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Acho que já todos esbarrámos com o infeliz (to say the least) comentário de uma das herdeiras do império Espírito Santo no Expresso. Diz ela que passar férias na Comporta é como "brincar aos pobrezinhos".
Tenho para mim que o grande, enorme problema deste país é o facto de haver uma certa elite de endinheirados que tem vivido toda a vida à custa dos pobrezinhos. Esta gente, onde certamente se inclui esta pessoa que proferiu a idiotice supracitada, não faz ideia do que é viver neste país. Saberão com certeza o que é viver nas Quintas Patiño da vida, onde certamente não faltará nada (a não ser neurónios, em gente como a tal senhora). Mas não sabem o que é ter que viver à sombra das desgraças. Não sabem o que é viver a ver sempre o fundo à carteira, todos os dias, sempre, sempre, sempre. Não sabem o que é ter que fazer contas para ver em que cortar naqueles meses ainda mais apertados: o seguro do carro, o IMI, o material escolar. Não sabem o que é chegar a dia 20 com dez ou quize euros na conta - e só receber a 30. Esta gente vive lá fechada nos seus palacetes, frequenta as festas de outros endinheirados como eles, vivem numa bolha irreal e tão, mas tão desfasada da realidade do país do qual são cidadãos.
E eu gostava mesmo de ver esta senhora Cristina (que nem sequer nome de rica tem, benzádeus!) a brincar a sério aos pobrezinhos. A ter que contar cêntimos. A ter que comer menos para que nada falte aos filhos. A usar roupa com remendos, ou doada, ou recolhida na igreja. A não ir a lado nenhum por ter a gasolina do depósito à justa para ir levar os filhos à escola todos os dias, até ao fim do mês. A ir de férias para um parque de campismo qualquer, com a tenda emprestada pela cunhada. A não poder dar uma prenda (sim, eu sei, os ricos dizem "presente") de aniversário aos filhos. A não poder convidar pais, sogros, irmãos ou amigos para jantar porque isso representa um rombo incomportável no orçamento. Não fazem ideia do que é viver com uma corda na garganta, corda essa que, de 1 a 31, se aperta cada vez mais, até ao próximo salário, único dia do mês em que se pode respirar de alívio (mas só até se fazerem contas novamente e se perceber que, mais uma vez, não se vai conseguir poupar dez euros que sejam).
E também gostava que nós, os pobrezinhos, pudéssemos um dia brincar aos ricos. Invadir o palacete da sôdona Cristina e passar lá a tarde, o dia, o ano. Usufruir da piscina, da despensa, das milhas no cartão da TAP. Gostava que pudéssemos todos ser accionistas daquele império, para que pudéssemos por uma vez que fosse, viver em vez de apenas sobreviver.
Sou uma lontra assumida e isso não é novidade. Portanto, sou doutorada em tudo quanto seja auxilar da deslontrice. De há uns meses a esta parte tenho experimentado muuuuitas apps de controlo de peso/dieta. Ontem esbarrei numa app que era exactamente o que eu precisava. Calcula a minha necessidade calórica diária, de acordo com as minhas características e com o meu objectivo e diz-me quantas calorias devo ingerir em cada refeição e qual a distribuição delas entre carboidratos, proteínas e gorduras. Depois é só ir inserindo o que vou comendo e aquilo vai fazendo contas. Maravilha. Estou fã!
A versão para Android está aqui (grátis e fácil de pôr a trabalhar, como se quer). Sei que também há para iPhone, mas isso é tecnologia que desconheço...
... para mim, são os que me dão vontade de escrever. Não acontece muito com os meus policiais, que não me puxam para aí (mas sim para pensar, para ligar coisas improváveis e para procurar "Wallys" pela trama fora). Acontece-me muito com romances-dos-meus. Eu não leio xaropadas românticas tipo "rich boy meets poor girls yadayadayada". Não me atrai, não me puxa. Os romances que leio tendem a ser densos, muitos deles são mais prosa poética do que outra coisa. E sei que são mesmo bons quando, assim que leio a última página e os fecho, me apetece sentar-me a escrever. Aconteceu-me ontem quando terminei o livro da Catarina. Não é um romance, mas está tão bem escrito que me deu aquela urgência de voltar às palavras-a-sério. (Era demasiado tarde e não voltei). Era isto: Catarina, apeteces-me escrever!
Conheci a Catarina por causa dos blogs. Não sei precisar quem chegou primeiro a que blog, se eu ao dela, se ela ao meu. Não importa. Foi em 2005. Conversávamos, trocávamos opiniões e um dia passámos à tangência e fomos, com outra amiga comum e o seu bebé de 10 meses na altura (quase 9 anos agora... ouch!), almoçar sushi na Baixa. Selou-se a amizade. A Catarina é doce. Se eu só pudesse dizer uma coisa acerca dela seria isto: ela é doce. Apesar da vida, apesar das perdas, apesar dos insucessos, apesar do que correu menos bem, apesar de tudo. Doce. Não deixa que o lado negro se apodere da luz e brilha. É daquelas pessoas que, no caos, é o espelho da serenidade. Ao pé da Catarina nada corre mal. A vida é sempre um regato manso e morno, onde gastamos horas sem pensar em mais nada.
A Catarina, mulher de palavras, escreveu um livro onde reune crónicas do seu blog (e não só). E se eu sou um bocado avessa a isto de editar blogs em livro, com o livro da Catarina deixei de lado esta minha mariquice. Na sexta-feira foi o lançamento. Peguei na minha filha ("nora" dela, embora o filho dela não saiba nem queira saber) e fomos ver a Catarina brilhar. Ri, emocionei-me, abracei-a, matei saudades, revi caras conhecidas, e no fim, já na rua, chorei. Chorei quando vi a dedicatória que escreveu no meu exemplar. Porque o livro é dela, o dia era dela, mas ela escreveu para mim. E eu chorei.
[À noite, senhor marido - que não lê um livro há anos, nem sente falta nem liga nenhuma - pegou no livro dela e leu-o. Todo. E riu e emocionou-se e ficou feliz, como eu também fiquei, por ver ali materializado um bocadinho da nossa Catarina. Um bocadinho que, como ela, só podia ser assim. Doce.]
No sábado fomos à festa do 1º aniversário das Lego Friends em Portugal. Um jardim simpático e acolhedor, um grupo relativamente pequeno, muitos miúdos, muitos legos, muitos bolos e pipocas e sumos... (A decoração estava linda!)
No meio de uma mão cheia de vips-com-filhos-pequenos, a doçura do anonimato: eu e mais umas quantas fellow-bloggers, a pôr a conversa em dia. Miss Pólo Norte, Miss Rita Ferro Alvim e Miss Sofia-biberons-e-batons. Todas giras, loiras, simpáticas... assim vale a pena sair de casa, caraças!
Os meus miúdos adoraram a festa. Ela andou nas pinturas faciais e em brincadeiras com outras meninas... e ficou em êxtase quando percebeu que aquelas duas meninas com quem andava a brincar eram a Matilde e a Manon, filhas da Maria Vasconcelos, que ela ouve milhentas vezes nas nossas viagens de carro. Ele fartou-se de brincar com Legos... e no fim, quando lhe dissemos que era hora de vir embora, desatou a arrumar as peças para dentro da caixa... (Tão arrumadinho! Sai ao pai...!)
Obrigada à Paula e à Lego pelo convite. Adorámos!!
Eu sei, eu sei... ando desaparecida...
Temos ido à praia. Temos passeado. Temos brincado. Eu tenho feito caminhadas a sério. Temos aproveitado este parco Verão que nos coube em sorte este ano. Não tenho escrito. Tenho lido. Senti, pela primeira vez, uma quebra brutal nas rotinas, quebra essa que me baralhou, que me desorientou e que me fez ficar meio perdida. Só voltarei ao meu ritmo normal quando o ano novo começar - e isto, para mim, significa Setembro. Até lá, vamos assim... em velocidade cruzeiro, sem sobressaltos... (E ando mais pelo Facebook do que por aqui).
Gente do Porto e arredores: este ano não há Feira do Livro por aí mas isso não quer dizer que não haja livros para vocês...
Letras na Avenida é uma organização da Câmara Municipal do Porto, através do Pelouro do Conhecimento e Coesão Social e da PortoLazer, em parceria com a produtora cultural Cultureprint, crl.. Tem por objetivo promover, difundir e democratizar o livro e a leitura, bem como fomentar os hábitos de consumo de produtos culturais, além de dinamizar a Baixa do Porto.
A iniciativa conta com a participação de cerca de uma centena de entidades, destacando-se as livrarias de grande tradição do Porto, como a Lello Editores, Imprensa Nacional Casa da Moeda, ou a livraria alfarrabista Moreira da Costa, a mais antiga da invicta, e outras mais recentes como a Poetria, ou a Book House. Adicionalmente, participarão no evento instituições como o Bairro dos Livros, a Universidade do Porto, o Instituto Piaget, o Cineclube, o Inatel, entre outras.
Para além do catálogo geral de cada livraria, mais de 50 editoras estarão com estas livrarias em exposição, entre as quais Relógio d' Água, Gradiva, Clube do Autor, Publicações Europa América, Edicare, Estampa, Lidel e Cinemateca.
Podem saber mais aqui: http://letrasnaavenida.cm-porto.pt/#sthash.5FyIqkqm.dpuf
Vão, divirtam-se, desfrutem, aproveitem!! Se eu pudesse acreditem que estava lá batida!!
Com a miúda de férias e com planos diferentes para a o início do meu ano (que acontece em Setembro), decidi dar uma volta ao mesmo esquema de exercício físico. Perguntei no ginásio se me deixavam trocar as aulas de grupo pelo estúdio de cardio, durante este mês (em agosto aquilo fecha e nem grupo nem cardio). Disseram-me que sim, que podia - são queridos! Lá fui eu para as máquinas (já tinha feito musculação... há uns 18 anos, mas fui passando para as aeróbicas da vida e deixei-me de maquinaria pesada). Fiz 10 minutos de passadeira (só a andar), 10 de bicicleta (e aqui já eu suava as etopinhas!), 10 de elíptica e 5 de remo. Estava eu ali a puxar pelo remo quando comecei a sentir o estômago às voltas... tive que parar. O instrutor foi ajudar outra aluna e eu... desapareci! Fui disparada para a rua vomitar tudo o que tinha bebido durante o treino. Lá veio o instrutor atrás de mim, para ver o que se passava. Fiquei por aqui, por hoje. O meu organismo levou um choque de tal ordem que reagiu assim. E eu, que achava que andava a puxar muito por mim nas aulas de grupo, percebi que tenho andado a brincar ao desporto. Suei como não me lembro de ter suado alguma vez na vida. Desci para o balneário e continuei a suar... a pingar. Depois, duche e uma banana comida já no carro. Amanhã, mais do mesmo. Vou fazer cardio até ao fim do mês. Depois, em Agosto, andarei entre corridas/caminhadas na rua e zumba em casa (coisa que também fiz no sábado, com a companhia da infanta, que achou o máximo estar ali a dançar a meias com a televisão!). Em Setembro, logo que vê como organizo a coisa...
[E amanhã começa a nossa época balnear!]
Overnight Oats. Um pequeno-almoço saudável, saboroso, adaptado ao gosto de cada um, cheio de nutrientes, altamente viciante...
Então a receita disto é... não há receita! Vale tudo! Bom, quer dizer, oats são flocos de aveia, portanto a ideia é que ande por lá disto. O que eu costumo fazer é agarrar no meu frasco de meio litro e pôr no fundo meio iogurte (às vezes líquido, outras vezes sólido), depois ponho uma colher de sopa bem cheia de sementes de linhaça trituradas (ajuda a pôr o intestino a funcionar, mas as sementes têm mesmo que estar trituradas, porque se estiverem inteiras o organismo não as processa e não fazem nada), uma colher de sopa de sementes de chia e misturo bem este nível, para que as sementes fiquem molhadas. Depois ponho uma camada de fruta. O que houver e me apetecer. Se uso fruta ácida/amarga (tipo kiwi) ponho um fio de mel. Depois ponho duas colheres de sopa de flocos de cevada e duas de aveia. Ponho o resto do iogurte, ponho outra fruta (se uso maçã ou banana também ponho canela, por exemplo). No fim de tudo cubro com leite e ajeito de maneira a que o leite chegue à aveia e à cevada. Fecho o frasco, ponho no frigorífico e, na manhã seguinte, tiro, aqueço um bocadinho no micro (só para tirar aquela "frialdade" toda, que eu não sou grande fã de cenas geladas) e como. E no fim fico sempre a achar que comia outra dose daquilo, na boa.
E porque é que se faz isto pondo no frigorífico de um dia para o outro? Para "cozer" os flocos de aveia. Isto é uma alternativa fresca às papas de aveia tradicionais. Permite milhões de combinações, permite adaptar ao gosto de cada um, permite variar e comer todos os dias coisas diferentes. E é saudável e muito saciante e... estou viciada, pronto.
... arrumámos as cabeças, arrumámos as nossas vidas, confirmámos decisões, conformámo-nos com o que nos aconteceu, aceitámos e seguimos em frente. Um ano depois de perdermos aquele bebé que queríamos muito, continuamos certos da nossa decisão: não queremos ter mais filhos, estamos bem assim, somos felizes, temos a família que sempre quisemos ter. Estávamos preparados para o terceiro bebé, mas agora estamos bem assim. A logística vai-se descomplicando, as finanças não ajudam e já encerrámos o assunto.
Ontem, quando me lembrei de que era dia 2 e de que, há um ano àquela hora, estava no hospital já no recobro, chorei. Acontece-me de vez em quando. Acho que é normal. Mas não vivo a pensar nisto, não trago uma mágoa imensa no coração, não fiquei presa ao que de mau nos aconteceu. Chorei, como choro de vez em quando, se me lembro do meu avô. Saudade, acho. E, de vez em quando, olho para os bebés que tenho à minha volta e que têm agora mais ou menos a idade que aquele bebé teria, e penso nos "ses". Mas sei que foi assim porque teve que ser. E sei que, no fim, ficámos todos bem. "Podia ter sido pior" é um pensamento muito português, mas é verdade. Eu recuperei, nós não fomos afectados enquanto casal, a minha filha já ultrapassou o assunto e não pede mais irmãos nem fala nisto. Lembra-se de que foi visitar-me ao hospital, mas não fala no que eu estava lá a fazer. Para mim, isso é o mais importante. A natureza não foi nossa amiga. Ou talvez tenha sido...
Estamos bem. Estamos aqui, a quatro, sempre de mãos dadas, felizes neste nosso núcleo que alimentamos e ao qual pertencemos sem reservas. Um ano depois, estamos serenos e continuamos a aceitar o que a vida tem para nos dar. E somos gratos pelo bem que nos vai acontecendo, pelas coisas boas que temos, pelos momentos felizes. O resto faz parte mas não nos define.
Depois de ter passado o fim-de-semana imersa em açúcar senti que estava MESMO a precisar de um detox que me pusesse o organismo de volta aos eixos. Foi ontem. Passei o dia a sumos e batidos. Fui fotografando e pondo no Instagram, mas prometi que hoje fazia aqui um apanhado dos cinco sumos e batidos que fiz, com as receitas a acompanhar. Posto isto...
É já no domingo que a Família Barrigas & Companhia se junta no Parque dos Poetas, em Oeiras.
Vejam aqui o programão: http://issuu.com/get-white/docs/programa_2013
Sim... é isso tudo! E o mais giro é que uma família vai sair de lá com uma viagem à Disneyland Paris: 4 pessoas, 3 dias/2 noites, com pequeno-almoço e entradas para os dois Parques Disney para a totalidade da estadia e com voos incluídos com o parceiro aéreo TAP. A sério... o que é que poderia ser melhor??? Venham! Vai ser giroooooo!!
Fiz o já tradicional Red Velvet com recheio de creamcheese. Estava mesmo muito bom (não é mérito meu, é mérito da receita mesmo!). Achei que ia demorar umas cinco horas a decorá-lo, mas nem duas demorei. Fiz uma coisa muito simples, sem me pôr a inventar. Toda a gente gostou, que é o que importa.
Andava há que tempos com vontade de fazer uma Pavlova... sou super-gulosa, já se sabe! Aventurei-me e correu assim...
Sábado foram dezoito horas em pé, a cozinhar. Fiz tudo o que podia fazer antecipadamente e só deixei as finalizações para o dia B. Deitei-me às 4h, para me levantar às 8h... Claro que estava de rastos, mas paciência. No domingo acordámos, despachámo-nos calmamente, tudo sem stresses nem correrias. Na igreja, o pimpolho portou-se como um homenzinho (a sério, surpreendeu-me! Ele é um bocado ousado nas reacções que vai tendo e estava mesmo à espera que ele dissesse um disparate qualquer daqueles a que achamos muita graça em casa mas que, perante um padre, não têm gracinha nenhuma...). Foi tudo calmo, muito bonito mesmo.
Viemos para casa, para o almoço... e toda a gente mudou de roupa! Bem, quase! Mas quem estava de saltos e roupinha pipi desfardou-se e vestiu coisas práticas e confortáveis - e eu adoro isto, este à vontade e esta total falta de cagança! Fui para a igreja montada nuns saltos de 12cm, mas assim que cheguei a casa pus-me de sandálias raras, calções e top. Há lá coisa melhor??
Vamos à ementa: bacalhau com natas, que só faltou gratinar no dia. Pavlova. Mousse de Oreos. Bolo de baptizado. (Estes fui eu que fiz). Pão de ló com fruta, tarte de frutos vermelhos, tarte de coco, tarte de amêndoa, cortesia dos convidados. Sangria (muita!). Estava tudo tão bom...!!
Portanto almoçámos e depois, enquanto uns jogaram às cartas, outros dormitaram espalhados pelo sofá e pelas camas. Foi tudo deliciosamente simples, sem complicações: um convívio de família normalíssimo, mas que me deixou ainda com mais pena de nenhum dos meus filhos fazer anos no verão! Festas nesta altura são outra loiça! Estou a pensar seriamente em passar a comemorar os anos-e-meio deles! Assim, em vez de juntar aqui a família em Dezembro e Janeiro, passo a juntá-la em Junho e Julho! Não é muito mais fixe? Eu cá acho que sim!!