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Ando a ler o "Anatomia dos Mártires", do João Tordo. A propósito disto e da tal entrevista dele à Papel, dei por mim a pensar no seguinte: se me dissessem que eu teria de escolher um autor para ler até ao fim da vida, só podendo ler livros desse autor e de mais nenhum outro, quem é que eu escolheria? E, sem pestanejar, a resposta é óbvia: João Tordo.
Porquê? Simples: é o meu segundo autor preferido. O primeiro é o Saramago que, onde está, já não pode escrever nada - ou seja, a obra dele está fechada, não dá para acrescentar mais livros. O Tordo, vivinho da silva, há-de continuar a produzir histórias das boas. E, se me garantissem que eu teria sempre livros novos para ler, ficava-me por ele até ao último dos meus dias, sem problema.
Porque gosto mesmo da escrita dele. Cinematográfica, simples, absorvente. É fácil uma pessoa ver as cenas que ele descreve - por ser tudo incrivelmente simples e por ser tudo incrivelmente cinematográfico.
Então, mas não há mais autores bons? Certamente que sim. Mas se eu só pudesse escolher um, era ele.
Claro que há o Follett, o Murakami, o Caruso, a Cornwell, a Gerritsen... Mas nenhum se equipara, para mim, ao senhor Tordo, que está muitos pontos acima. E isto, parecendo que não, é obra. É que, bem vistas as coisas, ele só tem 38 anos... e tem muito tempo pela frente, para escrever muitas histórias para cima de boas.
[Por isso, João, tal como te pedi aqui há tempos... escreve. Sempre. Muito. E quando não tiveres nada que fazer... escreve!]