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Guest Post #3_Paixão - Rita Varela

16.04.13

[A minha convidada de hoje é a Rita Varela... que é a grande responsável pela minha mudança de perspectiva. Foi a Rita que me fez perder o medo de saltar para fora da minha "caixa", foi a Rita que me mostrou que não há problema nenhum em aproveitar aquilo que tenho e em sentir-me bem comigo mesma. Obrigada por isso, Rita... e por este texto!]

 

Paixão

Existem diferentes tipo de paixões, as passageiras e as que duram uma vida, mas aprendi
que, quer uma, quer outra, devem ser capturadas por nós quando damos por elas.

Todos nos dizem que devemos ser felizes, mas poucos lutam por o ser, poucos vivem
com paixão, porque é difícil, porque dá trabalho, porque somos naturalmente comodistas,
sair da zona de conforto, da normalidade dá trabalho, mas acreditem que vale a pena.

Apesar de nos dizerem de pequeninos que devemos ser felizes, que nos devemos
apaixonar pelas coisas, muitos se incomodam com a felicidade dos outros, a felicidade
daqueles que vivem com paixão e apaixonadamente.

Disso sou eu testemunha. Falo na primeira pessoa, senti na pele o estigma de quem quis
ter na realidade o que sabia ser a sua paixão. Como disse no inicio, a paixão tem muitas
formas e eu encontrei a paixão por uma profissão. Abdiquei da profissão normal e “certa”
para ter algo diferente, algo que tinha a certeza que me iria apaixonar e fazer feliz todos
os dias.

Posso dizer que neste processo tive muita sorte, primeiro por ter conseguido retirar dos
confins da minha mente a ideia do que queria mesmo fazer. Algo muito complicado e que
estava coberto por várias camadas de crenças e preconceitos, que haviam sido colocados
durante toda a minha vida, mas consegui, consegui trazer para a luz do dia o que sabia
ser a minha paixão.

Esta foi a primeira dificuldade, a descoberta. A segunda foi seguir em frente, deixar para
trás o que era de gente grande e “certo” e correr para a frente. Deixar de ouvir os que não
acreditavam. Tive sorte outra vez, tive pilares que me sustiveram na caminhada, que não
me deixaram cair, pilares em quem eu pode recorrer e que sabia estarem sempre lá para
me apoiar.

Ainda há uma terceira dificuldade, a luta para me manter à tona de água, para ser alguém
fazendo o que me apaixona, mas mesmo nisso tenho sorte, porque me foram aparecendo
pessoas fantásticas que não me conheciam, como a Lénia, que vão renovando sempre a
minha paixão pelo que faço, aprendendo comigo e pondo em prática o que lhes ensinei,
sendo mais felizes depois de nos termos encontrado.

Sei que, pelo caminho que tenho pela frente, vão surgir novas paixões, e eu só desejo
conseguir vê-las para as agarrar, para lutar por elas e para as largar quando daí não vier
mais nenhuma paixão, quando não me trouxerem mais felicidade.

Na minha mente está sempre presente que só vivemos uma vez e tenho de ser feliz
enquanto cá estou, não tenho outra oportunidade para o ser.

Quando a Lénia me convidou para escrever qualquer coisa, fiquei em pânico, mas
agora agradeço-lhe por ter me ter dado liberdade, por me ter deixado escrever o que me
apetecesse, por me ter dado este momento de felicidade. Obrigada.

Como diria Raul Solnado “Façam o favor de ser felizes!!!”

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Guest Post #2_Doce para o meu doce

10.04.13

[A Ana Luísa, para mim, significa... inspiração. Não me canso de lho dizer. Gosto muito dela, gosto da energia dela, acho-a uma das personalidades blogosféricas com mais sumo. E quis "espremê-la" aqui, na minha «casa». Felizmente ela aceitou! Obrigada, Lu!!]

 


Não sei qual é a receita para se ser um bom pai, ou uma boa mãe... Até me chateia por vezes, que realmente não existam manuais para estas coisas.
Tenho o grande desejo de ser mãe um dia, e ao mesmo tempo, sempre me assombrou o medo de falhar na educação do meu filho ou filha. Por várias vezes já pensei até que o melhor talvez seja nem correr o risco. Como é que se educa? Fazê-los é fácil... o mais difícil vem depois. Como proteger um filho adolescente daquelas coisas que sabemos que podem vir a acontecer, simplesmente por causa dos efeitos idade... e que mesmo assim sabemos que eles vão ter de acabar por passar por elas? Passamos por maus, por não lhes darmos a liberdade? Deixamos simplesmente que aconteçam? Proibimos? Qual a melhor solução?
No final, quando me deito a pensar no assunto, sinto que não os podemos realmente proteger de tudo. Que a vida acaba por se encarregar de dar as grandes lições, e que nos cabe a nós estar em casa, à espera, com uma caneca de chá, prontos para uma conversa e longos abraços.
Dar as bases, a nossa experiência, os conselhos, e esperar pelo melhor: Que os nossos ensinamentos lhes façam efeito, ou que depois de errarem por quererem na mesma experimentar, tenham a força de nos vir contar apesar de tudo, e que saibam que estamos lá para eles. É tão difícil imaginar que terei um filho ou filha a passar pelas dúvidas e confusões que já passei. O que fazer?
Sei que sou grata pela educação que tive, pelos pais que tenho... e especialmente, pela porta que me deixaram sempre aberta. Sempre soube que não importa o que fizesse, bom ou mau, podia desabafar com eles. E isso fez de mim quem hoje sou. Por vezes não gostaram do que lhes disse, por algumas vezes podem ter pensado que falharam, mas sei que a nossa relação de confiança cresceu, a cada conversa, a cada ataque de choro. Sou a filha mais velha, e sempre fui muito protegida enquanto cresci. O mesmo aconteceu com o meu irmão mais novo, de agora 22 anos. Na altura, quando nasci, os meus pais eram novos, inexperientes, como o são tantos pais de alunos meus da escola onde dou aulas. Não sei o que fiz neste mundo para merecer tanta sorte na educação que tive. 
Recorrentemente tenho alunos a vir falar comigo para desabafar. Alguns deles, sentem que não têm ninguém a quem contar as coisas que lhes acontecem fora da escola. Pais inacessíveis, que não se preocupam, ou que simplesmente não querem discutir sobre problemas absolutamente normais da adolescência, que para eles são passageiros, mas que para um adolescente são grandes causadores de sofrimentos, angústias e frustrações.
Faço o melhor que posso, mas de facto, não sou a mãe deles... nem sei como reagirei em muitos casos um dia quando tiver filhos. Mas quero ter este texto escrito para me lembrar sempre que não importa o que aconteça, quero que me confiem não só as coisas boas, como também aquelas que os fazem tristes, que os envergonham e que os deixam angustiados. 
Quero lembrar-me que por mais terrível que possa ser qualquer situação, é da minha responsabilidade ter sempre o abraço quente pronto a dar... manter a calma, e estar grata, porque tal como um dia eu pude contar com os meus pais, estas pessoas que serão parte de mim também poderão contar.
Deve ser tão difícil ser pai... ser mãe.
Estou grata pela confiança que os meus alunos têm em mim, e quero realmente que me vejam como uma amiga, para além da pessoa que lhes dá matéria.
Quero esforçar-me por me lembrar que só se vive uma vez, e que há tantos jovens a sofrerem sozinhos.
Estou grata pela estrelinha que me proporcionou o Marco e a Micá... que assim que souberam que o meu irmão de 22 anos ficou doente, nos cruzeiros onde trabalha, e que foi deixado em Miami, sozinho para recuperar, moveram mundos e fundos para ir ter com ele... para lhe dizerem que está tudo bem,  que partem fronteiras a murro se for preciso, só para o poderem abraçar e dar o carinho e amor que qualquer filho que é trazido a este mundo merece.
Prometo que quando chegar a minha vez, não tentar atingir o ser perfeita, porque isso é impossível, mas que vou fazer por estar sempre lá.
Obrigada.
Love, Lu*
Ana Luisa*


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Amanhã, para começar bem o dia...

09.04.13

... a minha segunda convidada para o Guest Post...

 

[Adivinham? Pista: não é a Me... ainda!!]

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Guest Post...

02.04.13

Pfff... ninguém acertou na minha primeira convidada!!

 

(Já estou a tratar das convidadas que se seguem. E dos convidados. Eventualmente.)

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Guest Post #1_Bridezilla

02.04.13

{A minha primeira convidada é uma descoberta recente, para mim. Encontrei o blog dela há pouco tempo, foi por causa dela que aterrei na Papel, é com ela que escrevo a quatro mãos o Frente&Verso. Conheçam um bocadinho da Margarida, jornalista maravilhosa que "mora" no blog Cenas Diversas. Espero que gostem! E obrigada, Margarida!!}

 

 

Eu sempre disse que as pessoas se enervavam demasiado com a história dos casamentos, mas começo a calar-me em segredo enquanto o grande dia se aproxima a passos largos. É certo que vamos fazer uma coisa pequenina, que só convidámos as pessoas mais próximas, que tivemos mais do que tempo para preparar tudo. A saber: comprámos as alianças quando ainda faltavam seis meses, para aproveitar a baixa do preço do ouro;  a quinta e o ‘catering’ praticamente já estavam decididos e foram marcados com o mesmo tempo de antecedência.; o  tecido para o vestido de noiva foi comprado cinco meses antes [o que significa que andei a experimentar vestidos uns sete meses antes do grande dia]; os sapatos foram mandados fazer ainda no ano passado e os convites ficaram prontos a quatro meses do dia…

 

O problema é que com a teoria de que “ainda falta imenso tempo”, de repente não falta tempo nenhum e ainda há imenso que fazer. E obviamente os noivos não tiraram férias antes do dia porque a) recusamo-nos a perder dias de Verão para organizar algo que está praticamente organizado, e b) acho que a tensão dos dias anteriores ia dar cabo de mim se estivesse sem trabalhar.

 

Mas eu sou uma pessoa que se enerva. E já estou aqui em tremores porque os padrinhos ainda não fizeram as orações dos fiéis que lhes competem quando eu já preparei todo o livro da celebração. Estou a organizar-me para fazer uma lista do que temos para deixar preparado nos dias anteriores ao Wedding Day: as malas para a Honey Moon, a mala para a noite pós-casório,  a chave de casa entregue aos amigos ‘pet-sitter’, o calendário do que tem que ser pago e a quem… Depois há aquelas coisas de que ninguém dá conta,  mas que ocupam uma boa parte do nosso tempo: confirmar presenças, pensar na organização das mesas, confirmar as flores para todo o lado, enviar os conteúdos para que as nossas amigas-mais-fofas possam fazer as ementas, os marcadores de mesa e por aí vai. Falar com o fotógrafo, com o DJ, com os senhores do ‘catering’. Marcar massagens, limpezas de pele, cabeleireiro.

 

Se tudo isto é importante? Não, não é o MAIS importante. Temos plena consciência de que seríamos felizes a casar, somente, sem grande festa a seguir. Mas tal como numa festa de aniversário, queremos que o dia corra bem. Queremos que as pessoas se sintam confortáveis e bonitas numa festa que também é delas, porque os nossos amigos e familiares são parte deste caminho que tem no nosso casamento uma etapa muito muito importante. Queremos ter tudo preparado antes do dia para garantir que conseguiremos viver o momento sem dramas, sem pressas, sem sobressaltos.

 

Há dias em que, confesso, dou por mim a pensar: “onde raio tinha eu a cabeça para me meter nisto”? Mas logo a seguir a resposta aparece: quero, queremos que as nossas pessoas sejam parte da nossa felicidade. Agora, há que saber contrabalançar os nervos e não fazer disto um drama.

 

Por norma os meus momentos de tensão só aparecem à noite. Se estou ansiosa durante o dia? Sim, às vezes. Mas só quando estou efetivamente a tratar de coisas para o casamento é que a tensão se agudiza. No entanto, há um trabalho que tem que ser feito para evitar entrar no estado ‘bridezilla’, sobretudo quando falta tão pouco tempo. Para quem estiver interessado, as minhas ‘top tips’:

  1. Não falar somente do casamento. À pergunta “está tudo tratado, não está?”, a resposta é sempre: “Sim, está tudo praticamente pronto”. Isto não só nos convence como evita que outros criem tensões sobre nós.
  2. Ter uma folha – um caderno, um bloco de notas – com tudo anotado com os prazos a cumprir. Isto ajuda a esquematizar e a não entrar em pânico sem necessidade.
  3. Não sucumbir à histeria das amigas, nem permitir que façam perguntas em catadupa ou que deem sugestões sobre tudo. Parece uma medida dramática, mas chega uma altura em que é preciso tomar decisões sozinha(o) ou somente em casal. Não é por mal. É para garantir alguma sanidade mental.
  4. Delegar tarefas. É a mais difícil e mais importante decisão a tomar. Um mês antes já sei exatamente quem estará responsável por quê no grande dia e vos garanto que até o meu telefone vai estar longe de mim. Delegar tarefas para uma ‘controll-freak’ como eu é um drama mas tenho a certeza de que também vai ser – já está a ser – uma bênção.
  5. Assumir com o noivo um compromisso muito sério: vamos divertir-nos MUITO no dia do nosso casamento. Se não, nada disto terá valido a pena!

 

PS – Obrigada Lénia, pelo convite. Serviu, também, para me ajudar a esquematizar o que ainda falta fazer. E na verdade não falta quase nada. Olha que boa surpresa... :D

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Guest Posts

01.04.13

Há por aí, blogosfera fora, gente que merece ser lida, gente que sabe escrever, gente interessante. Decidi convidar essas pessoas, que me dizem alguma coisa, de quem gosto e cuja escrita sigo, para escreverem posts aqui. Liberdade total para escreverem sobre o que lhes apetecer, para se darem a conhecer num espaço que, não sendo seu, acaba por ser também um bocadinho seu. Para mim, é abrir a porta da minha casa e convidar amigos para um lanche. Espero que gostem dos meus convidados e do que eles têm a dizer...

 

A primeira convidada entra em cena amanhã. Adivinham quem é?

 

[Ah, e não, não é mentirinha de 1 de Abril. Este ano passo...]

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