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Sou mãe e evito cada vez mais cuspir para o ar. Mas custa-me perceber que há pais que deixam os filhos chegar àqueles extermos. Tatuagens aos 15 anos?? Não entendo. Não quer dizer que daqui a 10 anos, quando a minha filha tiver 15 anos, não passe a entender. Mas, por agora, não entendo. Como não entendo que haja pais que deixem as filhas (eram maioritariamente raparigas) ir dormir uma semana ao relento para a porta do Pavilhão Atlântico. Em pleno Inverno. Se calhar sou eu que estou a ser quadrada, mas não entendo. E eu não sou nada aquela mãe que proíbe e que não deixa fazer nada! Bem pelo contrário! Mas há coisas que me ultrapassam. Miúdas de 4 e de 5 anos em concertos destes, por exemplo. Sim, já levei a minha filha a concertos: ao Festival do Panda e ao da Maria de Vasconcelos. Bem diferente deste do Bieber, em que ele acabou a coisa a despir a camisola. Ok, toooooodos os artistas se despem. Pois, só que nem todos os artistas têm miúdas de 4 anos na plateia.
Obviamente, cada um saberá de si. Mas isto vai muito para lá de onde a minha capacidade de encaixe alcança.
Está a ser girooooooooo!! Participem, vá! Participem que é para eu fazer uma directa de 4ª para 5ª a verificar as partilhas todas e os likes e tudo! E depois sexta há resultados por aqui.
Sábado: marido a caminho de Beja com a miss Li@, com a casa dela enfiada numa carrinha. Eu com os miúdos. Festa de aniversário de uma amiguinha da natação de manhã, para ela; ronha com o avô, para ele. Almoço nos meus pais, regresso para sestas. Senhor marido a chegar tarde e estafado. Fim.
Domingo: em casa todo o dia. Putos a brincar e a desarrumar tudo. Eu a ler uma páginas enquanto eles matavam as saudades do pai. Tarde de compras de supermercado com a princesa. Marido a curtir uma sesta enquanto o filho curtia a dele. Jantar de despedida das comidas altamente calóricas: pizza. E sangria. Dois litros de sangria.
Segunda: acordo com uma dor de cabeça, cortesia da sangria. Passo a manhã a arrumar os despojos do fim-de-semana. Cycling para libertar toxinas do álcool. Acabar de arrumar a casa. E daqui a pouco vou buscar os miúdos - mais cedo do que o normal - porque o super-padrinho vem fazer uma visita e vamos pôr a conversa em dia. E eu vou enfiar o nariz no pescoço da piccola sobrinha, de quem tenho saudades. Muitas.
Então, conforme prometido...
Para se habilitar a ganhar um dos CINCO kits corpo e cabelo e um dos CINCO livros "As 150 Melhores Receitas de 2011 - Bimby", o que tem que fazer é:
1. Ser fã da página da Corine de Farme no Facebook - aqui.
2. Ser fã da página do Not so fast no Facebook - aqui.
3. Fazer uma partilha pública deste post no vosso mural do Facebook.
4. Preencher o formulário abaixo.
Podem concorrer até à próxima quarta-feira, dia 13, às 23h59. Os vencedores serão sorteados aleatoriamente através do sistema RANDOM.org e os resultados serão anunciados dia 15. Dúvidas ou questões via email (marianne.notsofast[at]gmail.com) ou na caixa de comentários deste post.
NOTA: Cada pessoa só pode concorrer UMA vez. Obrigada!!
** Passatempo terminado **
(Escrevi este texto em 2011. Hoje, dois anos depois, não lhe mudo uma vírgula.)
Continuo sem perceber porque é que se há-de atribuir UM dia às mulheres. Como se não fossem as mulheres a carregar o mundo às costas. Começa na procriação. Para se gerar um filho não é preciso que a mulher tenha um orgasmo, mas é imperativo que o homem o tenha. Donde, o prazer dela é dispensável, o dele, essencial. Começamos bem, portanto. Depois são nove meses. De poesia e dores no corpo. E o grand finale, onde nasce um ser novo e terminam as horas de sofrimento por que a mulher teve que passar (ignoremos que existe epidural e assumamos que todas as mulheres têm um parto dolorido). Os períodos (coisa fabulosa de que os homens se safaram). O ter que fazer chichi sentada, sendo absolutamente necessária uma casa de banho ou, no limite do desespero, um arbusto bem guardado, coisa que não há por aí aos pontapés.
Mas, acima de tudo, a Wonder Woman que se espera que todas sejamos. Trabalhar oito horas por dia (pelo menos), pôr e trazer os filhos da escola, dar banhos, fazer jantares, fazer as compras da semana, manter a casa arrumada, mantermo-nos arrumadas, prontas para o que der e vier, não deixar que falte nada em casa, ter a solução para tudo, do Ben-U-Ron para os princípios de febre, ao vinagre para tirar cheiros, à acetona para tirar nódoas de sangue, saber as respostas mais longínquas, para poder ajudar nos trabalhos de casa, conhecer todas as personagens das Winx, do Ben10, do Bob, o Construtor, e não as baralhar. Saber os tamanhos que vestem todas as pessoas que vivem na nossa casa, não esquecer que o marido gosta de meias sem elástico e de gravatas 100% seda, não esquecer que se paga à empregada ao dia 1 de cada mês, tratar de todos os pendentes, sejam as contas do banco ou as marcações de férias, estar sempre disponível para ir com os filhos ao médico, nem que para isso se vire a vida do avesso. Ter que pedir favores para poder ter duas horas por semana com as amigas ou uma tarde para ir às compras. Chegar ao fim do dia com um sorriso, de negligé, fresca e perfumada na cama, à espera do marido que terá, eventualmente, AJUDADO nalgumas das tarefas sem ter efectivamente FEITO nenhuma delas.
Depois disto tudo dão-nos UM dia em jeito de homenagem, numa de "vá, toma lá uma geribéria que hoje é dia da mulher".
Caríssimos, que pariu! Merecemos 365 dias de homenagem por ano. Merecemos mimos todos os dias. Merecemos flores todos os dias. Merecemos que, de uma vez por todas, reconheçam que sem a nossa dedicação, a nossa entrega, o nosso desenrascanço, a nossa força de vontade, a nossa destreza, a nossa argúcia, o mundo era uma bela merda de sítio para se viver.
É por isso que não celebro o dia da mulher. Acho sexista, discriminatório, idiota. É melhor que nada, dizem uns. É uma forma de valorizar, dizem outros. Os homens não têm nenhum dia de homenagem e, ainda assim, o mundo continua, ilusoriamente, a girar à volta deles.
Está no forno. Sai ainda hoje...!
Ontem de madrugada, a caminho do trabalho, na descida da Crel junto a Loures, logo à saída do túnel, senhor marido apanhou um lençol de água. Ia a 110km/h (ele olha sempre para o conta-quilómetros à saída desse túnel porque sabe de gente que foi multada aí por excesso de velocidade). A traseira do carro fugiu-lhe. Andou às voltas. O carro ganhou velocidade. Quando estava de frente para o rail, já na zona da ponte (que, para quem não sabe, é altíssima), teve uma fracção de segundo em que reagiu conforme aprendeu num curso de condução defensiva: travou a fundo e o carro accionou os sistemas de segurança todos. Milagrosamente, endireitou o carro e seguiu viagem. Diz que viu a vida a passar-lhe à frente dos olhos. Acredita(mos) que Deus andou ali.
Hoje de manhã, com os miúdos no carro para os ir levar, numa rotunda perto de casa, fugiu-me a traseira do carro, fiz meio pião, fiquei de frente para o centro da rotunda. Consegui parar o carro, endireitei-o e segui viagem. Ia a 30km/h, em terceira. Não vi a vida passar-me à frente dos olhos, mas não parei de pensar no que aconteceu ontem ao meu marido. Acredito que Deus também andou ali.
"Sou mulher. De mim nasce toda a humanidade. De mim nasce o bem e o mal. Das minhas entranhas se faz mundo. Sou o centro das alegrias, das tristezas dos devaneios. Sou o poder e o deslumbramento. Sou incerteza, força e audácia. Sou crença e fé. Sou mulher. Sou o epicentro do mundo. O ponto a partir do qual tudo nasce, para um dia morrer. Sou dúvidas, preocupações, lutas diárias. Sou o corpo que abarca a vida. Sou tudo. Sou metade da realidade infinita. Sou sabedoria, medo e raiva. Sou um poço sem fundo. Vulcão pungente. Sou mulher. Sou o epicentro do mundo."
A Papel sai às quintas. Hoje é quinta, logo... Pois. Nova edição da Papel já disponível. Tema da semana: comer. OMFG... tanta, mas tanta coisa boa para ler, para nos inspirar, para nos ensinar...
Eu contribui com duas "coisinhas". A realidade, aqui. E a ficção, aqui. Por favor, leiam (tudo, não só os meus textos). E opinem. Para nós, que estamos por dentro da revista, é importante termos o vosso feedback. Para melhorarmos, para evoluirmos, para fazermos uma revista que seja simplesmente imprescindível. Para mim, já é. É que, sabem, amo esta ideia, a equipa, a forma como as coisas acontecem e amo, obiviamente, o resultado final que salta cá para fora todas as quintas-feiras. E, com a vossa ajuda, a coisa só pode melhorar.
[Thank you!!]
Jantar pensado. Vou sair para ir buscar os kiddos. Fazer o jantar. Arrumar coisas e coisinhas. Estender roupa. Organizar mentalmente os textos que tenho para escrever amanhã. Mentalizar-me de que tenho MESMO que passar para o papel os dois ou três projectos* que tenho em mente para desenvolver. Abolir definitivamente a palavra "procrastinação". Respirar fundo.
A segunda parte do meu dia começa... agora.
Ouçam lá, já espreitaram a Papel? Já subscreveram a newsletter? Estão à espera de quê? Diz o Miguel Esteves Cardoso que a Papel é a melhor revista online que ele já viu. Obviamente, tem razão.
Eu não quero ser má língua mas acho que, se nos tivessem deixado, tínhamos ficado à conversa tarde fora... e depois teríamos ido jantar... e ficado na conversa... Não sei. Eu achei que sim!!
Estes somos nós. Todos muito orgulhosos deste projecto que nos juntou.
Mais notícias... em breve!!
Saramago. Papel. As Àrvores. A agenda. Acabar de arrumar a barraca. Consolidar uma ideia de uma parceria que tem tudo para ser maravilhosa e para funcionar. Ginástica. Pintar o cabelo. Tratar da roupa cá de casa.
Quantas pessoas pode uma mesma pessoa ser num dia?
Acabadinha de chegar de uma sessão fotográfica (duas na mesma semana... até parece que passo a vida nisto...).
Juntaram-se uma série de bloggers (elas são todas incrivelmente giras e cheias de pinta!), uns fotógrafos queridos e super profissionais e uma equipa de produção maravilhosa. Deu para conversar um bocadinho, para ligar caras a nomes... e deu para ficar com muita vontade que chegue o próximo rendez-vous deste grupo. Só fiquei com pena de não ter conhecido pessoalmente alguns membros da trupe (mas há-de acontecer!).
A parte melhor? Ainda a procissão vai no adro! O que aí vem vai ser tão bom!
[De caminho, obrigada às marcas que nos mimaram hoje: Corine de Farme, Vasenol, Isto Faz-se, Açúcar às Bolinhas, e Rosa Vilas e Carlos Vilas Fotografia.]
E hoje o outro vértice do nosso triângulo de BFFs faz anos. 36. E pensar que nos conhecemos quase há 10 anos... e que éramos umas miúdas... (e, nada a ver, há bocado lembrei-me da música da Nina Simone que fechava sempre as nossas noites de sexta... cansadas, mas sempre de sorriso posto, com o stress da semana todo enterrado naquela coluna, com a alma lavada e pronta para aproveitar o fim-de-semana de descanso. Lembras-te?).
Parabéns a ti, linda e doce, sempre. Mesmo quando te zangas. Sê feliz sempre, sempre, sempre. E que este seja o teu ano de sorriso maior. Love you, Marie!
Uma das minhas melhores amigas vai migrar. Vamos deixar de ter os cafés de manhã, com a conversa posta em dia amiúde. Vamos deixar de ter os abraços. Vamos deixar de nos ter uma à outra a cem metros de distância. Vamos deixar deter as nossas manhãs de sábado no ginásio, que eram um verdadeiro reset das nossas semanas. Até agora, bastava dizer "passa aqui" e lá nos juntávamos. Foram dois anos de melhor-amiga-vizinha e isso acaba hoje, pelo menos por um ano. Estou triste. Já chorei (oh, well... estou a escrever isto e a chorar...).
É que, sabem, ela é mesmo aquele bocadinho meu que me faz tanta falta. Eu, que não tenho irmãs, tenho-a a ela, como se fosse mesmo minha irmã (aqui no café acharam durante muito tempo que éramos mesmo irmãs...). E custa vê-la ir embora e ficar sem este mimo-de-mana-amiga.
Mas vai ser bom para ela. Vai trabalhar no que quer, vai continuar a ser a investigadora de valor que é, vai conhecer gente nova, quem sabe não se apaixona pelo caminho e a coisa ganha mesmo um novo sentido.E não vai para o fim do mundo e vai voltar cá para passar uns fins-de-semana e nós também havemos de ir visitá-la lá abaixo. Mas 200km não são 200m... e custa!
A ti, mana-do-coração, desejo tudo de bom. Tu sabes. Que sejas feliz e que tenhas todos os dias motivos para sorrir. Vais ser feliz! (Só tenho pena que seja longe daqui... snifff...!)
[And I miss you already...]