21.01.10
Sair do trabalho, ir buscar a filha, chegar a casa, pôr sopa a fazer, chegar o marido, ir tomar banho, fazer desenhos com a filha, dar-lhe jantar e jantar ao mesmo tempo, arrumar a cozinha, secar o cabelo, deitá-la, deitar-me, ler.
Luz apagada. 21h58.
(Ele tinha jantar feito do dia anterior, ela jantou sopa e prato mandado pela minha sogra, eu jantei apenas sopa).
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20.01.10
Perguntem. Eu respondo.
Aqui.
Até 11 de Fevereiro, inclusive.
Sejam criativos, por amor da santa. E assinem as perguntas...
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20.01.10
27 cá dentro?? Wow... Isto é que é freguesia, caraças!
(Thanks, fellow readers!)
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20.01.10
Hoje sei os
Today's Details dela antes de vocês todos... E tudo o que vocês possam achar da elegância desta menina está a anos-luz da verdade! Ela é muito mais elegante, muito mais classy do que possam imaginar. "Ah e tal, mas ela parece sempre tão elegante nas fotos!". Ao vivo é ainda mais! E super, super-simpática!
Adorei o almoço, V.!
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20.01.10
Longsleeve Stradivarius
Vestido Blanco
Jeans Blanco
Botins Blanco
Relógio One
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20.01.10
Estou a dias (a vinte-e-dois-dias, mais exactamente) de bater com os costados nos trinta-e-um-anos. Acontece porém que, algures nos vinte-e-seis, a minha mente parou de contar anos. Parou, simplesmente. Eu não tenho quase-trinta-e-um-anos, por muito que a minha mãe insista em mo dizer (anda a dizer-mo mais ou menos há um ano menos vinte e três dias). É daquelas coisas para as quais eu olho como naquelas experiências de quase-morte, de cima, como se estivesse fora do meu corpo, olha que giro, aquela ali em baixo, que sou eu, tem quase trinta-e-um-anos, tchii. Irrelevante. Esta merda de se ter uma idade e de, teoricamente, haver uma cartilha de comportamentos adequados à dita idade é um fardo do caraças. Para quem o quer carregar. Não é o meu caso.
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20.01.10
A minha mãe, senhora a meio caminho entre os cinquenta e os sessenta, instruída já em adulta, dona de uma enorme vontade de aprender, dedica-se a chular a TMN e a mandar-me MMS (que não se pagam) com fotos da minha filha em preparos quase carnavalescos. E, como se dedicou a aprender a mexer no telemóvel, acresce às imagens comentários.
Tenho uma mãe-tecnologia-de-ponta. Orgulho!
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20.01.10
Pessoas que se plantam à beira das passadeiras, a ver as vistas, mas que, na verdade, não querem atravessar.
Pessoas que, querendo atravessar, fingem que estão em passeio de domingo e atravessam de-va-ga-ri-nho.
Pessoas que, a conduzir, perante um peão que quer atravessar, não travam com antecedência, acabando por parar a dois centímetros do transeunte. Quando sou transeunte nesta situação, por muita pressa que tenha para atravessar, transformo-me numa daquelas pessoas que atravessa em passeio de domingo, de-va-ga-ri-nho.
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19.01.10
(Por causa de um comentário da Analog Girl, ali no post sobre as histórias)
Há muitos, muitos anos (uns 15) eu ia muitas vezes para a Baixa ver pessoas. Não ia ver montras, não ia comprar nada, não ia ver o rio nem o Terreiro do Paço nem nada disso. Ia ver pessoas. Sentava-e por ali onde conseguisse e ficava horas a ver pessoas e a tomar notas, a escrever comportamentos, tiques, trejeitos, frases apanhadas no ar. Fazia esboços mal amanhados (eu e o meu jeito para o desenho), anotava tudo o que achava interessante.
E depois?
E depois ia para os ensaios do teatro e usava tudo o que tinha visto (e que era aproveitável, obviamente). Foi assim que interpretei um mendigo (primeiro homem, mas depois mudei-lhe o sexo, que aquilo estava demasiado caricaturado). Foi assim que, com esse mendigo, vi esgares de nojo, olhos de susto, pessoas incomodadas nas cadeiras. Foi com esse mendigo que soube até onde podia ir, aquilo de que era capaz, até que ponto podia deixar de ser eu e passar a ser outra pessoa qualquer. Com esse mendigo e com uma velha juíza completamente alucinada que fiz logo a seguir, noutra peça. Em ambos os casos, caracterizações duras e demoradas. A saber: a saia da mendiga era sempre passada por lama e relva (num canteirinho ao pé do teatro) antes de cada representação; a quantidade de laca branca que metia no cabelo, a base branca, o khol preto nos olhos e o lápis castanho a desenhar rugas eram uma coisa complicada de aguentar, quer durante as representações (maquilhagem com calor de holofotes derrete), quer depois, no banho (e as figuras que eu fazia, na rua, a caminho de casa, naqueles preparos...)...
E então?
Eu podia ter sido actriz. E não creio que me arrependesse da escolha.
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19.01.10
Há quem acredite que há distribuição de correio de manhã e à tarde... (ou de como ter quem nos faça tudo e mais alguma coisa nos aliena um bocado... muito!)
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19.01.10
De vez em quando, na rua, no banco, no supermercado, na vida, deparo-me com mulheres que fico, sem querer e sem fazer nada que o contrarie, a observar. Mulheres com anos e anos sulcados no rosto, com traços de memórias e de vivências, com rugas de tempo, de dores e de alegrias que me marcam também a mim. Vejo-as e fico ali, congelada, a imaginar as histórias, os filhos emigrados, o marido que conheceu na guerra, ela madrinha dele, a trocarem aerogramas sem se conhecerem, depois sim e casaram e tiveram três filhos e cinco netos e ali vão, a viver as horas sem planos, apenas o que lhes dita as rotinas de anos e anos de vida, supermercado, farmácia, meter o Euromilhões, voltar a casa para ter o almoço pronto à uma que é quando chega a Catarina que vem da escola almoçar a casa da avó. E à tarde passar a ferro e ver um bocadinho da Dona Júlia e depois sair novamente para ir beber um chá aos Queques com a Dona Rosa que, coitada, anda cheia de reumático e precisa de um bocadinho de companhia. Vejo estas mulheres, cabelos arranjados, base e blush cinco tons acima, lápis preto a fazer as vezes de sobrancelhas, batom cor-de-rosa choque nos lábios já enrugados e recolhidos, brincos verdes de mola, enormes, a fazerem-lhe esticar as orelhas, a camisa de flores modelo mil-nove-e-oitenta-e-cinco que levou ao casamento do mais novo, saia travada por baixo do joelho e os sapatos pretos elegantemente deformados pelos joanetes culpa de uma vida sempre em pé e com ralações. Vejo estas mulheres e a vontade que me dá é sentar-me com elas e pedir-lhes que me contem, não esta, mas as histórias verdadeiras, saber quem são por detrás do anonimato, da vida que levam todos os dias um bocadinho mais adiante. Perpetuar depois tudo em papel e dar-lhes uma cópia, para darem aos netos, que talvez não saibam tudo da história delas, que é a sua história também. Depois descongelo e prossigo, com pena por não ter conseguido cristalizar de alguma forma o que ali se esconde...
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19.01.10
Ontem: bifes de vaca com puré de batata (e o bom que é pôr o puré a fazer e ir-me sentar a ver tv...??).
Hoje: Perna de perú assada no forno com batatas assadas.
(Depois vou ao banco e perguntam-me se já se nota a barriga. Eu digo que sim, mas que é do que eu como, não é do que eu trago cá dentro...)
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19.01.10
Emily Blunt
Julia Roberts
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19.01.10
A má disposição, a agonia, a náusea. Hoje está sol. Deve ser isso.
Mas tenho que me começar a deitar mais cedo senão isto só engrena a meio da manhã e não pode ser. Ontem perdi-me a ver um episódio do Lie To Me. Adivinhem... mais uma série gira para seguir... Depois ainda espreitei um episódio do Gilmore Girls, mas desisti. Pelo meio, um chá de menta, lúcia-lima, cidreira e alcaçuz que me soube tão, tão bem...
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19.01.10
Tenho pena, tanta, de não viver perto da M., que nem conheço pessoalmente, apesar das horas que passamos a falar, dos segredos, dos desabafos, das alegrias, de tudo. Sei que, não fosse a distância, seríamos boas, muito boas amigas. E mesmo com a distância somos. Mas hoje sinto que devia estar lá, para um almoço na Foz e um abraço apertado.
Gosto de ti, miúda!
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18.01.10
Eu não tenho a sensação de já ter sonhado aquilo. Eu tenho a certeza absoluta que já sonhei aquilo. Como sei que sonhei uns 2 ou 3 anos seguidos, sempre em Maio, o seguinte:
Amesterdão tem a forma de um daqueles vulcões da Expo, sabem?, os que cospem água, e lá do cimo sai água, tal e qual como nos tais vulcões. E as casas de Amesterdão são todas pegadas umas nas outras (literalmente, jardins que desembocam nos jardins dos vizinhos, sem ruas, sem nada, para se ir do ponto A ao ponto B é preciso passar por dentro de casas atrás de casas). E ali ando eu, a fugir de alguém. Até que entro na minha casa, vou à casa de banho e tenho um golfinho dobrado ao meio dentro da banheira.
Explicações, não sei. Sei que sonhei exactamente isto uma série de vezes, sempre em Maio, como disse ali em cima. Da mesma forma que sonhei duas vezes o sonho explicado lá em baixo, saí saber os caminhos. Não é ter a sensação que sei. É saber mesmo.
Assustador? Sim.
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18.01.10
Lonsgleeve StradivariusVestido BlancoLeggings BlancoBotas ZaraMala StradivariusAcessórios ParfoisRelógio One
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18.01.10
Tenho que ir à rua e só essa ideia basta para me deixar nauseada. Não me apetece andar, não me apetece apanhar frio, apetecia-me mesmo era estar com o nariz debaixo dos lençóis e só acordar amanhã de manhã, curadíssima e pronta para outra...
Ainda só consegui comer 3 fatias de pão de cereais. E nem o café da manhã consegui beber... Está bonito...
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18.01.10
A de agoniada.
A de a morrer com uma dor de cabeça daquelas.
A de ainda não é sábado?
Dispensava isto, a sério.
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17.01.10
Ecografia marcada para as três da tarde, na Amadora, perto dos Comandos. Chegamos e vemos a estrada cortada devido a um exercício militar. Continuamos a pé - já sabíamos que, na verdade, só se pode ir a pé e que a história do exercício militar é um falso pretexto. Seguimos. Vamos dar a um regato< que parece ser o fim do caminho. Perguntamos e dizem-nos que temos que passar por baixo da ponte ao lado do regato e seguir o caminho. Pessoas vermelhas, com um ar muito estranho. Continuamos e vamos dar a um pátio cheio de estátuas de mármore meio partidas. Ninguém à vista. Rodopiamos sobre nós mesmos a tentar ver por onde poderá ser o caminho e uma estátua, subitamente acordada, diz-nos que é por ali, temos que descer umas escadas que parecem ser as da cave de um prédio mas na verdade passam por baixo dele e dão para outra rua. Prosseguimos. Na tal rua, pessoas muito altas e esguias, sem ombros, cabeças ovaladas, muito altas, toda a gente muito branca, com vestidos estilo século XVII. De repente recordo-me do caminho e sei para onde temos que ir - já ali estive antes. Continuamos a andar e vamos dar a uma praceta que parece uma miragem, vemos o sítio onde temos que ir mas ele parece inalcansável. Mas eu recordo-me do caminho e sei que temos que ir encostados aos prédios para encontrar a entrada do sítio das ecografias. À porta uma série de homens e mulheres-elefante entram e saem, sempre entre grunhidos. Subimos as escadas da clínica e dizemos ao que vamos. Dizem-nos que a ecografia é só às 19, mas eu sei que a marquei para as 15. Não podemos esperar. Temos as nossas cinco filhas (a nossa e mais quatro exactamente iguais, com outros nomes) e não podemos fazê-las esperar tanto tempo. Dentro da clínica pessoas inacabadas deambulam por ali - são resultados de abortos que a clínica faz, mas que se recusa a concluir (tiram os fetos de dentro das mães, mas fazem-nos crescer cá fora e "nascer" no tempo certo mas, devido ao choque, acabam assim). Eu quebro. Sei que o caminho de regresso é muito mais tortuoso, apesar de ser ver claramente o sítio onde deixámos o carro. Começamos a andar e reencontramos todas as personagens por quem passámos para lá...
Não foi a primeira vez que tive este sonho. Sei perfeitamente o caminho que devia percorrer para cada lado. Já sabia quem eram as personagens que ia encontrar. Sabia que estaria perto quando visse as pessoas sem ombros. Sabia que ia ver homens e mulheres-elefante à entrada da clínica. Sabia que a clínica teria um letreiro verde, enorme, a dizer "Clínica Villa". Sonhei, sabia que estava a sonhar e sabia como aquilo tudo ia acabar. Não é o primeiro sonho com que me acontece isto.
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17.01.10
Brothers & Sisters vezes três vezes um (episódios e choradelas minhas).
How I Met Your Mother vezes um vezes mil (episódios e sorrisos meus).
Os serões de sábado deste modelo são demasiado bons para ser verdade.
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17.01.10
Acho que já aqui disse: apesar de não ser designer, o facto de trabalhar há quase uma década no meio faz com que tenha um sentido estético apurado. Não sou design-freak, do tipo que só compra copos se forem assim e pratos assado e tapetes não sei quê e tudo state-of-the-art em termos de design. Mas acho que o bom gosto nunca fez mal a ninguém.
Eu gosto de ler blogs no sítio deles. Mas há blogs que, apesar de muito bem escritos, são de tal forma pavorosos em termos de design que... não consigo. E das duas uma: ou deixo de ler (já aconteceu) ou espeto com tudo no bloglines e leio dali. Mas se fizer isto acabo por nunca comentar nada (eu, que já sou pouco comentadeira, calo-me de vez) e por nunca andar para trás nos arquivos e tal. Mas prefiro. Antes isso do que atentados visuais. Há tanto site com templates giros que não percebo mesmo a total ausência de bom gosto. O conteúdo é, sem dúvida, o mais importante. Mas, para mim, neste caso a forma importa e muito!
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16.01.10
Scones acabados de fazer. E néctar caseiro (bimbado, claro) de maçã e cenoura. Café para fechar. Na sala, a ver um episódio do Mentalista. Perfeito.
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16.01.10
Foi o Sherlock. Foi bom. Houve meia hora, lá mais para o final, que me soube pela vida - adoro dormir no cinema. Antes disso jantar numa cervejaria aqui na rua. Cada um é para o que nasce, diz-se. Eu sou gaja de petiscos.
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15.01.10
The XX. Fascinada por
este som.
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15.01.10
Favor ignorar os restinhos de verniz à volta das unhas... (ou de como eu não tenho mesmo jeitinho nenhum para isto...). É a minha cor preferida. Não anda muito longe do Obsessão da Risqué, mas é menos roxo e mais beringela.
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15.01.10
Conversámos. Discutimos o que havia para discutir. Continuamos a não nos focar na mesma coisa. Eu foco-me nas origens, ele foca-se nas reacções. Faz parte, cada um dá ênfase ao que o magoa. Não acredito que a coisa se cure do dia para a noite, mas acredito que comece a melhorar e que vá melhorando com o tempo. Estamos melhor, mas a mim estas coisas não me passam com um estalar de dedos. Levará dois ou três dias. É a vida.
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15.01.10
Mudei de livro aqui há dias, como se sabe. Agora vejam:
Página 30: "A sua cunhada era uma parteira excelente e com experiência; ela avisá-lo-ia se as coisas
tivessem a correr mal".
Página 31: "Vestida com uma
chemise um pouco gasta que mal lhe
cobriam os joelhos (...)".
Página 32: "Tinha vagas memórias
de a mamã a ter outros bebés que morreram (...)".
Página 40: "E
celebrar eles iriam, mesmo se o bebé fosse outra menina".
Vou na página 46. Não fosse o tema interessar-me tanto e já tinha posto o livro de lado. A tradução está, como se pode ver, uma merda. Revisão de texto... que é isso? E não é de uma editorazeca qualquer; é da Bertrand. Seguirá, obviamente, um mail com as queixas. É que € 19,95 euros por uma coisa deste nível é assalto à mão armada!
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14.01.10
... a mínima vontade de ir para casa. Hibernação mode: on!
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