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Sim, eu (quase) só leio policiais. Tive uma fase "romance histórico", mas deixei de encontrar romances históricos daqueles mesmo bons, cheios de ritmo e fui lendo outras coisas. O meu gosto literário é esquisito, eu sei. Recuso-me a ler romances de cordel - Nicholas Sparks e sucedâneos, Sveva Casati Modignani e afins. Leio menos clássicos do que "devia" - há uma série deles que quero ler em breve e que estão ali ao lado a olhar para mim, mas se calho a ir à biblioteca já sei que venho de lá carregada de livros que são, regra geral, policiais.
Também gosto de livros "difíceis" (termo tão discutível, senhores...): Saramago, Kureishi, Cleave. Gosto muito de literatura oriental (de ou sobre o Japão, principalmente). E gosto de um ou outro romance que não encaixo naquela treta daquela categoria de "romance de cordel" - o "The Help", por exemplo. Nunca li Young Adult, mas acho que é coisa de que não vou gostar - o mais próximo que estive disto foi com o Crepúsculo... li 30 páginas e fechei aquilo, que era mau demais... demasiado teen, isto é. E eu tenho tempo para aturar cenas de teens... quando os meus filhos lá chegarem. Até lá, fico-me pelas cenas de crescidos (fiz o mesmo com filmes de animação: não via nada, mas vejo agora, com eles. E assim faz sentido. Agora ir empatar dinheiro no cinema para ver os Up da vida só porque sim... não me parece. Bom, adiante.
Já expliquei algures o meu fascínio por policiais. Se há quem se encante com histórias de amor (booooooooooooring), eu encanto-me com psicopatas, sociopatas, sangue e entranhas. Cenas...
Aquilo que verdadeiramente me interessa nos policiais é a mecânica mental da coisa. É perceber os requintes de malvadez dos criminosos. É perceber até que ponto o autor foi genial - se nos dá uma trama daquelas que ninguém consegue deslindar antes de ele próprio nos juntar as peças à frente dos olhos, então tem o meu voto. E não é fácil. Há muitos policiais manhosos. Há muitos policiais básicos, sem encanto, superficiais.
E depois há os outros. Há o "Messias", Boris Starling, que não me canso de elogiar. E, dentro do género, achei que seria difícil - para não dizer impossível - que alguém chegasse lá perto. Enganei-me.
Na minha última ida à biblioteca trouxe apenas livros que tinham sido devolvidos nesse dia. Policiais, todos. Um com laivos de histórico, mas ainda assim policial. Comecei a ler este, "O Suspeito", sem nunca ter ouvido falar dele. Claro que fui ao GoodReads investigar - and God knows o quanto isto é uma asneira, por vezes! Pareceu-me bem. Peguei-lhe. Não o consegui largar enquanto não o acabei. Foram 500 páginas em 3 dias (com dois filhos pequenos e blábláblá). Aquilo é viciante. E perturbador. E tão bem arquitectado, senhores!
Portanto, para vocês que de vez em quando vêm aqui espreitar as minhas opiniões literárias à procura de "o que ler a seguir", conselho de amiga: leiam isto. Vale a pena! (E como os restantes volumes desta colecção - ou seja, livros do mesmo autor, com o mesmo personagem principal - ainda não estão editados cá, vou recorrer ao meu bom amigo The Book Depository e tratar de fazer viajar um exemplar do segundo livro cá para casa. ASAP...)