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Não entendo (na verdade abomino) gente que, não tendo sequer 30 anos, acha que o 25 de Abril, o original de 1974 (acontecido, portanto, anos antes de eles verem a luz do dia) é um acidente grave no percurso desta nação invicta chamada Portugal. Alguns destes seres desprovidos de noção têm, imagine-se, blogues onde, graças ao tal acidente, calham em poder dizer dislates e disparates avulsos, mais ou menos providos de senso. Acreditam estes seres que Portugal deveria ainda reger-se pelo provecto "deus, pátria, familia". Esquecem-se de que foi esse 25 de Abril que lhes abriu as portas para que hoje, mesmo não tendo mais onde cair mortos do que prosaicos T2 nos arrabaldes da metrópole, possam livremente e sem medos abrir a boca para alvitrar sentenças, amiúde vazias de sentido.
Por muito má que esteja hoje a saúde deste nobre país, tenho para mim que nada seria pior do que voltar a viver nos tempos do lápis azul, dos fantasmas no armário, do medo, da ditadura e do fascismo.
Mas isto sou eu, que gosto muito de democracia...