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[A minha convidada de hoje é a Rita Varela... que é a grande responsável pela minha mudança de perspectiva. Foi a Rita que me fez perder o medo de saltar para fora da minha "caixa", foi a Rita que me mostrou que não há problema nenhum em aproveitar aquilo que tenho e em sentir-me bem comigo mesma. Obrigada por isso, Rita... e por este texto!]
Paixão
Existem diferentes tipo de paixões, as passageiras e as que duram uma vida, mas aprendi
que, quer uma, quer outra, devem ser capturadas por nós quando damos por elas.
Todos nos dizem que devemos ser felizes, mas poucos lutam por o ser, poucos vivem
com paixão, porque é difícil, porque dá trabalho, porque somos naturalmente comodistas,
sair da zona de conforto, da normalidade dá trabalho, mas acreditem que vale a pena.
Apesar de nos dizerem de pequeninos que devemos ser felizes, que nos devemos
apaixonar pelas coisas, muitos se incomodam com a felicidade dos outros, a felicidade
daqueles que vivem com paixão e apaixonadamente.
Disso sou eu testemunha. Falo na primeira pessoa, senti na pele o estigma de quem quis
ter na realidade o que sabia ser a sua paixão. Como disse no inicio, a paixão tem muitas
formas e eu encontrei a paixão por uma profissão. Abdiquei da profissão normal e “certa”
para ter algo diferente, algo que tinha a certeza que me iria apaixonar e fazer feliz todos
os dias.
Posso dizer que neste processo tive muita sorte, primeiro por ter conseguido retirar dos
confins da minha mente a ideia do que queria mesmo fazer. Algo muito complicado e que
estava coberto por várias camadas de crenças e preconceitos, que haviam sido colocados
durante toda a minha vida, mas consegui, consegui trazer para a luz do dia o que sabia
ser a minha paixão.
Esta foi a primeira dificuldade, a descoberta. A segunda foi seguir em frente, deixar para
trás o que era de gente grande e “certo” e correr para a frente. Deixar de ouvir os que não
acreditavam. Tive sorte outra vez, tive pilares que me sustiveram na caminhada, que não
me deixaram cair, pilares em quem eu pode recorrer e que sabia estarem sempre lá para
me apoiar.
Ainda há uma terceira dificuldade, a luta para me manter à tona de água, para ser alguém
fazendo o que me apaixona, mas mesmo nisso tenho sorte, porque me foram aparecendo
pessoas fantásticas que não me conheciam, como a Lénia, que vão renovando sempre a
minha paixão pelo que faço, aprendendo comigo e pondo em prática o que lhes ensinei,
sendo mais felizes depois de nos termos encontrado.
Sei que, pelo caminho que tenho pela frente, vão surgir novas paixões, e eu só desejo
conseguir vê-las para as agarrar, para lutar por elas e para as largar quando daí não vier
mais nenhuma paixão, quando não me trouxerem mais felicidade.
Na minha mente está sempre presente que só vivemos uma vez e tenho de ser feliz
enquanto cá estou, não tenho outra oportunidade para o ser.
Quando a Lénia me convidou para escrever qualquer coisa, fiquei em pânico, mas
agora agradeço-lhe por ter me ter dado liberdade, por me ter deixado escrever o que me
apetecesse, por me ter dado este momento de felicidade. Obrigada.
Como diria Raul Solnado “Façam o favor de ser felizes!!!”
[A Ana Luísa, para mim, significa... inspiração. Não me canso de lho dizer. Gosto muito dela, gosto da energia dela, acho-a uma das personalidades blogosféricas com mais sumo. E quis "espremê-la" aqui, na minha «casa». Felizmente ela aceitou! Obrigada, Lu!!]
... a minha segunda convidada para o Guest Post...
[Adivinham? Pista: não é a Me... ainda!!]
Pfff... ninguém acertou na minha primeira convidada!!
(Já estou a tratar das convidadas que se seguem. E dos convidados. Eventualmente.)
{A minha primeira convidada é uma descoberta recente, para mim. Encontrei o blog dela há pouco tempo, foi por causa dela que aterrei na Papel, é com ela que escrevo a quatro mãos o Frente&Verso. Conheçam um bocadinho da Margarida, jornalista maravilhosa que "mora" no blog Cenas Diversas. Espero que gostem! E obrigada, Margarida!!}
Eu sempre disse que as pessoas se enervavam demasiado com a história dos casamentos, mas começo a calar-me em segredo enquanto o grande dia se aproxima a passos largos. É certo que vamos fazer uma coisa pequenina, que só convidámos as pessoas mais próximas, que tivemos mais do que tempo para preparar tudo. A saber: comprámos as alianças quando ainda faltavam seis meses, para aproveitar a baixa do preço do ouro; a quinta e o ‘catering’ praticamente já estavam decididos e foram marcados com o mesmo tempo de antecedência.; o tecido para o vestido de noiva foi comprado cinco meses antes [o que significa que andei a experimentar vestidos uns sete meses antes do grande dia]; os sapatos foram mandados fazer ainda no ano passado e os convites ficaram prontos a quatro meses do dia…
O problema é que com a teoria de que “ainda falta imenso tempo”, de repente não falta tempo nenhum e ainda há imenso que fazer. E obviamente os noivos não tiraram férias antes do dia porque a) recusamo-nos a perder dias de Verão para organizar algo que está praticamente organizado, e b) acho que a tensão dos dias anteriores ia dar cabo de mim se estivesse sem trabalhar.
Mas eu sou uma pessoa que se enerva. E já estou aqui em tremores porque os padrinhos ainda não fizeram as orações dos fiéis que lhes competem quando eu já preparei todo o livro da celebração. Estou a organizar-me para fazer uma lista do que temos para deixar preparado nos dias anteriores ao Wedding Day: as malas para a Honey Moon, a mala para a noite pós-casório, a chave de casa entregue aos amigos ‘pet-sitter’, o calendário do que tem que ser pago e a quem… Depois há aquelas coisas de que ninguém dá conta, mas que ocupam uma boa parte do nosso tempo: confirmar presenças, pensar na organização das mesas, confirmar as flores para todo o lado, enviar os conteúdos para que as nossas amigas-mais-fofas possam fazer as ementas, os marcadores de mesa e por aí vai. Falar com o fotógrafo, com o DJ, com os senhores do ‘catering’. Marcar massagens, limpezas de pele, cabeleireiro.
Se tudo isto é importante? Não, não é o MAIS importante. Temos plena consciência de que seríamos felizes a casar, somente, sem grande festa a seguir. Mas tal como numa festa de aniversário, queremos que o dia corra bem. Queremos que as pessoas se sintam confortáveis e bonitas numa festa que também é delas, porque os nossos amigos e familiares são parte deste caminho que tem no nosso casamento uma etapa muito muito importante. Queremos ter tudo preparado antes do dia para garantir que conseguiremos viver o momento sem dramas, sem pressas, sem sobressaltos.
Há dias em que, confesso, dou por mim a pensar: “onde raio tinha eu a cabeça para me meter nisto”? Mas logo a seguir a resposta aparece: quero, queremos que as nossas pessoas sejam parte da nossa felicidade. Agora, há que saber contrabalançar os nervos e não fazer disto um drama.
Por norma os meus momentos de tensão só aparecem à noite. Se estou ansiosa durante o dia? Sim, às vezes. Mas só quando estou efetivamente a tratar de coisas para o casamento é que a tensão se agudiza. No entanto, há um trabalho que tem que ser feito para evitar entrar no estado ‘bridezilla’, sobretudo quando falta tão pouco tempo. Para quem estiver interessado, as minhas ‘top tips’:
PS – Obrigada Lénia, pelo convite. Serviu, também, para me ajudar a esquematizar o que ainda falta fazer. E na verdade não falta quase nada. Olha que boa surpresa... :D
Há por aí, blogosfera fora, gente que merece ser lida, gente que sabe escrever, gente interessante. Decidi convidar essas pessoas, que me dizem alguma coisa, de quem gosto e cuja escrita sigo, para escreverem posts aqui. Liberdade total para escreverem sobre o que lhes apetecer, para se darem a conhecer num espaço que, não sendo seu, acaba por ser também um bocadinho seu. Para mim, é abrir a porta da minha casa e convidar amigos para um lanche. Espero que gostem dos meus convidados e do que eles têm a dizer...
A primeira convidada entra em cena amanhã. Adivinham quem é?
[Ah, e não, não é mentirinha de 1 de Abril. Este ano passo...]