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Conversas de homens

28.02.14

Isto foi o que o meu marido partilhou ontem no facebook dele. Acho a conversa demasiado deliciosa (e memorável!) para não partilhar...

 

5 da manhã. Estou para sair de casa e ir trabalhar, mas antes o ritual de todos os dias: dar beijo à mulher, à filha e tirar o mais novo da cama para fazer xixi.
Enquanto se alivia, toca na masculinidade e exclama:

 

- Pai, a minha pilinha tá muito grande e dura.
- Pois é.
- Porquê?
- É mesmo assim, 'tá tudo bem.
- A tua pilinha também fica assim grande e dura?
- Às vezes, filho.
- BOA, PAPÁ!!!!!

 

 

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3

21.01.14
[Há 3 anos não estava este temporal. Há 3 anos saí de casa a saber que, quando regressasse, seria contigo aninhado no colo. Há 3 anos almocei sushi e comi até as dores me deixarem comer. Há 3 anos rebentaram-me as águas em cima de uma lomba, em Carnaxide, entre o shopping e a casa dos nossos amigos, o barulho de uma tampa a ser arrancada, garrafa aberta, um osso a partir. E a dor, uma dor aguda e Rebentaram-me as águas, Ai, caraças, vais-me sujar o carro todo, Não vou nada, vais ver. Não sujei. Nem uma gota sequer. Há 3 anos entrei no hospital, disse ao que ia, fui à casa de banho antes de ser internada. Ninguém me mexeu para confirmar a ruptura da bolsa, Sim senhora, vai ficar internada, vou dar-lhe as coisas para mudar de roupa, pode tomar um duche se quiser. Quis, claro que sim. Um duche e contracções. Soube-me tão bem, sabia lá eu quantas horas até poder tomar um duche como deve ser. Três e meia, três dedos de dilatação, Sala de Partos 1, a mesma onde nasceu ela, 3 anos e 1 mês antes. Quatro horas. Dr. Miguel, anestesista, a primeira pessoa que conseguiu anestesiar-me sem que eu me sentisse a morrer. Epidural que não pegou. Que se lixe, já o parto dela tinha sido com epidural-sem epidural, aquilo não há maneira de pegar em mim - achava eu; um ano e meio depois, no aborto, pegou e foi a coisa mais fácil de sempre. Quatro e meia, dilatação completa (sim, numa hora - é o que me faz a epidural), Mãe, vai fazer força mas ainda não é para ele nascer, ele está muito subido, primeiro vamos ajudá-lo a descer, não se preocupe, isto pode demorar, mas nós estamos aqui. Se ao menos me tivessem explicado isto no parto dela, talvez eu não tivesse panicado e não tivesse berrado por um médico e implorado por uma ventosa que foi mesmo a solução final. Cinco e trinta e oito, é lindo - não era nada, era muito moreno, cheio de sangue, mas era meu e estava ali, no meu peito, um parto fácil, um parto curto, um parto com dores que acabaram ali, no segundo em que ele nasceu.
21 de Janeiro de 2011, 17:38. Parabéns, filho. Parabéns, André.]
 

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Filho único fake

19.12.13

Aproveitei o início das férias da miúda para uns mimos com cada um dos filhos, a solo. Ontem peguei nela e levei-a a ver o "Frozen" e a almoçar no McDonald's. Passeámos, conversámos, divertimo-nos, num dia só para ela.

Hoje foi a vez do mais novo. Levei-o a estrear-s eno cinema, com o "A Revolta dos Perus". Almoçámos no PáteDonáles, a pedido dele. Fizemos compras de supermercado (a maior seca da vida para ele que, mesmo assim, aguentou bem a coisa), brincámos, conversámos, passeámos e divertimo-nos os dois.

A ideia não foi ter um dia com cada um, porque isso é coisa que até acontece com alguma frequência, graças à diferença de idade deles. A ideia foi mesmo levá-los aos dois ao cinema, para ver coisas adequadas à idade e ao gosto de cada um. Podia ter levado o miúdo a ver o "Frozen" ontem, é certo, mas ele não ia ter achado tanta graça como achou ao filme dos perus. E eles os dois juntos, embora se dêem bem, de vez em quando flipam e é guerra de meia noite. E não me apeteceu andar a fazer de Suíça e a sanar disputas... portanto, um em cada dia, com mimos exclusivos.

 

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...

05.11.13

Já estava a ressacar: desde quinta que não treinava em condições (na sexta fiz um treino super rápido, de meia hora, ou seja, 1/4 do que normalmente faço). Hoje teve que ser: peguei no miúdo e arrisquei. O pior que podia acontecer era chegar lá, ligar a passadeira, ele fazer uma birra (ou portar-se horrivelmente mal - yep, às vezes os meus filhos portam-se horrivelmente mal!), eu desligar a passadeira e virmos embora. Não aconteceu. Deixou-me correr 1.5km e andar mais 0.5km, deixou-me fazer 15 minutos no stepper e deixou-me fazer o treino de hoje, que era o mais curto de todos. Andou por lá a brincar com os peluches dele (deitado numa passadeira e a arrastar-se pelo chão!), brincou com uma bola de Pilates, mas aguentou bem o tempo que lá estivemos (mais ou menos 1h30). Vim de lá de alma lavada, com a t-shirt ensopada e o corpo leve, leve.

 

[Mas palpita-me que amanhã não vai querer ficar na avó... dias de mimo de mãe são imbatíveis! Andamos os dois de coração cheio, é o que é!]

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Agendando

04.11.13

Agenda de Novembro preparada. Tantos planos, tantos. Haja ânimo. Adoro estes dias em que, saindo da rotina, acabo por fazer tanto ou mais do que nos dias normais. Apetecia-me, contudo, esquecer a agenda por umas horas e agarrar-me ao livro do momento com um chocolate quente. Não pode ser - nem o livro, nem o chocolate quente (estou mesmo a ver se domestico a minha adição por doces). Tenho o meu filho a dormir e vou ter que o acordar - temos que ir buscar a mais velha à escola. Vai haver birra monstra e má disposição para o resto do dia. A casa começa a cheirar à perna de peru que está no forno, a assar devagarinho. Já estou de luz acesa há quase uma hora, odeio esta altura do ano por isto, por este anoitecer antecipado que me dá a sensação de dias curtíssimos que não rendem nada (mas rendem). Reescrevi um parágrafo fundamental para mim e acho que finalmente está como merece. Vou recuperar duas séries de posts aqui para o blog, começando já amanhã.

 

Gosto muito de vos ter por cá, não sei se já vos tinha dito!

 

 

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As coisas que o meu filho diz

12.09.13

- És linda.

- És uma pincheja.

(Acabado de acordar da sesta) - Mãe, já tabalhaste muito?

- Tou a fazer xixi na sanita, como o pai faz.

- Cupa, foi xem querer.

- Tenho muitas saudades tuas, mamã/papá/mana.

- Goto muito de ti.

- Dá cá isso imediatamente!

 

(Uma delícia!)

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Do baptizado

02.07.13

Sábado foram dezoito horas em pé, a cozinhar. Fiz tudo o que podia fazer antecipadamente e só deixei as finalizações para o dia B. Deitei-me às 4h, para me levantar às 8h... Claro que estava de rastos, mas paciência. No domingo acordámos, despachámo-nos calmamente, tudo sem stresses nem correrias. Na igreja, o pimpolho portou-se como um homenzinho (a sério, surpreendeu-me! Ele é um bocado ousado nas reacções que vai tendo e estava mesmo à espera que ele dissesse um disparate qualquer daqueles a que achamos muita graça em casa mas que, perante um padre, não têm gracinha nenhuma...). Foi tudo calmo, muito bonito mesmo.
Viemos para casa, para o almoço... e toda a gente mudou de roupa! Bem, quase! Mas quem estava de saltos e roupinha pipi desfardou-se e vestiu coisas práticas e confortáveis - e eu adoro isto, este à vontade e esta total falta de cagança! Fui para a igreja montada nuns saltos de 12cm, mas assim que cheguei a casa pus-me de sandálias raras, calções e top. Há lá coisa melhor??

Vamos à ementa: bacalhau com natas, que só faltou gratinar no dia. Pavlova. Mousse de Oreos. Bolo de baptizado. (Estes fui eu que fiz). Pão de ló com fruta, tarte de frutos vermelhos, tarte de coco, tarte de amêndoa, cortesia dos convidados. Sangria (muita!). Estava tudo tão bom...!!

Portanto almoçámos e depois, enquanto uns jogaram às cartas, outros dormitaram espalhados pelo sofá e pelas camas. Foi tudo deliciosamente simples, sem complicações: um convívio de família normalíssimo, mas que me deixou ainda com mais pena de nenhum dos meus filhos fazer anos no verão! Festas nesta altura são outra loiça! Estou a pensar seriamente em passar a comemorar os anos-e-meio deles! Assim, em vez de juntar aqui a família em Dezembro e Janeiro, passo a juntá-la em Junho e Julho! Não é muito mais fixe? Eu cá acho que sim!!

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Detox

13.05.13

O meu infante é, como já aqui contei, completamente viciado num doudou (daqui em diante chamado "bié"). Adoptou-o aí com uns 4 meses e desde então dorme SEMPRE com aquilo. O bié - uma ovelha que já saiu das lojas há muito tempo - é filho único porque nunca consegui arranjar um igual. Aquilo já sofreu um bocado. O último acidente envolveu um microondas e chamas (sim, chamas de fogo), mas mamãe (a minha, não eu) conseguiu recuperar a coisa cortando o tecido queimado e substituindo por tecido novo.

 

Acontece que na semana passada, em compras com a infanta, ela pediu para a deixar comprar um boneco para o mano. Deixei. Dois euros investidos num pequeno cavalo de peluche. Chegámos a casa, ela ofereceu-lhe aquilo e o pequeno infante não mais largou o boneco. À noite, hora de dormir, "on'tá o bié?", pergunta ele ansioso pelo seu doudou do costume. Disse-lhe que tinha ficado em casa da avó, sugeri que dormisse com o cavalo. Ele dormiu. A noite toda. Ficou meio sem saber o que fazer aos dedos em que costuma chuchar (aquilo costumava ser um mix de dedos e ponta do doudou), mas adormeceu sem problemas. Sesta de sábado e o bié ainda em casa da avó. Sábado à noite e o bié na avó. Domingo idem aspas. Hoje saiu de casa com o cavalo na mão, sem perguntar pelo bié. Suponho que vá dormir a sesta na avó com o cavalo, não se lembrando de que passei o fim-de-semana a dizer-lhe que o bié estava lá (sim, é um facto... de vez em quando os pais mentem aos filhos). E, caso a coisa se dê, daqui a bocado arranco para a loja dos cavalos a dois euros e arranjos mais exemplares... de outras formas, para ver se ele se habitua a dormir com um qualquer em vez de ser com "aquele" em particular (e isto seria uma enorme vitória porque o crianço tem um quê de OCD e quando mete uma coisa na cabeça tem que ser daquela maneira e por aquela ordem e tal...).

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Dez da manhã...

05.02.13

... e o infante ainda dorme! Ontem a irmã ficou a dormir nos avós e eu decidi deixar este dormir à vontade. Sem pressas, para recuperar como deve ser. Dormiu a noite toda, não chamou vez nenhuma. Já passou...

Update: acabou de acordar.

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Update

04.02.13

O infante passou a manhã na cama. Dormiu três horas sem fazer um barulhinho sequer. Acordou como novo, bem disposto e brincalhão. Dei-lhe mais chá preto com açúcar e ele só a implorar por água... Dei-lhe água a medo, a achar que ia vomitar tudo. Não vomitou. Começou a implorar por bolachas. Dei-lhe umas bolachas Maria, que ele segurou bem no estômago. Parece-me que, o que quer que isto tenha sido, já passou...

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Segunda feira diabólica

04.02.13

Esta semana começou mal. Infante acorda a queixar-se de dores de barriga. Como anda meio avariado relativizo. Fazemos tudo como normalmente. Chegamos a casa da avó, ele vai para a sala, eu vou à cozinha. Quando vou ao pé dele constato que o pequeno acabou de vomitar para o chão (não vomitou grande coisa porque ainda não tinha tomado o pequeno-almoço). Sento-me com ele no sofá, a dar mimo. Decido trazê-lo de volta a casa, para ver se com mimo de mãe a coisa passa. Levanto-me do sofá e percebo que tenho as calças molhadas. O infante, além de ter vomitado no chão, vomitou para cima do sofá... Continua murcho e voltamos à base. Entramos no café onde eu bebo uma bica e ele pede uma torrada que depois se recusa a comer. Pede água e, como está a desidratar, dou. Bebe e continua ao meu colo, prostrado, coisa que não é nada dele. Voltamos para casa. Ponho-o no mudador para lhe vestir o pijama. Ele inclina-se para a frente e toda a água que bebeu no café sai em jorro. Ligo ao pediatra, que me manda dar-lhe chá preto açucarado e me proíbe de lhe dar sólidos nas próximas seis horas. Faço-lhe uma caneca de chá com açúcar, que lhe vou dando com a ajuda da seringa do Aerius. Ele bebe o equivalente a uma chávena de café (mal cheia). Deito-o. Adormece.

Agora estou a tentar despachar trabalho. É provável que hoje não consiga fazer grande coisa. Sem problema. Só não gosto nada de ver o infante espevitado assim, caído e murchinho...

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Chucha

30.01.13

Pois que o senhor pediatra dos meus miúdos mandou arranjar uma chucha para o infante. Sim, agora... com dois anos. Porquê? Porque ele chucha nos dedos desde que nasceu. E é muito mais difícil largar dedos do que chuchas. Já com a miúda tinha sido assim. Chuchava no dedo, depois arranjou uma ferida brutal entre os dedos, tive que lhos entrapar e arranjar uma chucha. Tinha um ano e meio. Resultou. Largou-a com cerca de três anos, antes de o irmão nascer. Não foi nada problemático e ficou o problema resolvido. Portanto na semana passada lá fui eu à procura de uma chucha que pudesse agradar ao infante. Comprei uma da Nuk com um Mickey, personagem que ele adora. Fiz uma palhaçada com a chucha e ele lá ficou a dormir com ela. Até ver, está a correr bem. Vai resultar? Não sei... mas espero que sim!

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Da festa do infante

28.01.13

Fiz esta sobremesa (que toda a gente adorou).

Fiz este bolo (que já tinha sido um sucesso nos anos da irmã).

Fiz uma quiche (massa folhada, bacon, fiambre, cebola e cogumelos, mais seis ovos e leite a olho, sal e pimenta, meia hora de forno e está feito).

E houve semifrio de natas e torta de laranja e tarte de amêndoa, pelas mãos da minha mãe e da minha cunhada e estava tudo delicioso.

 

No fim, arranjei quatro caixas e despachei tudo o que sobrou... senão, além dos últimos sete dias de disparate, tinha mais uma semana de engorda violenta e não posso. Porque mais dois quilos... e deixo de ter roupa que me sirva!

 

Ah, e o bolo ficou assim:

(Barrei o bolo. Recortei um 2 em cartolina, que pus ali no meio. Espalhei confetis por cima.
Retirei o 2. Corrigi os buracos de creme que ficaram porque o dito foi agarrado ao 2.)

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2

23.01.13

O meu crianço mais pequeno fez dois anos. E, em jeito de presente, apanhou uma constipação épica. Para colorir ainda mais a coisa, o dia de anos dele foi aquele dia em que o IC19 esteve cortado a manhã quase toda. E era o dia da consulta com o pediatra. Era. Porque, depois de termos demorado uma hora e meia para andar sete quilómetros, desisti, dei a volta ao cabvalo e demorei cinco minutos a fazer os sete quilómetros de volta. Entretanto a constipação piorou, o que calha mesmo bem, visto que remarquei a consulta para amanhã.

 

Mas, bom, dois anos. Frases complexas, raciocínios lógicos e claríssimos, cortesia da irmã que puxa mesmo muito por ele. Conta até dez com algumas omissões avulsas. Não reconhece as cores. Reconhece tudo o que é bicharada. Adora livros. Conhece a família toda (a mais chegada, vá). Tem uma paixão assolapada pela Lia. Tem outra paixão assolapada pelo Mário e pela Joana (padrinho da irmã e respectiva senhora). É meigo e doce e urra como um jogador de rugby da selecção neozelandesa. É teimoso. Muito teimoso. É lindo. Igual ao pai. É nosso... há dois anos.

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Cantiga de embalar

30.11.12

Na nossa última ida à terra o senhor meu filho habituou-se a que eu lhe cante uma canção antes de o deitar. Logo eu, que sou praticamente uma Callas...! Bom, lá na terra, perante a insistência dele em não se querer deitar, sentei-o ao colo e comecei a cantarolar. Daí até tornar isto num hábito foi um tirinho. Agora o ritual repete-se: mudar a fralda, vestir o pijama, pegar no "bié" (o boneco nojento sem o qual ele não dorme em lado nenhum), pegar-lhe ao colo, encostá-lo no meu ombro e cantar - sempre a mesma música, adaptada a ele: "ó papão vai embora, lá de cima do telhado, deixa o meu bebé dormir, um soninho descansado". 

 

Ontem, porém, o cantor de serviço foi o senhor marido. Que não conhece a música de embalar. Mas conhece outras... Portanto, crianço encostado no ombro do marido e começa a cantoria:

 

"SLB... SLB... SLB... GLORIOSO SLB... GLORIOSO SLB..."

 

Lá fui eu salvar o puto. Peguei nele, começo a cantar a canção do costume e o pigmeu vira-se:

 

"Ó MÃE, ÉXA NÃO. ÉTA: ÉX-Ú-VÊ..."

 

E ali fiquei eu, a cantar o mix SLB-papão-SLB... (e o paizinho ao longe a rir e a murmurar "está convertido"!)

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O pimpolho

09.10.12

Eu sempre achei que a minha filha falava demais. Aprendeu a falar cedo e começou a apanhar tudo o que lhe dizíamos. Nunca foi preguiçosa para a converseta. Quem a conhece sabe que o middlename dela é tagarela.

 

O puto consegue ser ainda pior. Já perdi o norte ao que ele diz, não consigo reproduzir tudo. A explicação é simples: mãe tagarela, avó tagarela, irmã muito tagarela, tudo a puxar por ele. E ele becabeca fechà póta, põe a uúz, num faz baúlho, obiáda, num quélo, um dôs tês caco chinco ôto dez, que papále a caninha à mão, qué vê a jêba, felôle, có ixencha, cupa, qué í à úa, já culou... E mais milhares de coisas perfeitamente perceptíveis (ok, talvez só para quem lide com ele regularmente...). Portanto, continua a ser meio tropeço a andar, mas falar...

 

[Traduzindo aquilo ali em cima: fecha a porta, acende a luz, não faças barulho, não quero, um dois três quatro cinco oito dez, quero comer a carninha com a minha mão, quero ver a zebra, por favor, com licença, desculpa, quero ir à rua, já acordou...]

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O belo adormecido

20.08.12

Os sonos do meu filho são a um tempo imprevisíveis e certinhos. Ontem, por exemplo: acordou cedo, dormiu uma sesta grande a meio da manhã e isso fez com que não dormisse à tarde. Ao anoitecer, moido e com o jantar ainda atrasado, deitei-o para que passasse pelas brasas. Ele passou pelo incêndio, salvo seja. Deitou-se às 19h15. Por volta das 22h fui mudar-lhe a fralda... nem deu por mim. Acordou hoje às 8h10. Voltou a dormir das 10h às 11h30 e agora está de novo a dormir... E isso faz com que ande com a pedalada toda quando está acordado. Fica bem disposto, brinca, ri-se. Não anda rabugento nem chato nem desesperado de sono. E quando dorme, dorme como dever ser (apesar de ser do contra e dizer, quase sempre, que "num quéo" dormir).

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O meu filho é um doce!

26.07.12

Há bocado, já sentado no seu trono para almoçar, viu-me dar um beijo à irmã. E disse imediatamente "mãe, qué beichinho!". Encostou-se a mim para que o mimasse. E eu mimei. E ele sorriu derretido... É tão fofo... e bruto. Mas a meiguice supera a brutalidade que, quero crer, é apenas reflexo da testosterona que lhe corre por dentro.

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Um

23.01.12
Faz hoje um ano que te trouxemos para casa. Moreníssimo (icterícia!), cabelo preto (quem diria...), a cara fotocopiada do teu pai (e da tua madrinha e da tua avó). Um bebé sereno, doce, capaz de me fazer mudar de ideologia.
Sempre achei que só ia ser mãe de meninas. Pancadas, não ligues. Acreditava que teria pelo menos duas e nunca pus sequer a hipótese de vir a ter um rapaz. Quando, na primeira ecografia, o médico apostou que eras um menino, fiquei meio incrédula e não digeri muito bem. O teu pai zangou-se comigo, imagina. Depois adaptei-me e já nem pensei mais no assunto. Eras um rapaz e ia ser igualmente bom. E foi. Tirando que me deste uma gravidez péssima, mas isso é um detalhe. Deste-me um parto santo (se ignorarmos que tiveste que ser mandado sair e que, por ti, acho que ficavas lá até maio), foste logo uma paz de alma que dava gozo cuidar.

E mudaste o meu mundo. Evito comparar-te à tua irmã, mas é impossível. És mais reguila, mais rebelde, mais magrelas e mais mexido. Mas também és mais doce. E mais difícil, o que é bom!

Eu, que sempre sonhei vir a ter um filho aquariano (apesar de ficar bem dizer que não se liga a signos e que não se percebe nada disso, eu acho graça. E sou aquariana e queria ser mãe de um aquariano, pronto), quando fiz contas ao tempo de gravidez e percebi que a tua data prevista para o parto era 19 de janeiro pensei um "por dois dias, pá...". E acreditei sempre que teria um capricórnio, que tu havias de nascer às 38 semanas, como a tua irmã. Mas tu, querido, esperaste até eu não aguentar mais. E esperaste pelo dia em que houvesse vaga no bloco, para seres induzido. E nasceste a 21, primeiro dia de aquário.

Mas nada disto importa. O que importa é que és saudável, és feliz, és amado e tens aqui uma fortaleza onde podes regressar sempre que quiseres. E eu tenho em ti mais um bocado do meu coração. E amo-te tanto, filho...

Parabéns.

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Trinta e dois

31.01.11
Conhecemo-nos com 19. Estamos no nosso 13º ano. Muitas histórias, muitos momentos, muitas coisa boas, algumas más. Uma vida. A vida que escolhemos. Escolhemo-nos. Transformámos o amor que temos em dois filhos. Estamos ligados para sempre, através deles. Mas mesmo que eles não existissem, estaríamos ligados. Amor.

Parabéns.


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O melhor pai do mundo

19.03.10
Não é o meu. Esse foi destronado no dia em que o pai lá de casa se tornou pai. E caiu-lhe o título (com direito a faixa, coroa e ceptro) nas mãos. É ele. O melhor pai do mundo. E quem conhece a nossa história sabe.

O meu pai é o segundo melhor pai do mundo.

[E, no meio disto tudo, ainda tenho o (des)prazer de conhecer o pior pai do mundo. Adiante.]

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Azares

19.02.10
Para o meu marido esta semana de trabalho teve três dias e meio. Nesses dias caiu num dia, partiu a cabeça noutro, e caiu no outro dia a seguir. Só no primeiro meio dia de trabalho é que não lhe aconteceu nada...

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