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Quando se lê SÓ o que está escrito evitam-se confusões. Quando se lê o que NÃO está escrito a probabilidade de haver mal entendidos é grande.
Portanto, cá vai:
- eu não disse, em lado nenhum, que sou a favor do corte dos subsídios. Não sou.
- eu não disse, em lado nenhum, que acho mal que os funcionários públicos EM GERAL se queixem dos cortes dos subsídios.
- eu trabalho no sector privado e, pasmem-se, no ano passado não recebi subsídios nem de férias nem de natal. Não interessam os quês nem os porquês. Interessa que, apesar de não ser funcionária pública, no ano passado não entraram na minha conta bancária quaisquer subsídios. Portanto sim, sei o que é ficar sem os receber. Mais até do que os funcionários públicos que, até à data, só tiveram um subsídio retirado.
- é-me perfeitamente indiferente que os funcionários públicos vão de férias para a Caparica, o Algarve, as Bahamas ou o Burkina Faso. Mas se vão é porque podem. E isto não é a minha noção de viver muito mal. Para mim, viver muito mal é não ter dinheiro para pagar contas, para comer, para comprar manuais escolares dos filhos ou para comprar medicamentos, por exemplo.
- aquilo que disse foi que não tenho pachorra para gente que se queixa de viver muito mal graças ao corte dos subsídios e depois vai de férias como se nada fosse.
Portanto, queixem-se do corte dos subsídios pelo que ele é: uma injustiça e uma ilegalidade. Não se queixem porque isso faz com que vivam muito mal quando depois fazem coisas típicas de quem não tem problemas financeiros nenhuns.
[E se escolhem passar o ano a jantar sopa de batata com cenoura para depois poderem ir uma semana para a Quinta do Lago é problema vosso. Mas é idiota queixarem-se de quão mal se alimentam se o fazem em prol de uma semana de férias que vos fica num balúrdio!]