26.04.11
Andei a ver a tal série da RTP, Maternidade. Gostei muito, foram 13 episódios porreiritos, com coisas boas e outras nem por isso. Os erros. É fácil cair em erros quando a coisa trata a maternidade. Era fácil não cair neles se se investisse um bocado em pesquisa. Nem era preciso muita coisa, toda a gente tem amigos que já foram pais, é básico.
Recém-nascidos ali acabadinhos de sair das barrigas, mães a transpirar (eu não suei as estopinhas, no sentido literal do termo, mas admito que aconteça muito). E os miúdos saem de umbigo sarado. Não é só o ar redondo de bebés com um ou dois meses. Não é só o virem limpinhos, regados com uma coisa qualquer em tons de vermelho a fazer as vezes de sangue. É o umbigo sarado. Demora entre 5 a 10 dias a cicatrizar e toda a gente sabe que, mal nascem e o cordão umbilical é cortado, os bebés levam com um "clamp" a prender-lhes o coto. Umbigos normais só dali a uma semana ou duas.
A série tinha presença de produto dos patrocinadores: Chicco e Cytotera. Cenas forçadas de frasco na mão "tem que hidratar bem a pele do seu bebé" são más. Mas uma super-grávida a dar entrada para o filho nascer, parada da recepção e, enquanto espera pelo médico, agarra no folheto da Cytotera e "temos que tratar de criopreservar as células do cordão da nossa filha", "sim, é muito importante, pode salvar-lhe a vida mais tarde" e pousa o folheto e segue caminho para a sala de partos. Para receber o kit são precisos uns dias. Para tratar de tudo convém fazê-lo com antecedência. Ali, à beira da sala de partos... tarde piaste.
Resultado: um guião com muitas falhas. Coisas escusadas, que podiam ser bem feitas sem grande dificuldade. Tirando isso, foi bom, gostei, se houvesse segunda temporada eu via na mesma.
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