15.04.11
Aqui há dias fui reconhecida pela minha professora de Português do 12º ano. Nunca me esqueci dela: alucinada, apaixonada pelo que fazia, instável. E deu-me uma nota catita, que não pôde oficializar (porque tinha que explicar muita coisa em conselho de turma e como a mim me interessava mais a nota que eu sabia que merecia do que a nota que ela me podia efectivamente dar, a coisa andou sem problema). Gostei das aulas dela, foi mais uma das professoras que tive a sorte de ter que me ensinou a gostar ainda mais da literatura portuguesa. Mas dizia eu: reconheceu-me. Eu com os meus filhos, num café de bairro e ela a levantar-se e a dizer um "olá, Marianne". Eu era capaz de jurar que nenhum professor meu se ia lembrar do meu nome ao fim de 14 anos. Afinal parece que não é bem assim.
E de repente, a pensar nisto, também eu me lembrei de alguns dos professores que fui tendo. Uma professora de francês que era um doce. O melhor professor de filosofia do mundo - que, mundo pequeno, é primo de uma grande amiga minha e que reencontrei no casamento dessa amiga. O professor de história que me levou para o teatro e que me ensinou a estudar. É giro pensar como, mesmo passado tanto tempo, estas pessoas continuam a ser importantes para mim. Porque me moldaram, porque me ajudaram a ser o que sou hoje. E só tenho a agradecer-lhes por isso.
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