18.11.10
O dia dos nossos 12 anos foi especial por isso mesmo. Não houve presentes, nem jantar fora, nem jantar em casa à luz das velas, nem ramos de flores, nem lingeries especiais, nem postais ou algo parecido.
Houve uma pessoa que chegou a casa e ficou triste porque não viu a filha (ficou a dormir na avó), depois houve um jantar normal, como tantos outros, em que a única diferença foi não estarmos a conversar a 3, mas sim a 2. E falámos como falávamos há 12 anos, horas e horas, sobre tudo: política, economia, as séries que andamos a ver, os planos para o fim-de-semana, o dia dela, trivialidades, tudo e mais alguma coisa, no fundo. Deitámo-nos à hora normal e adormecemos como sempre, aninhados um no outro.
É este o conforto incomparável que traz o amor. Não precisamos de fogos de artifício para saber que aquilo é exactamente o que queremos. Não precisamos de virar o mundo do avesso. Só precisamos que o nosso mundo vá girando como sempre, naquele lugar que criámos para ele. E que seja assim por muitos, muitos anos.
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