07.01.11
Bateu agora. Uma nostalgia profunda. Pus a mão na barriga para acalmar um pontapé e apercebi-me de que estou nos meus últimos dias de grávida. E de que, muito provavelmente, não volto a passar por isto. E se uma gravidez é uma lista de incómodos, também é uma lista ainda maior de bons momentos. O descobrir a gravidez (dei sempre pulos de alegria), o contar a novidade (uma excitação constante), acompanhar o crescimento da barriga, as ecografias, o coração a bater, os primeiros pontapés, o fazer o ninho, a escolha do nome, a escolha dos padrinhos... tudo momentos que muito provavelmente não torno a viver. E custa-me, aos 31 anos, dizer que esta é a última vez que faço uma coisa destas. Custa-me fechar a porta. Por isso não a fecho. A pessoa que mais relutante estava em relação a um terceiro filho passa a vida a falar nele (o pai, claro), portanto nunca se sabe...
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