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Anteontem, como sempre, fui acordar a infanta. Já me tinha vestido e estava pronta a sair de casa. Depois do mimo matinal, diz-me a infanta (com a sua veia estética a latejar):
Ai, mãe... tu estás sempre tão mal vestida...!
Engoli em seco. Levei aquilo na brincadeira, mas fiquei a remoer. Uma coisa é estar-me nas tintas para a moda e para as tendências e o diabo a sete. Outra, bem diferente, é estar-me nas tintas para mim. Resolvi tentar melhorar. Não quero que a minha filha tenha de mim esta imagem. Não quero que se envergonhe da mãe. Não quero que isto seja o que lhe vem à cabeça se alguém lhe pedir que diga como é a mãe.
Quando fui comprar o presente de aniversário do marido comprei um mimo para mim. Já em tempos ela me tinha definido como sendo "cinzenta". Tem razão. Chega o inverno e toda eu sou cinzentos e pretos e castanhos escuros. Não gosto, mas é o mais confortável e o mais fácil. De verão sou muito mais colorida, mas de inverno nem por isso.
Portanto, quando vi na Primark um casaco de malha meio comprido (óptimo para me tapar o rabo agigantado!), coral, comprei. Ontem, apesar da camisola de gola alta cinza clara, iluminei-me com ele. E, quando a fui acordar, perguntei se a mãe estava mal vestida. Sorriu, abraçou-me e disse que não, "hoje estás linda e colorida! Pareces primavera, mamã!". Dia ganho!