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De vez em quando perguntam-me pelos meus preferidos. Consoante o tema, vou dando a minha opinião. Hoje resolvi reunir num só post uma espécie de Best Of. Obviamente, estas escolhas não são estanques. Porque daqui a um ano terei lido mais, terei visto mais filmes, terei conhecido mais coisas e as minhas opiniões podem mudar. Ainda assim, hoje é este o meu Best Of.
Livro - autor português preferido:
Duvido que algum dia este deixe de ser o meu livro preferido. É uma história pungente, que mexe no epicentro da humanidade. Leva-nos aos limites, faz-nos abrir os olhos para uma realidade dura, crua, que fere. Foi o livro que mais mexeu comigo e aquele que me fez perceber que, quando toca à nossa sobrevivência, somos capazes de tudo.
Livro - autor português vivo, com muitos anos pela frente para criar pequenas-grandes maravilhas:
O João Tordo é, para mim, o melhor escritor português vivo. (Não menciono o Lobo Antunes, por exemplo, porque nunca consegui ler um romance dele, logo, não o posso considerar para este best of). A sua escrita é simples, fluida, escorreita e muito, muito cinematográfica. Ele puxa-nos para dentro dos seus romances e nós conseguimos ver as coisas à medida que acontecem. Não é um autor difícil de ler (em contraponto com o Saramago que muita gente acha difícil - pessoalmente não acho, mas talvez seja porque já me habituei à forma como ele escrevia), é um autor que sabe exactamente como e quando prender o leitor.
Livro preferido - autor estrangeiro
O Ken Follett é o meu autor estrangeiro preferido, de caras. Só que não consigo escolher UM livro dele... portanto, escolho uma série. Falta sair o terceiro volume da trilogia "O Século", mas meto dinheiro em como não me vai desiludir nada e em como vai fazer com que a trilogia se mantenha no meu top.
Thriller
Pois... O melhor dos melhores, para mim, é este. Claro que há mais, mas este é um retrato fiel do que se quer quando se trata de um thriller. Andamos ali até ao fim a tentar descobrir quem fez o quê, vamos achando que já percebemos tudo... e não percebemos nada, a não ser quando o autor quer que percebamos.
Filme "made in Hollywood"
Vi este filme quando tinha uns 16 ou 17 anos. Não tinha visto muita coisa, não tinha maturidade nenhuma. Mas este filme rebentou com a escala. Pôs-me a tentar imaginar o que seria preciso para engendrar aquela sequência de eventos que continuo a achar, ainda hoje, brilhante. Foi este filme que me tornou fã de thrillers. Depois deste, já vi dezenas (centenas?) e este continua a ser o meu #1.
Filme europeu
Vi este filme no cinema em Dezembro de 2003, salvo erro. Houve pessoas a abandonar a sala logo na cena inicial. A meio, mais pessoas desistiram. Não por o filme ser mau, mas por ser cru, violento. Não é um filme fácil, é preciso algum estômago. Mas a história é lindíssima e, mais uma vez, o que está em causa são os limites a que o ser humano pode chegar e como reage quando lá chega. De vez em quando revejo-o e a agonia que sinto é igual à que senti no Saldanha, em 2003.
Filme indiano
Mais um filme sobre emoções, sobre pessoas, sobre relações. Desta feita, o pano de fundo é a Índia e o seu estrito sistema de castas, as tradições e o papel da mulher. E o amor, claro. Um filme lindo, comovente, que faz pensar.