09.04.13
Bom... depois de não ter ficado deslumbrada com "O Ano Sabático", senti que era altura de pegar neste livro, que tinha deixado por ler de propósito, para ler quando estivesse a ressacar de João Tordo.
O homem tem uma escrita altamente cativante, ponto um. Acho que ele pode dissertar sobre ligações SCART ou assim que eu vou ficar agarrada na mesma. Para mim, a escrita do João Tordo define o conceito de "escrita cinematográfica", ponto dois. Duas ou três páginas e lá estou eu, a ver a coisa "por dentro", a conseguir ver as personagens, as cenas, os locais. E isso, meus amigos, não é fácil de fazer, nem é qualquer pessoa que consegue fazer - e explica muito bem o facto de o Tordo ser o meu escritor português (vivo) preferido.
Acontece que o meio do livro é mais lento e menos interessante porque não conta a história em si mas sim uma espécie de história da História - sorry, no spoilers aqui! Depois desse segmento, a coisa retoma o ritmo normal e eu voltei a ficar agarrada... até ao fim.
Não é o melhor livro do João Tordo, que não é. Mas deu para matar saudades. E é, sem dúvida, um livro que vale muito a pena...
(E pensar que, eventualmente, só haverá livro novo no ano que vem, hum? Mau, muito mau... (Mas ainda tenho que voltar a "O Livro dos Homens Sem Luz", que não consegui acabar da primeira vez que tentei pegar-lhe. E quero muito reler "As Três Vidas" e "O Bom Inverno"...)
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