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Há pessoas que vivem para sempre.
O meu avô. A pessoa que marcou a minha infância. A pessoa que me ensinou mil coisas que ainda hoje lembro (a encher cartuchos, que ele depois levava para caçar, por exemplo). A pessoa cuja morte mais senti. A pessoa de quem tenho mais saudades.
O que é realmente bonito é que este avô criou três netos. Tem seis, mas só conviveu diariamente com três. Os outros três não sabem nem querem saber - e nem sonham aquilo que perderam...
Os três netos que o meu avô viu crescer todos os dias, até morrer, sentem a sua ausência da mesma forma. Choramos os três com saudades dele. Rimo-nos quando recordamos histórias da nossa infância, mas acabamos sempre em lágrimas. O meu avô Eusébio é eterno dentro de nós.
E agora também é eterno no braço da minha prima mais nova. Provavelmente a tatuagem mais bonita que já vi (e está igual, igual à fotografia, igual ao que ele era...). Um dia, quem sabe, desenharei exactamente a mesma fotografia do meu avô algures na minha pele.
Tantas saudades, avô, tantas...
[Escrevi este post a 5 de março de 2011. Coincidentemente, estou a agendar este post exatamente um ano depois... A saudade, essa, é a mesma. Ou maior...]