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Vai ser tão bom...

30.11.10
Chegar a casa, pôr o jantar no forno, enfiar-me na banheira com espuma até aos olhos e o "Livro" na mão. Esperar por eles no relaxe total.


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Wolf Hall vs Livro

30.11.10
Li umas 8 páginas do "Wolf Hall" há coisa de uma semana, quando o "A Queda dos Gigantes" já era difícil de ler deitada na cama, por causa do peso. Ontem, quando lhe peguei novamente, não me recordava de nada. Nenhuma das personagens nem das situações me apareceram imediatamente à frente. Desisti. Pode ser temporário, mas por agora está de volta à estante.

Andei por lá a olhar aquilo de alto a baixo. Tenho muitos (demasiados!) livros por ler e é sempre difícil escolher o próximo. Peguei em dois ou três e esperei que um deles chamasse por mim. O "Livro" chamou. Li cinquenta e tal páginas antes de adormecer. A história entranhou-se-me debaixo da pele. Nada que me surpreenda, porém. A escrita do José Luís Peixoto tem este poder sobre mim há muitos, muitos anos.

(Ana, havemos de falar...)


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Verde

30.11.10
Tenho as unhas pintadas de verde e ainda não sei o que penso disto.

3 minutos depois... Ah, espera, afinal sei... Gosto!


É o Show, da Risqué. Gosto. Mas não sei o que é que me deu! (A minha filha vai odiar!)


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Essa coisa maravilhosa que atende por Serviço Nacional de Saúde

30.11.10
Desta vez, sem ironia. Ontem tentei marcar consulta por telefone, não dá. Só presencial. Hoje eram 6h quando acordei para vestir a catraia que foi com o pai para casa da outra avó. Deitei-me mais um bocadinho e às 7h estava a pé. Às 7h30 estava à porta do centro de saúde, eu e mais umas 20 pessoas. Às 8h aquilo abriu e começámos a ser atendidos. 10 médicos, uma média de 5 vagas para cada um (para estas marcações diárias, porque têm mais consultas marcadas de um mês para o outro). Fui a 2ª a ser chamada para aquele médico. Marquei a consulta e saí de lá às 8h05. Fui buscar a minha mãe. Chegámos de novo ao centro às 8h40. O médico começava às 9h. Às 9h20 chamou a 1ª consulta. A seguir entrou a minha mãe. Saiu. Veio de lá com uma receita e com uma credencial para uma TAC. Fui à farmácia comprar o 5º tipo de injecções que ia ter que tomar. Regressei ao centro de saúde. Esperámos um bocadinho na enfermagem. Saímos de lá às 10h20. Fui levá-la a casa. Fim.

Aquele centro de saúde é organizado. As coisas funcionam com uma rapidez pouco comum. Nada de mal a dizer daquilo. Mas se isto não funcionar, o próximo passo é a "medicina alternativa" (uma sessão de Shiatsu, para ver se se descomprime a vértebra que está a fazer da minha mãe uma velhinha de 90 anos).

(Obrigada pelos votos de melhoras!)


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Medos

29.11.10
Se há coisa que me assusta é um dia ver os meus pais incapacitados. Sempre os vi cheios de energia, de genica, de movimento, e imaginá-los doentes, carentes de cuidados, é coisa para me deixar angustiada.

A minha mãe está assim. Uma suposta hérnia discal fez com que ela passasse os últimos dias sem se conseguir mexer. Mal consegue andar, está cheia de dores, já levou não sei quantas injecções e nada a alivia. Custa-me assumir o papel que toda a vida foi dela. Ela é que sempre cuidou de mim, ela é que sempre me ajudou, me deu apoio. Agora é a minha vez de retribuir. Mas ela, teimosa e pouco habituada a estar dependente, resiste. Mas chegou a hora de perceber que não manda. Quem manda sou eu. E eu já impus que ela vai ter que me ouvir. Amanhã vou de manhã cedo ver se apanho consulta para ela, para o médico de família lhe passar as credenciais para uma TAC e uma Ressonância Magnética que ela vai ter que fazer para se perceber exactamente o que ela tem. Cheira-me que isto não vai acabar tão cedo. E que vai ser mais uma prova à minha capacidade de improviso e de resistência... (Estou mesmo a ver que, daqui a um mês, vou ter um bebé, uma criança e uma mãe para tratar e tomar conta!)...

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"A Queda dos Gigantes"

28.11.10

Um mês e tal depois, o fim. Acabaram-se as 900 e tal páginas do livro. Acacbou-se a primeira parte da trilogia. Aprendi, revi matéria dada há anos e anos, nas aulas de História (uma das minhas disciplinas preferidas), deixei-me embrenhar naquele universo que tem muito de real. Mantenho a minha ideia inicial: ansiosa pelo 2º volume... que não se sabe quando chega às livrarias.

A emissão segue com o Wolf Hall, de Hilary Mantel. Regressamos à época auréa da monarquia britânica, a Henry VIII e, aposto, a mais um brilhante romance...


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Tudo o que eu não precisava agora...

28.11.10
Uma very agradável constipação, com direito a nariz entupido (logo, respiro pela boca), espirros (logo, apertões à barriga), arrepios de frio, sensação de falta de ar constante. Bonito.

(Enquanto escrevo isto tenho a mais velha ao meu lado. A debitar palavra por palavra um filme da Docinho de Morango e TODOS os anúncio que vão dando no Panda...)


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Descanso!!

27.11.10
Dormir da meia-noite às onze da manhã, com intervalo às 7h para mudar os lençóis da pequena (porra mais aos xixis na cama, pá!). Os três juntos a dormir até às dez, depois eles levantaram-se, eu fiquei mais um bocado... nem vale a pena dizer que me soube pela vida, pois não?

Meanwhile, estive a ver o conteúdo de uma caixa de roupa para machos recém-nascidos que nos emprestaram. Estou no céu! Não preciso de comprar mais nada... e ainda por cima aquilo é só roupinha linda, linda, linda. Nada demasiado queque (eu não alinho na betice MESMO), nada radical (não quero cá miúdos de cabelo empastado em gel e similares). Roupa normal, mesmo. Tão bom!

Agora ela dorme, ele foi às compras e eu estou de pijama, no sofá, computador no colo, The Good Wife na pausa, a escrever isto. Já fiz o que tinha para fazer do trabalho, portanto a seguir é... descanso!


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3 miúdas, 3 médicos, 2 hospitais e 1 centro de saúde

26.11.10
11h45 - sair do trabalho, rumo a casa.
12h25 - sair de casa, rumo à casa de mamãe, não sem antes ter tido um ameaço de desmaio, controlado a pacotes de açúcar, chocolate de culinária e iogurte líquido.
13h00 - chegar ao hospital, para uma consulta que estava marcada para as 12h45.
14h45 - sair da consulta.
15h45 - sair do hospital, depois de termos almoçado.
16h20 - chegar ao segundo hospital, para marcar consulta.
16h40 - sair do hospital, consulta marcada e tudo tratado.
17h05 - chegar ao centro de saúde, para mamãe ir levar uma injecção
17h40 - regressar a casa de mamãe.
17h50 - perceber que a miúda está ferrada a dormir, deitá-la em casa de mamãe e rumar a casa.
18h05 - entrar na farmácia para aviar receita e comprar o que faltava para o inquilino.
18h25 - chegar a casa, ligar o computador e começar a fazer o que não fiz durante o dia de trabalho...


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23:20

25.11.10
O meu dia de trabalho acabou agora. Hoje foi o exemplo de tudo o que não devia acontecer agora: stress, correria, a cabeça feita em água (e toda a gente sabe que as grávidas processam com menos 15% de eficácia que as não-grávidas!). No meio de tudo o que tive que fazer achei que tinha conseguido fazer asneira. Afinal não. Menos mal. E valham-me os três dias de paragem da semana que vem. Bem preciso.


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Um cansaço persistente

25.11.10
Ando cansada. Saio do trabalho a correr, apanho a miúda, preparo o jantar, às vezes calha-me a mim dar-lhe o banho, jantamos, deitamo-la, arrumo a cozinha, passo a ferro, deito-me, levanto-me, torço-me com dores nas costas, a miúda acorda a chamar por mim, vou lá, primeiro xixi da noite, deito-me, não tenho posição por causa das dores nas costas, ajeito a almofada, torno a virar-me, olho para o relógio e já passou meia hora desde que me levantei, adormeço, acordo com a miúda a chamar, segundo xixi da noite, vou aquecer leite, deito-me, não arranjo posição, olho para o relógio e mais vinte minutos voaram, adormeço, acordo com dores nas costas, são seis da manhã, tento voltar a dormir, adormeço meia hora depois, sete e quarenta e cinco, ó mãããããããe, anda cá, vem cá tu, a mãe está deitada, e lá aparece ela de boneca e almofada debaixo do braço, instala-se, pede o Panda, pede o leite, levanto-me, aqueço leite para ela e para mim, deito-me novamente para ficar ali naquele mimo com ela, levanto-me, trato de mim, trato dela, saímos de casa, deixo-a na avó, vou para o trabalho, com sorte não apanho trânsito, as dores nas costas atenuam quando estou sentada, chego ao trabalho, bebo um café e penso... nunca mais é sábado. Mas ao sábado o ritmo é o mesmo, com a diferença de que não vou trabalhar.

Instalou-se o cansaço. Não quero imaginar como vai ser quando forem dois a acordar a meio da noite, eu sem dormir de noite e sem dormir de dia, que ela de dia está acordada e só vou poder aproveitar a sesta dela, caso a dele coincida.

E sim, isto sou eu que faço sozinha. Porque tenho um marido que, para que haja dinheiro em casa, se levanta todos os dias o mais tardar às 6h (às 5ªs é às 4h30) e que só regressa a casa às 20h, estoirado. Portanto não lhe peço que se reveze comigo nas noites porque ele precisa mesmo de dormir. Também eu, eu sei. Mas eu vou-me aguentando. Até quando? Não sei...


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32

24.11.10

Sete meses e tal. Acabou escorpião. Não podes nascer porque és pequeno (ratito, pá!). Podes nascer porque acabou escorpião (e se há coisa que eu não queria era um filho escorpião - não por causa dele, mas por minha causa, que sou aquário e uma e outra coisa são, vá, difíceis de gerir. E sim, isto é só uma parvoíce colateral). Não podes nascer porque ainda me falta lavar imensa roupa para ti (viva a nossa senhora do empréstimo, que fez com que tivesses um enxoval fabuloso disponível). Não podes nascer porque ando a adiar a ida à farmácia e ainda não comprei o que falta nesse departamento. Não podes nascer porque o berço (mais uma vez powered by nossa senhora do empréstimo) ainda não está montado. Nem a tua cama, no teu quarto, onde vais dormir as sestas desde que nasças. Não podes nascer porque ainda não passou o Natal e o teu tempo é só depois disso. Não podes nascer porque ainda não fomos onde queremos ir contigo na barriga (mas vamos no sábado, se não chover este mundo e o outro). Não podes nascer porque não é suposto que nasças antes das 38 semanas. E isso deixa-nos mais 6 semanas para passarmos juntos.

Serão as minhas últimas semanas grávida (supostamente). A nostalgia começa a aproximar-se. Não sou a maior fã de estar grávida, mas adoro a sensação de ter vida dentro de mim, dois corações a bater, em vez de apenas um. Gosto da ideia. Não gosto de tudo o que, na prática, a ideia traz. As dores nas costas, os pontapés que me tiram o ar, o cansaço, a falta de mobilidade, a inércia, o acordar a meio da noite para ir beber leite ou comer cereais, a sensibilidade ao extremo. Tudo coisas que não sou lá grande espingarda a gerir. Mas ser mãe não é estar grávida. Ser mãe é o que vem a seguir e disso sim, gosto. Gosto muito.


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Efeitos da greve

24.11.10
Parque de estacionamento da estação de comboios perto da minha casa aí com uns 30% de ocupação.
IC19 como se fosse domingo de manhã.
Alegro: à pinha.

Portanto, o sítio onde mais notei a greve foi mesmo no shopping, quando fui almoçar. Estava intransitável. E quer-me parecer que as lojas hoje vão encaixar dinheiro como não era suposto (prendas de Natal e afins) e vão passar a apoiar tudo o que é greve. Afinal de contas, isso acaba por lhes meter mais gente dentro das lojas...


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Momentos

24.11.10
De vez em quando o meu trabalho envolve Angola. Ler jornais angolanos dá-me sempre uns momentos de boa disposição. Coisas como "(...) a viatura, robusta e com um DESIGNER apelativo (...)" fazem-me sempre sorrir...

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Ainda a greve

24.11.10
Não, não acredito em greves. Não acredito que mude alguma coisa. Acredito que seja a forma que as pessoas têm de se fazer ouvir, mas não acredito que as condições de vida de cada um melhorem por causa de uma greve. Não por causa de uma greve como as que se fazem por cá. Uma greve "France-style" ainda vá, que dura não sei quantos dias, até o governo voltar o bico ao prego e rectificar o que estava mal. Agora assim, um dia, milhões de euros perdidos, não, não acredito que ajude grande coisa. Mas, lá está, é a forma que temos de nos manifestarmos.

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A greve

24.11.10
A greve fez com que fosse domingo de manhã no IC19 e eu não apanhasse pontinha de trânsito. Fez com que a minha rua estivesse adormecida, sem gente a atropelar-se nos passeios. Fez com que o meu pai metesse um dia de férias, dia esse que tinha guardado para quando nascer o neto. Fez com que a minha filha possa brincar o dia inteiro com o avô. Não sei se a greve vai fazer alguma coisa pelo país, mas como já ofereceu um sorriso rasgado à minha filha, sou completamente a favor.

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Do que vocês me foram lembrar...

23.11.10
Um livro. Escrever um livro. Um dia, tinha eu uns 12 ou 13 anos, apaixonadíssima pela escrita, decidi que um dia havia de escrever um livro. Mais do que isso: escreveria o livro, editá-lo-ia, receberia prémios e seria considerada uma das melhores escritoras da minha geração. Aos 12 anos, há quem sonhe com outras coisas: há miúdas que querem ser bailarinas, médicas, cabeleireiras. Eu só queria escrever. Isso e ter filhos.

Passaram quase 20 anos. Escrevi muito (muito mais do que escrevo agora), guardei quase tudo. Tive uma fase quase 100% dedicada à poesia. Depois elaborei a coisa e passei para os contos. Depois simplifiquei a coisa e começaram as crónicas. Depois disciplinei-me e nasceu o blog. E desvaneceu-se a poesia, diminuíram os contos, aumentaram as crónicas e o nível de disparate disparou substancialmente (porque toda a gente que me lê sabe que para aí 3/4 do que aqui se diz não serve para nada).

Continuo a sonhar com a escrita do livro. Já me deixei de lirismos no que toca a prémios e a ser uma escritora de renome. Mas sim, um dia gostava de escrever um livro. Um dia.

(Bom, pelo menos quatro exemplares estavam entregues: um para mim e os outros três para as três meninas que falaram nisso!)

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Blindados for the blinded

23.11.10
Há não sei quantos blindados da GNR que serviram (ou deveriam ter servido) no Afeganistão (acho). Estão lá parados, não servem para nada, mas estão operacionais. Mesmo assim, e porque somos um país rico - toda a gente sabe disso - fomos comprar seis blindados novos para o cortejo da Cimeira da Nato (faz-me lembrar os carros alegóricos dos mui deprimentes carnavais que temos por cá, com miúdas despidas debaixo de chuva, a aguentarem um frio desgraçado, numa tentativa desesperada de imitar o Brasil, onde o carnaval se faz com uns 40º porque lá é verão. Adiante).

Os ditos seis blindados, se calhar por serem para quem eram, não tiveram grande pressa em chegar ao destino. Mas já chegaram. Quer dizer, chegaram só dois. Dois dias depois do carnaval que era suposto animarem. Como somos um país rico, não faz mal. Ficam ali - se calhar ao lado dos outros da GNR -, a fazer nada, à espera, quem sabe, que alguém algum dia decida criar o Museu dos Blindados Inúteis. Cobra-se uma entrada de uns € 5 (mas como é museu nacional é grátis ao domingo de manhã) e lá vai o povo (the blinded) ver os blindados que nunca serviram para coisa nenhuma...

De caminho os juros da dívida pública não baixam. E Portugal, como muitos portugueses, aprendeu a viver a crédito. Mais do que isso: habituou-se a viver a crédito. E acho que todos sabemos o que acaba por acontecer a quem vive assim...

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Cansa-me

22.11.10
O que me cansa não é a trivialidade, não são as rotinas, não são os dias sem história, iguais a tantos outros. Isso dá-me uma sensação boa de conforto, de certeza, de coisas nos seus devidos lugares.

O que me cansa são as pessoas que forçam quebras na rotina, que fazem mil e uma coisas porque é fashion, porque está a dar, porque é in, mas não percebem sequer o que estão a fazer. Pessoas que procuram tendências, que se tornam em montras ambulantes e que, no fundo, não sabem o que é aquilo, o que significa, para que serve. Falta-lhes genuinidade.

As outras, as pessoas reais, com rugas, com estrias, com contas para pagar, que vão aos supermercados banais (e não só ao El Corte Inglés), que usam roupa de há 3 anos, que cozinham bifes com batatas fritas, que vão jantar fora uma vez quando o rei faz anos (e é sempre ao restaurante ali do lado), que saem de casa de manhã, ao fim-de-semana, só com as chaves e a carteira, para ir comprar pão ao café da esquina, que têm filhos que não praticam 1500 actividades diferentes, que não se chamam Salvador, Constança, e afins (nada contra, só a título de exemplo), que vão ao cinema ao Colombo e não ao Monumental, serão essas pessoas menos felizes que as outras, que fazem tudo e mais alguma coisa, que vivem entre o Chiado e o Bairro Alto, que frequentam lugares minimalistas com nomes e logótipos giros, que vêem filmes iranianos de que ninguém ouviu falar, que fogem da rotina como o diabo foge da cruz, porque ter uma rotina é sinónimo de ser brega?

Ou viverão a vida ao ritmo lento a que a vida se impõe, sem pressionar acontecimentos, sem forçar coisa nenhuma? As outras, as que andam a mil à hora, saberão apreciar os segundos à medida que eles passam?


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Doce domingo

22.11.10
Depois de um sábado de lanche ajantarado com amigos, onde as miúdas brincaram imenso e os adultos conversaram a perder a noção do tempo, um domingo mais calminho. Museu do Brinquedo de manhã, voltinha pela Serra de Sintra, com ela a perguntar se íamos ao palácio e se estava lá a rainha, regresso a casa, almoço, sesta e... a chegada do Natal lá a casa. Eles os dois armados em decoradores, ela a ajudar muito e a delirar com aquilo. Jantar-de-domingo, serão no sofá e, a fechar a noite, vídeos dela de quando era pequenina. Não tenho propriamente saudades dela com 1 ano, mas ficou aquela nostalgia de saber que foram tempos muito felizes. E o que mais me serena é saber que ela é mesmo, mesmo muito feliz. Isso basta-nos.

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O meu rapaz...

19.11.10

Muito mexido, mãos a esfregar a cara, boca a abrir e a fechar, língua de fora, bolhinhas a sair pela boca (depois admira-se com os soluços!), sempre, sempre, sempre a dançar. Tudo óptimo com ele, elegante (não estamos a criar leitões!)... e uma masculinidade que eu ia jurar que era um braço (oh god...!!)...

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O dia dos 12 anos

18.11.10
O dia dos nossos 12 anos foi especial por isso mesmo. Não houve presentes, nem jantar fora, nem jantar em casa à luz das velas, nem ramos de flores, nem lingeries especiais, nem postais ou algo parecido.
Houve uma pessoa que chegou a casa e ficou triste porque não viu a filha (ficou a dormir na avó), depois houve um jantar normal, como tantos outros, em que a única diferença foi não estarmos a conversar a 3, mas sim a 2. E falámos como falávamos há 12 anos, horas e horas, sobre tudo: política, economia, as séries que andamos a ver, os planos para o fim-de-semana, o dia dela, trivialidades, tudo e mais alguma coisa, no fundo. Deitámo-nos à hora normal e adormecemos como sempre, aninhados um no outro.

É este o conforto incomparável que traz o amor. Não precisamos de fogos de artifício para saber que aquilo é exactamente o que queremos. Não precisamos de virar o mundo do avesso. Só precisamos que o nosso mundo vá girando como sempre, naquele lugar que criámos para ele. E que seja assim por muitos, muitos anos.


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Compras inteligentes

18.11.10
Natal à porta. Madrinha da minha criança à beira de fazer anos. Mamãe sem saber o que lhe oferecer e sem saber o que me oferecer a mim. Marido sem saber o que me oferecer. 11º aniversário da Fnac. Vai daí...

Comprei o presente que ele me vai oferecer online, no dia do aniversário da Fnac. Por causa disso, ganhei um vale de desconto de €11. Depois encomendei os presentes para a madrinha da catraia e para mim. Alinhei na promoção "Leve 4 Pague 3". Descontei o vale dos €11. Um dos livros que comprei trazia outro de oferta (mas eu nem reparei nisto). Paguei €37,68 por 5 livros. Ficaram a €7,53 cada. O preço normal de todos seria € 79,30 (ou seja, € 15,86 cada). Poupei €41,62 (... mais de 50%, portanto). E despachei uma série de preocupações...


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Um suave acordar

18.11.10
Acordar com ela a abraçar-me e a dizer “mãe, tu és pe’feita… tu és pe’feita pa mim”…

Nada se compara a este amor sem medida.


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E as lágrimas...

17.11.10
O meu primo puto (sempre puto, apesar dos 29 anos, apesar do tempo que não parou, apesar de tudo) adicionou-me no Facebook. Fui ver o que ele tinha por lá... e não demorou nadinha até as lágrimas começarem a cair...

O meu avô. Sempre o meu avô. Olho para as fotos dele e vejo-o aqui, apesar de ele não estar aqui há quase 3 anos. Parece que nada aconteceu, que ele está sempre lá, sentado à lareira ou deitado no sofá. Não está. Mas está sempre comigo, onde quer que eu vá.

O meu primo diz que ele é a pessoa com quem mais se identifica. Eu digo que ele é a pessoa que mais me marcou. Que marca ainda. E tenho tanta pena de ele não estar cá para ver a bisneta crescer, para conhecer o bisneto, para nos acompanhar a todos... São tantas as saudades... e as lágrimas que caem sempre que o vejo e o sinto assim, perto de mim...

(E do que eu gostava mesmo era que o meu filho fosse parecido com ele... em tudo.)


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12

16.11.10

Há 12 anos era segunda-feira. Estava sol, não chovia. Era um dia normal. Mas foi o dia que mudou a minha vida.
Há 12 anos fui tomar o pequeno-almoço ao terraço da faculdade. Estava com uma saia bordeaux e uma camisola bege. Ele estava com uma camisa aos quadradinhos em tons de vermelho, com uns jeans e com aquele casaco que eu adorava ver-lhe. Não sei quem chegou primeiro.

Na véspera tínhamos passado a tarde nas Amoreiras. Entornei-lhe uma imperial por cima e fiquei azul. Levámos mais de uma hora, na estação da Baixa-Chiado, a despedir-nos. Ele ia apanhar o metro, eu ia apanhar o comboio. Mas nenhum de nós conseguia virar costas e ir-se embora. Demorei horas a adormecer, numa ansiedade brutal para que chegasse o dia seguinte.

Tomámos o pequeno-almoço, conversámos, os dois sem saber onde pôr as mãos. Não sei quem mais estava naquele terraço, se é que estava mais alguém.

Seriam umas 11h30, mais coisa menos coisa. No meio da conversa, das confissões, do nervoso miudinho, ele chegou perto de mim e perguntou “posso?”. Respondi um “podes”. E foi o nosso primeiro beijo. Saímos dali de mãos dadas, sem questionar o que era aquilo que tínhamos. Sem pensar muito no assunto, éramos namorados. E assim continuámos, até que a vida nos separou. Mas, porque nunca nos esquecemos, voltámos a ser namorados. O resto vocês já sabem…

(Amo-te.)


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E como quem não quer a coisa…

15.11.10

A umas teóricas 9 semanas do nascimento do meu mai’novo, já só me falta enfiar-me na farmácia e deixar lá uns valentes euros (ele é gel de banho, ele é 1ére Eau, ele é Aero-Om, ele é Narinel, ele é Halibut, ele é Gretalvite, ele é Bepanthéne, ele é compressas esterilizadas, ele é álcool a 70º e ele não é mais nada, que também não é preciso uma bateria de drogas para um recém-nascido).

Fraldas, roupas mini-mini para a maternidade, chuchas e biberons, já está tudo. Falta receber um carregamento de roupa emprestada (e algum hardware também), lavar tudo e emalar. E falta fazer a minha mala. E quero ter isto tudo pronto no último fim-de-semana de Novembro, não vá o diabo tecê-las…


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Girlz

12.11.10
Fim de semana de meninas! Adoro... Adoro acordar e andar ao ritmo dela. Levar-lhe o leite à cama enquanto vemos uns desenhos animados quaisquer. As mãos dela a agarrarem-me a cara enquanto ela me diz "gosto tanto de ti, minha mãe linda". Fazer torradas que partilhamos. Escolher a roupa para ela e responder ao "vamos passear as duas, mamã?" com um "sim". Passear com ela, mostrar-lhe coisas, rir e brincar (e ralhar também, que ela não aguenta uma manhã sem disparatar!). Regressar a casa e preparar o almoço com ela a ajudar. Aproveitar a sesta dela para dormir também ou para ler ou para ver uns episódios ou para fazer um bolo ou para não fazer nada disto. Tomarmos um banho de espuma as duas, com muita brincadeira pelo meio. Jantar. Ler histórias que ela escolhe. Dar-lhe mil beijos antes de a deitar e render-me ao "eu adoro-te, mãe, dóme bem, bons sonhos!". E depois aproveitar o serão para... dormir e contar a
s horas para ser domingo outra vez e ele já estar ao pé de nós...


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Who we are

12.11.10

É isto mesmo. Arrependimento é coisa que não existe para mim. Ou antes, existe, mas não é nada de muito volumoso na minha bagagem. Já fiz, como toda a gente, asneira da grossa, em muitas áreas da minha vida. Mas foram esses erros, a par com o resto, que fizeram de mim aquilo que sou hoje. Houve situações complicadas, em que teria sido muito mais fácil não ter que passar por elas. Mas foram precisamente estas situações as que mais me ensinaram, portanto não dou o tempo por mal empregue.

Quando a vida nos corre mal, isso obriga-nos a sair e a tentar ver a coisa de fora. E acabamos, regra geral, por ver as coisas de uma forma como nunca tinha acontecido até aí. Depois cabe a cada um fazer dessa aprendizagem um valor acrescentado... E seguir em frente, com mais umas quantas ferramentas que podem ser muito, muito úteis...


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Fazer o ninho

12.11.10
Na semana passada deu-se um fenómeno químico qualquer em mim que fez com que eu desatasse a arrumar tudo e mais alguma coisa. A minha casa agradece... estava a precisar! Foi roupeiros, foi despenseiro, foi despensa, foi arrecadação... Mas mesmo assim ainda há coisas por arrumar. A despensa está a 33% do sucesso (falta uma prateleira). O resto já vai estando mais ou menos como é suposto...

Mas a questão é: eu não sou assim! Não gosto de viver no caos e na anarquia, mas não sou escrava das arrumações. Se não me apetece arrumar hoje, não arrumo. Não tenho horários estabelecidos para as arrumações nem nada que se pareça... Mas o que é facto é que me tem dado forte!

Ontem, por exemplo: não tinha que fazer jantar... abri a porta do despenseiro com a ideia de arrumar UMA prateleira e acabei por arrumar aquilo tudo. Hoje vai ser o resto da despensa... E no domingo haverá com certeza mais a fazer.

Pelo meio, fui vendo umas dicas aqui e ali e fiquei com umas ideias para mudar algumas coisas lá em casa... Nada de muito a fundo, nada de muito complicado...

Dizem que isto dá às grávidas em final de gravidez. Se for isso, ok, confirmo. O problema é que acho que isto se instalou em mim... Tanto que o meu maridinho, que é um senhor muito mais organizado do que eu, já me disse não sei quantas vezes que está a gostar de ver esta nova Marianne, cheia de genica para fazer acontecer. Vamos ver até quando dura...


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