01.10.09
Eu não me deixo levar pelas emoções. Sou, no geral, uma pessoa controlada neste sentido: não me passo, não entro em histeria, não quebro, aguento tudo e mais alguma coisa.
Mas.
Ando a acumular, tipo panela de pressão. É a história do casamento e das milhentas coisas que há para fazer, é a filha doente, é a prima dele a inchar tipo balão, a ter líquido nos pulmões, a ter que levar um pacemaker e, basicamente, a estar em risco de vida, é a situação da empresa, que já viu melhores dias, é o meu cansaço que me faz fazer erros atrás de erros no trabalho, é a falta de sono, é a falta de tempo, é o eu achar que não nasci para me stressar com nada, é o ter que chegar a todo o lado e mais algum (e eu nem sequer sou perfeccionista no sentido picuínhas da coisa).
Enchi. Hoje soltou-se o pipo e eu apitei. Não me lembro da última vez que tinha chorado. Hoje chorei. Em frente à secretária, a trabalhar, e sentada no chão da casa de banho. Chorei até limpar o stress. Agora doem-me as costas, que estão tipo pedra e só me apetece é uma massagem. Percebi, finalmente, porque é que todas as noivas matam para fazer uma massagem nas vésperas do casamento. Eu não vou matar, mas vou comprar uma Happy e quero que se fodam os cinquenta euros que vou dar pela massagem, mas alguém vai ter que me tirar esta tensão toda de cima. Isso e solário. Vou fazer uma sessão de solário para ver se não chego ao casamento com cara de quem está num funeral. No seu próprio funeral.
Nunca mais isto passa, bolas...
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