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De hoje a oito...

29.11.13

... é a primeira sexta-feira do mês. Significa que é Red Lipstick Day!! Vamos voltar a pôr os nossos batons vermelhos na rua, sim?? Vamos ser muitas, cada vez mais!

 

Este mês foi assim:

No mês que vem vamos ter um hall of fame ainda maior, certo???? (Sim, há ali um homem no meio! Por solidareidade, decidiu brincar com o batom vermelho da esposa, mas só em casa!)

 

Quem aceita o desafio?

 

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Óculos novos in the house!

29.11.13
Et voilà: chegaram!! Demoraram exactamente 8 dias a aterrar nas minhas mãos.
Estava cheia de medo, confesso. Não sabia se a coisa ia correr bem porque... como dizer... eu preciso mesmo disto para ver! Se fossem uns óculos daqueles que são só para enfeitar (que os há!), era na boa. Mas não. Eu sou MESMO toupeira e preciso disto como de ar para respirar.
Portanto, quando a embalagem me aterrou nas mãos, abri-a meio a tremer. Experimentei os óculos e... consigo ver!! Sem riscos! Sem "embaciamentos!" (Sim, os ex-óculos estavam mesmo em mau estado!). Depois segui para o espelho e... adoro (são de massa, tartaruga, mas super discretos).
Falemos de preços: estão aqui €37,74. Como foi a minha primeira compra no site, as armações foram gratuitas (há um leque vasto de armações que podem ser recebidas for free, mas nem todas entram no leque - a minha armação preferida não estava na lista das que pdem ser grátis, mas estas são parecidas). Paguei o envio e alguns extras para as lentes: espessura reduzida, anti-riscos, anti-reflexo e anti-dedadas. Agora preciso de uns óculos de sol - graduados, claro - e adivinhem lá onde é que os vou comprar... Estou fã! Recomendo!
 

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O melhor dos meus dias - side effects

29.11.13

Graças à ideia "O melhor dos meus dias", da Catarina, tenho conhecido blogs dos bons. Só por isso já valeria a pena. No meio da horda de catálogos em forma de blog que por aí cogumela, é bom encontrar gente que não segue esse caminho e que faz um tipo de partilha diferente. Menos comercial, menos consumista, mais introspectiva, mais bonita. Dois exemplos: este e este. E deixo-vos este, que não conheci através desta iniciativa, mas que vale muito a pena.

 

[E acabo de me aperceber: nos blogs, como na decoração, como na vida, gosto de luz. Fundos brancos, letras harmoniosas, imagens bonitas, uma doçura latente, uma vontade de me aconchegar no sofá e ficar - e sempre que penso nisto "regresso" a um lugar que amo: na Herdade da Matinha, na cozinha/sala de jantar, há (ou havia, não sei se ainda há) um recanto com um sofá cheio de almofadas; em frente, uma janela enorme. E ali, naquele recanto, com a minha música, li e escrevi e gravei em mim um momento muito feliz, que ficou. E agora, sempre que saboreio um conforto idêntico, é ali que "regresso".]

 

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Uma para zero

29.11.13

Vontade de me mexer hoje: zero.

Sono: pouco.

Moleza: muita.

O que me apetece mesmo é ficar em casa, acabar de arrumar o castelo e agarrar-me à escrita.

O vou fazer é bem diferente: vou em modo lesma até ao ginásio, tentar minimizar os estragos de uma semana em que só lá fui uma vez. E depois, sim, arrumar o castelo e tal e tal. Sem vontade nenhuma, já disse?

 

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Feels like heaven #4

29.11.13
Dizem por aí que a cozinha é o coração da casa. Concordo. No meu caso, que adoro cozinhar, fazer bolos e mimos vários, a vida da minha casa centra-se muito na cozinha. É mínima, mas é funcional e, apesar de antiga, ainda não é coisa que me apeteça fazer rebentar uma bomba lá dentro para poder começar de novo. Se pudesse, tinha uma cozinha enorme, branca, cheia de luz, com uma janela em frente do lava-loiça e com uma ilha gigante lá no meio (isto mostra bem quão grande eu gostava que a minha cozinha fosse!). Estas que vos mostro podiam bem ser a minha cozinha... (keep dreamin...)

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Um postal de aniversário

28.11.13

A minha miúda lembrou-se há dias de se "queixar" de que nunca tinha recebido um postal de aniversário (por correio, isto é). A avó, que faz basicamente tudo o que ela pede (e mais um bocadinho) resolveu comprar um postal, escrevê-lo e enviá-lo para que ela o leia no dia de aniversário. Hoje coube-me a tarefa de ir enviar o postal. Antecipar a alegria dela perante aquele postal emocionou-me. Lembrei-me dos postais que ainda hoje guardo, enviados pelos meus avós aquando do meu aniversário, quando eles viviam no Alentejo e eu cá. A minha filha há-de guardar estes postais (plural, que acho que vai virar tradição) com o mesmo carinho com que eu guardo os meus - mais ainda agora, que os meus avós já não estão comigo. Estamos a construir-lhe as memórias e é tão bom...

 

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Contornar questões

28.11.13

A minha filha chega da escola sempre esgalgada de fome. Se calhar ir para casa da avó come este mundo e o outro e depois, adivinhem... não janta. Hoje estamos todos em casa da avó. E ela já está a jantar. Em vez de a deixar empanturrar-se de torradas, sugeri que jantasse cá e que fosse já pronta para ir para a cama. A ver se hoje conseguimos sobreviver à hora de jantar sem chatices... (Ela como bem... como é fora de horas!)

 

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Frente & Verso - Presentes de Natal

28.11.13

Verso (Margarida)

 

Eu nunca gastei rios de dinheiro em presentes de Natal. Lá em casa o Natal sempre foi comedido, com a minha mãe a salientar que o mais importante era estarmos todos juntos. Mas claro que havia presentes, escondidos, cheiinhos de carinho. Até porque não havia muito dinheiro, portanto…

Eu, não adorando o Natal enquanto quadra, vivo-o intensamente em termos religiosos. E adoro dar presentes.

 

Mas não dou presentes por dar – que não há pior do que comprar algo só para dizer que comprámos. Tenho que encontrar coisas que façam sentido para as pessoas a quem os vou oferecer. Durante vários anos apenas comprava presentes para a minha família nuclear – que mesmo assim são dois pais, duas avós, dois sobrinhos, duas irmãs e dois cunhados. No entanto, fechava-me na cozinha durante um dia inteiro para fazer os presentes para as pessoas mais importantes da minha vida: brisas do liz, bombons de chocolate, bolachinhas…dependia do ano e da vontade, mas nunca fugia muito a isto.

 

Aquilo que mais felicidade me dá é chegar a casa de alguma amiga minha e ela já ter um espaço reservado na mesa da ceia de Natal para o meu prato. Porque o Natal é isso mesmo: fazermo-nos presentes, mesmo que em doces que se comem num instante.

 

Quando podia, comprava mais uma lembrança ou outra para as minhas amigas mais próximas: adoro fazê-lo. Dá-me mesmo gosto! Mais gosto do que o que me custa ficar sem o dinheiro.

Este ano, por exemplo, comecei a pensar com tanto tempo de antecedência que já tenho os presentes quase todos comprados. Faltam-me dois ou três, sendo que nesse bolo estão os das crianças, que ainda nem sabemos o que vão ser.

 

De resto, os que não estão comprados já estão pensados, pelo menos. Não são presentes. São lembranças. Porque, tal como a Lénia, também acho que não devemos propriamente endividar-nos para comprar presentes. Claro que geralmente me esmero mais no João ou nos meus pais, mas também porque é de quem, geralmente, recebo os presentes mais a sério.

 

E já me aconteceu decidir que não vou dar nada mas de repente olhar para coisas e ter que comprar. Porque ficaria tristíssima se não desse aquilo à pessoa em quem penso…é uma maçada. E no Natal, realmente o que me interessa é dar. Nada me faz mais feliz do que ver as pessoas de quem gosto abrirem os meus presentes e gostarem deles. Nada.

 

[O meu texto, aqui.]

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Coisas de que eu preferia não ter que falar

28.11.13

Disto:

 

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Feels like heaven

28.11.13

Eu devia estar a postar as imagens giras da semana, no que toca a decoração... Mas esta rubrica acaba de ganhar passaporte para as manhãs de sexta. As quintas-feiras ficam da exclusiva responsabilidade da dupla Frente&Verso - e, sobre isso, falamos logo à tarde... Mas hoje temos conversa bem adequada à época em que estamos a entrar...

 

(Já vos disse quão difícil é encontrar temas em que eu e a Margarida tenhamos opiniões discordantes?? Vocês não imaginam as sessões de brainstorming que acontecem numa janela de chat do Facebook, cada vez que é preciso decidir um tema...)

 

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E começou...

28.11.13

... o fabrico de bolos do fim-de-semana. Tenho um para entregar amanhã, outro para segunda e outro (grandote!) para terça. May the cake force be with me!

 

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And again

28.11.13

Hoje, já sem papai e sem filhote, novo spree de compras de Natal. Vou servir de motorista, na verdade. E ajudar a escolher. Comprar, comprar... Nop. Já fechei o meu leque de prendas de Natal: filhos (2), "sobrinhos" (2), primos pequenos (1), marido (1, óbvio!). Ainda hei-de fazer umas fornadas de bolachas e este ano é só isso - nem sequer me meto a fazer compotas (que depois acabam a enfeitar prateleiras durante anos a fio).

 

Ouçam lá, vocês são dos que apostam em homemade gifts ou dos que correm tudo a presentes comprados fora? E se forem da facção homemade, o que é que costumam fazer para oferecer?

 

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Best of

28.11.13

No início do ano comprei um bloco gordo, com muitas folhas. Chamei-lhe "o meu 2013". Até Maio, fui escrevendo diariamente aquilo que era o melhor dos meus dias. Fui agradecendo pelo que de bom fui vivendo. Estabeleci metas, tracei objectivos, organizei-me. A partir de Maio perdi o fio à meada e o bloco ficou fechado. No ano que vem vou repetir a ideia, mas desta vez com mais vontade de levar a coisa até ao fim. Guardei ali coisas doces, momentos nossos, aquelas pequenas coisas que são tão nossas que é impossível dá-las ao mundo (sim, o que aqui escrevo não é o todo, é apenas parte). Vai ser bom revisitar aquele bloco daqui a uns tempos. E quero muito continuar este hábito e, quem sabe, passá-lo a ela, que já começa a saber ler e escrever.

 

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"Ódio"

28.11.13
Aqui há tempos, numa super-promoção da Editorial Presença, comprei este livro. Há alturas na vida de uma pessoa em que estar quietinho é uma bênção. Isto lê-se bem, a linguagem é muito acessível, nada demasiado complicado. Só que é uma valente merda. Bem espremido, não dá nada. As últimas 50 páginas foram lidas completamente na diagonal, porque já não aguentava aquela história da tanga. Conselho de amiga: nao percam tempo com isto.
(É sobre uma espécie de apocalipse qualquer: de repente, sem que nada o fizesse prever, começam a acontecer episódios de violência extrema, em Londres. Assim, do nada, há alguém que se passa e que mata alguém aleatoriamente. Só que isto repete-se. Muito. E nunca se chega a perceber que espécie de "epidemia" é aquela que transforma pessoas pacatas em máquinas mortíferas. E é isto. O autor é expert em zombies. Isto não mete zombies, mas não é muito diferente do Walking Dead. Em mau.)

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Come along #22

27.11.13

Um blog: Camp Patton (o blog de uma mãe americana. Seria um blog banal, não fosse ela hilariante.)

 

Um post: "O meu blog sou eu", no blog Pedagogia do Terror

 

Um livro: "Hotel Memória", João Tordo

 

Uma citação:

Um filme: "The Fracture", Gregory Hoblit

 

Uma música: "If I be wrong", Wolf Larsen

 

Uma receita: não apenas uma receita, mas um blog inteiro: No Soup For You.

 

Uma imagem: Ballet Youth

 

Uma ideia: Quadros giros para casas cheias de pinta

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Barrigando

27.11.13

A crónica desta semana, no portal Barrigas de Amor, está ali em baixo (carreguem na imagem, please).

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Afinal não vai chover

27.11.13

Não tive tempo de lavar os vidros...

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É pró menino e prá menina...

27.11.13

Falemos de roupa e de sapatos ("ui... então esta não gosta de moda nem de trapos e vai falar disto??" Exactamente!).

Tenho uma filha e tenho um filho, como sabem. Ora comprar roupa para um e para o outro são dois assuntos completamente diferentes. Para ela há tudo e mais alguma coisa. Camisas, t-shirts, casacos, coletes, calções, leggings, calças, saias, vestidos, blusões, sapatos, ténis e botas, tudo para todos os gostos: betinho, mitra, hannah montana-ish, pindérico, piroso, muito piroso e normal - e normal, para mim, no que toca à roupa de menina, é isto: simples, despretencioso, prático e confortável. Já sabem: nunca me passaria pela cabeça mandar a miúda para a escola de vestido e meias até ao joelho, com este frio tropical que tem estado! Quero que ela salte, pule, que se mexa, que pinte com canetas (e metade das vezes a pintura estende-se à roupa), que se sente no chão sem medo de se sujar. O que se suja lava-se e é raro estragar roupa - e mesmo quando se estraga, a não ser que seja alguma coisa realmente muito grave, continua a usar (lamento, mas não sou pelo desperdicio).

Comprar roupa e calçado para ele é um suplício. Bom, talvez o problema seja meu, que lhe compro roupa na Primark. Se comprasse na Lanidor Kids ou assim acho que não tinha razão de queixa. Bom, quis comprar-lhe umas pantufas. Lá fui eu à feira loja. Para menina, uma data de modelos diferentes. Para rapaz? Só a partir do número 28 ou coisa do género. Número 24 e inferiores, nada. Zero. Resultado: pequeno príncipe tem agora umas lindas pantufas... da Minnie. Era o que havia. E como é para usar em casa e eu quero mesmo é que ele esteja quente, lixei-me nos bonecos e comprei na mesma. Mas é uma chatice que não haja tanta coisa disponível. Na H&M, por exemplo, há muita coisa e é por isso que é a minha loja preferida, no que toca a roupa de rapaz. Só que não é tão barata como a Primark, pelo que vou lá menos vezes. A Zippy também tem carradas de coisas giras mas, again, mais caras do que na feira Primark.

Vale-me o facto de ele usar muita roupa emprestada... e de herdar muita coisa da irmã. Agora que ele tem quase 3 anos já não abuso, mas, durante muito tempo, o meu rapaz saiu à rua com roupa cor-de-rosa (interiores, lógico): usou pijamas, collants, bodies e camisolas interiores de menina, e então? Por mim, sem problema. Mas agora, com ele mais crescido, já não dá tanto para fazer essas avarias, portanto dava jeito que a feira Primark colaborasse e apostasse um bocadinho mais na roupa de menino. É só uma ideia, sim? Agradecida!

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Só p'ra dizer...

27.11.13

... que amanhã, em Sintra, vai chover. Como é que eu sei? Simples: vou lavar vidros. (Sim, há uma relação directa entre as vezes que eu lavo vidros e as vezes que chove...)

 

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Coração nas Mãos #4 - Metade Salete, metade saudade

27.11.13

Salete partiu-se ao meio. Naquele momento, entre o frio que lhe gelava o regaço e a ânsia que lhe comia as entranhas, partiu-se em duas e deixou metade de si ir. Ficou a melancolia agarrada aos nós dos dedos. Ficaram as lembranças que já nem se traduzem em lágrimas porque a água salina que carrega não é suficiente para fazer esse rio transbordar. Ficaram os dias riscados no calendário, as esperas, os desenganos.

Salete caminha agora a meio. Meia mulher: uma perna, um braço, um pé, uma mão. O resto de si ficou lá atrás, no dia em que se quebrou como se quebra uma jarra que se atira contra uma parede num momento de fúria em que, cegos, não vemos nada para lá da dor. Quando se despedaçou para não mais se recuperar, enterrou consigo Libério, o sacana que lhe mastigou a vida como uma pastilha elástica e, mantendo a metáfora, a cuspiu quando deixou de lhe sentir o sabor.

 

Perdeu a conta às promessas. Não sabe quantos dias enterrou ali, naquele fim de mundo moreno de olhos verdes que a encantou com palavras de pechisbeque. Entregou-se jovem, a pele ainda cheia de luz, uma alma branca pronta para acreditar. Envelheceu ali, sentada naquele sofá de napa que lhe queimava o corpo quando o Verão chegava à cidade. Abriram-se-lhe sulcos na face, nos sítios por onde escorria o choro cravaram-se fendas, marcas vivas de um tempo que se foi extinguindo à medida que foi deixando de acreditar.

 

Libério julgou-a boneca de porcelana: bonitinha e inútil, incapaz de se mover sem ser por força das suas mãos. Enganou-se. No dia em que Salete se partiu ao meio, tratou primeiro de partir tudo o resto. Apanhou Libério deitado, um sono solto a fazê-lo ressonar, e afundou-lhe na pele as esperanças. Da garrafa terá ficado um ou outro caco perdido atrás do roupeiro, mas Salete não sabe porque não se deu ao trabalho de os procurar. Do sangue ficou o silêncio. Arrefeceu em torno dele, escureceu e finou-se de vez. E Salete, metade mulher, metade saudade, saiu porta fora sem pressas, nas roupas os pingos do sangue do homem que a matou por dentro, na alma um buraco negro por sossegar. Não tirava da cabeça a imagem dele a guinchar como se fosse um porco (que era) e mesmo assim pensava, "há mortes piores, a minha por exemplo, que morri por dentro e tenho que fingir que vivo". Deu-se ao luxo de se lamentar, como se a perda maior fosse a sua. E foi. Perdeu-se pela metade, deixou que ele levasse consigo para a cova o melhor que tinha sido. Absurdo e inútil, este amor de fotonovela, pensava Salete com o meio cérebro que lhe restava.

 

Abeirou-se do rio, a manhã fria a desfazer o nevoeiro denso que nasceu há pouco sobre a cidade. Dobrou-se até conseguir ver-se reflectida na água escura e deixou cair a saudade. Houve um tempo em que ela fora Libério, o homem que a tomou de assalto, a invadiu e a declarou sua. Hoje não. Hoje matou o amor e matou-se a si, deixou-se pela metade. E na incompletude de uma mulher desfeita espraia-se um longo universo de possibilidades. Até na morte há pedaços de vida e Salete deu consigo a sacudir restos de Libério da alma. Chegará o tempo em que não lhe recordará os vícios, em que não se lembrará do tempo que assassinou em torno daquele homem. Chegará o tempo em que duvidará das suas memórias e, com uma sacudidela de ombros, pensará que está a fazer confusão: isto de que se lembra é coisa que leu algures num livro, quando era moça, não é nada que lhe tenha acontecido a si. E a memória, essa faca afiada capaz de nos cortar em pedaços incertos, mostrar-se-á a melhor companhia que poderia ter. Porque entre enganos e cenas esfumadas, o tempo encarregar-se-á de dar a Libério a morte que realmente mereceu - a do esquecimento e do desprezo. E Salete será sempre o que é: metade mulher, metade saudade.

 

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Upcoming

26.11.13

Já não posto o Coração nas Mãos desta semana hoje. Amanhã, logo de manhã, para começar bem o dia. E à tarde chega o Come Along da semana. (Estar aqui de volta de registos de marcas e de registos de domínios e de alojamentos de sites não é coisa que ajude à criatividade. E a escrita precisa disso, but of course!)

 

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O melhor dos meus últimos dias

26.11.13

Tem sido o corrupio*. As ideias. Os planos. O trabalho, portanto. Há muito tempo que o trabalho (e aqui excluo a escrita) não me dava este gozo - e já tinha saudades, tantas!

 

*Obrigada à Catarina que me corrigiu a gaffe (tinha escrito "corropio").

 

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Sobre as entrevistas às mães pelo mundo

26.11.13

Isto está a dar-me um gozo tremendo. Porque vou conhecendo histórias de gente interessante (e eu sou viciada em histórias boas, como sabem!), vou sabendo de realidades que são muito diferentes da nossa (e da minha enquanto mãe, em particular). E se eu já tinha vontade de emigrar, cada vez tenho mais. Outra coisa gira é estar a receber contactos de gente que quer contar a sua história, coisa que eu agradeço muitíssimo. E é ler os comentários como os que estão agora na entrevista desta semana, de gente que está na mesma situação do que estas mães que tenho aqui apresentado. Está a ser um prazer!

 

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...

26.11.13

Dia de levar mamãe às compras de Natal. E papai. E filhote. Dia de nos perdermos mil vezes uns dos outros. Dia de ouvir o meu pai soprar outras tantas vezes. Dia de o meu filho se agarrar a balões de lojas avulso e de os rebentar. Dia de andar a correr, e mesmo assim nem foi muito mau porque escolhemos um shopping espaçoso e com pouca gente (mais ou menos, vá). Estou cansada.

 

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A correr

26.11.13

Gosto disto de ter mil coisas para fazer e de me sentir a mil. Gosto da sensação de ir cumprindo metas, riscando linhas na to-do-list, fazendo o que quero. Dá-me um gozo tremendo isto de andar a correr de um lado para o outro. Chego à noite de rastos, mas é bom. Até ao Natal vai ser assim. Há muitos bolos, muitas festas, muitas coisas a acontecer. Tão bom!!

 

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Uma sopa espectacular

25.11.13

As minhas sopas seguem a filosofia do poker: all in. Não sigo receitas. Vou ao frigorífico e à arca e tudo o que houver marcha. Ontem fiz uma sopa assim: pus abóbora, courgette e alho francês (tudo congelado) no copo da Bimby. Juntei duas colheres de sopa de feijão manteiga já cozido (compro em frascos e vou usando em sopas e arroz), um bocadinho de sal, um caldo Knorr de legumes e água a olhómetro. Triturei tudo 5 seg/vel.5 e cozi 25min/100º/vel.1. No final juntei azeite (a olho) e triturei novamente durante 1 minuto, progressivamente nas velocidades 5, 7 e 10 (eu sei que não se deve triturar sopa na velocidade 10... mas eu gosto das sopas bem cremosas. E ponho sempre um pano por cima do copinho enquanto trituro, para evitar desastres.

Tinha massa cozida no frigorífico, à espera de destino. A minha gente gosta de sopa com massa ou arroz. Pus a massa no copo da Bimby (sem o lavar) e triturei 3 seg/vel.5. Depois pus duas colheres de massa em cada prato de sopa (menos no meu, que eu não como massa - salvo raras excepções), eles comeram, eu comi, o marido repetiu e a sopa acabou. Estava mesmo, mesmo deliciosa!

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Mães Pelo Mundo - Carla, Bélgica

25.11.13

Hoje apresento-vos a Carla, que está em Bruxelas desde 2010.

1. Conta-nos um bocadinho sobre ti: quem és, onde estás a viver, quantos filhos tens, que idades têm eles, há quanto tempo emigraste, o que vos levou a emigrar?

O meu nome é Carla, tenho 35 anos e estamos a viver em Bruxelas há quase 3 anos. O Guilheme vai completar 4 anos no final do ano, ele nasceu em Portugal mas a ideia de emigrar começou a rondar quase ele estava a completar 1 ano.

Emigramos por motivos profisionais, o meu marido teve uma proposta de trabalho e não fizemos muitas contas, encaramos desde o início que seria uma oportunidade de crescimento profissional e também pessoal.

O maior desafio de todos foi ir preparando a familia com a novidade, comecamos por dizer que estavam a rondar o Miguel com esta possibilidade, mas na verdade a proposta já estava em cima da mesa. Não ajudou ser altura de Natal e aniversário do meu filho e a mudança iria ser no início do ano.

 

2. O que é que fazias antes de emigrar e o que fazes agora?

Eu estava a trabalhar numa multinacional há quase 10 anos, adorava o meu trabalho na área financeira, adorava os meus colegas. É um dos raros casos em que se acorda de manhã e não me importava de ir trabalhar. A hipótese de largar esta empresa era dolorosa para mim.

Uma vez que esta empresa também tinha escritórios em Bruxelas tentei fazer uma simples transferência de posto de trabalho. Enfim, foi mesmo uma tentativa porque ao fim de 3 meses tive que apresentar a minha carta de demissão, foi um dos dias mais dificeis para mim. A ideia de ir para um país sem trabalho era para mim muito difícil. Tentava ser o mais optimista em frente de todos, mas lá no fundo estava cheia de medo. Como é que eu ia para um país à procura de trabalho sem falar a língua deste país (francês/holandês)?

Ainda em Portugal me inscrevi em inúmeras empresas de ofertas de emprego, na semana que cheguei a Bruxelas tinha entrevistas marcadas todos os dias. Uma grande ajuda foi os meus ex-colegas e amigos que enviaram o meu currículo para os contactos deles em Bruxelas e foi assim que a minha actual chefe recebeu o meu CV e me chamou de imediato para uma entrevista. E assim ao fim de 15 dias de aterrar em Bruxelas tinha uma proposta de trabalho.

 

3. Porque escolheram esse país para viver?

Confesso que Bélgica iria ser dos últimos países a escolher para viver, uns anos antes fizemos uma viagem pela Europa e lembro de dizer que Bruxelas foi a cidade que menos gostámos. Agora sei que fez muita diferença visitar a um domingo (tudo fechado) e onde ficamos hospedados não era a melhor zona de Bruxelas.

Bruxelas foi a cidade escolhida porque está aqui a sede da empresa do Miguel.

 

4. Qual foi a grande diferença que encontraste em relação a ser mãe em Portugal e aí?

Eu acho que ser mãe em Portugal a grande verdade é que nunca me via sozinha, ou seja, é claro que a mãe era eu mas tinha sempre ali a ajuda extra da minha mãe para tirar alguma dúvida, para me ajudar com questões de comida, para ficar com ele se precisava de trabalhar mais tempo, etc..

Aqui sou eu, o pai e mais ninguém!! O Guilherme só nos tem a nós então temos de ser um pouco mães, avós, tios.. tudo!!!!

No meu caso não tenho problemas em trabalhar de casa quando o Guilherme está doente ou quando a escola está fechada , acho que as empresas aqui são mais flexíveis nesse aspecto. Uma das perguntas sempre presentes nas entrevistas era se queria trabalhar 100% ou part-time uma vez ter uma criança tão pequena.

Gostava muito de ter outro filho mas ao mesmo tempo pergunto-me como é possível sem ninguém por perto para me ajudar, mas claro que não era a única nem a primeira a fazer isso. Quem sabe um dia....

 

5. Como é que o Estado “trata” as mães? Como funcionam as licenças de maternidade? Que apoios são dados aos pais e às crianças?

Por aqui a licença é só 3 meses, mas temos uma outra licença que é de 4 meses que podem ser tirados até a criança ter 12 anos.

 

6. Qual dos dois países consideras mais seguro, tanto para os adultos como para as crianças?

Em termos de segurança não vejo grande diferenças, é claro que existem zonas de Bruxelas que são menos seguras mas acho que o mesmo acontece em outras cidades da europa.

 

7. Caso os teus filhos não tenham nascido aí, como foi a adaptação deles?

O Guilherme em Portugal estava numa ama que era uma pessoa praticamente da família, ou seja, a primeira experiência numa creche foi cá. Com um ano de idade ele também estava a começar a dizer as primeiras palavras o que complicou mais a adaptação na nova creche. Desde o primeiro dia que só falavam Francês com ele, chorou algumas vezes mas eu acho que nós como pais estávamos mais nervosos com esta mudança, a pergunta se estávamos a fazer o melhor estava sempre presente. Acho que os pais sofrem mais neste aspecto do que eles. O Guilherme com poucos meses de creche começou a falar mais Francês do que Portugues.

Neste momento ele está numa escola onde aprende Francês e Inglês ao mesmo tempo, claro que se atrapalha um pouco mas acho que está a ser muito bom para ele. Com quase 4 anos percebe as 3 línguas, mas o falar foge muito para o francês... mas cá por casa é só Portugues. :D

 

8. Como foi a vossa adaptação, enquanto família?

Olhando para trás penso que nos adaptámos bem. Acho que como família estas experiências nos unem mais. Só nos temos a nós e somos o apoio uns dos outros.

Não é facil ficar longe da família e dos amigos, todos nos fazem muita falta, mas também vamos construindo novas amizades por aqui, acho que somos mais “abertos” para conhecer pessoas novas.

 

9. Quais são as maiores dificuldades com que te deparas no teu dia-a-dia?

Além da saudade da família e amigos, uma coisa que sentimos falta é a simpatia natural do povo português. Aqui as pessoas são mais frias, o estilo de vida também é diferente. O que para nós era normal em Portugal aqui passa sempre um bocado para o luxo. Um simples jantar fora passa a custar mais do dobro, o belo do café já se bebe em casa e só depois saímos para passear. Isto porque acho que dar 2.5€ por um café é abuso.

Não podemos dizer que são dificuldades mas acho que são mudanças no estilo de vida e só nos resta encarar com normalidade se não torna muito mais dificil a estadia por aqui.

10. Se tivesses que dar um conselho a alguém que esteja a pensar emigrar para o país onde vives, o que dirias?

O meu primeiro conselho seria de tomar a decisão em conjunto como casal. É uma mudança muito grande e vai alterar muito vida de casa um.

Depois disso só posso aconselhar para o fazeram, acho que cresci bastante como pessoa, não penso só no aspecto profissional mas também no aspecto pessoal. Todos os dias se aprende algo, eu tenho o prazer de trabalhar numa multinacional em que encontro pessoas de todas as nacionalidades. Um simples intervalo de almoço fico a saber as tradições/hábitos que cada um.

Com dedicação tudo se alcança e estamos cada dia mais certos que fizemos a escolha certa, estamos bem profissionalmente e estamos a proporcionar algo ao Guilherme que não conseguíamos dar em Portugal.

 

[Muito obrigada, Carla!!]

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Biblioteca

25.11.13

Impossível não amar a "minha" biblioteca! Acabei de andar entre o GoodReads (e a minha lista do que quero ler) e o catálogo da biblioteca, a reservar livros. Estão cinco reservados, hei-de ir buscá-los amanhã ou quarta. Escuso de andar lá à pesca nas prateleiras e tudo (se bem que foi assim que descobri uma data de livros que adorei ler!).

 

Ando há que tempos para experimentar a de Sintra (a "minha é a de Oeiras), mas, não sei porquê, aquilo não me puxa tanto... Sei que é gira, que tem muita, muita coisa, que tem actividades e tal e tal. Mas... a de Oeiras é ao pé do mar e há sempre estacionamento disponível perto e fica mesmo pertinho do meu Renato - e sim, estou a precisar de ir cortar o cabelo. Hábitos, que fazer?

 

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Ainda sobre O bolo

25.11.13

Não consigo agradecer pessoalmente a todas as pessoas que se manifestaram acerca do bolo da Maria. Mas quero muito agradecer porque, para quem está a começar, não há melhor incentivo do que este que vocês me dão aqui, no Facebook e no Instagram, quando vos mostro o que ando a fazer (bom, isso e as encomendas a chegar! Também são um incentivo bom!).

 

Portanto aqui fica o meu gigantesco agradecimento a todos vocês que comentaram, que fizeram "like", que me deram força.

 

Muito, muito obrigada. De coração!

 

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Vida

25.11.13

(Não consigo dizer nada...)

 

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