E eu não quero perder tempo a ler coisas manhosas. Tenho tido alguma "sorte" com os autores que vou descobrindo. Esta colecção da Gótica, chamada Nocturnos, tinha (ou tem - não sei se continua a ser editada) livros muito, muito bons. Fim do interlúdio.] Este é daqueles em que achamos que estamos perante uma coisa e afinal não tem mesmo nada que ver. Somos surpreendidos de vez em quando, mas assim em modo chapada na cara, zás, não estava nada à espera disto. Adorei!
"Mil Sóis Resplandecentes", Khaled Hosseini
Já falei várias vezes sobre isto aqui no blog: se há cultura que me intriga e apaixona é a cultura árabe. Ok, nem todas as culturas árabes são idênticas: a cultura marroquina não tem muito que ver com a cultura afegã, mas são ambas árabes. E eu sou fascinada por ambas. O que me interessa no universo árabe é muito abrangente: a religião, a história, as tradições... tudo, vá.
Quando comprei este livro sabia que, quando o lesse, ia voltar a procurar outros livros e filmes sobre isto. Não me enganei. Nem sequer estava muito virada para um livro duro e complexo (não no sentido da linguagem - que é bastante simples -, mas sim do tema) mas li-o no âmbito de um desafio literário de um grupo de que faço parte, no GoodReads. Demorei mais tempo a ler as 300 páginas desde do que demoro a ler 500 de um policial. Mas isto é para ser lido devagar, a saborear. De vez em quando lá vem um murro no estômago. E aprende-se muito: lá pelo meio está o manifesto (real) escrito pelos talibã aquando da sua tomada de Cabul e isso permite entender as diferenças entre a cultura árabe e o fundamentalismo talibã (que, embora se insira na dita cultura, vai muito além dela... para pior, óbvio).
Apaixonei-me pelas personagens, consegui "ver" os ambientes, as situações... e, lá está, fiquei com muita vontade de ler mais sobre isto e de ver e rever alguns filmes que estão em falta e outros que adorei (em particular, "Caramel" que, não sendo sobre o Afeganistão, é maravilhoso). De caminho, ficou a vontade de ler outras coisas que não policiais... (ando há que tempos para pegar nuns romances históricos que tenho cá em casa - acho que é o que faço, depois de devolver todos os livros que trouxe da biblioteca).
Pronto, lá está... um policial dos bons. Ainda assim, não está no meu top....
"O Leitor de Cadáveres", Antonio Garrido
Conheci este autor há uns anos, quando li o seu romance de estreia "A Escriba". Este segundo livro não está a desiludir nadinha! Já me fez lembrar "A Catedral do Mar" (Ildefonso Falcones): é um épico, passado na China medieval e estou a adorar a forma como o autor nos transporta àqueles locais. Ainda não cheguei sequer a meio, mas estou a gostar mesmo muito. Toda a história anda em torno de Cí Song, o primeiro médico-legista da história. Ora Cí Song existiu, foi realmente o primeiro médico-legista da história - e este livro conta a vida dele - de forma ficcionada, obviamente.