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É o primeiro dia do desafio Maio by Instagram. Vai ser giro...!!
[Vai servir para me obrigar a fotografar diariamente, para me disciplinar...]
Mesmo que não tenham Instagram, participem!! E não precisam de editar as fotos nem nada! Inspirem-se nos 31 temas e foografem muito!!
Dois miúdos doentes é sempre um estalo. Ora é um mais mimalho, ora é o outro mais chatinho, ora é um com espirros, ora é o outro cheio de tosse. Não é bom. Mas é o que temos...
Sabes que estás a fazer um bom trabalho no que toca à educação dos teus filhos quando assistes a coisas como esta...
Hoje dei à minha filha quatro pares de sapatos que "herdou" da filha de uma amiga minha. Experimentei-lhos, quis logo ficar com uns ténis calçados. Fui tratar do lanche deles e passado um pouco, assim do nada, diz-me ela:
- Ó mãe, quando fores visitar a tua amiga que mandou estes sapatos todos, diz-lhe "obrigada" por mim, está bem?
[Impossível não morrer de orgulho desta miúda especial que me saiu do ventre e que me ilumina os dias e a vida. Sempre!]
1 - amor
2 - ternura
3 - paixão
4 - saudade
5 - prazer
6 - delícia
7 - vício
8 - pavor
9 - desejo
10 - momento
11 - memória
12 - pessoa
13 - eu
14 - rua
15 - flor
16 - comida
17 - amigo
18 - personagem
19 - casa
20 - passeio
21 - desenho
22 - infância
23 - herança
24 - hábito
25 - livro
26 - crença
27 - história
28 - talento
29 - sorriso
30 - cor
31 - tema livre
A ideia replica outros desafios que já se viram por aí: uma foto por dia, alusiva ao tema do dia. Particularidade: fotos com instagram (ou sem, caso queiram alinhar e não sejam utilizadores da aplicação).
Se alinharem deixem comentário aqui, para eu ver as vossas fotos. Vamo'lá? Vai ser bom!!
Hoje é dia de baixar em mim a gata borralheira (ainda não baixou). Acontece que também é dia de mimar a filha adoentada. E de tomar conta do arremessos de masculinidade do mais novo (que é como quem diz, domar a brutidade daquela pessoa de 80cm).
Ora, coordenar isto tudo é coisa para me pôr maluca em menos de nada. Estou a exagerar... mas não é fácil. Acontece que é bom. Gosto disto de poder estar em casa com eles, de vê-los crescer. O miúdo, por exemplo, tem aprendido imensas palavras, anda um tagarela, faz companhia e é giro que se farta. Andar é que... 'tá quieto! Mas acho que é de família... a irmã só começou a andar com 16 meses e ele para lá caminha... Temos tempo!!
Não entendo (na verdade abomino) gente que, não tendo sequer 30 anos, acha que o 25 de Abril, o original de 1974 (acontecido, portanto, anos antes de eles verem a luz do dia) é um acidente grave no percurso desta nação invicta chamada Portugal. Alguns destes seres desprovidos de noção têm, imagine-se, blogues onde, graças ao tal acidente, calham em poder dizer dislates e disparates avulsos, mais ou menos providos de senso. Acreditam estes seres que Portugal deveria ainda reger-se pelo provecto "deus, pátria, familia". Esquecem-se de que foi esse 25 de Abril que lhes abriu as portas para que hoje, mesmo não tendo mais onde cair mortos do que prosaicos T2 nos arrabaldes da metrópole, possam livremente e sem medos abrir a boca para alvitrar sentenças, amiúde vazias de sentido.
Por muito má que esteja hoje a saúde deste nobre país, tenho para mim que nada seria pior do que voltar a viver nos tempos do lápis azul, dos fantasmas no armário, do medo, da ditadura e do fascismo.
Mas isto sou eu, que gosto muito de democracia...
Estou viva, mas ando a apagar fogos. E em adaptações. E em revoluções. E em evoluções. E a lutar contra o desânimo, a falta de vontade, a apatia e a depressão. Já esteve pior mas continua complicado. Só tende a melhorar. Vi o fundo ao poço em fevereiro e daí para cá tenho subido. Devagar.
Ando a evitar computadores e isso faz com que ande caladinha. Mas tenho muito para dizer...
Ando a adormecer a ver séries ao invés de adormecer a ler. São fases. Sinto uma "culpazinha" residual, como se estivesse a falhar numa coisa que é esperada de mim. Comecei a ler o segundo volume do "1Q84", do Murakami, mas não avancei muito. Hei-de retomar, nos tempos mortos em salas de espera e afins. A parte boa é que ando a escrever muito mais do que leio. Isso é bom. Nunca tinha acontecido e não deixa de ser uma sensação boa, esta fluidez de palavras que tenho sentido. Não têm vindo parar tanto aqui, mas têm andado a preencher documentos word a fio. É bom...
[E ando viciada na Anatomia de Grey, no Modern Family, no Dexter, n'A Firma, no Touch, no CSI Las Vegas, no Downtown Abbey... muita coisa a empatar a leitura, é o que é...!]
Tenho que voltar a planear menus como deve ser. Andamos a bifes grelhados, peixe cozido, arroz com isto e com aquilo e pouco mais. Ando tão sem imaginação para isto... (E parece-me que enquanto a nuvem negra da minha vida não desaparecer, não vou conseguir dar conta dos recados todos...)
Nos idos anos 90, eu era uma miúda estúpida (sim, ainda sou; menos miúda, igualmente estúpida. Adiante), que não pertencia a lado nenhum. Não era uma miúda popular, não pertencia a nenhum grupo, não tinha um grupo de amigos coeso. Circulava entre o grupo de teatro de que fazia parte, o grupo de colegas de turma e o micro-grupo de vizinhos, e não pertencia verdadeiramente a lado nenhum. Mas tentava pertencer e fazia coisas parvas em prol disso. Ir para o café ver jogos de futebol, comentar futebol e achar que percebia de futebol, por exemplo. Foi assim que assisti ao 3-6 do Benfica ao Sporting, a 14 de Maio de 1994. Lembro-me perfeitamente de estar no café ao pé da escola, atolado até aos ossos, a ver o jogo. E a beber cafés. E a fumar cigarros. E a praguejar, a debater jogadas, a mandar bitaites, assumindo na perfeição o papel da treinadora de bancada idiota. Passou-me a vontade de comentar futebol, de ver futebol em cafés, de tentar pertencer a grupos. Deixei de achar graça a movimentações em bando. Assumi que hei-de ser sempre um elemento desgarrado e não me chateio com isso. Ainda hoje não tenho um grupo de amigos coeso. Tenho mini-grupos espalhados, mas não pertenço a lado nenhum. E não tenho grande pena...
Faz hoje cinco anos que uma pinta cor-de-rosa me disse que eu não estava sozinha. Faz hoje cinco anos era segunda-feira de Páscoa. oTinha passado o fim-de-semana a dormir, sentia-me estranha... fiz um teste só por descargo de consciência. Pu-lo no bolso de trás das calças e só me lembrei de ver o resultado quando aquilo me começou a magoar. Olhei e olhei e olhei... Desci as escadas, saí para o jardim do escritório e fiz um telefonema. E quanto mais falava mais feliz ficava...
Há cinco anos tu eras uma bolinha cor-de-rosa num teste de gravidez. Hoje és uma companhia doce, uma miúda tão bonita quanto inteligente. E tudo em mim mudou assim que te soube parte de mim...
Eu voto na abolição das tradições que envolverm enfardar que nem alarves. Natais, Páscoas e afins, sim senhora, mas só se apenas se puder comer comida saudável, de alface para baixo. Bolo-rei, amêndoas, fios de ovos, folares, rabanadas, ovos de chocolate, sonhos, pães-de-ló, tudo proibido por lei.
[Hoje não ando, rebolo. E nem passei muito tempo a comer... bastou o dia de ontem ter sido passado entre mesas para o disparate ser de proporções bíblicas...]
(Acho que nunca tinha escrito um post com um título tão longo. Adiante.)
Portanto, hoje, sem chuva nem impedimentos de maior, não me safei de ir contar quilómetros. Mamãe, que é campeã dos 180kms-Fátima (já foi a Fátima a pé três vezes, sempre sem mazelas, sempre com uma força de todo o tamanho), andava a insistir comigo para irmos caminhar as duas. Passou o verão a fazer quilómetros... muitos quilómetros. O pedómetro dela marca 193,99kms. Cento e noventa e três quilómetros em três ou quatro meses. Depois das nossas doenças todas e de ter perdido a pedalada, hoje não tive por que não ir. E fomos. Andámos cinco quilómetros. Eu corri uns míseros três minutos (tínhamos acabado de almoçar...), ela subiu cento e não sei quantos degraus e correu também uns três minutos (já eu estava a morrer quando a vejo desaparecer à minha frente, a correr!). Chegámos a casa a meio gás. Correcção: eu cheguei a casa a meio gás, ela chegou a casa capaz de ir repetir o percurso. Amanhã vamos novamente, com o objectivo de corrermos juntas... e eu vou ter que subir os cento e tal degraus com ela (que, com o tempo, se transformarão em quinhentos e tal). Daqui a umas semanas queremos estar a correr juntas. Primeiro objectivo: 2,5kms. Objectivo a sério: fazermos a corrida da Vasco da Gama, em Setembro, só a correr. Não é nada, dizem vocês. Pois não. Para mim, não devia ser nada, mas é porque eu estou gorda que nem uma marmota. E para a minha mãe é, porque ela não tem trinta anos. Terá, em setembro, cinquenta e oito.
Tenho, a esta hora, um demónio mui orgulhoso da sua pupila. E da mamãe da sua pupila. Verdade, demónio?
Eu não costumo reagir a comentários. É raríssimo responder a um comentário, seja ele positivo ou negativo. Não entro em guerras. Gosto de estar na minha e uso da regra "não fazer aos outros o que não gosto que me façam a mim".
No antigo condomínio (aka, blogger), os comentários eram abertos, mas bloqueados a gente anónima. Aqui são moderados para toda a gente, porque não dá para serem fechados a anónimos e abertos ao resto do mundo. Gosto pouco de confusões e isto, para mim, é uma casa. E da mesma forma que não admito baixarias na minha casa, também não as admito aqui. Está feito o disclaimer. Adiante.
Outra coisa, desta feita acerca das coisas que escrevo no âmbito da ficção: sou e serei sempre livre para escrever sobre o que quero, da forma como quero. É ficção e, sendo ficção, a abrangência é enorme. Escrevi um texto sobre pedofilia. E se houve muita gente que entendeu o propósito do texto, houve também quem achou... que eu não devia escrever sobre o tema, que estava a usar um tema que era facilmente "premiável". Não vou explicar o que me levou a escrever aquele texto. Digo apenas que já escrevi sobre muita coisa e que há muitas outras que me falta tocar. Exemplos: já escrevi sobre amor, paixão, morte, violência, saudade, discriminação. Falta-me escrever sobre amor, morte, violência, saudade, discriminação. E aquilo que escrevo, principalmente no universo ficcional, não diz respeito a ninguém senão a mim. Censura? É que não me faltava mesmo mais nada!