04.03.11
Eu devo ter qualquer coisa que atrai estas situações estranhas.
Hoje, depois de dar uma série de voltas no parque do Vasco da Gama, passei ao pé de uma zona de lugares destinados a grávidas, pessoas com crianças de colo e idosos. Azar dos azares, estava uma senhora a acabar de estacionar. Acontece que a senhora devia ter uns 50 e tal, 60 anos. Parei o carro e olhei fixamente para ela. E ela para mim. Olhei tanto que ela voltou atrás para ver se tinha trancado o carro.
- Olhe, desculpe, a senhora estacionou o carro num lugar destinado a grávidas, pessoas com crianças de colo e idosos, porquê?
- (olhando para dentro do meu carro, com duas crianças lá dentro) Ah, pois foi, nem vi... eu nunca venho a este centro comercial...
E entrou no carro e foi estacioná-lo noutro lado. A fila atrás de mim era grande, mas toda a gente percebeu a cena e, pasmem-se, ninguém desatou a buzinar furiosamente.
Acho indecente que pessoas que não estão nas condições para estes lugares (ou para os de deficientes, é igual) façam uso deles. Toda a gente que anda com um bebé num carrinho sabe que os lugares de estacionamento normais são mais estreitos. É difícil tirar um ovo do carro sem dar uma sarrafada com a porta do carro na porta do vizinho. É difícil andar com um carrinho por entre os lugares de estacionamento sem levar retrovisores atrás. E é difícil estas pessoas que prevaricam (adoro esta palavra) deixarem de ser umas preguiçosas egoístas e perceberem que há, de facto, quem precise destes lugares de estacionamento.
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