Será provavelmente a flor com pior cheiro no mundo. Horrível. Mas é linda... Temos umas quantas no jardim aqui do escritório. Hoje calhei a estacionar lá ao pé e, não sei por que razão idiota, resolvi sair do carro sem me preocupar com os ramos de lantana pendurados. Rocei o casaco neles. Cheiro horrível entranhado até agora.
É um dos filmes que mais me marcou. Não sei se pela época em que o vi - uma altura em que eu passava tardes e tardes no Monumental, a ver filmes "difíceis", sozinha -, se pelo filme em si. Sei que gostava de o encontrar e rever. Porque é daqueles que, de mansinho, nos espeta com um soco no estômago que nos tira o ar (mais violento ainda do que este soco, lembro-me do enxerto de porrada que levei quando vi pela primeira vez o "Irreversible"...).
Adenda: uma visita à Amazon.co.uk e problema resolvido. Encomendei o filme em questão e outro, do mesmo realizador, com um dos meus actores-fetiche: Gabriel Byrne...
Acordar mais cedo do que me apetecia, com uma filha histérica e um marido rendido aos histerismos da filha. A custo, mentalizar-me de que, já que estamos a pé, melhor será aproveitar o sol a meio. E fomos. Belém e as bicicletas, as gaivotas que comem peixes e outros pássaros a rasar o rio "eu venho já, esperem por mim", na voz dela, sem timidez, para quem quisesse ouvir. Depois o frio. E um almoço envidraçado, com vista para o rio e para o Padrão, com amigos. Inesperado. Delicioso. Ou de como se consegue ter uma refeição perfeitamente calma com duas crianças a rondar os dois anos (fácil: porque as crianças ou estavam em dia sim ou estão socializadas e pronto, sabem estar. Às vezes).
Depois o regresso. E séries e uma sesta. E o jantar e o "Gandhi", que dava na RTP Memória e que eu nunca tinha visto. Depois o livro. E o sono.
Andava há anos a prometer uma visita ao Museu Nacional de Arte Antiga. Foi hoje. Sozinha, agarrei em mim de manhã e lá fui eu, rumo às Janelas Verdes.
Primeira surpresa: o preço. Depois dos € 10 dos Uffizi e dos € 20 do Museu do Vaticano, chegar a um museu deste género e pagar € 4 foi uma agradável surpresa. Não achei grande graça ao facto de metade do museu estar fechado, mas como conto ir lá mais vezes não há problema.
Segunda surpresa: habituada a filas de duas horas para entrar em museus do género, qual não foi o meu espanto quando, não só não havia mais ninguém para entrar, como só vi umas doze pessoas no museu, para além de mim.
O museu deixa um bocado a desejar, principalmente se já se foi a museus de alto gabarito internacional. Mas não deixa de ser interessante, não deixa de se aprender qualquer coisa. Gostei especialmente da Sala Patiño, uma sala completamente decorada (século XVI, se não estou em erro), com frescos, espelhos nas paredes e tudo decorado à época. Percebi que a minha praia é a da pintura. Escultura não me diz nada, cerâmica pior ainda, joalharia idem (se bem que a Custódia de Belém vale bem os cinco minutos que demorei a olhar para ela. O que eu gosto mesmo de ver, o mundo onde me perco é o da pintura. E aí sou capaz de passar minutos sem fim a olhar para um detalhe qualquer num quadro...
Foi uma manhã deliciosa e mais um ano ou dois e levo a minha miúda para a começar a despertar para estas coisas da História...
Grande filme! Divertido, porém profundo. Sarcástico, porém doce. Sincero, porém cruel. Porque a vida também não são só dias brancos. Há os outros, bem negros, que servem para nos ensinar a apreciar ainda mais os dias em que só se escreve felicidade.
Dor de cabeça. Vista cansada. Vontade de fugir. Mas... já encontrei mais gralhas que eu sei lá o quê... e agora vou mas é descansar um bocadinho antes de o super-marido ir ter comigo para uma Movie'night.
Na primeira agência de publicidade onde trabalhei especializei-me na nobre arte do "Falcon'eyeism". Em português: um dos trabalhos que mais fazíamos eram horários de voos de uma companhia aérea. Aquilo acabava por ficar aí com sete centímetros por dez (7x10cm, em linguagem técnica), com umas 9 colunas e umas 30 linhas por página. Imaginem o tamanho da letra (fonte, em linguagem técnica). O que é facto é que aquilo tinha que bater tudo certo. E o trabalho era visto e revisto por duas pessoas antes de chegar a mim. Mas, mesmo assim, eu encontrava sempre gralhas. Muitas.
Falcon'eye, chamou-me um dia o João (melhor colega de sempre, a propósito, amigo para a vida, a despropósito). E assim ficou. E ficou também a característica: quando leio qualquer coisa, os meus olhos batem logo em tudo o que sejam espaços a mais (ou a menos), vírgulas fora de sítio, hífens mal postos, tudo e mais alguma coisa. Não escapa nada.
Hoje tenho uma chinesice dessas para tratar. Quadros de áreas de apartamentos, áreas brutas de construção, cérceas máximas. Pois... having a blast!!
Agora a sério: é das coisas que eu gosto mesmo MUITO de fazer.
Comprei a Elle portuguesa de Fevereiro. Há coisa de duas semanas tinha comprado a ElleUK de Fevereiro. Espanto: metade da Elle portuguesa são traduções de artigos que saíram na ElleUK... No comments...
Hoje à hora de almoço a proximidade entre as mesas impediu-me de NÃO ouvir a conversa da mesa do lado. Um homem e uma mulher, a bater nos 30. Mais ou menos isto:
Ela: sabes o que é que eu acho? Que tu queres que eu esteja lá contigo e gostas disso, mas não mo consegues dizer. Não me consegues dizer "quero que venhas comigo". Ele: pois é. Ela (voz de desafio): pois. Mas eu só vou contigo na 3ª feira se me pedires. Ele: então esquece. Eu não te vou pedir. Ela: porquê? Ele: porque não consigo. Portanto esquece. Ela: mas eu quero ir contigo, gosto de ir contigo, mas gostava que mo pedisses, que me dissesses directamente que é isso que queres que eu faça. Porque eu é que tenho que andar a decifrar as tuas atitudes. Ele: eu sou assim. Portanto não te vou pedir nada. Ela: mas já me disseste... disseste assim "se não te importares, vens comigo na 3ª feira?", mas não és capaz de me dizer "quero que venhas comigo na 3ª feira". Ele: já viste bem a pressão que me estás a pôr em cima? Estás a fazer um jogo que eu não quero jogar. Outra pessoa qualquer que me dissesse isso era mandada logo à merda. Ela (voz de cordeirinho): mas eu não quero que te chateies, só gostava que me pedisses... Ele: já te disse que sou incapaz. Portanto, se achares que sim, vens, senão, não vens e não se fala mais no assunto... Ela: mas eu quero ir... pede-me que eu vou. Ele: não te vou pedir nada, ponto final.
Nem sei por onde começar... Há mulheres que, simplesmente não sabem ler nas entrelinhas e põem-se a jogar joguinhos que depois não sabem como terminar. E há homens que não se deixam dobrar. Se bem que esta mulher não deixou nada por dizer... E deu-se mal... resolveu assumir uma posição de força e acabou mansinha, mansinha, porque ele, simplesmente, não caiu na chantagem dela. E acho bem! Na verdade, acho que ela merecia que ele tivesse sido cabrão, em vez de ter sido apenas sincero!
(A conversa era sobre... ir com ele a uma consulta qualquer de ortopedia, porque ele estava lesionado e queria correr mas ainda não pode...)
Depois da minha corrida de fundo matinal que já é hábito, aventurei-me até à Segurança Social, na expectativa de demorar no mínimo umas duas horas e meia (até lanche levei, para verem a fé que eu tenho naquilo). Mas o que é facto é que, devido à simpatia do senhor que manda nas senhas, tive direito a uma senha prioritária e despachei-me em... vinte minutos.
Fui chamada de urgência a Lisboa, para ir a um parceiro de negócios explicar umas tabelas de Excel, sendo que o que carecia de explicação não eram números e sim letras (os nomes que demos às colunas, imaginem). Decidi, uma vez que a coisa se deu em cima da hora de almoço, que ia ter direito a um almoço perfeito: eu e o meu livro, no japonês. E assim foi: sushi, sashimi, chá verde a ferver, gelado de chá verde com frutas e um café, umas 30 páginas do livro, uma hora e dez minutos e pronto, está feita a festa (e é também nas horas de almoço que não gasto no shopping e que não uso com amigos que avanço a leitura).
Às vezes não preciso de muito para ter um dia feliz...!
"Como Marta Leite Castro não atendeu o telefone, o 24horas enviou-lhe uma mensagem escrita para o telemóvel a pedir um comentário a esta frase que usa no programa de Jô.
Nessa altura, a apresentadora ligou e, indignada, disse: “Você não sabe ouvir? Não é nada disso que eu digo lá. O seu problema é que como não tem nada para fazer e a sua vida é coser botões está a chatear-me com esse assunto.
Publique isso e vai ver o que lhe acontece. Eu já fiz a vida negra a muitos jornalistas. Você não é ninguém. Você não vale nada, não tem carteira de jornalista e deve ganhar mil euros e tem que passar o dia a inventar notícias. Eu guardei a sua mensagem, vai ver o que lhe vai acontecer...”" (aqui).
Tão burra... tão, tão burra... o meu marido diz que é porque só tem dois neurónios. Eu acho que é porque só tem dois neurónios que passam a vida a foder e não pensam. Resultado: ela própria, parece-me, passa a vida a foder e não pensa. Coitadinha. Tão poucochinha que dá pena...
Amanhã de manhã lá vou eu, munida de documentos e de um livro com 479 páginas (137 lidas até agora). Pode ser que o livro me salve da agonia que há-de ser estar horas a fio na Segurança Social...
Sabes que estás de volta à vida, estado vegetativo terminado, quando olhas para a agenda e tens seis entradas a fazer nesse dia, sendo que uma delas indica N telefonemas a fazer. Sabes que estás de volta à vida quando acordas com um despertador histérico e não quando o teu corpo te diz "já chega... por agora". Sabes que estás de volta à vida quando tens uma piolha cuja máxima é "se não puder ajudar, atrapalhe; o importante é participar" e que, apesar de lhe dizeres mil vezes que tens que te despachar, insiste em pedir-te só mais um bocadinho a ver aqueles desenhos animados (mas na verdade está a esfregar-se em creme das mãos e os desenhos animados são só ruído de fundo...)...
Tanto me embrulhei em roupão e mantas que estou aqui cheia de calor. Porra.
Bom, adiante. Apetece-me fazer. Coisas. Fazer acontecer. Organizar, pôr a mexer, fazer avançar. Coisas. Apetece-me meter as mãos à obra e fazer. Coisas. Apetece-me vestir e ir jantar fora, sair, respirar, viver. Não podendo ser (é terça-feira, mas sexta fazemos isto e vamos ver o Up In The Air), faço omeletes com os ovos que tenho. Assim sendo resta-me fazer por aqui. Jantar e arrumações, para mais logo me poder alapar e lagartar um bocado no sofá. Isto parece-vos assim absolutamente saído do espaço, fora de órbita, desconchavado? É porque é. Mas ninguém disse que os meus pensamentos seguem linhas direitas, certo? Pois.
Pronto, agora vou começar a preparar o esparguete com frutos do mar que não tarda os meus babes estalam porta adentro e acabou-se a folga.
Filmes light. Eu andava em deficit de filmes light, coisa que resolvi aniquilar com uma hora e meia de sorrisos e boa disposição. Demorei uns 27 anos a descobrir que, ups, afinal parece que gosto de comédias românticas! Depois desse dia já vi dezenas. E nunca me desiludem (pronto, às vezes sim, mas só porque são tão marteladas que dói).
Hoje vi o "The Ugly Truth". Absolutamente previsível yet funny. Gostei, pronto.
Vitória, vitória, acabou-se a história (desta gravidez, bem entendido). O meu corpo é um maquinão (cof... cof...) e fez o favor de trabalhar sozinho. Nada de curetagens, porque tudo o que havia para expulsar já foi expulso. Segue-se um mês de recuperação e depois olha, quando for, foi.
Feliz! Ainda para mais está sol e tudo! Maravilha!!
Serão de jantar no sofá a ver séries. Depois mais séries no PC. Depois, eventualmente, uma série live (Criminal Minds, por exemplo, cuja 5ª temporada estreia hoje no AXN). Depois hei-de-adormecer.
Amanhã... a long day awaits me. Não há-de ser nada. Nunca é.