Há uns anos (2, 3, 4? Não me lembro) mandei um mail à Bertrand, a reclamar por causa de um livro editado por eles. Aquilo estava cheio, pleno, regurgitante de erros e calinadas e gralhas e o diabo a sete. Nunca me responderam.
Hoje ligaram-me da Bertrand, para me impingirem uma Enciclopédia Larousse. Calei a moça com um "no dia em que a Bertrand começar a responder aos emails com reclamações dos clientes eu começo a pensar em comprar o que quer que seja na Bertrand. Até lá... não se mace. Obrigada e boa tarde."
Uns exemplos do degredo que era aquele livro:
"A sua cunhada era uma parteira excelente e com experiência; ela avisá-lo-ia se as coisas TIVESSEM a correr mal."
"Vestida com uma chemise um pouco gasta que mal lhe COBRIAM os joelhos (...)"
"Antecipando o nascimento pelo começo da manhã, ela trouxera algumas comidas especiais para o que pensava que seria uma celebração. E CELEBRAR ELES IRIAM, mesmo se o bebé (...)"
"Talvez a situação financeira da família ERA tão extrema que o papá tinha sido forçado a apelar por ajuda ao Parmas."
"Não foi assim tão mau quando o papá estava fora, e acho que a mamã não se importava assim tanto como tu pensas que vais, Joheved (...)"
"É mesmo um tecido de boa qualidade. Levo o suficiente para fazer cinco bliauts, um de homem, DUAS de mulher e dois de rapariga (...)"
Pelo meio há mais uma alarvidade de gralhas. Tenho o livro todo sublinhado, porque sou incapaz de deixar passar estas coisas. Desisti de ler aquilo na página 164. E "aquilo" era o primeiro livro de uma trilogia sobre uma família judaica. E quem me conhece sabe a pena que eu tenho disto...