15.09.11
Falava há pouco com uma amiga acerca do optimismo dela versus o meu realismo/pessimismo.
Eu não sou uma pessoa optimista. Não no sentido de achar que está sempre tudo bem, que vai sempre correr tudo bem, que é tudo lindo e maravilhoso e que há sempre um pote de ouro no final do arco-íris.
Olho para a situação actual (a do país e a minha, em particular) e a coisa não está boa. Mas pode piorar. Não acho que já tenhamos batido no fundo, no que toca à crise. E acho que não é muito difícil batermos lá.
Eu sou daquelas que prefere pensar no mau, equacionar todos os cenários negativos que é possível que aconteçam. A partir daí, caso a coisa se confirme, não sou apanhada de surpresa. E, caso não se confirme, tanto melhor, o que vier é lucro.
É por isso que, olhando para a situação actual (agora mais a minha que a do país), organizo os meus dias para poder costurar à noite, para tratar de encomendas que já deviam ter sido enviadas há muito e para pôr tudo nos eixos. Porque, se é certo que costuro porque me dá um prazer desgraçado, não é menos certo que o que daí advém me permite fazer face a algumas despesas. Não me dá para juntar dinheiro (porque, lá está, a situação não está normal - mas se estivesse, daria), mas dá para não ter dívidas.
Não vejo o copo meio vazio. Mas sei que ele pode esvaziar.
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