26.10.09
Tenho passado os meus serões entre séries (Crusoe, mais uma a juntar às do costume) e livros.
Do "Caim" tenho a dizer isto: não molestem o senhor, deixem-no escrever mais uns anos, por favor. Olho para o Saramago e vejo um génio que se vai desvanecendo (no sentido em que vai ficando mais velho) e tenho pena que ele possa, eventualmente, perder as capacidades que tem. Porque o homem é genial. E olho para a minha prateleira de livros dele e fico feliz por não ter ainda tido tempo de ler tudo. Saramago é um autor que eu poupo, para não se gastar. E não há escritor português que chegue sequer perto dos calcanhares dele. Ok, talvez o Lobo Antunes (mas, sinceramente, o máximo que consegui ler dele foram crónicas. Talvez um dia me aventure nos romances...). Nem o meu queridíssimo José Luís Peixoto se aproximou ainda do Saramago (mas ameaça e tem potencial para isso!). Agora Rebelos Pintos, Tiagos Rebelos, Josés Rodrigues dos Santos e afins... poupem-me. Ah! Há outro que tem potencial: Rodrigo Guedes de Carvalho. Para que nunca leu nada dele, aconselho a redenção: podem começar com "A Casa Quieta" e seguir para "Mulher em Branco". E preparem-se para ser surpreendidos. Mas para gostar deste autor acho que é preciso gostar mesmo muito de ler. Aproveitem agora: este é daqueles que é leitura de inverno. Mas voltando ao Caim: olho para o livro e penso - que pena só ter 181 páginas... que pena já ter lido 45... vou fazer render. E faço. Com medo que se acabe. Porque é tão bom...
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