30.11.09
De férias (mais do que merecidas, depois das aventuras dos últimos dias!!)...
E arrisco a dizer que amo estas férias em que não vou para lado nenhum mas posso acordar mais tarde e ficar na ronha até me (nos) apetecer!
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30.11.09
Alguém ali em baixo, num comentário, levantou a questão de ser difícil para mim, mulher, estar num país muçulmano.
Marrocos é talvez o país mais aberto de todos os países muçulmanos. E nem todos os países muçulmanos são o Irão... As mulheres marroquinas trabalham, são bem tratadas pela sociedade. Algumas trabalham de lenço na cabeça, outras não. O país não é fundamentalista nem extremista ao ponto de as perseguir nem nada que se pareça.
Para mim, ocidental em Marrocos, a coisa foi igual ao que seria cá. Não me senti ameaçada, nem julgada, nem olhada de lado, nem em nada disso. As coisas más que se passam ali não são só com mulheres. São com toda a gente, por uma questão cultural e de país e não são direccionadas em específico para nós. Senti-me como me senti não por ser mulher mas por estar naquela situação.
Portanto, a reter: nem todos os países muçulmanos são casas dos horrores. Nem todos são fundamentalistas. Em Marrocos anda-se lindamente, sem problema. Claro que se nos metermos em souks às tantas da manhã nos arriscamos, da mesma forma que se nos metermos na Damaia cá à mesma hora nos arriscamos.
Eu gosto muito da cultura árabe. Gosto e não discrimino: não acho que tudo o que vem de lá é péssimo. Nem sequer acho que o Corão seja assim tão ameaçador como se quer fazer crer. A questão está sempre na forma como se vêem as coisas: se se levar o Corão à letra então sim, aquilo é um tratado de violência. Se se souber ler aquilo com as devidas distãncias, não. Da mesma forma, se se ler a Bíblia à letra (como fez o Saramago), a coisa parece bárbara e se se ler de forma contextualizada não é mais do que uma metáfora. Como em tudo, há que saber dosear.
E sim, eu sou das que gosta de ler e aprender sobre os árabes, sobre a vida, a cultura, a sociedade, a história, etc. E não me sinto ameaçada por isso...
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30.11.09
Estou (finalmente) de volta. Foi a pior viagem da minha vida.
Saímos daqui quarta às 18h30. Chegámos a Algeciras as 3h. Dormimos duas horas. Fomos para o porto para apanhar o barco às 6h30 (o barco saía às 7h30). Acontece que nos países árabes este fim-de-semana foi a Fête du Mouton, que é como quem diz, a festa do cordeiro (um equivalente muçulmano à Páscoa, em termos de importância) e o porto estava cheio de marroquinos a caminho da terrinha para a festa de família. Portanto, não apanhámos o barco das 7h30 nem o das 8h30. Próximo barco: 12h30. Acontece que o barco das 12h30 chegou às 15h. Portanto apanhámos barco às 16h30. Façam a conta ao número de horas que passámos paradinhos no porto, sem wc, sem comer, sem beber, sem nada...
Os barcos que partem de Algeciras, ao contrário dos que partem de Tarifa, demoram duas horas a fazer a travessia (contra os 45 minutos de Tarifa). Chegámos a Tanger às 18h30, mais coisa menos coisa. Quem vai de carro safa-se depressa. Quem vai de carrinha morre de seca à espera para entrar. Mais ainda quando tem uma data de outras carrinhas à frente que estão carregadinhas até aos olhos porque os marroquinos aparentemente acham que este é um fim-de-semana bom para mudar de casa e toca de voltar à base com as carrinhas atafulhadas até cima mais um pacotão de mercadoria no tejadilho da carrinha. E os senhores da fronteira, expeditos e preocupados, tiram TUDO das carrinhas cá para fora e inspeccionam tudo, o que, como devem calcular, não é um processo rápido.
A nós, que levávamos mercadoria para entregar a um cliente, disseram-nos que teríamos que pagar 60% do valor da factura para poder entrar com o material e teria que ser no dia seguinte porque nesse já não estava lá a pessoa responsável. Ali andámos, a tentar resolver a coisa, até que às 21h nos decidimos a ir embora, deixar a carrinha e procurar hotel para podermos descansar. Eram umas 22h quando nos sentámos a jantar (e a almoçar e a lanchar)...
No dia seguinte, já bem mais descansados, tentámos resolver a coisa (ou pelo menos perceber como se resolvia) com telefonemas para Portugal. Decidimos regressar a Espanha e tratar do processo lá, se possível. Pelo caminho disseram-nos (alguém espanhol a trabalhar em Tanger) que teríamos que pagar uma multa qualquer para voltar a entrar em Espanha e eu comecei a achar que ia ficar também presa no porto de Algeciras, sem andar para a frente nem para trás. Vimos gente a ser presa por estar a tentar passar para Espanha agarrada à parte de baixo de um autocarro (assim pendurados por baixo, como nos filmes, imaginem...). Apanhámos o barco de regresso a Espanha às 16h30, o barco saíu às 18h e demorou duas horas a chegar... Na alfândega espanhola não tivémos problemas e conseguimos ir jantar às 20h30. Fomos para o hotel, instalámo-nos e pronto.
Sábado de manhã arrancámos para Lisboa às 10h30, chegámos às 17h30, sem precalços.
Foi a pior viagem da minha vida. Meteu um ataque de pânico (que ninguém notou, porque já os sei controlar sem dar espectáculo), meteu muita vontade de bater em alguém, meteu muita sensação de impotência e, acima de tudo, muito cansaço. Serve de história para contar: os dias em que eu estive presa na alfândega de Tanger...
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27.11.09
... Se eu me vejo fora deste pais julgo que é mentira...!!! Nunca me senti tao presa, tao impotente, tao... desesperada por voltar para casa...!!
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27.11.09
Estou em Tanger. Stop. Nao estou a ver jeitos de sair daqui nos proximos dois dias. Stop. Estou farta. Stop. Esta complicado. Stop. Era suposto ja estar em casa desde ontem a noite. Stop.
Ate ja...
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25.11.09
Não me apetece ir para Marrocos. Porquê? Porque está de chuva, porque vou ter que aturar o meu colega árabe (e não me apetece mesmo nada, nada, nada!). Porque o lume que o meu marido fez ontem pede sofá e séries all night long. Mas principalmente porque não me apetece estar longe da minha filha.
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25.11.09
... para ir para Marrocos, não está??
(É hoje. Daqui a duas ou três horas... ou então não...)
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24.11.09
Eu canso-me facilmente. Canso-me facilmente de palavras alheias quando as ditas palavras alheias são pescadinhas de rabo na boca, baralha e volta a dar, mais do mesmo, um dia atrás do outro. E irrito-me. E dá-me vontade de dizer, alto e bom som, ou seja, com o teclado a martelar, que aquilo é um tédio, um enjoo, um desgaste de tão seca que é. Em vez disso, e porque sou uma miúda suburbana com educação e princípios, levo o cursor do rato ao
X no canto superior direito do ecran (que não tenho um Mac, portanto aqui é à direita) e plim. Página fechada.
E depois, o lado B: blogs que eu amo ler e que não leio no bloglines, para me obrigar a ir lá dentro, a ver os templates, a sentir a vibração daquelas palavras escritas com mestria. Tendência: gosto de blogs de mulheres que deixaram a adolescência bem lá atrás e que trocaram o orgulho (que provavelmente terão tido na tal adolescência) pela humildade que faz delas grandes mulheres. Muitas delas (se não todas) estão nos links ali do lado.
Portanto, obrigada a quem me permite ler coisas escritas com graça e inteligência, sem lugares-comuns, sem tiques de vedeta, sem salamaleques. Gosto.
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24.11.09
Lembram-se do
meu amigo que morreu em Julho, que a namorada encontrou morto em casa, e que morreu com um AVC?
A namorada que o encontrou em casa morreu há duas semanas, com um AVC...
Inacreditável...
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24.11.09
Ou o que o tempo faz a uma pessoa...
Vejam aqui. Aqui fica um exemplo(zinho)...
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24.11.09
Para mim, provavelmente a mulher mais bonita do mundo. Simples, elegante, graciosa, bonita, simpática. Exactamente 10 anos mais velha do que eu. E tomara eu, daqui a 10 anos, estar como ela está agora...!!
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24.11.09
A querida Hermione diz que isto é sexy. Ah... tem dias...!
Não podendo passar à Hermione (que passava, claro), segue o selo para as sexy little girls
Raquel,
Lady_M,
Olhos Dourados,
Analog Girl,
Laetitia Sweeney Todd e, last but not least,
Miss Kitty.
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24.11.09
Hoje deu-me para o fado. Não sou grande apreciadora, mas de vez em quando apetece-me. Hoje apeteceu-me Amália (não aquela palhaçada do "Amália Hoje", Amália mesmo, a original que está emparedada no Panteão). E aqui estou, a beber um cappucino e a ouvir fados como deve ser...
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23.11.09
... há por aí alguém que espirre mais do que eu?
Duvido... Bolas, que isto cansa... Uma pessoa sai de casa na boa. Chega ao trabalho e começa o festival. Ainda não meti nenhum anti-histamínico porque enfim... sei que me vai dar sono e não me apetece passar a tarde a bater com a cabeça na secretária, mas bolas, era escusado.
Ah, e preciso de ir cortar a franja, que já está quase, quase a ser confundida com pestanas, tal o tamanho com que isto já vai. E preciso de fazer o test drive às lentes de contacto - para a semana. E estou a ver o primeiro episódio da 3ª série da Clínica Privada - é para isso que me servem as horas de almoço: ver séries e comer sopas-da-bimby, daquelas mesmo boas.
Ontem à noite fiz iogurtes que não solidificaram. A sério, acho que isto devia ser matéria de doutoramento: iogurtologia. Não é fácil!
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23.11.09
Eu ando ao contrário da gente normal. Assumidamente. A estas lindas horas - meia noite e vinte e seis minutos -, e depois da auto-penitência que me impus este fim-de-semana (sim, que isto de limpar e arrumar e sopeirar é muito giro, mas ninguém faz isto só porque sim), o mais inteligente era já estar a dormir há umas duas horas. Mas.
Ao domingo a SIC tem a gentileza de transmitir os ídolos. Aquilo já passou da fase risível (já não há cromos...), mas, ainda assim, é bom de ver. E eu, suburbana que sou, gosto destes programas popularzinhos e tudo (não me apanham a ver as novelas da TVI, nem aquela coisa dos miúdos a cantar da TVI, nem aquela merda chamada "Perfeito Coração" que dá na SIC mas que é igual ao que se faz na TVI). Portanto.
"Louca por Compras" + Ídolos + Pouco sono = vou ali ver um episódio da Anatomia... ou da Clínica Privada... ou do Gossip Girl... ou do Mentalista...
E sim, sei que o Benfica foi pequenino hoje e quebrou perante o Guimarães e vai pregar para outra freguesia. Eu acho que é estratégico: sair o mais rapidamente possível de todas as competições para se poderem focar no que realmente importa: na Liga.
E já me ri que chegue hoje. É que vi, além da comédiazinha de domingo, um certo e determinado jogo entre um clube que estacionou ali pelo meio da tabela e um outro que opera na Costa de Caparica (sim, aquele sítio atulhado de praias e de gente em Agosto dá pelo nome de Costa DE Caparica e não Costa DA Caparica). Fiquei feliz pelo Barbas que poupou mil caldeiradas, mas tenho para mim que o homem ainda deve estar a carpir o resultado benfiquista...
E era isto. Hoje foi domingo e foi muito bom.
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22.11.09
Ontem deitei-me às 4 da manhã. Isso. Porque me pus a jogar coisas no computador e tal. Hoje acordei tarde. Sem problema. Fui às compras munida de lista e de hora marcada para chegar a casa. Missão cumprida. Acontece que ali pelo meio, mais propriamente assim que me levantei, percebi que me doiam as pernas como se tivesse corrido 10 quilómetros. E quem me conhece sabe que nem dois eu consigo correr. Entretanto já arrumei o que faltava (coisinhas soltas por aqui e por ali) e agora sim, estou em modo descanso. Sentada na cama, a preparar-me para ver um filme no computador (que o leitor de DVD aparenta ter ido de férias ou assim). E a jogar coisas no computador. E é isto. Bom domingo para vocês...
(Ah, e fiz um almoço delicioso: pescada cozida ao vapor e depois gratinada com molho bechamel e queijo ralado, com legumes salteados e arroz de tomate. E isto porque encontrei coisas perdidas na arca...)
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22.11.09
Depois de uma noite de vigília a uma criança febril e constipada (ou GripAda, não sei), acordámos tarde. E eu tratei imediatamente de pôr mãos ao serviço. Portanto arrumei a despensa e o despenseiro da cozinha, limpei e arrumei a arca e o frigorífico, arrumei o armário dos tupperwares, arrumei o armário do WC. E inventariei tudo. Sei tudo o que tenho em casa, até à última semente de sésamo. Descobri, por exemplo, que tenho cinco tupperwares com queijo ralado congelado. E mais seis de pão ralado com alho e coentros. E que tenho três recargas de limpa-vidros (que foram compradas separadamente). Deitei uma data de coisas fora, tal era a distância com que já estamos da data em que aquilo tudo passou de prazo...
Depois disto tudo lavei chão e agora estou sentadinha, entre o Farmville, o Treasure Madness e os sites dos hipers e supers onde normalmente vou. Estive a recortar tudo o que é cupão de desconto (não são assim tantos, só compro a Saberes & Sabores). E estou a planear as refeições da semana que vem e a ver se me safo com o que tenho cá em casa ou se tenho que ir às compras.
Mónica, obrigadinha, a sério. Deste-me uma estafa do caraças mas valeu bem a pena! O meu marido nem me reconhece...
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20.11.09
Adivinhem... assim que acabei de escrever aqui que vou para Marrocos na noite de Domingo, a ida para Marrocos na noite de Domingo foi adiada...
Não vou dizer mais nada. Digo quando voltar!
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20.11.09
A minha ida a Marrocos já foi adiada umas seis ou sete vezes. E agora foi adiada novamente. Era para ter ido ontem à noite. Vou, se não se adiar tudo novamente, de Domingo para Segunda. A ver se é desta...
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20.11.09
À conta da
Mónica encontrei outra
Mónica. Que é tudo o que eu não sou e adorava ser: organizada, muito organizada. Mas a moça, além de organizada e pragmática, é querida e disponibiliza no blog dela uma série de ideias e ferramentas para conseguir uma gestão caseira mais eficaz. E eu sou uma pessoa que conta ter um dia os filhos na faculdade, donde terei que lhes bancar a coisa, donde mais vale começar já a poupar. Para isso e para as viagens que quero fazer, por exemplo Londres no ano que vem (ainda há alguém minimamente civilizado e instruído que não conheça Londres??).
Portanto foi ver-me ontem a ficar acordada até às tantas, a vasculhar o blog dela de fio a pavio. E ter dificuldades em adormecer por não conseguir desligar o cérebro do assunto. E foi ver-me hoje no Office Center a comprar uma data de coisas que me vão ajudar. E foi ver-me a imprimir uma data de folhinhas-tipo que servem para ajudar na tal gestão caseira. Não tarda vou começar a escrever nas folhas. E a ser fona, que é coisa que nunca fui mas que até dá um certo jeito. Pronto, é isto. Vou ser organizada e poupada. Até quando, não sei...
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19.11.09
Porto - Lisboa: duas horas.
Aeroporto - Benfica: uma hora e um quarto.
Maravilha...
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18.11.09
Porque é que pessoas do passado com quem não queremos contacto (e que estão fartas de saber disso) insistem nos... contactos? Porquê? Terão prazer em bater com o nariz na porta? Precisarão de constatar uma vez mais que NÃO queremos contacto com elas? Não percebo, juro.
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18.11.09
Eu tenho a sorte de passar 8, 9, 10 horas por dia com pessoas de quem gosto. Não sabia que ia gostar delas quando quis e aceitei partilhar com elas os meus dias. Afinal de contas era apenas trabalho. Mas em trabalho também se pode fazer amigos.
Trago na minha bagagem de amigos alguns feitos a trabalhar: o João, com quem dividi criatividade durante dois ou três anos. Criatividade e cafés, saídas, jantares, almoços, conversas. Passaram 5 anos desde que deixámos de trabalhar juntos e continuamos amigos como dantes. Menos presentes, é certo, mas igualmente amigos. A Joana, que foi trabalhar para lá por minha causa. Já éramos amigas e continuamos a ser. A outra Joana, que trabalhou connosco no mesmo sítio e de quem fiquei igualmente amiga, apesar de só termos trabalhado juntas um ou dois meses. Eu e as Joanas encontramo-nos amiúde para almoçar. Já não falamos de trabalho, mas partilhamos vidas.
Aqui fiz amigos. Também partilho os meus dias com uma pessoa de quem não gosto muito, mas paciência. As outras compensam. E saber que, quando tenho algum problema pessoal, tenho aqui um ombro amigo é coisa a que dou muito valor. Gosto deles e do trabalho deles, mas gosto ainda mais da amizade deles. Sem hipocrisias.
Se preferia passar 8, 9, 10 horas por dia em casa, com o meu marido e a minha filha? But of course. Mas não conseguiria nunca ser uma stay-at-home-mom. Preciso de ver e estar com gente diferente, a trabalhar. Preciso de fazer mais do que tratar da casa. Não nasci para dondoca, é um facto. Mesmo que fosse euromilionária, trabalharia. Talvez só em part-time, mas lá teria que ser...
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18.11.09
Há uns anos "plano" era palavra que não entrava no meu vocabulário. Era tudo decidido e feito em cima da hora. Combinações com mais de 24h de antecedência eram coisas a longo prazo que não me agradava ter. Depois dos filhos a coisa muda, toda a gente sabe. A bem da sanidade mental de toda a gente, convém pelo menos ter as coisas alinhavadas. Mas.
Este fim-de-semana tínhamos combinado um almoço de Natal dos amigos da faculdade na Figueira da Foz. Mas.
Amanhã de manhã arranco para o Porto, para fazer uma apresentação a uns suiços porque "tu é que falas bem inglês". Depois regresso a casa para, possivelmente, arrancar para Marrocos de madrugada porque "tu é que falas bem francês". Eventualmente, a ida para Marrocos só acontecerá sexta-feira, comendo-me, por isso, o fim-de-semana. Mas.
Eu adoro isto: andar de um lado para o outro, sem grandes planos. Ou com planos furados que pedem outros planos. Porque me faz lembrar outros tempos em que eu era inquestionavelmente mais livre (e inquestionavelmente mais pobre também - e não estou a falar de dinheiro).
Ah, e vou ao Porto e a Casablanca. Uma cidade que adoro e outra que anseio conhecer (embora 12h em Casablanca não dê para conhecer nada, mas enfim...).
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18.11.09
Ontem fui para a cama cedinho. Às 23h30 já eu me tinha apagado em cima d'"O Símbolo Perdido" (do qual li 100 e tal páginas em dois dias, tal o ritmo da escrita do homem). Hoje acordei às 7h30, sem sono. Mas sono é coisa que, mesmo que não se tenha, se arranja sempre. Portanto voltei-me para o outro lado e dormi até à hora normal. Agora estou aqui, bem-dispostíssima e com um pedal do caraças. E com uma valente dor de cabeça, que é sempre o side-effect de uma noite com horas de sono a mais.
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17.11.09
Pessoas que dizem mal de pessoas apenas e só com base naquilo que leram nos blogs.
Pessoas que não gostam de pessoas apenas e só com base naquilo que as ditas pessoas escrevem nos blogs.
Os blogs são a parte. Nunca serão o todo. E, como em muita coisa da vida, dá para controlar o que se diz, como se diz, a quem se diz. Portanto, pode ser-se quem não se é. E quem não gosta de pessoas apenas com base naquilo que lê em blogs corre o risco de estar a cometer uma injustiça e a ser, vá, parvo. Porque ninguém é apenas e só o que escreve num blog.
Adenda: não é nada comigo, não se passa nada aqui por estes lados. É apenas uma consideração geral. Poderia ter sido algo sobre o tempo, a Popota ou o Prós e Contras de ontem, mas deu-me para aqui.
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16.11.09
E assim se cumpre a meta que tracei para este ano, em termos de livros: 1 por mês. 12 já foram. Fora os que comecei e ainda não acabei - mas gostava de acabar antes do final do ano. Não, não é uma corrida. É um prazer. Fazer o quê?
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16.11.09
Acabei sexta o 2º volume da trilogia Millennium. Talvez por ter tido menos tempo para o ler de enfiada, ao contrário do que aconteceu com o 1º volume, que li em 3 ou 4 dias, este custou-me mais a ler. Gostei menos. Mas ainda assim é um belíssimo exemplar de escrita viciante, boa tradução, ritmo, enredo e tudo e tudo. Agora vou fazer uma pausa antes de me agarrar ao 3º volume que já me espera numa prateleira lá de casa. Vou dedicar-me ao "O Símbolo Perdido", do Dan Brown. E depois deste e do Millennium 3 lá terei que voltar ao meu género de eleição, de que já tenho saudades: um romance histórico qualquer...
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16.11.09
Há 11 anos, mais ou menos por esta hora, debaixo de um calorzinho bom de verão de S. Martinho, na esplanada do piso 3, lá na faculdade onde andávamos, ele perguntou se podia, depois de termos estado a conversar. E eu disse que sim, que podia. E ele beijou-me. Saímos dali de mãos dadas, sem ninguém ter tido necessidade de clarificar que coisa era aquela que tínhamos um com o outro. Ambos sabíamos que era um namoro e que era para durar. Apesar de nos conhecermos há pouco tempo (uns 2 ou 3 meses, eventualmente) e de termos dado o primeiro beijo uma meia hora antes. E durou. Primeiro um ano e meio. Depois dois anos e um mês. Agora dura quase há três anos. Entretanto separámo-nos, voltámos, separámo-nos outra vez, voltámos outra vez. E tivemos uma filha. E casámos. E queremos que não haja mais separações. Queremos que seja para sempre, como nos filmes e nas histórias-de-amor-para-sempre em que
ela acredita.
Amo-te. Mesmo nos dias em que me zango e me chateio e me aborreço. Mesmo nesses dias, o meu último pensamento antes de adormecer é teu. E estás mesmo ali ao meu lado, de pés entrelaçados nos meus. E não trocava esta serenidade por fogo nenhum. Porque tu és o amor da minha vida. Para sempre.
(Provavelmente o post mais lamechas de sempre...)
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16.11.09
Na minha última compra na Westrags não fiquei satisfeita com um dos vestidos que encomendei e resolvi devolver. O vestido era giro mas não me assentava bem. Troquei por um casaco lindo, lindo, lindo... que já chegou e que assenta maravilhosamente... é este:
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