10.11.09
De repente, o clique: e se eu escrevesse uma crónica, eventualmente mensal, completamente sem regras, onde só eu mandasse, onde pudesse opinar sem cair em lugares-comuns, onde cada palavra fosse eu, sem que isso fosse um exercício de umbiguismo sem precedentes? E se essa crónica se tornasse viciante e eu pudesse continuar a escrevê-la sempre? E se a única baliza fosse um prazo de entrega e nada mais, tema, linha, tom, tudo meu, tudo ao meu gosto, tudo à minha maneira? E se...
E o que eu gostava de poder fazer isto mesmo: escrever crónicas, calmamente sentada num sítio qualquer de entre os meus sítios, e depois enviá-las para a revista (mas tinha que ser uma revista como deve ser, com charme, com pinta, não uma TV7Dias da vida - que eu, por acaso, até leio) e ir, dias depois, a um quiosque comprar a dita revista e ler tudo o resto primeiro e só no fim a dita crónica... Era isto. Para começar era isto. Depois, pelo meio, podia ser que tivesse tempo (e inspiração) para escrever capítulo atrás de capítulo, para desengasgar tudo o que tenho por escrever.
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